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Esteja você aonde estiver, o meu olhar peçonhento vai estar sempre de olho em você! |
ESTÁ DE VOLTA - Após uma semana ausente, eis que finalmente, Dona Tarântula está de volta para dá as suas ferroadas venenosas sobre os diversos acontecimentos. Pelo que pode perceber, o carnaval deste ano, não foi lá do agrado geral, mesmo assim, não perdeu o seu brilho, além de que, houve, como em muitos lugares, violências localizadas, umas ligadas à festa, outras, não. Mesmo assim, segundo aconselha Dona Tarântula, carnaval é carta fora do baralho e está mais do que na hora de se começar de verdade o ano de 2011 e se jogar a bola pra frente, que de águas passadas, camaradas, não mais movem moinhos, nem que a porca tussa, ou será que eles rodam!
QUANTO PIOR - Dona Tarântula que de besta não tem nada, observa que, para a turma do contra, quanto pior melhor. Seria de bom tamanha, que essa turma, antes de criticar por criticar, procurasse mais se informar das coisas, dos fatos, como isso ou aquilo aconteceu ou deixou de acontecer, para poder engrossar o bloco do quanto pior, melhor. Infelizmente a gente sempre se deparou com esse tipo de mesquinharia em Buíque. Não é de hoje que tudo na realidade, só gira mesmo em torno de interesses menores, em detrimento daquilo que realmente merece o novo povo. Mas quer queira, quer não, a roda vai continuar girando. Se por acaso houver alguma interrupção, será tão somente por uma questão de ajuste regulamentar, mas que girar a roda, avisa Dona Tarântula, que ela continuará girando, apesar de muita gente imaginar o contrário.
TARDIA E FALHA - A milenar Dona Tarântula, como sempre acontece, virulenta que é, não deixa barato não senhor! - Por isso mesmo, é que, depois de passado tanto tempo de festejo, de final de ano, de carnaval e o escambau, espera que finalmente, mesmo que tardia, a Justiça volte a trabalhar e que deixe também de falhar tanto. Não é possível tanta gente esperando por uma resposta da Justiça, às vezes até, em caráter inadiável, e mesmo com o Direito do cidadão em feridas sangrando, mesmo assim, ela não aparece e quando muito, vem tardiamente. Tem caso que até mesmo para se tirar uma certidão de nascimento, o autor da ação morre, e a Justiça não acode o indivíduo. É de se ficar pasma e indignada com tanta falta de atenção dos potentados que estão no pódio no poder de mando da Justiça. Assim, camaradas, não dá!
PENA DE TALIÃO - Vivida por Dona Tarântula, que vem de longos milhares de anos, a Lei de Talião, ainda está valendo, pelo menos é isso que ela tem observado na mentalidade de alguns dos nossos julgadores, que ainda acham que o ilícito penal deve ser retribuído na base do "olho por olho, dente por dente". É nessa pisada, que recentemente, em um julgado foi aplicada em um "ladrãozinho" pé-de-chinelo, uma pena, diga-se de passagem, de quase 24 anos, pela prática, de comprovação duvidosa, de três pequenos roubos, que apesar de se aludir no processo que ele, acusado, estava em companhia de outros elementos, mas só ele foi condenado. A questão não está na ficha de antecedentes criminais e de prática delitiva do indivíduo, mas sim, na pena exasperada, versus o princípio da razoabilidade da pena aplicada, em face da ressocialização e reeducação, para a reinserção social do apenado. Até aonde pode a medida da pena, em circunstâncias tais, ressocializar e reeducar o condenado? - Será que a exasperada pena aplicada, a título de exemplarmente se condenar o indivíduo, vai resolver o problema dele perante à sociedade ou vai ainda mais, piorá-lo para o meio social, quando sair da prisão? - Será que pela pena recebida, chamada de retributiva estatal, será do tamanho do que ele cometeu contra à sociedade? - Enquanto isso, observa Dona Tarântula, muitos dos nossos julgadores, que se imaginam deuses dos deuses, vão aplicando o princípio penal da Idade Média, do "olho por olho, dente por dente", seja lá contra quem quer que seja. Desse jeito, camaradas, somadas às condições carcerárias que temos, e o sistema prisional que dista também dos idos medievais, a tendência nessa onda de pena retributiva estatal, só tende mesmo a piorar ainda mais as coisas e na verdade nem se reeduca, tampouco se ressocializa e a reinserção social, jamais vem a acontecer. Quem entra bom, mais ou menos ou ruim, num presídio, sai igual, piorado ou uma besta-fera dos infernos dos quengos, esta é a verdade, e não adianta imaginar que se está fazendo justiça e aplicando a lei, usando todo o peso da caneta, com todas as forças das tintas de um deus togado, que não se está não senhor! - A realidade está aí para quem quiser ver, ou não, camaradas?
NÃO QUER ATINGIR NINGUÉM - Esclarece Dona Tarântula, que não está fazendo crítica direcionada a quem quer que seja. Só está mesmo fazendo uma observação fruto de sua verve pessoal, nada mais que isto. Claro, dentro do livre arbítrio e dentro do permissivo legal, o julgador pode tudo, desde que, dentro de suas atribuições e de seus limites constitucionais. Nada a mais, nada a menos. O problema é na questão do sentimento de "deus" quando sobe à cabeça de quem veste à toga. É aí que mora o perigo. Dona Tarântula respeita todas as autoridades, só não concorda, em muitos casos, com o exarcebado autoritarismo, tão presente em muitas delas. Quando estão estagiando como advogados, muitos deles, já demonstram os lobos (ou deuses!) que existe por trás ou dentro da pele de cordeiros, que muitos se escondem. Por isso mesmo, é que Dona Tarântula acha, muito pouco se exigir para ser um juiz, a experiência mínima, que às vezes nem acontece, de tão-somente três anos. No mínimo, deveria ser em torno de dez anos de batente como advogado militante, para ter o devido conhecimento de per si, do que é a vida do lado de cá. Quem não foi um bom advogado, jamais será um bom juiz. Se assim o fosse, juiz quando se mete numa enrascada, não contrataria um advogado, ele mesmo se defenderia com o conhecimento o o poder de "deuses" que muitos acham que tem. Desconhece Dona Tarântula, com raras exceções, um ex-juiz vir a ser um bom advogado, isto porque, ficou bitolado a só ver um lado da lei e não a Justiça na sua tripartição filosófica e exegética.
BEM, POR HOJE, BASTA - Não querendo se fazer de rogada, acha Dona Tarântula, que por hoje já disse o que tinha que dizer. Não adianta mais se falar de coisas que a deixam revoltada, principalmente, quando dessa política nojenta que nos rodeia ou dessa Justiça tardia, paquidérmica, lenta e injusta que temos. Isso só revolta Dona Tarântula, daí que, atarantada da vida, não quer mais dá um priu em porra nenhuma! - Chega de conversa, que hoje já não aguenta mais falar de mais nada, certo camaradas! - Até sexta que vem, ok! - Quem sabe, talvez, o seu humor não esteja melhorado, hem! - Falar desses assuntos a deixa chateada, cansada e desiludida, afinal de contas, as coisas só tendem mesmo a piorar, pô! - Então, chega de prosa por hoje!
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