É assim mesmo! - Na vida, sempre estamos ligados a determinados objetos simples, quais sejam: uma cadeira, um jarro, uma cama, uma panela de barro, um prato de barro (isto aí, coisas da minha infância), uma chaleira, um bule, um copo, uma xícara, uma colher, que em realidade são coisas concretas, mortas, objetivas, mas que de certa forma também entram no nosso eu subjetivo. É a realidade objetiva fazendo parte do inconsciente de cada um. Quem não teve ou não tem esses objetos em mente? - Todos têm. E por falar em panela e prato de barro da minha infância, do Sítio Cigano, do Sítio Padre Teixeira, em Buíque, não existia na vida comidinha melhor que a feita pelas mãos de minha mãe, principalmente, dia de sábado, dia de feira em Buíque, quando tínhamos o privilégio de nos deliciarmos com um guizado de carne de gado e de bode com farora e até arroz, isto somente aos sábados e domingos. Nos demais dias da semana era feijão puro e farinha seca, quando não tinha como mistura caju banana, preá guizado, piabas ou uma traíra que eu pescava. Como se vê, o objeto cadeira, pelas vivências vividas, puxa várias outras coisas da vida e, em suma, é como uma cadeira de balanço, que balança, balança, até o sujeito adormecer e cair na profundeza do sono eterno.
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