QUEM REALMENTE SOU

Minha foto
BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

VENDO O MUNDO E A VIDA, POR CIMA, POR BAIXO E POR DENTRO COMO ELA REALMENTE É

CADA UM DE NÓS

        Todo e qualquer ser humano, é dotado para ter uma visão própria e particular de ver as coisas,o mundo e a vida como ela é dentro dessa circundação pessoal. Portanto é que, cada um pode pintar a vida e o mundo, pelos olhos e com as cores que um busca e procura ver a realidade de cada sua realidade própria e particular. Não necessariamente que seja a realidade posta no mundo real das coisas, mas pode ser uma realidade estritamente unilateral, ou até mesmo imposta pelas normas criadas pelo homem quando vive numa sociedade jurídica e politicamente organizada, como supostamente vem a ser a nossa. Daí que, a verdade de uns, pode não ser a de outros. As divergências sobre certas e determinadas teorias, tratados, crendices, nunca vão deixar de existirem, pois enquanto o mundo for mundo, inexistirá na face da terra uma visão e um pensamento uniformizados em que todos seriam considerados verdadeiramente em pé de igualdade uns com os outros, o que impossível seria, acaso isto viesse a acontecer.

O TEMPO NÃO PARA

           Tempo, inexorável tempo. Ele não para. Continua no seu eterno ciclo giratório de roda gigante que não dá uma paradinha, nem sequer para um freio de arrumação. De uma maneira ou de outra, ele continua desembestado como um trem desgovernado, aparentemente, sem maquinista. Sem maquinista, vírgula!, pois o tempo tem o Grande Maquinista que o vai direcionando, não como a gente quer, mas na maneira e vontade advinda desse grande Mentor e Criador desse infindo Universo, que não se sabe de seu começo, meio e fim. Nós, que somos pobres e pequenos seres viventes como meras formiguinhas nesse mundão de meu Deus, somos levados por esse trem e, quase intermitentemente, somos deixados numa estação qualquer que a vida nos reservou. É assim a vida, independente do que queiramos ou não na vontade única e exclusive que vem desse Grande Maquinista. E assim, para os que ainda tem a felicidade, vive a beleza da juventude e do aparecimento das primeiras rugas na  pele e chega o estado letárgico e entediante da velhice, que ainda a maioria das pessoas não aprendeu a aceitar nem tampouco a vivê-la, pois ser jovem todo mundo quer ser por toda vida, só que, as intempéries do tempo não permitem que sejamos jovens a vida toda. Nesta vida, na viagem desse trem que nunca para, só não chega à velhice, se por alguma razão for lhe usarpado, por fatores circunstanciais, o viver de forma brusca, daí a imagem que fica é sempre a da jovialidade. Só assim é que o ser humano pode ser eternamente jovem na forma física, o que não se pode dizer do espírito, da alma humana em que habita cada um de nós. Em cada pessoa que vai sendo tragada pelas inevitáveis transformações físicas temporais, sempre haverão de habitar, o mesmo menino que jogava chimbra, a mesma menina que brincava de boneca, as mesmas tranquinagens da meninice, os mesmos desvios comportamentais da juventude, nas alma e no espírito de cada um de nós, mesmo que cheguemos a beirar à casa dos cem ou mais anos com a mente lúcida.

A MATÉRIA DE CADA UM

         A aparência física, não passa de mero meio material de corporificação da alma e do espírito humanos. A matéria de cada um há de ser tragada, inevitavelmente, no decurso do tempo, até que seja esta destruída completamente numa só pancada. Não há quem se livre de que materialmente sejamos eternos. Só ficam as lembranças, a imagem mentalizada, a forma imaterial de ser de cada um que partiu desta para outra. Se o ser humano foi bom,cordato e fez o bem sem olhar a quem, será ele lembrado pelo benfeitor que foi na terra, senão, sequer lembrado será. A gente é fruto do que de positivo fazemos na vida. Não seremos jamais, lembrados positivamente pelo mal que fazemos nessa passagem de vida, mas ainda assim, se lembrados for, é puramente para servir de exemplo para os que ficaram nesta vida e não repetir os mesmos erros e incorreções. Viver é dar aso ao bem, dar intensidade à vida,usufruir de tudo de bom que ela possa nos proporcionar, sem claro, nos descuidarmos dos nossos irmãos, que à semelhança de cada um de nós, devemos amar como a nós mesmos. É assim que devemos agir, enquanto viventes e nesse passei guiado pelo Grande Maquinista desse trem chamado mundo.

