terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A POLÍTICA COSTURADA PONTO A PONTO

01. – Como era de se prevê, o vereador Rômulo Camêlo, de conformidade com informação divulgada pelo Blog de Ricardo Resende, teria rompido com o seu sobrinho prefeito, Jonas Camêlo Neto, chegando inclusive, a colocar os cargos dos quais dispõe, à disposição do prefeito, que teria de pronto, aceito a posição tomada pelo tio sem nenhum questionamento. Segundo a justificativa apresentada pelo vereador, o fato de tal ruptura política, seria, em sua visão, o estado de verdadeiro abandono em que se encontra o Município de Buíque e, entre escolher em continuar apoiando o seu sobrinho, preferiria ficar do lado do povo. Bem, para quem conhece o político e vereador Rômulo Camêlo de perto, sabe perfeitamente, que ele nunca manteve uma posição política firme, quando o seu próprio futuro político está em jogo, sendo provavelmente, como aconteceu noutros carnavais da política buiquense, em que sempre o vereador, ao pressentir o seu mandato em jogo, procura sempre pular fora do barco, antes mesmo dele supostamente afundar. Na verdade, em se tratando do vereador Rômulo Camêlo, tem que se precisar se realmente isso vem de verdade a acontecer ou não, pois é ele o tipo de animal político que está mais para o camaleão, que sempre muda mais por uma questão de sobrevivência, se camuflando para não ser a presa de outras cobras criadas da fauna política.

02. – Outro que está fora do barco de Jonas Neto, pelo que se comenta, é o vereador José Agnaldo, mais conhecido como Peba, o que não é nenhuma novidade, haja vista que sempre se manteve fiel ao lado do ex-prefeito Arquimedes Valença, que foi quem lhe deu asas para voar na política de Buíque quando se elegeu pela primeira vez, e ninguém apostava que ele viesse a se eleger uma segunda vez novamente. Pelo visto, a continuar nessa pisada, a bancada do prefeito, que já estava quase empatada num conjunto de nove vereadores, vai pender mais para o lado da oposição.

03. – Quanto a Félix Mago, esse sempre foi vereador com o qual o prefeito jamais poderia ter plena confiança de com ele contar, uma vez que sempre esteve do lado de Arquimedes e, por último, formou com Miriam Briano, o grupo de apoio a Júlio Cavalcanti, se afastando regularmentamente de seu padrinho político. Tem um perfil político, como tantos outros, que pode variar momentaneamente de acordo com as suas conveniências pessoais, mas sempre se manteve fiel ao grupo do qual se originou politicamente. Com ele, a não ser em matérias de interesse do povo, Jonas Neto vai poder contar, menos com um provável apoio numa futura provável candidatura à reeleição.

04. – No que se refere ao vereador André de Toinho, que foi eleito pela primeira vez na chapa de Zé Camêlo, que quase foi eleito, mas veio a ser derrotado por uma pequena margem de votos. Eleito Arquimedes, no dia seguinte aderiu de imediato ao prefeito eleito em 2004, e se manteve fiel até a eleição de Jonas Neto, quando então, virou novamente para o lado de cá, mas também, é da mesma forma que os demais, político de não se manter fiel ao mesmo lado pelo qual vem a se eleger. Fez juras de público, assim como o vereador Peba, de que jamais voltaria para os braços de Arquimedes, mas são políticos da mesma fauna dos camaleões, sempre mudam de cor quando querem se camuflar por interesses pessoais contrariados. A bem da verdade, a nossa Câmara, precisa dizer a que veio.

05. – A vereadora Rosa, ex-primeira dama do ex-prefeito Dr. Dilson Santos, eleita suplente na coligação de apoio ao seu marido, vem fazendo oposição sem dar tréguas ao prefeito Jonas Neto. Não está dando brecha e vem procurando explorar e atirar para todos os lados na administração de Jonas Neto, de forma intransigente e cerrada. Com essa, o prefeito jamais poderá contar, a não ser, que venha a perder a cadeira da qual tomou posse em nome da coligação, para o suplente do partido de Til, Ernani Neto, que em nome do partido, está reclamando a suplência na justiça eleitoral.

06. – O vereador Daidson, eleito na chapa de Jonas Neto e foi seu líder de governo, hoje na oposição, é uma carta fora do baralho e, tendo da mesma forma que Félix Mago, formado o grupo de apoio a Júlio Cavalcanti, com Miriam Briano, é um vereador com o qual o prefeito jamais voltará a contar, a não ser em projetos de interesse da população buiquense.

