1. - Se a política é complicada, não menos também, é a Justiça. Em termos de política, ora se apóia A, B ou C, a depender da posição das nuvens. Em se tratando da Justiça, a depender da instância em que se aprecia um feito, ora se decide de uma forma, ora de outra, em face da lei e da cabeças dos julgadores, interpretarem a lei de acordo com o seu livre convencimento, mesmo que não seja de conformidade com os ditames da lei.
2. - Dessa forma, é que poderá o suplente de vereador Ernani Neto, que obteve 15 votos, mas é o substituto partidário na vacância de seu pai, o TRE com certeza poderá reverter o jogo a seu favor e retirar a suplente de vereadora Rosa, que é da coligação da qual Til foi eleito e vir a perder a conquista liminarmente conseguida a nível de Juízo Singular. Na verdade, coisa que nunca se deve comemorar muito, é medida concessiva de liminar em processo judicial.
3. - Manoel Tomé, prefeito de Tupanatinga, está substituindo a cor verde de Mané Roque, pela cor vermelha, a de seu partido, o PT. Dessa vez, o rompimento político entre os dois, é mesmo pra valer. Pelo visto, em face da votação pela não aprovação das contas de Mané Roque, pela Câmara de Vereadores, colocando-o de vez na ficha-suja, o seu filho Valmir, poderá vir a ser candidato em seu lugar para se peitar com o outro Mané, o Tomé. Outra coisa interessante naquele município, é que prefeito que se elege com apoio de outro, termina por romper politicamente, caso de Duca com Mané Roque e agora Mané Tomé com este último.
4. - Um cidadão que encontrei ontem em Tupanatinga, chegou a me dizer que voltaria para Buíque depois do próximo pleito eleitoral, fato que me fez alertá-lo, de que só se fosse com o apoio de Jonas Neto, que certamente, a continuar colocando os pontos nos devidos lugares, tem tudo para se reeleger, uma vez que, ninguém quer a volta do pior para Buíque, a não ser que o povo goste de sofrer e de aprovar o quanto pior melhor.
5. - A política é uma caixa de surpresa, aonde tudo pode acontecer. Na eleição de 2000, ninguém imaginava que Blésman viesse a perder com quase 3,8 mil votos de desvantagem para Arquimedes e a surpresa foi tão grande, que nem ele mesmo chegou a acreditar em tamanha derrota. Mas há de se acreditar que isso não mais venha a se repetir em Buíque, afinal aquele tipo de fenômeno político, foi uma coisa daquele não muito distante período, que terminou por colocar o homem que tanto era amado pelo seu povo, no ostracismo político, a ponto de na última eleição, candidato a prefeito pelo PT, só obter minguados 500 votos, o que foi deveras decepcionante para ele.
6. - Apesar dos altos e baixos na política, Blésman Modesto ainda é um homem digno, sério e honesto. Dele nada se pode falar em termos de honradez e dignidade. Continua do mesmo jeito, com a sua religiosidade de sempre, que muitos atribuíam essa sua prática, a tirar dividendos políticos, chegando até a ser chamado de "beato", "santo do pau oco", "homem da batina", "homem do rosário", entre outros, mas mesmo fora da política, não deixa de participar de qualquer ato que seja, que envolva a sua religião, que é a Católica, Apostólica Romana, prova de que, ele sempre foi um homem de fé. Outra mais, ganhando ou perdendo política, nunca se afastou da sua terra e da proximidade de sua gente, fato não comum na vida de outros políticos, que desaparecem de Buíque, quando são derrotados.
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