sábado, 5 de março de 2011

VOANDO NO ALTO, VENDO A TERRA, O MAR E OS ARES DO CARNAVAL

BLOCO DAS CARMELITAS
Hélder, em uma das participações, logo no início, no Bloco das Carmelitas.
      Com certeza ontem, sexta-feira, foi o melhor momento do Carnaval da Magia da Folia de Buíque, com a saída triunfal do irreverente Bloco das Carmelitas. Como surgiu a troça carnavalesca buiquense, é coisa que pouca gente sabe, desde quando, como e o porquê. Na verdade, o bloco surgiu com o término de outros blocos, a exemplo dos Prisioneiros, Tô na Boa e de um grupo de jovens formados pelos meus filhos Hélder, Hémerson, Helderson, Langinha do Gago de Lindolfo, entre outros, que querendo uma coisa diferente para o nosso carnaval, numa dessas muitas farras de jovens, imaginaram, maturaram, até chegar ao nome "Bloco das Carmelitas", isso há uns oito ou nove carnavais mais ou menos. Este ano, como forma de tornar o carnaval buiquense ainda mais efeverscente do que já o é, com uma mãozinha do poder público, se pode fazer algo melhor e a abertura do carnaval na noite de ontem prometeu e foi um grande sucesso com a irreverência de diversos jovens buiquenses, que a exemplo de muitos outros similares que são realizados, procuram na irreverência do geral-gerou, soltar todas as frangas existentes dentro de cada um e nada melhor do que no período do reinado de Momo, aonde prevalece o vale-tudo.

BLOCO DO SÁBADO DA MADRUGADA
       Todos os anos, religiosamente às cinco da matina, sai do Blogo da Madrugada buiquense, comando por Roberval de Luis Nilson, que saí de casa em casa das pessoas, levando alegria, acordo o pessoal ressacado, para se embriagar mais uma vez e sem conversa mole, logo de manhãzinha. Já se tornou uma tradição do Bloco Carnavalesco comando por Roberval, que saí quer chova ou faça sol, todas às madrugadas do sábado de carnaval de Buíque. A novidade, é que todo ano ele escolhe a casa de uma das pessoas ilustres da cidade para fazer o ponto de partida de seu bloco e, neste carnaval, a saída vai ser da casa do prefeito Jonas Neto, afinal de contas, carnaval é carnaval e foi numa dessas, que Roberval fez Blésman Modesto se abraças com Arquimedes Valença, deu manchete e a política deu no que deu. Bem por trás do nosso carnaval, sempre se tem uma pitada de política no ar. Não se sabe qual o mistério de Roberval neste carnaval, resolver fazer da casa do prefeito, de quem ele é adversário, o seu ponto de partida para cair na gandaia no sábado de carnaval, mas como na música, "Quanto riso, oh!, quanta alegria,....não me leve a mal, hoje é carnaval......". Depois da alegria matutina de Roberval e sua tropa, a animação vai continuar na chamada Praça de Eventos, a partir das duas horas da tarde e a alegria da folia e da magia, vai de vez explodir.

SÁBADO DE ZÉ PEREIRA
      Hoje em Buíque, seria o que chamar-se-ia em carnavais passados, de "Sábado de Zé Pereira", em que por volta das oito horas da noite, se fazia oficialmente a abertura do carnaval, com uma banda de metal e um boneco gigante puxando na frente, circulando à cidade,  indo para o Mercado Público, e que se estendia por até no máximo doze horas da noite. Nessa época, o Clube Municipal, era mesmo no Mercado Público. Não existia essa de carnaval centrado no local determinado ao som de potentadas bandas musicais. O som mesmo era de orquestra de metais e reproduzido nas famosas cornetas, as chamadas difusoras. Era tudo mais simples, mais singelo e existia mais um quê de romantismo no ar, mesmo assim, ainda existiam os exageros e muitas "moiçolas" ficavam "faladas" depois de certos carnavais e tinha casos até, de casamentos que tinham que ser feitos às pressas e se o sujeito se negasse a casar, a coisa era feita na base do trinta e oito. Era a lei do cão, ou casava ou casava, não tinha outra saída. Hoje não, o amor é livre, liberto e libertino. Tudo vale, sem limites e talvez melhor assim, que casar na marra com quem não se queria. Mesmo assim, nada melhor que os carnavais sadios que se fazia nos clubes, nas ruas com papangus, com mela-melas e, após um dia de brincadeira pelas ruas, cada qual andando na casa um do outro, se divertindo sem más intenções, bebendo, farrando à vontade e existia, com toda certeza, mais calor humano com a aproximação das pessoas para brincar, farrar, beber até aonde desse e, depois, logo mais à noite, a farra se dava no clube durante toda à noite até o sol raiá. Houve época em que se brincava, na força da juventude, dois, três dias sequenciados. Sinceramente, para quem viveu esses tempos singelos, existia mais amor, mais paz e mais humanidade nos carnavais passados. São carnavais que não voltarão jamais.

