O assunto é um tanto quanto delicado, mas a nossa juventude vem entrando no vício do álcool cada vez mais cedo, o que não se pode dizer seja algo de positivo. A gente percebe o desinteresse dos adolescentes pelos estudos, pela busca de uma vida melhor e por ter uma auto-afirmação de quem quer realmente vencer na vida. Isso não significa que ninguém tenha passado pelo seu inferno-astral das incertezas, de um mundo duvidoso e sem futuro algum a se visualizar. Acredito que algo deve ser feito, principalmente os órgãos públicos, a sociedade organizada, e religiosos envolvidos com a preocupação na formação do jovem para se transformar no futuro em um cidadão sadio e pronto para servir à sociedade. O problema, evidentemente, não é somente de nosso Município, mas que se deve olhar para esta terra com mais carinho, disto não tenho a menor dúvida. Não digo que sou santo, porque santo não o sou, entretanto, só vim mesmo a comeaçar a bebericar já na casa dos meus 22 anos de idade, assim mesmo, ciceroneado pelo meu primo Tião Modesto nos casamentos e batizados da vida aqui em Buíque, que foi o meu professor e mentor etílico. Não que alguém, necessariamente, coloque a culpa em quem quer que seja, mas acima de tudo, por vezes, se deve resistir para não se deixar ser tragado pela sarjeta do vício do álcool. Se pode até dizer, mas quem é você para levantar tal assunto? - Respondo: se bebo, é porque mais do que ninguém tenho propriedade suficiente dos maléficios do álcool e de seus efeitos de nocividade à propria saúde e a conduta moral do cidadão. Claro que existem os falsos moralistas, que entocados na sua própria carcaça mascarada, que procuram dar lições de moral aos outros como se nunca tivessem tomado um "porre daqueles de tapar com barro". Deste não quero opinião, nem conselhos. Quero mesmo é distância, porque quem se esconde do que é, na verdade não merece a menor credibilidade. Infelizmente, a droga da bebida faz parte da conduta social de todo ser humana, ou pelo menos quase todos, até mesmo nos rituais religiosos se bebe, ou estou errado? - Diz o ditado que somente os sinos não bebem porque tem a boca para baixo. Claro que não passa de uma desculpa esfarrapada para quem quer continuar a se viciar e na ebriedade etáilica da vida. Na verdade, beber não é tão ruim assim, principalmente quando estamos no meio de um papo amigável, agora quando se perde o controle, dá trabalho à família, se envolve em confusões, aí sim, não dá para aguentar a ressaca moral do dia seguinte e a depressão estoteante que passa a rondar a nossa alma. O pior mesmo são as gafes e as besteiras que se cometem na bebida. Naquele momento, se fala demais e se dize o que não deve e coisas sem o menor nexo. O melhor mesmo era cada qual se conscientizar, já que não pode se controlar e dar um basta bem grande no ingerir essa droga maldita legalizada que é a bebida. Outra, os crimes que acontecem em Buíque e Tupanatinga, com raras excessões, são todos eles motivados pelo elevado estado etílico do cidadão. Alguns dizem, bebo socialmente. Ora, vamos deixar de descaramento! - Esse socialmente está mais para encher a cara de vez mesmo, até ser lambido na boca por um cachorro qualquer.
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