quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

OBSERVANDO O MUNDO COM O OLHAR DE QUEM ESTÁ COM OS PÉS NO CHÃO

O BOM OBSERVADOR - Quem bem observa o mundo, a vida e o que acontece em volta de si mesmo, não pensa com os pés de quem está flutuando, voando pelo espaço, mas sim, numa realidade palpável e com os pés no chão. É assim que busco me pautar no decurso do meu viver e de minha vida. Não costumo dar muitas voltas para dizer que pau é pau e pedra é pedra, pois que adianta querer dizer, demonstrar uma coisa, quando está bem em frente dos nossos olhos, próximo das nossas mãos e servindo de suporte para os nossos pés, hem? - Também, não é do meu feitio, querer tapar o Sol com uma peneira, que de qualquer maneira os raios solares vão nela ultrapassar, mesmo que seja em fagulhas de raios. Por isso é que busco ser direto, aponto na mira certa e busco sempre demonstrar a verdade sem retoques do que no cotidiano da vida, no mundo real das coisas, acontece.

GATUNICE DA POLÍTICA NACIONAL - É triste ter que dizer isto, mas a nossa política nacional, em sua maioria esmagadora, está habitada pela gatunice institucionalizada. Quer na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, nas Assembléias Legislativas Estaduais, nas Câmaras de Vereadores Municipais e sem deixar de lado o Poder Executivo, isto, só para ficar na órbita política, porque se formos adentrar em outras áreas, não é muito diferente não senhor! - A banda larga da podridão, pelo visto, grande parte dos segmentos sociais e da mesma forma, as instituições dos poderes constituídos e até mesmo, àquelas que se predispõem a se passar por instituições sérias na seara da iniciativa privada, que no mesmo diapasão também, aparentam fazer o bem e, no frigir dos ovos, a maioria delas da mesma forma, são utilizadas como meios de sorvedouro de verbas públicas e de lavagem, em muitos casos, de dinheiro de origem duvidosa. Esta é uma realidade inafastável, mas que deveria ser evitada, no meio político brasileiro e das nossas principais instituições.

O SENADO FEDERAL - Só para se ter uma idéia, manter o Senado Federal, que tem 81 cadeiras de senadores da república, representa um dos mais altos custos do mundo moderno, em comparação com o PIB de países como a Argentina, Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, Espanha, União Soviética, entre outros e o do próprio Brasil. Para quem não sabe, o PIB, ou Produto Interno Bruto, é a soma de todas as riquezas que são produzidas em um País. Mais boquiaberto se pode ficar ainda, ao se dar por conta, que para manter essa máquina composta por 81 senadores, o Senado Federal emprega cerca de 10 mil servidores, o que não se compara nem com o número de empregados de uma grande empresa multinacional, além de manter um Canal de Televisão, uma gráfica e uma imprensa para divulgar os feitos desses iluminados, além de patrocinar por conta do erário, livros que ninguém jamais vem a ler e que nenhuma editora se proporia em editar, por não ter o menor valor literário a produção das grandes "obras" dos ilustres senadores. Tem mais, Marco Maciel, não sei por quais cargas d'água, se tornou imortal na Academia Brasileira de Letras, fundada por Machado de Assis, só que, me prontifico a dar um doce de presente, a quem apresentar uma obra literária desse "ilustre" imortal, sem nenhum demérito à sua vida de ordem pessoal, claro, que guardadas às proporções, merece o nosso respeito. Mas indago, que País é esse que gasta em média 5,7% do PIB com o Senador Federal, e mantém uma máquina bem maior do que uma empresa multinacional, hem? - Desse jeito, camaradas, não dá para levar a política à sério, ou será que dá?

MARIBONDOS DE FOGO - Pelo menos José Sarney, político da velha-guarda e considerado por muitos, como o único representante do coronelismo no Maranhão e da política do atraso, foi mais uma vez reconduzido à Presidência do Senado Federal, o que implica em dizer que, se já não existia sinais de mudança nessa política da saúva, quem assim pensava, pode da mesma forma continuar pensando, pois nada vai mudar. Sarney vem de uma mentalidade política que encarna o próprio fisiologismo e, se acaso fosse um político novo, da mesma forma também não mudaria, ou se viesse alguma coisa a ser mudada, era tão-somente de lugar, mas os métodos seriam os mesmos, pois a política brasileira, é em qualquer dia ou em qualquer lugar, a mesma de sempre. Todo mundo quer tirar vantagem e quem não se integrar ou absorver o sistema, pelo visto, jamais virá a se firmar como político nesse grande formigueiro dominado por saúvas destrutivas. Heloisa Helena, bem que tentou, mas o preço foi não ser eleita novamente como senadora da república pelo seu Estado, Alagoas, o mesmo podendo acontecer, daqui para a frente, com Marina Silva. O "lindinho" do senado, como está sendo chamado, Lindenberg Farias, que foi prefeito de Niterói, no Rio de Janeiro, e eleito senador da república pelo PT, tem sua história fincada no movimento estudantil, quando foi eleito presidente da UNE e, chegando a ser prefeito, praticou as mesmas mazelas dos que antes, ele mesmo combatia com veemência, e por isso mesmo, foi que chegou a ser eleito senador pelo Estado do Rio de Janeiro. Diferente dos outros, pouco provável, ou alguém duvida!

