quinta-feira, 10 de março de 2011

A VIOLÊNCIA SEMPRE APARECE NUM CRESCENDO EM PERÍODOS DE FESTAS

BRASIL AFORA - A violência pelo Brasil afora, foi estupidamente crescente, isso somente pelos dados oficiais colhidos. E aqueles que não chegam ao conhecimento das autoridades, nem tampouco da imprensa? - Nas estradas, os acidentes foram cada vez mais violentos e muita gente morreu sem nenhuma causa justificável, na maioria das vezes, por imprudência no volante, em não obedecer as regras de trânsito. Tem motorista irresponsável, que faz ultrapassagem como se estivesse fazendo um roleta russa. O pior é que coloca em risco à vida de pessoas inocentes, provocando acidentes desnecessários e mortes. Pior é que por mais que se façam divulgações educativas, parece até que ninguém liga para nada. Fora das pistas também, no meio das grandes ou pequenas farras, sempre se tira a vida de alguém de forma brutal, cruel e da mesma forma, sem a menor justificativa, somente pela bestialidade humana. Tem sido assim, essa violência irracional praticada pelo ser humano ou desumano(?) contra o seu próprio semelhante.

EM BUÍQUE - Na terrinha mesmo, embora se esperasse um carnaval tranquilo, assim mesmo houve alguns atos de extremada violência. Na noite de sábado para domingo, foram praticadas por alguns jovens da vizinha cidade de Arcoverde, lesões corporais por arma branca (faca ou canivetes), contra outros jovens de Buíque, também sem nenhuma justificativa. O pior foi a morte do jovem professor, também por arma branca, Paulo Gilberto, que não tem da mesma forma, nenhuma explicação e o pior, é que pelo visto, ainda não se sabe quem foi o autor de tamanha brutalidade que ocasionou na morte do pacífico e alegre jovem professor buiquense. Um dos hábitos do povo buiquense, principalmente os da residentes na zona rural, é o uso costumeiro de arma branca na cintura. Nunca entendi porque essa gente adquiriu essa mania de andar armado com faca-peixeira. Justificam eles que é pelo trabalho no campo. Até aí tudo bem, mas na cidade, qual a razão para que se justifique o uso de tal apetrecho na cintura? - Daí que, com a mistura de bebida alcoólica, uma discussão  besta por um motivo banal qualquer, geralmente termina em morte, o que poderia ser evitado, afinal de contas, ninguém nasceu para morrer de véspera como peru.

OS FESTEJOS DE MOMO - No geral, a festa de momo de Buíque deste ano, tanscorreu, não na mais perfeita paz, como se esperava, em face de tais incidentes ocorridos, entretanto, no geral, pelo que se tem notícia, não ocorreram mais ilícitos penais, a não ser de menor potencial ofensivo. Na verdade, desde que a gente é gente, que o ser humano é dotado de violência e, em Buíque, sempre se praticaram atos de violência nos períodos de festas. Dificilmente uma festa transcorre na mais perfeita tranquilidade. Sempre acontece atos de violência e mortes. Só para lembrar, o ex-prefeito Jonas Camêlo, avô do atual prefeito, foi morto numa festa de final de ano, causando um grande clamor em toda a municipalidade e região, a ponto de ter sido suspenso os festejos de final de ano na época de sua trágica e violenta morte. Acredita-se também, que não é diferente em outras localidades. A violência, infelizmente, está no DNA do ser humano. Uns controlam, outras não chegam a controlar os seus próprios impulsos voltados para fazer o mal. Festa é festa e, deveria dentro de um contexto de alegria, paz e amor, ser realizada toda e qualquer festejo de natureza humana.

