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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

COITADO DO POBRE QUE PRECISA DA JUSTIÇA


              Hoje vou falar da Justiça, vou mesmo! - Estou pê da vida com essa nossa Justiça e priu! - Vejo nas Comarcas aonde atuo e milito e nas que esporadicamente vou advogar, o penar de cada cidadão pobre que da Justiça precisa. É de dar dó! - É de dar pena a qualquer ser humano com o mínimo de sensibilidade e sentimento humano. O caminho que cada um percorre a mendigar por um direito seu na Justiça, é bem pior do que o que Cristo percorreu até ser crucificado na cruz, senão pior, bem perto deve chegar. Não é fácil vermos as longas filas e os longos tempos de espera por uma migalha de audiência ou para falar com uma autoridade qualquer de plantão. Pior é o profissional da advocacia, que hierarquicamente, por preceito constitucional, que autoridade alguma adora, ser colocado no mesmo patamar que as demais, mesmo assim, muitas delas fazem questão de querer humilhar e mostrarem que são superiores aos militantes do direito. Chegam mesmo ao ponto de humilhar, querer mandar, chamar atenção e até mesmo determinar, o que é vedado pela constituição e por lei federal, mas não, eles se acham no pedestal dos deuses ocasionais. Eles deveriam, quando pendurassem as suas chuteiras, sequer saber de querer advogar. Para que advogar se eu fui um Deus, fui um Juiz de Direito? - Poderia alguém se perguntar, por que caros camaradas, do jeito como vemos as coisas, não dá para engulir sem cuspir o que enfrentamos no batente de advogado no dia-a-dia. São esperas prolongadas! - Até parece que o advogado tem a obrigação de está esperando por Juiz, o horário que ele bem entender! - Ora, essa é outra balela que tem que acabar em nossa Justiça, pelos que fazem a própria Justiça. Outra, plantão no Tribunal, é para o Juiz-Desembargador chegar por volta de 13h30, que é o horário do início do plantão, mas não, chega ele, com a cara de dono do mundo, não fala com ninguém, adentra em sua sala, por volta das 17h00 para assinar denegando, o que os assessores prévia e resumidamente, sem uma apreciação minuciosa, já fizeram para ele assinar. Ainda falam em prestação jurisdicional e pacificação social e que a Justiça melhorou. Na doutrina é muito bonito, na prática, nada disso funciona. Justiça para pobre é como presente de grego: é um verdadeiro cavalo de Tróia, esta é a verdade! - Menos para o Dr. Roger, ou não?

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