A SIMPLICIDADE ERA TUDO
      Era o carnaval de gente como Seu Cândido Leite, Mario Buchuco, Nilton da Farmácia, Expedido Moreira, do irreverente Terreu e tantas outras figuras que fizeram história em nossos carnavais passados. Eles nunca perdiam um carnaval em Buíque, tenho isso na lembrança desde quando era criança e na minha juventude. Sempre acompanhei a alegria e a irreverência dessas pessoas em todos os carnavais buiquenses. Sempre se divertiam e faziam, ajudavam a fazer a alegria de nossos carnavais. Essas pessoas, infelizmente, por alguma razão que se desconhece, não são lembradas nos atuais carnavais, nem mesmo como uma forma de homenagem, o que é lamentável, pois eles, afora outros e outras que não me vem à memória no momento, tem muito a ver com o nosso carnaval e por isso mesmo, bem que mereciam uma justa homenagem em cada carnaval, para que a memória dos jovens sejam sempre arejadas com os bons exemplos que deixaram para os que vieram depois. Eles hoje certamente estão fazendo o seu carnaval particular no lugar onde estiverem dormindo os seus sonos eternos. Para eles, só se pode dizer, que tê-los como filhos de Buíque e autênticos carnavalescos, que valeu à pena que eles tenham vivido intensamente e que fizeram e ajudaram a fazer a alegria de muitos buiquenses. A homenagem deste Blog a essas pessoas importantes, para os carnavais passados e que certamente, estarão também, dando os seus pulinhos por aí no Carnaval da Magia da Folia, hem, quem sabe?

O RIO ESQUECEU DAS TRAGÉDIAS
       As recentes tragédias ocorridas recentemente no Rio de Janeiro, em que dizimou a vida de muita gente e deixou outro tanto na miséria e na rua da amargura, parece que foi tudo esquecido, afinal de contas, nada pode impedir o maior evento do mundo, que é o seu gigantesco carnaval. As dores de cada um, o sofrimento de todos, de tantas famílias que perderam entes queridos, de outras tantas que ficaram à míngua, parece que se esvai no tempo e tudo é esquecido, sem o menor sentimento e solidariedade das demais pessoas. O carnaval é a injeção que anestesia toda a dor e sofrimento do povo do Rio de Janeiro, o que não dá para entender, que em tão pouco tempo se tenha esquecido de uma das maiores tragédias ocorridas no Brasil nos últimos anos e até quiçá, no próprio mundo. É lamentável a falta de sensibilidade do ser humano, mas como a farra, a alegria, o esquecimento sempre prevalece, é assim que acontece, não só lá no Rio de Janeiro, mas em qualquer parte do mundo, a vida tem sempre sido relegada a segundo plano, em nome de interesses outros, sobretudo, a ganância em aparecer, fazer "marketing" para muita gente se fazer estrela, e se construir fábricas e mais fábricas de dinheiro, em que muitos ganham milhões e a dor, o sofrimento alheios que vá para aonde quiser, que isso está pouco importando para quem está se sentindo numa boa só lucrando às custas do esquecimento e da miséria alheias. É  este o retrato do mundo desumano em que vivemos. No Rio de Janeiro, o sofrimento e a dor do povo, terminam em intermináveis desfiles de samba no pé, inúmeras beldades nuas em pelo mostrando as suas genitálias, no garboso e majestoso Sámbodromo, onde as tragédias são esquecidas em nome da alegria incontida das grandes escolas do carnaval carioca.

DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS
        O que não dá para se entender, é a ênfase em que a imprensa vem dando mais ao caso da menina que foi morta pela amante do pai, do que do crime do filho, que impiedosa e friamente matou os próprios pais. Enquanto se vem dando um espaço enorme ao caso da menor, o crime hediondo praticado pelo filho contra os próprios pais, sequer aparece no ar. Qual a diferença de hediondez que existe entre os dois tipos de crimes, hem? - Será que a crueldade de um é diferente do mesmo requinte de crueldade praticado pelo outro? - Qual a diferença entre um e outro? - A dor da família da menor, será diferente da dor da família dos pais mortos pelo próprio filho? - Não dá para entender a razão, mas parece que a imprensa está querendo mesmo é o linchamento sem dó nem piedade diferenciado para a mulher que matou a garota, e uma pena menor para o filho que matou os próprios pais. Só se pode deduzir isso, pois de outra forma, para quem vê a mídia com desconfiança, só pode ser isso mesmo. Ou será que falar do crime da menor, expor a assassina, dá mais ibope do que expor o caso do filho que matou os próprios pais? - A imprensa, camaradas, nunca deixou de ser uma balança de dois pesos e duas medidas e com certeza, que vai influir na balança da Justiça, disto ninguém pode ter dúvidas. A imprensa é tacanha e se não tiver cuidado, não que ninguém seja inocente, no caso em comento, mas noutros casos em que ela alardeia intensamente, faz do inocente culpado e deste, a depender de seus interesses, inocente. É uma imprensa nojenta, repugnável, tacanha e que merece repúdio de quem vê um palmo além do nariz.
SECRETÁRIA DE SAÚDE
      A Secretária de Saúde do Município, Fernanda Camêlo, esteve em festa neste último dia 03, em face do aniversário de seu filho, João Pedro. Fui convidado, mas infelizmente, por problemas de ordem inadiáveis, tive que viajar ao Recife com meu filho Hélderson, e não pude comparecer. De qualquer forma, gostaria de parabenizar o pequeno "rebento" e agradecer de coração pelo convite recebido. 

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