Diz a sapiência da
filosofia, que: “quem sempre procurar fazer o bem, tem que estar preparado para
receber em troca, o pesado fardo da ingratidão”. Na verdade, no mundo real das
coisas, na vida prática, é assim mesmo que acontece, porque nem sempre quem
recebe o bem, está devidamente preparado para devolver tudo que recebeu com a
mesma moeda. Muito pelo contrário, no geral, é sempre ingrato e não reconhece
absolutamente nada daquilo de benéfico que recebeu. Um dos exemplos da
história, é Jesus Cristo, que pregando sempre a bondade entre os homens,
terminou por estes, que escolheram de última forma, entre viver ou morrer,
quando Pôncio Pilatos lavou covardemente às suas mãos, para se eximir historicamente
da responsabilidade da morte infame de um inocente, e colocou a vida de Cristo,
para um povo dominado pela irracionalidade, decidir entre ele e um ladrão,
Barrabás e, pasmem, o povo levado pela insanidade coletiva, optou pela vida do
ladrão e a favor da impiedosa morte de Jesus que veio a ser humilhado
publicamente e terminou por ser crucificado na cruz. Não acredito muito no
Cristo da religiosidade, mas sim, naquele que foi um grande humanista
filosófico para à humanidade em seus ensinamentos que se basearam na denominada
Bíblia Sagrada.
Claro que atualmente, não existem tantos
Cristos no mundo de hoje, mas que muitos faroleiros que só querem da boa
vontade do povo se aproveitar, disto se tem de sobra, em pleno Século XXI, e
não se pode ter a menor sombra de dúvidas. Dá nojo e vergonha a gente olhar e
ver determinadas pessoas, que se dizem pregadoras, representantes de Deus,
usando de Sua palavra, tão-somente para tirarem proveito em benefício próprio e
o interessante, é que existem muitos seguidores que ainda seguem e vão atrás
dessa ignominiosa farsa, acreditam piamente e dão o que podem e não podem, em
favor de muitas ordenações religiosas que não se prestam para absolutamente
nada, a não ser enriquecer os seus líderes e prepostos, tudo isso, usando a
palavra da Bíblia ou de outro livro sábio qualquer, em nome da enganação. O que
se pode observar é muito descaramento, do mais humilde ao mais ávido por
riquezas, não existem limites para enriquecerem ilicitamente usando da boa-fé
do povo humilde e com o apoio legal do estado, que deveria coibir tantos abusos
que vem acontecendo junto de nossa humilde gente.
Mas independentemente de religiosidade,
ainda existem muitas pessoas, pelo menos uma minoria, que ainda são dignas de
serem ouvidas e de credibilidade e são justamente estas, que buscando fazer o
bem, sem olhar a quem, são quem na verdade carregam o fardo da incompreensão e
da ingratidão, seja em qualquer meio social em que vivam. No meu entender,
ninguém precisa ser religioso ou seguidor de qualquer que venha a ser a
divindade, para buscar dentro da medida do possível, vir a fazer o bem. O bem
não é inato de qualquer credo religioso, mas sim, da própria pessoa, de sua
própria formação social e moral que recebeu ao longo de toda a sua vivência e,
por essa razão, são os mais incompreendidos e apedrejados.
Basta não concordar com determinado status quo vigente por determinado
segmento social, que já passa a ser visto com um olhar enviesado de
desconfiança, mas aí há de se perguntar, até que ponto se é capaz de ser olhado
dessa forma sem que venha a reagir? – Para a filosofia, o ser humano que se
habituar a fazer o bem, sem olhar a quem, tem que da mesma forma, que aprender
na dureza da vida, a carregar o pesado fardo da ingratidão e da injustiça, é
esse o pagamento que lhe espera por ter buscado fazer a sua lição de vida,
dentro de parâmetros filosóficos de sempre procurar fazer o melhor pelo seu
povo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário