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terça-feira, 13 de abril de 2010

SE FOI UM DOS MAIORES LÍDERES POLÍTICOS DE BUÍQUE E REGIÃO, VEREADOR TIL

        
           Faleceu neste dia 12, ontém, pela manhã, o Vereador Eranildo Benício Cavalcanti, popularmente conhecido como TIL. Seu féretro foi velado no Plenário da Câmara de Vereadores de Buíque das 12h00 às 19h00, quando foi trasladado para a Vila do Carneiro para o velório familiar e no seu reduto eleitoral, onde será sepultado provavelmente por volta das 09h00 do dia de hoje no Cemitério Vila do Carneiro, onde também está enterrado o seu pai, que também foi político, ex-Vereador Ernani Peixoto Cavalcanti, de quem Til herdou o dom político.

            O Vereador Til nasceu na década de sessenta, na Vila do Carneiro e iniciou a sua vida política com apenas 22 anos de idade, em 1982. Foi vereador por quatro mandatos, entretanto, nessa sua história política, ao se impor em seu reduto como uma das maiores lideranças, chegou a eleger o irmão Erandi, sua esposa Cida e seu filho Ernani Neto, com apenas dezoito anos de idade, fazendo ainda este último, Presidente da Câmara de Vereadores e Presidente da UVP. Til sabia como ninguém, na qualidade de político populista, agradar o seu eleitorado e nunca deixou de falhar com quem o procurava. Às vezes de comportamento estabanado, polêmico, às vezes sereno, mas nunca perdeu a sua linha de líder político maior de sua região. Eleito pela primeira vez junto com Zé Camêlo, candidato a Prefeito e, Arquimedes, candidato a Vice, em 1982, na época era atribuído a eles o epíteto de “trio parada dura”, por se acharam um triângulo político da pesada. Diga-se de passagem também, que Til quando elegeu a mulher Cida, vereadora de Buíque, se candidatou em Arcoverde e quase é eleito vereador daquele município.

             Conheci o Vereador Til desde que se iniciou na política. Ele vinculado mais para o lado da política conservadora, da direita, como fazia questão de dizer, eu, para à esquerda, que defendia com unhas e dentes. Lembro bem que quando criei o Jornal a Voz de Buíque, que editava na gráfica da Diocese de Pesqueira, como o jornal era voltado para a política buiquense, fazia as minhas críticas apimentadas aos políticos de Buíque, sendo Til um deles, mas no mesmo tom, no Plenário da Câmara, recebia o troco de forma virulenta e até mesmo, em alguns casos, de forma antidemocrática, pois parece que até hoje o político não entende que ao deixar a vida privada pela pública, está suscetível às críticas e puxões de orelhas do eleitor, esta é a realidade.

             Mesmo assim, ele no seu lado político de direita, quando ia à Pesqueira ou me encontrava em Arcoverde, era aquela alegria que se transformava por vezes numa grande farra e troca de amenidades, afinal de contas, a nossa discussão era tão-somente dentro dos limites da política e não de caráter pessoal. Ele de direita, eu defendendo a política da esquerda socialista, mesmo assim nunca chegamos as vias de fato, pois sabíamos conviver com as nossas diferenças políticas.

                Nessa sua trajetória política, ora estava de um lado, ora estava de outro. Era a política das conveniências pessoais ou de interesses de sua região, que era de certa forma o que mais pesava para ele, afinal de contas, sua Vila, o Carneiro, era o seu cordão-umbilical, o seu mundo primeiro e de lá nunca arredou o pé até que veio a dar o último suspiro no mesmo lugar que lhe viu nascer e o transformou numa liderança política maior.

                 Lembro também de um momento político de Buíque, em que Til, juntamente com outros políticos seus aliados da década de noventa, que para acabar com um protesto de jovens liderado por Roberval de Luis Nilson, Paulino do Fórum e outros jovens, não mediu esforços, se juntou à turma que ficou conhecida como a “turma dos porretes e cacetes”, e em grupo descia pela avenida da prefeitura para acabar com a manifestação pacífica dos jovens na base do cacete e do porrete, que só queriam mesmo protestar democraticamente na Praça Major França, contra a inércia e os descasos políticos da ocasião, que deixava muito a desejar e se tinha muita suspeita de fraude eleitoral em Buíque, daí a insatisfação dos jovens por serem eleitos quem não tinha voto, mesmo assim tinha o veredictum final da Justiça Eleitoral, que na época fazia vistas grossa diante de interesses escusos.

               Mas independentemente de tudo isso, Til foi um político que fez história em Buíque, pela sua fidelidade ao seu reduto eleitoral, pela sua presteza com que sempre tratou o seu povo e, a não ser por esse fato que vai ficar na história de Buíque, nunca deixou de perder a ternura, apesar de às vezes aparentar ser um monstruoso virulento no plenário, no microfone, mas na realidade, não passava disso. Til, velho amigo, a sua grandeza política ficará marcada na história política de Buíque, pois a história é sempre a senhora da razão. Adeus velho amigo e que durmas em paz o teu sono dos justos na eternidade e que dê lembranças a Miguel Arraes de Alencar. Na verdade, vai o homem e o mito permanece vivo na mente do povo.

Um comentário:

BUIQUE É MEU LUGAR disse...

Que Deus ilumine a alma dele que ele aqui na terre compriu a sua missão de ajudar o povo de nossa cidade e qui em buique pode sim ter um veriador que ajude o povo maios que nem ele ainda não vi...