É de conhecimento de todos, de uma parcela ou até mesmo de um pequenino amontoado de pessoas, que existe um núcleo ainda menor de certos iluminados, que são inquebrantáveis e imexíveis pelos segredos e mistérios dos quais sabem de cor e salteado e que por isso mesmo, ninguém pode mexê-los ou mudá-los do lugar aonde se encontram. São intransponíveis, intransferíveis e intocáveis. Uma vez que uma dessas alternativas venha a acontecer, o ventilador se ligado, pode respingar muita sujeita oculta para todos os lugares. E aí a coisa pode ser bem pior, então melhor não quebrar a rocha blindada para que segredos fechados a sete chaves não cheguem a vir à tona. É isso que sempre ocorre no dia a dia de muita gente, quer na iniciativa pública, quer na privada. As coias em determinadas circunstâncias devem ser religiosamente feitas e realizadas, em extremo sigilo, outras, principalmente quando se trata de interesse público, isso jamais pode acontecer. Na questão de administração pública, equivocadamente, ou por escancarada intenção, por negligência ou por má-fé mesma, isso jamais poderá acontecer, pois o que é público, por imperativo constitucional, deve ser feito às claras, em público, como manda o artigo 37 da Constituição Federal de 1988, que manda que quem for investido em qualquer cargo público, deve fazer as coisas dentro da legalidade, da moralidade, da publicidade, da impessoalidade e da eficiência, isso são os preceitos principais que devem reger à administração pública, entre tantos outros mais em que deve esta se amoldar e se pautar. Não pode o que é público ser levado à toque de caixa, como se não houvesse princípios norteadores legais de como deve ser encarado o que se trata de interesse público. Ora, até mesmo as audiências do judiciário, ao pé da letra da lei, devem ser abertas ao público, com exceção de algumas que por interesse de segurança ou das partes envolvidas, pode ter o caráter de privacidade limitada, isto porque qualquer advogado inscrito na OAB pode ter acesso à qualquer processo, mesmo que o seja em segredo de justiça.
Então minha gente, errado quem pensa, imagina e age na questão do poder público, como se este fosse um paredão, uma rocha blindada e intransponível em que ninguém nela pudesse ter acesso e penetrar ou até mesmo mudar de lugar. Da mesma forma, não existe ninguém blindado para que não possa ser extirpado ou mudado de lugar na esfera da administração pública. Ora, se até quem está no topo do poder pode deste ser tangido como se tange um jumento quadrado qualquer, imagine quem não faz ou executa as coisas públicas como manda o figurino e a legislação. A questão é que, muita gente leva na brincadeira a administração pública, como se na criancice não teve a chance de brincar com o seu caminhãozinho de brinquedo, com o seu trenzinho de controle remoto, de bolinhas de gude, de jogo de pião, de bola de meia, de pega-pega, de índio e mocinho, do jogo da velha, e tantas outras mais brincadeiras de criança, que no final de contas, poderia até terminar em roletas danadas e nos corriqueiros chororôs próprios das brincadeiras da molecada. No poder público, a coisa deve ser encarada com seriedade, moralidade, impessoalidade, transparência em cada ação, afinal de contas, o povo merece de explicação e de como as coisas estão sendo realizadas e feitas. Não se pode jamais se fazer às coisas na surdina ou na calada das noites, pois ao se tratar da coisa pública, não se pode jamais confundir esta com interesses particulares, familiares ou de ordem pessoais ou de supostos amiguinhos do peito que só querem saber de mamar até se labuzarem nas tetas do poder. A razão de ser da administração pública, está muito acima desse tipo de distorção calhorda que estamos acostumados a ver impassíveis, fazendo ouvidos de mercador, como se ninguém soubesse de nada. Isso só vem a denotar mesmo, a estultície de asno, de quem ao imaginar que está fazendo as coisas no escuro, quando todo mundo sabe às claras do que vem ocorrendo por trás dos bastidores. Isso infelizmente é um dos grandes males brasileiros, que deve mudar e ser insistentemente combatido por toda à população brasileira, pois do jeito que está, não pode continuar. Ou o povo luta pelos seus interesses, ou então, jamais aprenderá a exercer como se deve o seu sagrado direito de cidadania , como cada um deveria ter a consciência do seu poder enquanto cidadão.
Portanto minha gente, os paredões, as rochas blindadas, devem estes ser completamente explodidos, extirpados do poder público, pelo próprio povo, que não deve jamais permanecer conivente e responsável passivo, a ponto de admitir todo tipo de bandalheira que se comete na surdina e nas caladas da noite, com um único objetivo, que é o de surrupiar o erário público, em favor de interesses do ciclo próximo familiar, dos amiguinhos do peito, em detrimento de pessoas capazes, competentes, detentoras de méritos, bem-intencionadas, para com os interesses públicos. Para muitos de nossos administradores infelizmente, o que vale mais, é justamente a asnice de nada saber, de ser simplesmente um cego obediente, um mala sem alça que só sabe mesmo ser serviçal de seu senhor, e pronto, está montado o circo para como sempre acontece, ludibriar e mais uma vez passar à perna nos interesses maiores do povo e da administração pública, burlando as leis, o estrito cumprimento do dever legal adquirido com o cargo público e, achando-se dono do muro rochoso, acha que tudo pode e é aí, que quem assim imagina e pensa, está arredondamente enganado, pois por mais impenetrável que seja o muro, por mais blindada que venha a ser a rocha, um dia tudo isso explode e o ventilador vai jogar os seus estilhaços para todos os lados. É isso que vem aos poucos ocorrendo, pois a cada dia que passa, o cerco está cada vez mais se fechando para os tantos e tantos corruptos e larápios políticos que existem neste nosso querido Brasil.

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