DIFERENTE!, A CÂMARA DOS DEPUTADOS! - Não existe diferença alguma entre a fauna política brasileira. Lá pela década de 50/60, já se dizia, eles calçavam 40, mas hoje, como o povo brasileiro deixou de ser raquítico e se tornou mais rechonchudo, passou a calçar 44 ou mais. É em suma, com raras exceções, tudo farinha do mesmo saco. Não dá para acreditar no que falam, no que dizem ou no que escrevem. O que o político escreve, é a mesma coisa que escrever na areia para o vento levar e o que fala, o povo pode esquecer, que nada tem de verdade. Não dá para levar político à sério. Na Câmara dos Deputados, lá em Brasília, onde se acomodam em torno de 573 deputados federais, aí é que a coisa é feia mesmo e a gastança corre solta, como se diz no nordestinês, "de folote" . Das emendas que eles conseguem incluir no orçamento da União destinadas aos municípios, onde mantém os seus seus cabos eleitorais, não só na Câmara, mas também, no Senado Federal, segundo se tem conhecimento, exigem no momento da liberação da verba, um "cachê" do próprio dinheiro público, no mínimo de 10%, o que representa uma deslavada semvergonhice. Quer dizer, do que conseguem para os municípios, já se sai de Brasília com um prejuízo para o povo, de no mínimo 10% da verba a ser liberada e, quando chega na destinação, outro tanto pra aqui, outro tanto pra ali, vai sendo desviado, saindo pelo ralo e, quando vem se dar por conta, o benefício destinado ao povo, a maioria se perdeu no caminho e só restou mesmo o osso para o abestado roer e lamber, depois agradecer, bater palmas feito um babaca e ainda votar no salafrário. Assim não dá, camaradas, para levar este País na seriedade não senhor!

COBRANÇA CERRADA - Acho camaradas, que o povo brasileiro tem que deixar de ser besta. O pior é que muitos, senão a maioria, vota por troca de algum favor, promessa de emprego, por dinheiro, quer dizer, vende o seu voto, a sua liberdade de escolha e elege quem não merece e o País se vê envolvido nessa situação de letargia, de roubalheira e de irresponsabilidade. Na verdade, o povo que tem em mãos o poder de escolher, de decidir, de votar em quem realmente merece um voto, tem uma grande parcela de responsabilidade pelos maus políticos que se coloca no poder. Mesmo assim, em tendo feito de seu voto um meio de negociata, de troca para se beneficiar, ninguém deve se calar diante de tantos desmandos praticados por essa quadrilha de picaretas que infestou e infesta o nosso País. Por isso mesmo, se deve fazer uma cobrança cerrada para que os rumos da política mudem, mesmo com os que estão aí no poder. Se o povo não cobra e faz de conta que tudo está indo bem e nada procura ver, é porque está compactuando com esta bandalheira sem limites, com a banda pobre da política brasileira. Então camaradas, é importante que cada um aprenda a cobrar, já que não aprendeu a escolher com o discernimento e com a liberdade que deveria ter. Não é porque não soube escolher ou votou errado, que não deva cobrar. Se tem que cobrar sim senhor, para que os maus, os picaretas políticos, se pelo menos não demonstrem um resquício de mudança, que sejam pelo menos varridos do mapa, senão pela Justiça, pelo menos numa próxima eleição, pelo voto livre, democrático e soberano, esta é a verdade, camaradas!

QUEM VÊ DIFERENTE - Só vê mesmo as coisas de forma diferente, quem de certa forma está sendo beneficiado ou usufruindo das "tetas" e "mamatas" do Poder Público. Quem está à margem e busca ver as coisas como elas realmente são, jamais poderá compactuar com tudo que vem acontecendo à sua volta. Não dá para aceitar tantas bandalheiras e falcatruas e mesmo assim, de olhos estupefatos e boquiaberto, permanecer inerte e calado. O povo tem que deixar de ser besta e dar de vez o seu grito de liberdade, seja aonde for que os formigueiros de saúvas se multipliquem e queiram destruir as finanças públicas e os interesses populares. Não se pode ter uma saúde, uma educação, melhoria de vida públicas, se todo mundo permanecer mudo, calado, fazer ouvidos de mercador e fazer de conta que nada ver. Ou nós damos o nosso grito hoje, ou então, as futuras gerações, os nossos filhos e netos são quem no futuro, vão sofrer, por inércia e falta de responsabilidade de nós outros, que ao permanecermos calados, estamos a compactuar com tudo isso que vem acontecendo em nosso País. 

VER O MUNDO COM OS PÉS NO CHÃO - O mundo nem sempre o vemos azul da cor do mar, por isso mesmo, é que devemos mirar o nosso olhar na realidade da vida como ela de fato é. Não devemos nos iludir com as tantas e repetidas mentiras que buscam nos engabelar, como se fossem estas, verdades verdadeiras, que não passa mesmo de arremedo do surrealismo que buscam fazer de conta ser este o mundo em que vivemos. Devemos sim, partir para a realidade da vida, em nome da verdade, dos fatos como eles são e com os pés fincados no chão, sem fantasias, sem enganações e dando um basta de vez aos vivaldinos da vida, que no dia a dia, só pensam mesmo no momento de hoje, para no amanhã, aperfeiçoar cada vez mais a forma e a maneira de roubar ainda mais do povo brasileiro. Eita "Brasilsinho" danado, hem, camaradas!

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