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A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A VOLTA - ODE A PESQUEIRA DO ORORUBÁ

Nunca pensei em voltar
Sentir de perto o penar
Sozinho no meu triste pesar
Ao pé da Serra do Ororubá.
  
Doce Pesqueira mistério
Cruzeiro que a serra se eleva
Representando o martírio da cruz
Daquele que um dia menino, homem se fez Jesus.

Lençol sagrado de um povo
Chamado de Xucurus
Talvez menino Jesus
Martírio daquela cruz.

Ao pé da serra voltar
Quisera somente sonhar
Viver, sorrir e amar
E de novo ver a minha paz chegar.

Voltar é sempre tentar
Procurar se refazer
Olhar através dessa serra
E buscar ver o Sol renascer.

É triste o acordar neste mistério
Dos índios, daqueles que se foram
Dos espíritos que por aqui vagueiam
E dos que povoam os cemitérios.

Mas voltei para Pesqueira
Atenas do meu Sertão
Voltei para reencontrar a paixão
Que queima no meu coração.
  
Pesqueira, doce Pesqueira!
Das rendas e das renascenças
Dos pés verdes das figueiras
E das desfeitas esperanças.

Mas aqui novamente estou
Disse em boemia um poeta
Para juntar o que restou
Deste ser que se imaginava profeta. 
Abra tuas portas, Pesqueira!
Que das terras bravias buiquenses
Passando pelas arcoverdenses
Chega mais um poeta aloprado
Que se diz ateniense.
  
Portas abertas, Pesqueira
Ateniense aloprado
Poeta do sentimento
Do absurdo e do mundo
A tuas plagas voltei!

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