A NATUREZA HUMANA - Indiscutivelmente, o ser humano, é o bicho dotado da  mais pura violência que até mesmo os animais irracionais. Estes, não tem o reflexo de seus atos e os praticam, por uma questão de sobrevivência entre eles mesmos e até mesmo por uma questão da cadeira alimentar. Até mesmo os animais irracionais que são mortos para servir de alimentação para nós, humanos, são feitos com requintes de crueldade. Apesar de ser animais irracionais, claro que como nós, sentem também o peso da dor da morte, mesmo assim, por mais racionais que sejamos, em nome da cadeia alimentar, os matamos para nos alimentar. O que não existe uma explicação plausível, é o ser humano tirar bestialmente, a vida do próprio ser humano. Pior é que, existem aqueles, em que o DNA da criminalidade parece até que já está incrustado no próprio organismo, na própria mente maléfica e voltada tão-somente para a prática criminosa. Daí que, em parte se pode até concordar com o médico italiano, Cesare Lombroso, nascido no século XIX, que para explicar a teoria criminológica, dizia que o ser humano já nascia com o DNA do crime no sangue. Bem, para a época, à falta de maiores dados científicos e indicativos de estudos criminológicos, até que seria aceitável essa idéia, mas nos moldes atuais, não dá para explicar que o ser humano já venha com os caracteres genéticos do crime no próprio sangue. Existem também aí no meio do caminho, o meio social e vários outros fatores que influenciam o caminho da prática criminosa, que ainda assim, não existe uma explicação plausível para o comentimento de tantos crimes cruéis e insanos como os que vem acontecendo na atualidade mundo afora. E os crimes de guerra, hem?

NOSSO CARNAVAL - Indiscutivelmente, o nosso carnaval foi bom. Não foi o melhor, disto se deve ter plena consciência, até porque, as atrações não ajudaram em absolutamente nada. Não que tenha sido esta a intenção dos organizadores, mas o problema maior com que o poder público se deparou, foi sem dúvida alguma, a falta de ajuda de recursos financeiros estaduais e federais, o que infelizmente, tirou o brilho do nosso carnaval deste ano. Entretanto, nem por isso se deixou de fazer um carnaval bom e alegre. Na verdade, num próximo evento dessa natureza, o importante é se estudar com antecedência, se fazer projetos, modificar o formato do nosso carnaval, sem entretanto, se tirar a essência turística que o nossa carnaval ganhou nos últimos anos, mas se acredita que se deve dar uma guinada para um carnaval também voltado para as nossas raízes culturais, como forma de movimentar não o pólo do que se convencionou chamar de "Praça de Eventos", mas também, reativar, reviver as nossas troças, as brincadeiras de rua, para, por um momento, finalizar com o carnaval de clube, embora seja este modelo, ultrapassado, mas não para o carnaval familiar, sem a bagunça que se transformou o nosso carnaval centrado nessa tal de "Praça de Eventos", em que só se tem mesmo música baiana estridente, bebidas em exagero, drogas, banho de bica, nada mais que isso, daí a bagunça generalizada, chegando ao ponto de gerar à violência, como acontece até no carnaval da Bahia. Esse modelo importado dos baianos, parece que está prestes a falir de vez.

COMEÇO DE ANO - Bem, terminado o carnaval, agora pelo visto, vai começar efetivamente o ano de 2011. Até o momento do carnaval, a tônica era só festa, pelo menos no inconsciente coletivo da cultura popular. Nesse meio termo, o ano fica paralisado, nada anda, nada funciona e a gente que é profissional liberal, quase que praticamente, nada resolve, se é que resolve nos períodos normais de funcionamento dessa Justiça paquidérmica que temos, e com tantos magistrados se achando e tendo certeza que são "deuses", para o pouco Céu que existe para eles, aí que é que a coisa não funciona mesmo. É duro ter que dizer isso, mas é a mais pura realidade. Tem gente presa aí, não importando o crime que tenha cometido, a mais de ano sem que se tenha sequer identificado o autor ou os autores materiais do um crime de que se é acusado, e mesmo assim, contrariando preceito de ordem constitucional, continua presa, como se a vida do ser humano, mesmo acusado de qualquer que seja o crime, sem uma sentença penal condenatória, seja uma coisa reles e sem o menor valor. Pior é que, ao se partir para um HC nos Tribunais, eles, lá de cima de seus gabinetes refrigerados, também considerados "deuses dos deuses", justificam a manutenção de prisão, com jurisprudências as mais estapafúrdias possíveis, para concordar com o "deusinho" de cá de baixo. É uma tremenda barbárie o que a Justiça Brasileira vem fazendo. E o CNJ, o que está fazendo para que a letra da lei venha de verdade a ser cumprida, hem?

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