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BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

domingo, 24 de abril de 2011

COLUNA BATENDO O MARTELO


A LUTA DE UM HOMEM
Não deixa de ser admirável a luta do ex-vice-presidente da República, Zé de Alencar, pela sua vida. Claro, homem de posses, rico, poderia ter o tratamento e o médico que bem quisesse e, de uma doença em que lhe daria com tratamento intensivo, uma sobrevida de cerca de pouco mais de ano, ainda chegou a viver mais de cinco. Foi praticamente mutilado, pois se submeteu a mais de uma dezena de incisões cirúrgicas, mesmo assim, quando não teve mais jeito, foi dele mesmo a iniciativa de parar e esperar a morte chegar em sua própria residência, o que veio a acontecer cerca de treze dias depois. Evidentemente, que pelo mal do qual foi acometido e pelos recursos que tinha, foi tratado pelos melhores médicos e centros que a medicina poderia oferecer, mesmo assim, não conseguiu se desvencilhar do mal do qual foi acometido. Mas mesmo com todo dinheiro que poderia lhe proporcionar uma cura, infelizmente não conseguiu, isso porque, é assim mesmo o ciclo da vida, entretanto, dele não se pode dizer um fraco, não tinha medo da morte, nem era preso à fortuna que iria deixar para os que iriam lhe suceder. Antes de falecer chegou ainda a dizer "que não tinha medo da morte, mas da desonra."

SEM QUERER DESMERECER
Sem querer em momento algum, desmerecer à luta pela vida do nosso ex-vice-presidente, Zé de Alencar, há de se levar em consideração, o fato de que se ele não tivesse dinheiro e fosse submetido a um hospital mantido pelo SUS, público, com certeza ele não teria conseguido viver sequer o previsível ano de vida dado pelos médicos no caso específico de sua doença. O gasto que manteve, que certamente deixou muito médico e hospital cada vez mais rico, foi a mola mestra dessa sua sobrevida, porque se fosse um pobre ou miserável, tinha morrido na primeira cirurgia que tivesse sido submetido, porque os hospitais públicos, diga-se de passagem, só servem mesmo, principalmente nas cidades interioranas em que vivemos, para fazer consultas sem o médico olhar na cara do paciente, só fazendo perguntas, sem examinar e passar uma injeçãozinha pra barriga inchada, pra dor na coluna, alguns "cachetes" de placetemol e, se muito, se o sujeito tiver com alguma lesão de menor potencial ofensivo, se tiver esparadrapo na enfermaria, manda fazer um curativo qualquer e sequer manda o sujeito voltar. Ter uma sobrevida para o pobre e miserável, somente com as intempéries da lei da vida, esta é a realidade. Certa feita, fui acometido por umas fortes dores estomacais e outros sintomas mais e fui internado no Hospital Regional de Arcoverde, que na época era comandado por Dr. José Cursino e, diante daquelas condições, isso há mais de trinta anos passados, ele me falou: "Mané, aqui a pessoa só sobrevive pela lei da vida", porque a situação é um verdadeiro caos. Isso há cerca de trinta anos passados e parece que a coisa não mudou lá muita coisa, apesar de tanto dinheiro que se investe na saúde. Pelo visto, a nossa saúde pública, nunca vai sair da UTI.

CONSTRUÇÃO DE MAIS HOSPITAIS
A iniciativa do Governador Eduardo Campos, não deixa de ser louvável, mas construir mais hospitais só para dizer que está cuidando da saúde pública, não adianta nada, se não se tem os elementos essenciais para dar a devida manutenção com equipamentos de última geração, com medicamentos para os pronto-atendimentos, médicos de todas as modalidades e um tratamento digno à população. Se não tiver toda essa sustentação administrativa, para que construir mais hospitais? - Claro que todo mundo quer um hospital de qualidade em seu município ou em sua cidade, agora, fazer um hospital pomposo, colocar equipamentos de última geração, para não ter quem possa operá-los, que adianta? - Sem médicos para atender o povo, então para que mais postos médicos ou hospital? - Hospital só de enfeite vai servir para a saúde de quem? - O que se investe na saúde pública se investe muito e muito mal. Está mais do que na hora para se ter mais responsabilidade com a saúde do nosso povo. A idéia de Jonas Camêlo Neto de construir um hospital em Buíque, não deixa de ser louvável, mas se construir um hospital, o que seria bem-vindo, se nem a Casa de Saúde funciona como se deve, hem? - Não que seja culpa da Secretária de Saúde, que por sinal é muito ciosa e cuidadosa no que vem desempenhando, mas convenhamos, ora falta médico plantonista, ou porque não tem ou porque matou o ponto mesmo, além de que, ora falta também os mais simples tipos de medicamentos, então, tem que se cuidar primeiro do que se tem, para se pensar grande lá na frente. Claro e evidente, que quando assumiu, o prefeito Jonas Neto, pegou a saúde pública em petição de miséria. Até rato vivia transitando entre os pacientes na Casa de Saúde, mas o que se tem que fazer é melhor, inclusive, os equipamentos existentes e a estrutura interna, que é a que serve para o paciente. Buíque também precisa de um atendimento odontológico, fato que foi iniciado no governo de Blésman Modesto, mas parece que só ficou na política mesmo. Ninguém levou o plano adiante. Quem então, se habilita? - Quando falo em tratamento odontológico, não é só na questão de desdentar o povo não senhor, como fazem em época de campanhas políticas!

