CAIXA DE SURPRESA – Quando se trata de julgamentos por parte de julgadores, se pode dizer, que tudo na verdade é uma verdadeira caixa de surpresas, que das sentenças prolatadas, nos deixa, como profissionais do Direito, boquiabertos, estupefatos, em face das decisões, com base na fragilidade processual e dos fatos extirpados dos autos que na verdade não passam de um arremedo da verdade real, que seria a busca maior para se perseguir por mais justiça, mas ao invés desta, o que se vê são condenações além do merecido e no final de contas, quem paga mesmo, é o pobre coitado que mesmo com advogado constituído, defesa técnica bem conduzida, fica inerte, impotente, diante de decisões estapafúrdias e muito além do merecido. Mesmo que os fatos não passem de meros indícios, já é o bastante e suficiente para o acusado ser prontamente condenado. Recorrer seria a solução, se não fosse o tempo para se julgar um recurso, que a depender da pena aplicada poderá demorar mais e o indivíduo permanecer mais tempo preso, do que não recorrer e aguardar a progressão da penal na fase de sua execução da pena imposta. Tem mais, Corte Revisora, no geral, em grande parte, só faz mesmo referendar o que o julgador de primeiro grau prolatou e ponto. É como uma "maria-vai-com-as-outras", salvo algumas exceções.
PROFISSÃO ESTAFANTE – A arte de advogar, defender os mais fracos e oprimidos, quando no banco da faculdade, é o imaginário ideal daquele indivíduo que ainda está numa fase de um mundo de sonhador. No decurso dos trilhos da militância advocatícia, a vida profissional se torna frustrante, estafante, estressante e deprimente, diante de tantas injustiças com as quais nos deparamos nos processos que acompanhamos e defendemos. Da advocacia, se o indivíduo não for bem da bola, termina na poltrona de um psicanalista para tentar recuperar os ajustes mentais, de tantas arbitrariedades e barbaridades com as quais nos deparamos, com as demasiadas injustiças que são cometidas. Tem mais, dificilmente advogado criminalista, com algumas poucas exceções, consegue reverter a tese acusatória de um Promotor de Justiça, porque em Juízo o que vale mais não é a verdade real buscada no processo, mas sim a trajetória já previamente imaginada pelo Ministério Público, cuja tese já está previamente encampada na mente do julgador. Não adianta muito não senhor, em meus mais de vinte anos de profissão, o juízo de valor já estar formado bem antes da instrução processual, sobretudo se o caso cai no gosto da mídia e da opinião pública em desfavor do acusado, aí sim, o acusado está fadado a ter a certeza de ser condenado de verdade mesmo, sem dó nem piedade. Aí vem aquela máxima jurídica do latim de que "dura lex, sed lex" ( a lei é dura, mas é lei). Balela! - Tudo balela! - Será que algum dos colegas discorda de mim, se discordar, que dê sua opinião!
PIOR É O DESGASTE – O pior de tudo nessa profissão, é o desgaste ao qual por vezes somos submetidos, além das entediantes esperas horas a fio para se fazer uma audiência, quando é realizada e, quando não, vem o adiamento para outra data e a gente vai ficando fulo da vida com esse vai e vem desvairado de uma Justiça que funciona na base do tubo de ensaio. Quem é condenado, em muitos casos, está mais para rato de laboratório, do que para pagar um delito do qual foi responsabilidade e, do ponto de vista processual, nada restou muito claro, mas como tem que se ter uma decisão, melhor condenar do que absolver, é este o princípio seguido pela maioria dos julgadores. Não que o mundo esteja povoado por santos, disso não se fala, mas a questão é nivelar todo mundo por igual como se todo acusado fosse réu de verdade, o que processualmente, nem sempre acontece. Não dá para acreditar em determinados julgados que os senhores “deuses do Olimpo” estão prolatando, pois inexiste base legal da verdade real para que tomem determinadas decisões. Pior de tudo isso, além do estresse que nós profissionais do Direito somos tomados, é o desgaste porque um cliente que se está até mesmo fazendo um favor, porque a maioria dos presos é pobre de Jó, é defendermos alguém e vermos no final o sujeito ser condenado a uma pena aviltante e cruel. Não dá para agüentar ver tanta injustiça sem botar a boca no trombone. É isso que vem acontecendo com a nossa Justiça. Na verdade o que temos é um arremedo de Justiça e uma fabrica de doidos e de mais bandidos para conviver com as pessoas normais, se é que também podemos nos considerar pessoas normais em toda essa parafernália estafante em que vivemos.
