sábado, 28 de julho de 2012

O QUE É SER POLITICAMENTE CORRETO, HEM?


     Um assunto em voga no momento é essa questão de ser ou não ser politicamente correto. Pelo que posso deduzir, o politicamente correto tem que ser obediente a tudo que o sistema dominante lhe impõe, sem fazer cara feia ou contestar qualquer de suas imposições; ser politicamente correto, é nunca trair a esposa, tampouco o inverso, ser o casal perfeito dos sonhos imaginados para sempre até que a morte os separe; ser politicamente correto, é beber socialmente, sem jamais mostrar que nos bastidores toma porres de lascar; ser politicamente correto é, nunca ir de encontro ao que os mandantes da vez lhes ditam e o fazem cegamente obedecer; ser politicamente correto, é sempre estar bajulando e cheirando o saco do seu feitor, com a boca escancarada mostrando os dentes e sentindo o cheiro sem fazer a menor expressão de repugnância, mesmo que o mandante não tenha tomado banho há uma semana; ser politicamente correto, é sempre se curvar diante de tudo que os mandantes e poderosos da vez façam você se submeter, sem que nada venha a estrebuchar e, finalmente, ser politicamente correto, é sempre ser o cachorrinho de balaio da madame, sempre balançando o rabinho em eterna e cega obediência. Pois bem, grosso modo, no meu entender, é isso que é ser politicamente correto. Tem mais, quem divergir, não será jamais digno de credibilidade no meio de toda essa farsa e canalhice social consumista do mundo moderno atual.
     Acho que não nasci para ser nada disso. Claro que a gente deve obedecer o ordem constituída que venha a ser imposta a uma certa e determinada sociedade jurídica e politicamente organizada, agora ser capacho, cachorrinho de balaio, xilipreu e o escambau de quem quer que seja ou até mesmo do próprio sistema, isso é coisa de bocoió e de boi lesa tabaca, e desde tenra idade, quando passei a me entender de gente, no sofrimento, na dor, vivendo no Sítio Cigano, em Buíque ou no Estado de São Paulo, onde fui humilhado, esperzinhado como se fora lixo, tratado com indiferença pelas pessoas, passei a ser um contestador dos poderosos ocasionais, da ordem constituída e os diabos a quatro, afinal de contas, ninguém é cachorro para ser tratado dessa forma, ou melhor nem mesmo o pobre animal merece ser maltratado. Ora, como é que uma sociedade calhorda como essa nossa pode julgar alguém ou apontar o seu dedo sujo para os outros, hem? - Desde quando os camuflados de politicamente corretos podem ser glorificados, quando na realidade não passam mesmo dos velhos "santinhos-do-pau-oco e fingem o que não são e agem como não podem, hem? - Não vim ao mundo para ser capacho de ninguém. Antes de tudo, como tenho feito em repetidas vezes, sou amigo do amigo, se é que nesse mundo cão a gente tem amigo de verdade ou se é melhor ter um cachorro amigo do que um amigo cachorro! - É isso mesmo, não dá para ver, ouvir, analisar o que se passa em sua volta, sem abrir o bedelho ou engolir goela à dentro sem cuspir! - Quem não gostar do que estou dizendo, que se exploda, pô! - Claro que tenho consideração e respeito por quem da mesma forma me tem, mas se o contrário for diferente, então que vá se lascar, porra, que não tô nem aí! - É assim que deve ser o mundo real das coisas. O mundo imaginário apontado inicialmente, não existe. O que existe é uma faixada de um mundo que os imbecis de plantão que são tantos, acham que deve ser, mas do real para o imaginário e perfeito, existe uma grande distância. Uma sociedade e um mundo politicamente correto, só mesmo para esse tipo de calhordas que estão sempre e bisbilhotar a vida alheia sem cuidar do seu próprio rabo, ou sem olhar para a sua pobre e medíocre vida. Que vão todos se lascarem, e se acharem pouco, que se escafedam como bem entenderem, certo camaradas!
      Isso não é um desabafo, mas sim, uma realidade que a gente vive em nossa volta, que nos dá revolta e vontade de botar a boca no trombone o mais alto possível. Não vim ao mundo para ser perfeito. Reconheço que sou impregnado de erros e imperfeições, afinal de contas, não estou aqui para ser um "maricon". Sou o que sou e não posso modificar o meu modo de ser. Agora os "maricons" de plantão estão sempre a seguir os meus passos para alardear lorotas, mentiras e acrescer o que falo e até o que penso e o que sequer cheguei a pensar. Tenho também ciência de minhas limitações, quer do ponto de vista humano, social e profissional e sei que às vezes ou até mesmo por repetidas vezes, posso ter errado, agora superdimensionar um erro meu ao extremo como se nunca tivesse acertado na vida, aí é a maior burrice do porralouca,  que se acha politicamente correto, que na maioria dos casos, não passa mesmo de um pau mandado que não tem o menor valor ou apreço no meio social em que vive. Só a título exemplificativo, entre tantos outros, indago: Por qual razão não falam de Zeca Pagodinho que toma porres de lascar o cano, mas ninguém o chama de bebum chato e intragável, qual é a razão? - Isso porque do ponto de vista midiático, ele é o bambam da música popular brasileiro do samba. E Vinícius de Moraes, grande poeta e músico popular brasileiro, que só cantava com uma dose de wisque White House na mão, e tomava porres de lascar, por qual razão da mesma forma, não o chamam de beberrão? - Isso jamais, né mesmo, porque senão iria macular o nome do grande poeta e da MPB, né mesmo camaradas. E indago ainda, quantos não foram os grandes artistas famosos das letras, da música e da arte  do mundo inteiro, que tomavam grandes porres em suas vidas, nem porisso deixaram de ser grandes, hem? - Não dá para conviver sem abrir a boca e gritar no meio de tanta calhordice enrustida nos bastidores, dessa sociedade hipócrita e repugnante atual, ou dá?   

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