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BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

sexta-feira, 5 de março de 2010


COLUNA - OLHO NO OLHO


PESAR

           Faleceu no dia 02 deste mês e foi sepultado no dia de ontém, no Cemitério Municipal de Arcoverde, um dos meus velhos colegas do BANDEPE de Buíque, Danilo Mergulhão. Danilo entrou no banco no mesmo dia em que eu entrei, 19 de novembro de 1975, juntamente com Myrtes, Irany (já falecido), Ana Rosa Cursino, Marcelo Padilha, Gilberto Pergentino, Joninhas de Mané Benedito, entre outros. Iniciou no banco como Investigador de Cadastro, cargo que depois vim a ocupar. À família enlutada às minhas sinceras condolências.

LEMBRANÇAS

         Pois é, com o falecimento do colega Danilo, me vem lembranças daquela época em que entrei no BANDEPE. Fui um dos poucos concursados entre Myrtes e Irany. Quanto a maioria dos funcionários da daquela época, entraram no banco pelas mãos de Áureo Bradley, que era Diretor Industrial do Banco. Não que tenha nada contra, mas tenho orgulho por ter passado no primeiro concurso realizado pelo Banco do Estado, tendo me classificado em 119 lugar. Por ter sido concursado achava ter mais moral do que os outros que entraram por meios políticos, mas não, na verdade quem mandava mesmo no banco eram os políticos e por isso mesmo o banco veio a quebrar no Governo de Arraes, após desastrosas administrações dos governos anteriores.

SÓ PARA SE TER UMA IDÉIA

         A influência política era tanta no Banco, que bastava o indivíduo ser um mero jogador de futebol, que tinha vaga de chefia garantida no banco. Gente pela janela entrava aos montes para beneficiar políticos, sobretudo em épocas de campanhas. Dos governantes que mais usaram o banco policitamente foram Moura Cavalcanti, Marco Maciel e Roberto Magalhães. Em todo buraco abriam uma agência do banco, quando poderia ser regionalizado por setores por questão de economia e equílibrio das finanças do banco, mas como era um entidade de economia mista, a política comia no centro, inclusive com a facilidade de fazer empréstimos para os aliados políticos sem, embora a boa prática bancária não recomendasse e tais empréstimos nunca eram pagos. Realmente os políticos quebraram o banco e o sonho de muitos bandepeanos que trabalhavam e queriam um banco estatal forte.

GANHEI E NÃO LEVEI

          Depois de Investigador de Cadastro do Banco, fiz um concurso interno e passei a trabalhar como Chefe de Seção de Desenvolvimento (antiga Carteira Rural) e, para assumir essa função, deixei de concluir o meu curso de engenharia que fazia na UFPE, em Recife. Em 1989, trabalhando em Sanharó, me submeti a mais um concurso interno de Gerente de Agência, passei, fiz o curso preparatório e fiquei em primeiro lugar, mas não cheguei a assumir, apesar de outros que ficaram atrás de mim terem assumido a função de gerente. Quer dizer, ganhei e não levei. Acho que fui discriminado pela minha posição política e por sempre trabalhar e seguir as normas internas do banco. Depois, em 1991, precisamente em 14 de outubro, no Governo de Joaquim Francisco, juntamente com mais dois mil companheiros, fui demitido. Foi esse o prêmio de ganhei por procurar ser reto, certo e honesto no meu trabalho, mesmo assim, ainda repetiria tudo novamente, pois retidão e honestidade fazem parte da minha formação de vida e vem de berço.

EXPERIÊNCIA DE VIDA

         Não me arrependo de ter sido bancário ou de ter trabalhado num banco político, afinal de contas, toda empresa tem a sua política e as ambições internas estão sempre presentes em qualquer administração, quer pública, quer privada. Geralmente tem muita gente que só quer ver mesmo a caveira dos outros. Apesar de ter sido preterido por pura hipocrisia de alguns gestores do banco, ainda assim para mim, o banco foi uma grande escola de vida. Nele conheci muita gente, fiz muitas amizades. Conheci gente falsa, gente honesta e gente pouco confiável, mesmo assim o banco me foi muito útil como mais um apreder de vida. Nos lugares onde trabalhei, sempre tive um bom relacionamento. Nunca fiz inimizade com quem quer que seja, a não ser problemas de somenos importância geralmente advindos por questões mais políticas que administrativas. Geralmente queriam que eu fizesse o errado, mas eu sempre batia o pé para fazer o certo, o que o regime interno do banco mandava e isso, para os senhores ocasionais do poder político, não era positivo para ganhos de dividendos políticos. Bem vou parar por aqui, depois voltarei ao assunto, pois ainda tenho muito a falar, certo camarada William Pôrto!

FRASES DO DIA:

I) - "Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue."


Adriana Falcão

II) - "O que sabemos, saber que o sabemos. Aquilo que não sabemos, saber que não o sabemos: eis o verdadeiro saber."


Confúcio
 
III) - "Ainda que te chamem de asno, imbecil e idiota, mesmo assim mantenhas a tua dignidade, retidão e honestidade de vida, só assim poderás dormir o sono dos justos."
Manoel Modesto


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