SÓ O DESGRAÇADO É CONDENADO – O princípio de que só o pobre, preto e prostituta é condenado, é coisa do passado, não é não senhor, também não é coisa de se procurar fazer teatro em júri não senhor, é a mais pura verdade. Em nossa Justiça, essa máxima continua valendo. Observe se nos presídios existe algum sujeito dotado de posses? – Não, minha gente, não existe. Os presídios estão abarrotados vergonhosamente de gente sem a menor condição até mesmo de constituir um defensor, um advogado para lhe defender. Ou pede favor a um político para indicar um, ou fica na mão do Defensor Público, que encharcado de processos pouco pode fazer pelo seu constituinte, mas que são ciosos nos seus misteres, disto não se pode ter a menor dúvida. Nós que vivemos da militância advocatícia nos fóruns do interior, não temos lá muito poder de fogo, isso porque, não nos é dado o valor que merecemos. Agora se aparece de fora um engravatado renomado, de influência política e jurídica, com certeza terá êxito no seu intento processual, seja ele qual for. Mas com certeza a máxima que ainda vale, é a de que só permanece preso e é condenado, se for pobre, preto ou prostituta, ou então, dentre estes, basta uma acusação de um crime contra a liberdade sexual, de acordo com a nova nomenclatura processual penal, para o sujeito já está condenado por antecipação, mesmo que as provas sejam duvidosas, frágeis e que no final sequer venha a ser confirmada a denúncia . Desse jeito, camaradas, não dá para acreditar numa Justiça dessas, dá? - Defender crimes dessa natureza, existem até colegas que mantém distância, porque acham que o sujeito já está fadado a uma certeira condenação. É necessário que os julgadores sejam mais criteriosos ao julgarem esses tipos de crimes para não cometerem as injustiças que diuturnamente vem cometendo. Tem toda acusação nesse sentido tem o fundo de verdade que se joga nos autos. Até a autoridade policial, no afã de ver realizado mais uma condenação de um suposto "estuprador", não é cioso e não faz o seu trabalho com seriedade. Achamos que está na hora de os Direitos Humanos, tão ciosos noutras práticas criminosas, entrarem também na questão desse tipo de crime, que a coisa é vergonhosa mesmo e pior é a situação vexatória que passam nos presídios. Acusado é uma coisa e se condenado, ainda assim, tem o direito à proteção estatal, por imposição constitucional. Nossos presídios, camaradas, está mais para Navios Negreiros, de Castro Alves, que para instituições prisionais de ressocialização e reedução.
OBRAS INACABADAS – Já toquei no assunto uma vez e volto novamente a ele. Acontece que, no governo de meia-dúzia, se tentou construir o Centro de Atendimento ao Turista, antes da Churrascaria Cajueiro. Só aquele terreno, custou aos cofres públicos, a cifra de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Gastaram dinheiro de “folete” e nada de terminarem a obra que só ficou mesmo no esqueleto, e da mesma forma, o Portal da entrada de Buíque, que da mesma forma, só fizeram uns esqueletos de concreto e ferro e também, nada de obra terminada. Aliás, sequer foi iniciada, então minha gente, é hora de se pensar numa fórmula de se corrigir tais distorções e tentar se concluir o que foi começado, mesmo que se tenha desviado o dinheiro de tais obras. O que não pode é desperdiçar o que foi investido, mesmo que a maior parte tenha ido para o ralo, afinal de contas, administração pública é contínua e impessoal, quer dizer, não pode parar. Buíque precisa de investimentos na área do turismo e está na hora de se pensar em alguma coisa. Concluir o Centro de Atendimento ao Turista, poderia ser um bom começo, se é que me permitem opinar, afinal de contas, o que tenho dito é sempre no sentido de querer o melhor para a minha terra, na qualidade de buiquense “barriga-preta” da gema que sou e não sendo forasteiro, dos quais tanto reclamamos, posso perfeitamente dar o meu pitaco. Não o faço no sentido de querer rotular A, B ou C, mas se nós tanto combatíamos forasteiros, como é que podemos agora aturá-los em parte. Não sou contra a ninguém de fora, muito pelo contrário, às vezes até se há necessidade de pessoal técnico e especializado de apoio que venha de outras paragens, mas tudo deve ter as suas limitações e quando não os tivermos no município.
