Bem minha gente, estamos
na reta final de mais uma eleição em Buíque. Como sempre acontece, nossas
eleições, a exemplo de muitos outros de nossos municípios, sempre foram
recheadas de sinais de acirramentos. Às vezes até chegam a exagerar, homicídios
podem chegar a acontecer, como no cotidiano da vida de um modo geral, mas no
período da política, parece que o município, as pessoas ficam divididas entre dois
blocos, os do cordão encarnado e àquelas outras, do cordão amarelo.
O que acho interessante em nossa política, é o folclore que
fica com essa mistura de animais de nossa fauna. A depender do número do
candidatos, logo associam a um determinado animal e assim vai de início até o
final de uma eleição, porém o mais fraco, sempre fica de fora dessa
estatísticas dos animais. Isso praticamente em Buíque, já se tornou rotina, mas
acredito que, quando esses dois grupos saírem do mapa político de Buíque, ou
tudo isso vai acabar ou pode continuar em quem vier a sucedê-los. O bom seria
mudar esse estilo jocoso de se fazer política, porque tanto de um lado, quando
de outro, chega-se mesmo a ferir suscetibilidades, que podem até atingir o
psiquismo de determinadas pessoas, principalmente àquelas que ainda não estão
bem acostumadas a essa movimentação político-eleitoral.
Mas apesar de ataques recíprocos, dá para se acreditar que
essa política não foi tão acirrada quanto outras. Já tivemos políticas que se
resolviam na base da pistola e da baioneta, mas isso pertence ao passado, mas
pontualmente, ainda permanece incrustada na cabeça de muita gente que ainda
guardam os mesmos resquícios de um passado negro de se fazer política e que
teima em continuar. Pior é a compra escancarada de votos, em um eleitorado
completamente viciado, o que só tem a nos envergonhar, embora não seja uma
prática exclusivamente de nosso município.
Não tenho a menor convicção que tudo isso não vai acabar tão
cedo, mas haverá de se chegar um dia, que poderá se avançar, isso se tivéssemos
uma educação de boa qualidade, se determinadas matérias ministradas nas escolas
públicas de ensino básico e médio, levassem determinadas matérias como
sociologia, filosofia, história e a própria do município à sério, ir mais fundo
nessas matérias, que talvez quem sabe, pudéssemos avançar nesse quesito em
termos de fazermos valer uma política mais civilizada, mas até mesmo em cidades
mais politizadas que a nossa, como Arcoverde (?), a coisa pega, o bicho é feio
e o acirramento entre os dois lados mais fortes, está sendo grande. Poderia não
ser do jeito como está acontecendo, mas pelo visto, na Terra do Cardeal, de uma
cidade referência em termos de política civilizada e progressista, já perdeu
esse título de há muito tempo e não temos mais àquelas políticas que traziam
grandes emoções de outros tempos passados.
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