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quarta-feira, 9 de junho de 2010

MARCO MARCIEL, MARCO DE QUÊ?

         
            Em suas inserções propagandísticas, não visualizo no Senador Marco Maciel, o que ele mesmo auto se denomina "MARCO" de Pernambuco. Na sua carreira política, não consigo dissociá-lo de aliado e "menino lombrigão" de recados da ditadura militar. Tanto é verdade, que foi governador biônico, senador da mesma forma, para posteriormente, se eleger deputado federal, senador e governador, pelo voto direto e secreto que ele tanto combateu para se manter no poder como um servo obediente dos "corsários" da ditadura militar implantada em 1964. Muitos o elogiam, falam de sua dignidade como político, como ser humano, mas foi um dos mentores e colabores eficazes da manutenção do regime militar no Brasil. Vice-Presidente de FHC, nunca deu um priu, muito menos em favor de Pernambuco, então, como ser reconhecido como o "Marco" de Pernambuco?. Para mim, quem tem um fator delimitante, marcante em determinadas circunstâncias políticas e administrativas, tem que ter sido  uma pessoa que em nada se submeteu aos ditames de quem quer que seja para chegar ao poder e nele se manter. Na época do regime abominável dos miliares, Marco Maciel colaborou com todos os passos daquele regime de exceção, desde a sua implantação à sua consecução, então em que Marco Maciel pode ser considerado o "Marco" de Pernambuco? - Só se for em ter colaborado com os militares sem dar um pio, aquiescendo com tudo que os militares quisessem fazer o povo engolir goela a dentro na época do regime, inclusive permancer calado quando na era Moura Cavalcanti, o grande "homem feito de ferro e flor", Gregório Bezerra, foi barbaramente torturado no meio da rua, em Santo Amaro, no Recife, pelo então Secretário de Segurança Pública, o sanguinário e déspota dos militares, Wandekolk Wanderley, de triste memória.
         Lembro bem que Jarbas foi candidato a deputado estadual por Pernambuco, na década de setenta, autênco militante político do ainda então MDB e até então fui seu eleitor de carteirinha, só mesmo me debandado depois que ele se aliou aos ex-adversários que tanto combatia. Candidato ao Senado ainda na década de 70, para que ele não chegasse ao topo do poder, foram criadas duas sublegendas: ARENA I e ARENA II, para que houvesse a candidatura de dois senadores ao gosto dos militares e, somados os votos, barraria a tentariva de se eleger uma candidatura de oposição. Foi assim o que ocorreu em Pernambuco, onde Jarbas Vasconcelos obteve a marca de mais de 700 mil votos e, Nilo Coelho, pouco mais de 400 mil e, Cid Sampaio, que se candidatou também em uma das sublegendas da ARENA, obteve pouco mais de 300 mil votos, superando a soma dos dois, a marca atingida por Jarbas, sendo eleito desse "arrumadinho" político dos militares, o Senador Nilo Coelho,  que veio a falecer em 1983, tendo assumido o restante do mandato, o Senador Cid Sampio que concluiu o seu mandato obtido de forma ilegítima. Nessa época era eu um jarbista de carteirinha, sobretudo, porque Jarbas Vasconcelos, escancarava e encarava de frente, o regime militar. Era tão fanático, que tinha um colega meu de república, na época de estudante no Recife e funcionário do BANDEPE, que chegávamos a nos peitar de frente. Ele para me fazer desfeita, houvera colocado uma foto bem grande de Nilo Coelho, postado na parede onde ficava localizada a sua cama. Não pensei duas vezes e, para não ficar de baixo, arrumei uma foto do mesmo tamanho de Jarbas Vasconcelos, e coloquei na parede da cabeça da minha cama para não ficar po baixo. Esse colega é Albérico Pacheco, de Arcoverde, atual Secretário de Turismo do Governo Zeca Cavalcanti. Eu era o Presidente da República de estudantes em que moravam num apartamento na Rua Gervásio Pires,  no Bairro da Boa Vista, e sempre existiam as picuinhas quer de ordem política, quer de disciplinamento, com  uns querendo estudar, outros somente ficar gastando o dinheiro dos pais com farras, sombra e água fresca. Alguns dos colegas hoje, são bem sucedidos, quanto a outros, que só queriam mesmo a farra, não sei da situação deles, mas acredito não ser lá muito boa não senhor!. - Daí achar que tudo na vida que fazemos, devemos encarar com um pouco de seriedade e responsabilidade.
          Senador da República, não vejo Marco Maciel sequer levantar uma palavra nas sessões daquela Casa, em favor do Estado de Pernambuco, se tem assim agido, me desculpem porque estou sendo um  ignorante e desinformado até porque não gosto do seu discurso, que além de ser cansativo, não empolga ninguém. Com esta minha o pinião não quero fazer desfeito a quem não pensa do mesmo jeito, afinal de contas tem que se ter gosto pra tudo, isso porque muitas outras pessoas não pensam da mesma forma que eu penso.
           Outra mais, até hoje não sei como Marco Maciel ingressou na Academia Brasileira de Letras - ABL, porque na verdade desconheço alguma obra literária de renome escrita por ele, até mesmo sem renome. Copilações e publicação de discursos evasivos e cansativos, a mim me parece, não se tratar de obra literária coisíssima alguma, que venha a merecer a imortalidade de o seu autor. Também, minha gente, ele substituiu a cadeira deixada com a morte do não menos merecedor, Roberto Marinho. Não conheço também nenhuma obra de Roberto Marinho, muito menos mérito para depois de morto se tornar imortal. Como megaempresário da TV do plim-plim, tudo bem, agora uma obra memorável desse senhor, estou para conhecer e dou um edoce de presente para quem me mostrar uma obra dele.                   
            Com toda a minha Sinceridade, a ABL que era para dignificar as letras de quem se destaca na literatura nacional, pacere-me às vezes se ver transformada num saco de gatos mofados, que por pura puxasaquismo fazem com que as suas cadeiras sejam ocupadas por quem não tem as devidas credenciais literárias para que isso venha a acontecer, sobretudo quando são ocupadas por gatos pingados quaisquer sem a menor projeção no campo da literatura. Também sou contra a ocupação de uma dessas cadeiras pelo escritor-mago, místico, Paulo Coelho numa dessas cadeiras, vez que, em vender milhões e mais milhões de livros no mundo todo, não o dignificam como exímio escritor. Sei que existe muita gente mundo afora, que endeusa Paulo Coelho, por escrever sobre anjos, arcanjos, misticismo, por ser considerado um mago, um místico na literatura, ainda assim, o seu primeiro livro "O Alquimista", tentei lê-lo, só que, não cheguei nem à metade de sua leitura, por achá-la chata e enfadonha. Acho que Machado de Assis, se vivo fosse, com tantos "lentes" da literatura brasileira colocados na Academia por ele criada, iria com certeza, corar de vergonha. Na verdade é costume por esse Brasil afora se comprar comendas de "melhor disso", "melhor daquilo", "empreendedor disso", "empreendedor daquilo", só mesmo para tentar emplacar uma mentira e procurar mostrar uma imagem do que nunca foi e a qual nunca será. Tais comendas parece até que são fabricadas no Paraguai e compradas a peso de ouro por alguns tolos que só querem mesmo aparecer, mas que sequer tem as devidas credenciais.
         Estas camaradas, são considerações minhas, pessoais, não querendo dizer que existam outros apaixonados dessas pessoas que as eudeusem, quanto a mim, não vejo razão justificável para endeusar quem teve uma história pouco memorável e desmerecedora de encômios e muito menos que se tornem imortais, ou não camaradas!

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