SEMPRE QUIS O MELHOR – Minha opinião e minhas idéias, sempre foram do conhecimento de todos. Nunca escondi a minha forma de pensar. Sou amigo do amigo e estou pronto para ajudar. Trabalhei arduamente na campanha de Zé Camêlo e também na Jonas Camêlo Neto, mesmo já acometido por um infarto, ainda assim não enfraqueci, fiz o meu trabalho jurídico com honradez, dignidade e não falhei e chegamos à vitória. Já o conhecia desde menino daqui de Buíque mesmo, mas éramos adversários, entretanto, vim a o conhecer melhor, quando através da amizade com meus filhos Hélder e Delsinho, na cidade do Recife, a partir do ano 2000, foi que conversávamos da possibilidade dele vir a ser prefeito de Buíque, da possibilidade de tirar os forasteiros de Buíque e colocar uma pessoa nossa para governar. Foi assim que em 2004, vim a apoiar Zé Camêlo, não propriamente pelo fato de Blésman ser meu primo legítimo, mas sim, pela minha afinidade com Jonas Neto já consolidada desde o Recife. Com o pai dele, infelizmente não vingou. Por pouco não ganhamos a eleição. Passados os quatro anos, veio 2008 e sem pestanejar, eu e os meus, apoiamos Jonas Neto e colocamos a nossa confiança no jovem de 25 anos de idade, como a esperança de fazer um Buíque melhor e é assim que esperamos. Tivemos muitas conversas e trocas de idéias de pé de ouvido e me propus a lhe ajudar e ser um seu conselheiro quando bem precisasse e ainda espero que possa vir a ajudá-lo no que for preciso, pois o que pesa mais para mim não é o individualismo de uma pessoa, mas sim, o bem da coletividade buiquense. Portanto, camarada Jonas Neto, vamos manter a nossa união, a nossa força como buiquenses natos e “barrigas-pretas” que tanto discutíamos nos barzinhos, no Mercado da Madalena, no Clube Internacional, no apartamento onde morava na Madalena, no Recife e mantermos a linha de mudança de verdade que sempre sonhávamos para a nossa terra, afinal de contas, a luta apenas começou, velho camarada! - Não se pode desanimar antes do final da parada. Buíque é muito complexo e há muito por se fazer. Então, camaradas, mãos à obra!
TORNAR O SONHO REALIDADE – Na política, camaradas, por muitas vezes sonhamos, mas nem sempre devemos viver no mundo dos sonhos da política, pois devemos fazer desse sonho uma realidade. Não uma realidade de farsas e mentiras, mas sim, um realidade visível e verdadeira, sem interferências alienígenas e que venham a atravancar o que buscamos fazer em benefício do nosso povo. Vamos sonhar o sonho possível de ser sonhado e o sonho passível de ser realizado. Na política também o que vale é ser verdadeiro, é a verdade que pregamos nas ruas para o povo. Não adianta tentar fazer diferente do que dissemos ou do que somos, porque o povo está sempre de olho em quem é político. É hora de se dar um grito de liberdade e de independência em favor da nossa terra e do nosso povo. Ser político não é se fechar em quatro copas, mas ser público, leal, verdadeiro, popular e buscar estar sempre junto do povo. Às vezes o povo busca o político não para lhe pedir um favor ou alguma coisa, mas sim e tão-somente, para lhe dar um abraço, um aperto de mão, perguntar como vai a sua vida e coisas desse tipo. Sei da política viciada de Buíque, mas com o tempo, com jeito, tudo pode ser mudado.
O FUTURO SOMOS NÓS – Não podemos jamais nos quedar de nossas obrigações, afinal de contas, para a nossa terra, o futuro somos nós e não aqueles que já foram e pouco ou nada fizeram, a não ser se aproveitarem mais e mais da boa vontade do nosso povo e de nossa gente. É hora de acordar e dar um basta naquilo que precisa ser dado e ser corrigido. Não sou o dono da verdade, mas procuro ser sincero e verdadeiro. Quem vive de dar tapinhas, abraços de tamanduá e sorrir para mostrar os dentes, esse tipo de gente, camarada, não se presta para ser amigo. É um falsário de verdade. Amigo de verdade é aquele que acode o amigo quando mais ele precisa, esta é a verdade. Outra mais, no meu mister a mim confiado, tenho consciência de que estou cumprido o meu dever, que é o de defender o meu Município nas instâncias judiciais.
LIGA DA JUSTIÇA - Voltando ainda ao tema Justiça, seria bom que os nossos julgadores, procurassem criar, por sugestão do CNJ, uma liga da Justiça, nos moldes daquele desenho americano, porque assim, o cara bastava ser perseguido e diretamente, sem contemplação, seria de logo eliminado do mapa. Coisa de heróis de quadrinhos americanos e da supremacia imperialista da qual tanto eles se ufanam.
GOSTARIA DE DIZER.... - Gostaria de dizer muita coisa que está encalacrada na minha garganta, mas nem tudo a gente pode cuspir. Mas que tem muita patifaria nesse mundo que merece ser dita e escancarada, disto não se pode ter a menor dúvida. Melhor então, camaradas, por hoje, ficar por aqui.
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