07. – Com o suposto rompimento de Rômulo Camêlo com o prefeito Jonas Neto, a bancada do prefeito está cada vez mais encurtada, não que não se possa governar sem a maioria, mas as dificuldades tendem a aumentar quando não se tem maioria no Legislativo. Acredita-se, que o desenrolar de toda essa reviravolta, tenha sido falta de estratégia do próprio Jonas Neto, que não teve a devida habilidade para lidar com o Legislativo, nem tampouco, teve alguém capaz de em seu nome, fazê-lo, o que deixa o Executivo em desvantagem para administrar o Município de Buíque, mesmo assim, nada é impossível, quando se trata de política.

08. – Com essas saídas da bancada do governo, o prefeito Jonas Neto, só pode contar no momento, com os vereadores Dodó, Presidente da Casa, e André de Toinho, pelo menos por enquanto, pois quanto aos demais, Rômulo Camêlo, que supostamente é o mais novo rompante, Peba, Félix Mago, Dona Rose, Tarciso, Daidson e Zezé Leobino, não mais contará, a não ser quando se tratar de matérias, como eles mesmos dizem, de interesse da população buiquense. Vamos crer que tais afirmativas, sejam de fato verdadeiras e a expressão da mais pura realidade de suas intenções “em nome do povo”.

09. – Pelo visto, para quem contava com a maioria, o imbróglio político está formado em desfavor do prefeito Jonas Neto, que de certa forma, se descuidou em parte de uma maior atenção ao Legislativo Buiquense, ocasionando todo esse desfalque que poderá lhe trazer sérios prejuízos políticos. Urge que o prefeito Jonas Neto, busque entrar no meio de campo com cautela, calma e procure fazer as devidas costuras necessárias para não ficar à roboque do legislativo, o que não é nada recomendável, embora não seja impossível se administrar sem a maioria, só que, com minoria nesse poder, a coisa pode se tornar mais dificultosa e complicada, é esse o maior gargalo da questão desse imbróglio em que está metida a política buiquense no momento.

10. – Prova de que as coisas já começaram de forma negativa, é o fato de que as principais comissões da Câmara Municipal, de salutar importância para a aprovação de projetos do Executivo, para a vigência desse segundo período legislativo, foram formadas todas elas por vereadores, todos eles da oposição, o que poderá emperrar projetos de grande importância e de interesse do Executivo e da população buiquense, cabendo ao povo, nesse caso, se levantar contra os que não estão dispostos a votar nos seus interesses, que é, no final das contas, o que deve prevalecer, uma vez que, o povo não quer saber quem está se digladiando no poder para mais espaço disso ou daquilo, mas sim, de ver aprovado o que for melhor para os seus próprios interesses, esta é a verdade nua e crua, ou não camaradas!

11 - Ainda voltando ao assunto Rômulo Camêlo, foi ele candidato pela segunda vez, na chapa de Blésman Modesto, ainda no fervor da massiva campanha empreendida por Miltinho Modesto, que sonhara em se candidatar a prefeito sob o lema, "Buíque de Cara Nova", pretensão essa, que não logrou êxito. Assim, Rômulo foi eleito com a marca de pouco mais de 400 votos. Blesmista de carteirinha, pelo menos a princípio, após um certo tempo, se insurgiu contra o seu aliado, se passou para o lado de Arquimedes, e fez uma das campanhas mais virulentas e denunciativas contra Blésman Modesto, em todos os setores da administração pública, inclusive pelo fato, para quem não se lembra, de que a merenda escolar era tanta, que chegava até mesmo a sobrar. Foi justamente por essa campanha degenerativa sem tréguas, que Blésman Modesto chegou a amargar a pior derrota política de sua história em Buíque, ao perder para Arquimedes Valença pela marca cerca de mais de 3,7 mil votos, fato nunca visto antes no história política de Buíque.

12 - Em todo esse nevoeiro em que está se envolvendo a política buiquense, pode surgir uma outra bola da vez. O ex-prefeito Arquimedes Valença, pelo desastre administrativo que foi para Buíque, pode até sonhar, mas voltar, se acredita, ser difícil, uma vez que, apesar de ser ainda um político forte, quando se fala em seu nome, muitos desconversam e pelo que dele conhecem, dizem preferir votar num outro nome, menos no dele de jeito nenhum, que todos já sabem o que ele significa para Buíque. Então camaradas, quem tiver pretensão, além de ter que enfrentar, mesmo com tudo isso, a força da candidatura da reeleição de Jonas Neto, tem que se organizar, formar partidos e partir para a luta, pois em política, as coisas nem sempre acontecem assim de repente, como se aparecesse uma fada-madrinha com uma varinha de condão e dissesse, com um toque da varinha no agraciado, é você fulano, que agora vai ser prefeito de Buíque. Então quem quiser encarar, terá que enfrentar muitos entraves, pois vencer uma campanha política não é nada fácil e sem o mínimo de estrutura, não tem as mínimas chances de chegar lá de jeito nenhum.

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