QUEM REALMENTE SOU

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BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

quinta-feira, 24 de junho de 2010


FATOS E IMAGENS QUE ACONTECEM


AS TRAGÉDIAS HUMANAS


             As catrástofes não mandam recados, elas acontecem de conformidade com os eventos fenoménicos que surgem com a fúria da natureza e, como não poderia deixar de ser, pela mão do próprio ser humano, que não tem respeitado à natureza como deveria, usado-a a seu bel prazer, terminando o próprio homem ao dar uma mãozinha à mãe natureza, potencializando as tragédias que vêm ocorrendo no mundo moderno. Isso não implica em dizer necessariamente, que os fenômenos provacados por gases tóxicos no centro da terra, por acomodações geológicas de camadas do solo terrestre ou pela poluição do ar atmosférico, a poluição fragilizando a camada de ozônio com a penetração de raios ultravioletas, deixem de acontecer. Agora o que o ser humano vem fazendo de forma a não procurar cuidar do meio ambiente de forma sustentável, as tragédias e catástrofes vão certamente, continuar acontecendo em todos os lugares do mundo. Grandes tragédias são presenciadas, como as do Furacão Katrina, nos EUA, os terremotos do Haiti, além de outras partes do mundo, onde se tem deixado muitos estragos e rastros amargos e inapagáveis, prejuízos que jamais serão recompostos, e o que é pior, o ceifamento de vidas humanas aos milhares.
           Como os desastres não mandam recados, em Pernambuco, são 40 mil desabrigados por causa das chuvas, além de várias mortes confirmadas. Alagoas já soma 29 mortes e mais de 80 mil tiveram que deixar suas casas. Mutirões ajudam a distribuir donativos. Cidades inteiras estão sendo destruídas e outras de forma parcial. Os desabrigados já somam milhares e o povo desses dois estados precisam de ajuda e da solidariedade dos demais compatriotas brasileiros.
             O Presidente Lula, já esteve sobrevoando os locais atingidos, assim como alguns de seus assessores diretos, e prometou liberar recursos para a reconstrução dos locais destruídos e para recompor a vida de várias famílias destroçadas, na  ordem de R$ 300 milhões de reais. A informação foi divulgada na noite desta segunda para terça-feira, após a reunião, em Brasília, entre o presidente Lula e os governadores Eduardo Campos e Teotônio Vilela. Os recursos, que começaram a ser liberados nesta terça-feira (22), virão de verbas do orçamento do Governo Federal e das Medidas Preventivas (MP). A hora, caros camaradas, é de darmos as mãos para de todas as formas ajudarmos os atingidos por essa grande tragédia da vida humana provocados pela natureza e com uma mãozinha do ser humano que não faz nada de forma planejada, se bem que, quando uma catástrofe vem, não manda recado para ninguém.


FESTAS JUNINAS


           Hoje é propriamente o dia de São João. A festança na realidade, nas cidades que primam mais pelos festejos desse santo, a véspera é o dia de se "farrá até mané chegá". Na realidade o mês de junho é caracterizado por danças, comidas típicas, bandeirinhas, além das peculiaridades de cada região. É a festa junina, que se inicia no dia 12 de Junho, véspera do Dia de Santo Antônio e encerra no dia 29, dia de São Pedro. O ponto mais elevado da festa ocorre entre os dias 23 e 24, o Dia de São João. Durante os festejos acontecem as quadrilhas, os forrós, leilões, bingos e os casamentos matutos ou, caipira, lá pelas bandas do Sul e Sudeste do País. 
            A tradição de comemorar o dia de São João veio de Portugal, onde as festas são conhecidas pelo nome de Santos Populares e correspondem a diversos feriados municipais: Santo Antônio, em Lisboa; São Pedro, no Seixal; São João, no Porto, em Braga e em Almada.
         O nome “junina” é devido à sua procedência de países europeus cristianizados. Os portugueses foram os responsáveis por trazê-la ao Brasil, e logo foi inserida aos costumes das populações indígenas e afro-brasileiras.
          A festa de São João brasileira é típica da Região Nordeste. Em Campina Grande, na Paraíba, em Caruaru, Pernambuco e em Aracajú, Sergipe, a festa junina atrai milhares de pessoas. A canjica e a pamonha são comidas tradicionais da festa na região, devido à época ser propícia para a colheita do milho. O lugar onde ocorrem os festejos juninos é chamado de arraial, que tradicionalmente seria um cercado de madeira com palhas de cocos. Arcoverde, para se fazer justiça, também deveria entrar nesse rol das promoções de uma das melhores festas junicas de Pernambuco e, quiçá do Nordeste.
            As festas de São João são ainda comemoradas em alguns países europeus católicos, protestantes e ortodoxos. Em algumas festas européias de São João são realizadas a fogueira de São João e a celebração de casamentos reais ou encenados, semelhantes ao casamento fictício que é um costume no baile da quadrilha nordestina.
              Infelizmente, o São João de hoje, não é o mesmo doutros idos, onde a gente tinha ansiedade para que chegasse a festa junina. Hoje mais não, a não ser para a juventude que está mais voltada para a musicalidade eletrônica e que nada tem a ver com o tradicional São João do "Pé de Serra", da verdadeira, autêntica e tradicional "Sanfona de Oito Baixos".
               Na verdade, o São João da minha época, era uma festa singela, de fazer fogueira, soltar traques, chuviscos pra sair rodopiando, estalar chumbinho, estourar bombinhas e soltar "peido de véia"; era um São João de matuto, das meninas pintadinhas, com saia rodada de chita toda enfeitada, tecido todo florido a rodar ao redor da fogueira esfumaçante e o milho verde a assar nas brasas incandescentes e muita pamonha, milho cozido e canjica pra se comer. Era um São João simples, decente, ingênuo e doce de ser festejado e vivido. Ali se faziam os casamentos matutos e se firmavam os compadrios de fogueira. Era um São João verdadeiro que não voltará jamais.

AS DROGAS SE MASSIFICAM



         
             Nó difícil de se desatar é o da questão das drogas que estão se alastrando de forma assustadora, em todos os lugares inimagináveis e que se pensava que nunca chegaria droga alguma, para perturbar a vida das famílias e dos cidadões. As potentadas drogas usados e disseminadas à exaustão por traficantes que não se importam com a vida de quem quer que seja, está chegando em todos os lugares, inclusive, como se não bastasse, aqui em Buíque. Isso mesmo! - Semana passada foram presos dois menores de Buíque com crack na cidade de Arcoverde, o que se configura numa tristeza para nós buiquenses e, da mesma forma mais uma preocupação e um foco a mais a ser combatido pelas autoridades e a própria sociedade que deve estar presente nessa cruzada contra a disseminação de drogas destruídoras de corpos, mentes e vidas. Devemos coibir todo tipo de droga, com especialidade as que estão na lista de drogas proíbidas e penalmente consideradas ilícitas. É com tristeza que tive essa negra notícia de que Buíque, como os grandes centros das drogas e do tráfico, está também se iniciando no mesmo caminho, que para mim, é um buraco negro sem fundo. O importante é se dizer sempre NÃO ÀS DROGAS!


