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sexta-feira, 19 de março de 2010

EPITÁFIO, ODE À MORTE DE QUEM PARTE


          O ciclo da vida é interessante, curto, complexo e devemos saber viver esse lapso temporal em que somos viventes de forma intensa e construindo algo de positivo, porque a única certeza que temos é a morte teratológica, e o último ode, em muitos casos, é um ode a quem mesmo nada tendo feito de bom, fica inscrito na morada derradeira  numa pedra de mármore. Segundo a Bíblia Sagrada, o homem não nasceu para morrer, mas para viver a eternidade, mas essa perpetuação bíblica é a crença na vida pós-morte e só se salvam quem na vida não pecou ou se redimiu dos pecados cometidos. Segundo a Bíblia ainda, o pecado só veio, porque Adão foi tentado pela cobra que representava o demônio, e fornicou com Eva, tendo aí surgido o pecado e a morte impiedosa. Tenho escrito sobre a vida e sei por ciência própria, que a única certeza que temos é que um dia fatalmente iremos morrer, ou de morte súbita, trágica ou lentamente sendo tragado por uma doença tormentosa. É triste pensarmos na morte, por isso mesmo é que devemos viver o dia de hoje como se fosse o último, pois o amanhã ninguém sabe se aqui estaremos. Também acredito, que o acalento, a frenação da dor da morte, é termos uma crença num Ser Superior para aliviarmos e aceitamos a dor da morte. Já em meia idade da vida, nessa minha passagem, tenho visto muitos conhecidos, parentes, familiares partirem para o andar de cima, se assim se pode chamar. Até hoje ninguém voltou para dizer como é ou como não é. Só sei que ao partimos dessa, só ficaremos como uma mera lembrança, se é que o indivíduo fez algo de positivo, senão, nem lembranças ficam, mas às vezes até alívio quando a alma que parte foi uma alma sebosa em vida. Não adianta repensarmos o passado, nem tampouco planejar o que vai acontecer amanhã, porque o amanhã é incerto, ninguém sabe se ganha mais um dia ou perde um outro dia. Ao morrermos, na tumba da escuridão da morte, só fica mesmo o epitáfio, o fraseado alusivo ao que o ferétro foi ou que aparentou ter sido na vida. Pensar em morrer é passar por esse curto lapso temporal de vida e não viver, portanto, viver o hoje é pensar num dia como se fosse vivê-lo pela última vez. Por isso mesmo é que deveríamos ter um mundo melhor, mais igualitário, sem fome, sem miséria, sem pobreza; um mundo aonde tudo fosse uma mar de felicidades e de amor.

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