EDUCAÇÃO DE QUALIDADE
Construir escolas é muito importante para todo e qualquer município, entretanto, mais importante ainda, é procurar se qualificar melhor a educação para dar ao nosso povo uma educação de qualidade. Construir escolas e mais escolas para mostrar somente o cartão postal, não é de todo o mais importante. O importante mesmo, é o miolo da educação por dentro, como está sendo usada a metodologia aplicada à educação, a forma de se educar, a assistência que se está dando à educação e a qualificação dos profissionais que estão voltados para à educação. Isso é importante, se bem que, escolas públicas de qualidade, do ponto de vista arquitetônico é de salutar importância. O que se tem que fazer é uma equalização entre quantidade e educação de qualidade. A educação de Buíque, Município que tem cerca de 52 mil habitantes, e que faz limitações com Tupanatinga, Águas Belas, Itaíba, Venturosa, Pedra, Arcoverde, Sertânia e tem cerca de 1.372 km2 de área, não pode ser tratada como a educação de um município em que aqui cabem cinco deles ou mais. Não se pode tratar a educação de Buíque como quem está tratando com a educação de um município de cerca de 10 mil habitantes. Além de Buíque ter uma grande população mais centrada na Zona Rural, as limitações do município são ainda gigantescas e existem lugares dentro do município em que se tem que se deslocar cerca de 80 km zona rural adentro. Então pelo tamanho geográfico do nosso Município, os problemas maiores a serem enfrentados, são ainda a saúde e a educação, além de claro, se ter programas sociais e agropecuários, voltados para as localidades mais distantes da sede do município. Sem uma política bem planejada, não se pode avançar muito em termos de desenvolvimento econômico e social para o tamanho de um município como o nosso.

QUESTÃO ESTRUTURAL
É mais do que evidente, que a questão estrutural de Buíque, não é de hoje, mas sim, dista de muitos anos. Em termos de saúde, se avançou muito pouco nos últimos governos, assim como na questão de educação, onde se chegou a gastar milhões de reais em investimentos na qualificação profissional de professores e não se chegou a lugar nenhum. Na questão da agricultura e pecuária, se desandou, pois não se tem conhecimento de nenhum programa público em parceria com o Estado, voltado para a agricultura e pecuária familiares, para dar sustentação e renda às famílias. Muita coisa poderia ter sido feita, mas pela inércia e letargia de alguns, pouco se avançou, além de que, o Município foi recebido numa situação de verdadeira terra arrasada. Dos doze anos que passaram no poder, não cuidaram de fazer, estrutura e requalificar absolutamente nada ou quase nada. Só se pintou e bordou e pouco se fez de verdade, esta é a realidade. Agora a questão não é olhar o leite derramado, que não recupera mais, mas sim, fazer com que se produza mais leite e não deixar que ele seja mais derramado, esta é a verdade, ou não camaradas! - Em política, o que está feito está feito e não volta mais. O pássaro que alçou vôo na política, não volta a voar mais.

QUE SEJAMOS REALISTAS
Não se deve alimentar ilusões. A gente tem que viver a realidade do momento. Claro que nos deparamos com uma realidade adversa que vinha ao longo dos anos se arrastando e mudar em tão pouco tempo, seria pouco provável, apesar dos esforços que vem sendo feitos pela atual gestão no sentido de se acertar. Evidente que erros são cometidos e quem não os comete? - O que devemos olhar é para a frente e para aquilo que se pode fazer em termos de melhorarmos a situação da nossa terra. Agora camaradas, o trabalho tem que ser feito em conjunto, com gente comprometida com o nosso futuro, senão não adianta plantar no molhado e nada colher. O futuro só nós que somos do lugar é quem poderemos construir, esta é a verdade nua e crua. Pegamos uma realidade adversa, mas com coragem, força, vontade, devoção, desprendimento e pensando mais no nosso povo, podemos tudo mudar, certo camaradas!

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