CONTO DE UM SONHADOR


UM PRÍNCIPE PLEBEU EM BUÍQUE



          
            O cenário era o da década de 70. Jovem pobre, origem humilde, dotado de uma timidez fora do comum, mas um menino bom, cordato, reto, honesto e aplicado. Era o que se podia dizer no mundo de hoje, um verdadeiro "nerd", que traduzido para o português significa um "abestalhado", "bobo", "sem-noção" e coisa e tal, mas que não deixa de ser um intelectual. Mesmo assim, se maldizendo da sorte, por além da condição de extrema pobreza que a vida lhe dotou, não tinha a menor condição de conquistar a garota de seu coração, apesar de se considerar uma pessoa nobre, um príncipe de verdade. Sonhava um dia ainda, ser um vencedor e ter tudo de bom que a vida poderia vir a lhe oferecer. Não desanimava, apesar das dificuldades, mas sempre focado naquela idéia fixa de um dia conquistar o amor de sua vida, a sua verdadeira princesa encatada, pensava em nunca desistir de o seu intento. 
           Cidadezinha ainda acanhada, de arquitetura rudimentar, mesmo assim ainda preservava a sua pureza, a sua simplicidade e as construções históricas que de certa forma lhe davam um brilho de um reinado sem rei. Atarxexes, ainda criança, mas entrando na adolescência, já dominava a leitura e fazia poesias belas recheadas com um grande primor de sentimento humano e de amor. O sentimento vinha da condição de vida pobre em que ele vivia e o amor, sentimento forte que tinha, não somente por seus familiares, mas era voltado mais para Idálica, bela jovem menina, também entrando na puberdade e com um ar de doce mulher-menina que transpirava odor das mais belas flores do campo. Chegar perto dela, na escola, era como se sentir embevecido pelo perfume esvoaçante e por sua beleza invulgar, pelo seu olhar de menina pura e pelos seus olhos azuis claros que enebriava o pobre jovem a cada momento, que na dor, no sofrimento, não tinha a mínima coragem de pelo menos fitar os seus olhos ou lhe dirigir a palavra.
            Esse amor incontido no peito de Atarxexes, a cada dia se avolumava ainda mais, mesmo assim, não tinha a devida coragem de externar o seu amor para a sua princesa. Ele tinha medo de ao dizer que tinha nela o seu grande amor, de que com essa medida, viesse a provocar o seu total afastamento, a ponto de sequer chegar perto dela para sentir o seu cheio de aveludado, o seu perfume esvoaçador a se espalhar pelo ar, a sua pele branca fina, doce, que parecia seda e os seus olhos azuis sintilantes como um brilhante a irradiar brilhos em noite de luar. Era um verdadeiro doce de menina-mulher. Pensava ele com seus botões, que um dia ainda, e ele Atarxexes viria finalmente, a conquistar essa mulher-menina, a sua grande paixão, o seu grande amor.
             Esse amor que mantinha num verdadeiro segredo, se avolumava num crescendo que parecia que seu peito ia explodir em chamas abrasantes, que sua vida não mais faria sentido sem ela. Um tipo de amor platônico não correspondido. Mesmo assim, se ela desse um simples sorriso para alguém que estivesse ao seu lado, era como se o fora para ele e com isso, o seu contentamente era o maior do mundo. Certa feita, ao chegar bem perto dela e sentir o seu cheiro, sonhou como se estivesse a roçar o seu rosto, a beijar-lhe os lábios, a cariciar as suas faces e alisar os seus lindos cabelos loiros. De olhos fixos, eis que de repente, pisca os olhos e volta a si e vê que tudo não passava mesmo de um sonho, de sua imaginação a se digladiar no tempo, afinal, como poderia Adálice, querer um pobretão como ele? - Mesmo assim achava que era um cavaleiro negro, como na cena de um dos velhos filmes que assistiu no Cine Veneza de  Buíque. Na sua imaginação era um príncipe, mas só na imaginação. Quando a realidade batia e o sonho se esvaia no ar, a normalidade da vida voltava e ele, Atarxexes, se colocava no seu verdadeiro lugar de "um joão ninguém qualquer", mas com o espírito de um príncipe bonito, rico e conquistador.
             Como a realidade da vida é diversa da que se pensa, eis que um dia, numa festa na Vila do Carneiro, quando lá Atarxexes chegava com alguns colegas, eis que de repente, fica pasmo, corpo enrigecido, empalidece de vez, passa a gaguejar, quase sem fala, quando de reprente, não mais que de repente, num flash de luz, vê a sua amada Adálica, de mãos dadas a se beijar, com um plebeu que jamais imaginou em sua vida, que vivesse a conquistar o coração daquela princesa. Assim em sua decepção de vida, Atarxexes, o príncipe de Buíque que sonhava em conquistar a sua amada, a sua princisa imaginada, viu seus sonhos ruírem, mesmo assim, procurou se recompor na vida e partir para outra. Mesmo assim, passados todos esses anos, Atarxexes ainda lembrar com um certo langor, com uma dor no coração, uma profunda ponta de frustração da vida de príncipe que um dia fora, por não ter conseguido conquistar o que ele pensava ser o seu grande amor como nos filmes de ficção de príncipe e de princesa. Na vida, hoje conclui, nem tudo é como a gente quer ou imagina que venha a ser, e de que se deve viver a vida como ela é e não como se pensa ou se sonha e se imagina que ela poderá ser. Assim foi Atarxexes, o príncipe de Buíque que um dia ousou sonhar com o amor da princesa Idálice, mas como nos contos de fadas, a história não teve um final feliz.


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