A administração pública,
centro de atenção para onde estão voltados os olhares dos administrados, nem
sempre funcionam como manda o figurino legal que deve ser norteada, principalmente
dentro do princípio do estrito dever legal de cumprimento do princípio da
legalidade, um dos imperativos legais em que o administrador só pode e deve
fazer aquilo que está na lei, jamais se desviando para fazer o que a lei não
dita. Teoricamente é assim que deveria ser, porém, pela máfia montada no
sistema de gestão pública, na maioria absoluta dos entes responsáveis por esta,
comandam as falcatruas, fazem malabarismos contáveis e ditam as regras para se
apropriarem indebitamente do que não lhes pertence. Essa é a regra, quando pela
lei, deveria ser a exceção.
Muitos tem de forma escancarada e desavergonhadamente,
usurpado do poder público e, de certa, poucos são pegos com as mãos na botija
e, quando o são, sempre encontram fórmulas mágicas de se defenderem, terminando
em grande parte ou em sua maioria, se safando das responsabilidades de condutas
criminosas que praticaram, porque sempre procuram se prevenirem por artimanhas,
fraudes, que seriam, acaso bem investigadas, descobertas, mas não, os poderes
responsáveis pelas investigações, quando deveriam apurar responsabilidade desse
naipe e punir como se deve, qualquer criminoso, não o fazem. Em muitos casos,
apenas detectam irregularidades, mas de tantos nós dados nas falcatruas, muitos
terminam por se livrarem ilesos dos crimes praticados contra a administração pública,
o que é deveras lamentável.
Quem por exemplo, que vive numa comunidade pequena, não tem
conhecimento de fraudes em licitações, de maquiagens contábeis visíveis até
mesmo por leigos, com a finalidade pura e simplesmente de buscar dar legalidade
ao que na verdade nunca existiu. Pior é que por mais que o tempo passe, as leis
procurem endurecer, ainda assim nunca deixam de fraudar e roubar do erário, o
que é lamentável e quem mais sofre, são os administrados, os entes públicos,
que permanecem estagnados no tempo, não desenvolvem econômica e socialmente, e
a dívida social vai a cada ano que passa, aumentando cada vez mais. Aí há de se
questionar: até quando minha gente, vai ter que se suportar isso, hein!?
As populações das cidades, as comunidades, devem se organizar
com mais convicção naquilo a que se propuseram, no sentido de buscarem impedir
dentro dos meios legais, o que estão fazendo contra o povo, que embora não
perceba, se deixa facilmente enganar, como uma prostituta que iludida, recebe
uma proposta de casamento e quando vem a perceber, só viria a ser usada mesmo
como objeto de desejo sexual. Nada mais que isto. Assim é nosso povo, que nessa
passividade, nada procura fazer para barrar de vez toda essa onda de corrupção
que varre nosso país de ponta à ponta, sem distinção e ninguém vê quem quer que
seja, vir a ser punido ou ao menos devolver ao erário o que foi fruto de roubo,
de licitações fraudulentas, de desvios de verbas públicas, além de tantas
outras formulas de se apropriar indevidamente daquilo que não pertence a quem está
à frente de uma administração pública de qualquer nível que seja,
principalmente dos municípios, que no geral, são o foco principal de práticas
corruptivas e de roubalheiras. A questão é, o povo vê e sabe de tudo, isso
porque quem nada tinha na vida, não pode de uma hora para outra, acumular
riquezas de forma desproporcional, também tem conhecimento de tudo e nada faz,
isso porque, já incutiram em suas mentalidades que tudo isso é normal, o que
significa em dizer, que ROUBAR é legal, ser CORRUPTO, é correto e enriquecer
ilicitamente, faz parte de todo administrador público que entra pobre de Jó e
saí igual rico a Salomão com seus belos templos suntuosos. Mas mesmo assim,
aqui, acolá, a gente vem percebendo, que vez por outra, alguma coisa vem
mudando com algum pega-ladrão bem firme, aonde não existe escapatória para o
meliante dos bens e dinheiros públicos e isso é bom que acontece, além de que,
nossa gente, que se mobilizar contra toda essa banda podre de nosso país e de
nossos municípios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário