As
pessoas não levam à sério as coisas postas formalmente em textos legais e por
isso mesmo chegam a dizer barbaridades, sem ao menos imaginar o peso daquilo
que dizem, escrevem ou expressam publicamente, sobretudo quando se trata de uma
autoridade pública, pior ainda, em se tratando de um presidente.
O
interessante mesmo é o fato de que, não se dando conta do que fizeram ou
disseram, ainda assim sequer se desculpam, achando por bem em se fazer de tolos
ou não estando nem aí, acreditando que pelo peso do múnus público que ocupam tudo podem, mas muita gente tem que
aprender que o buraco pode ser mais embaixo e vir a se complicar, porém isso
geralmente nunca ocorre porque se tem um Congresso Nacional condescendente com
quem está no ápice do poder central, salvo exceções, e uma Justiça só aplica a
lei enviesadamente com os olhos tapados como simbolicamente é representada pela
Deusa Grega Themis. A cegueira da Justiça sempre foi seletiva e vai continuar
sendo. Vejam por si sós!
Pois
bem, pelas regras do jogo, Bolsonaro, em sendo presidente territorialmente de
todo o povo brasileiro, inclusive dos 57 milhões de nordestinos, agindo com
intolerância e preconceito contra o Nordeste brasileiro, sobretudo quando vem a
expor publicamente num jantar, o sei viés animalesco contra o povo nordestino,
ao tratar em sentido pejorativo a todos os nordestinos como “paraíbas”, isso na
verdade se trata de crime de racismo, previsto no art. 20, caput, da Lei nº 7.716/89,
que diz: “praticar, induzir ou incitar, pelos
meios de comunicação social ou por publicação de qualquer natureza, a
discriminação ou preconceito de raça, por religião, etnia ou procedência
nacional”. A pena a ser aplica é a de reclusão, de dois a cinco anos. No
que disse Bolsonaro, ele praticou sim, o crime de racismo e isso não é de hoje
não senhor!, tampouco papel de presidente de um país, em que reiteradamente vem
pregando o ódio, a intolerância e o preconceito.
A
lei 1079/1950, que trata do impeachment, no elenco de crimes de
responsabilidade, em seu art. 9º, inciso 7, aduz que: “proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e
o decoro do cargo”. Analisando
o comportamento do primeiro mandatário da Nação, ele não se comportou como
manda o figurino do cargo, como não o vem fazendo isso em várias outras
ocasiões, o que poderá dar ensejo e fundamento jurídico suficiente para que se ajuízem
no STF tantos quantos pedidos quiserem de impeachment do presidente por quebra
de decoro, que é o que ele vem fazendo reiteradamente e isso não é nada
positivo, além, evidentemente, de não vir cumprindo também, o que dita o art.
37 da CF/88, em que é princípio de todo e qualquer governante é o de tratar a
administração pública com impessoalidade
e pela sua fala, não é isso que vem fazendo com o Nordeste, que pelo fato de
ter perdido as eleições nessa região, a vem tratando discriminadamente com
racismo, preconceito e chamando até o seu povo de vagabundos, o que é
inadmissível para um presidente da república.
Para
concluir, ou Bolsonaro se sente o verdadeiro César romano, que imagina tratar o
povo com despotismo ditatorial, ou então ele é inapto mesmo para o cargo que
acidentalmente chegou a se eleger por uma onda de transe em vertigem de parte
da população brasileira, que se deixando levar pela disseminação de descaradas
mentiras, chegou a parir esse monstrengo psicopata, o capitão Bolsonaro que se
considera até um ungido de Deus, quando na realidade, não passa mesmo na
crendice popular, de um verdadeiro Belzebu renascido dos “Quintos dos Infernos”,
esta é a realidade pela qual se está passando no Brasil.
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