PALMATÓRIA DO MUNDO

      Criam-se regras, normas, imposições legais, como formas impeditivas de desvios comportamentais humanos, que fazem e praticam barbáries que não estavam previstas no ordenamento da natureza humana. Mas como cada qual aprende a ver o mundo de seu jeito, uns buscam se direcionar pelas imposições das normas sociais, outras, não as aceitando, as quebram e as desvirtuam, sem o menor constrangimento, sem o menor pudor e sem ter o menor ressentimento na alma. Nesses, alma e espírito, adquiriram uma outra conotação advinda do mal que cada qual desse nicho da margem social fez escola, ou até mesmo, por imposição da própria sociedade que desprezou parcela de pessoas iguais, delas se descuidando, se esquecendo e deixando-as à margem de sua própria sorte. Ninguém nasce ruim. A maldade, embora alguns afirmem ser de origem genética, o que aparentemente pode ser, mas não se pode dizer que uma criança, ainda de berço, com ar angelical, tenham nascido ruim. O meio social, é que transforma o homem, cuidando dele em transformá-lo terminando por fabricar uma fera incontrolável e destrutível, que tem como regra fazer, agir e praticar o mal, como se encarnado sobre ele estivesse o próprio mal renascido das cinzas do Inferno, se é que esse lugarzinho não seja mais uma criação da mente humana para tentar refrear e diminuir as maldades terrenas que a cada dia se tornam mais violentas. Além das maldades à margem da ordem constituída, ainda existem as inúmeras maldades oficializadas e referendadas por governantes, nações e os poderosos ocasionais que estão no comando dirigente do mundo. Portanto, camaradas, ninguém pode se arvorar como se fora a palmatória do mundo e dizer que é puro e fiel, quando na verdade, ninguém é totalmente santo, nem tampouco ímpio. Todos temos um pouco de tudo que existe na face da Terra.

A ORDEM CONSTITUÍDA

           Quem detém o poder, na verdade, dita as regras, ordena e as faz cumprir. Na verdade, a ordem constituída, pode ser boa para uns, mas péssima ou mal aplicada, para outros tantos, como vem ocorrendo diuturnamente com prisões desnecessárias, manutenção de seres humanos  presos de forma injustificada, em flagrante desacordo com essa mesma ordem constituída, além das inúmeras condenações desproporcionais por fatos supostamente praticados ou se praticados, não na extensão que se aquilatou pelos que representam essa ordem que vem de cima, ou até mesmo, que os responsáveis por sua aplicação, criam de per si, as suas próprias regras, por se considerarem eles mesmos, acima do próprio regramento imperativo, da lei e da ordem, ao qual por dever e obrigação deveriam ter cega obediência, cumprir e fazer cumprir. No dia a dia, não é bem assim que as coisas acontecem. Muitos dos que estão no comando, não ouvem, fecham os olhos e se calam, mas as bárbaries maiores vem acontecendo de forma vergonhosa e ninguém busca uma solução ou fazer alguma coisa. Nem mesmo as instituições responsáveis, que muitas delas só abre o bico quando lhes convém, emudecem, fazem de conta que não existem e procuram disfarçadamente nada ver. Direitos humanos, não só no Brasil, parece que está entrando no esquecimento, apesar da Carta Universal dos Direitos Humanos de 1948, da ONU, ter pelo menos em tese assentada, a defesa sagrada dos direitos humanos e garantias fundamentais de todo e qualquer cidadão, entretanto, mesmo que não estejamos vivendo em regime de exceção, ainda assim, o que mais se vê, são os abusos e transgressões aos mais primários direitos humanos e pelo visto, ninguém está nem aí. Afinal o pobre coitado, àquele mendigo jogado às ruas e à sua própria sorte, o preso sob qualquer pretexto que venha a ser preso, o que vale, senão o lixo da sociedade, os ratos de esgotos que deveriam impiedosamente ser esmagados e destruídos de vez, como se fora uma limpeza social, uma reciclagem do lixo que está na margem com relação aos que estão inseridos no contexto da sociedade politicamente correta. É aí que muita gente não vem observando o que de fato está realmente acontecendo, e apesar de muita conversa mole jogada fora, pouca coisa ainda está sendo feita, apesar do muito que procuram mostrar que vem e que já foi realizado. Não se pode ter uma sociedade mais justa, humana e igualitária, enquanto os comandos da ordem constituída, não buscaram na essência da valoração da vida e do cidadão, buscar levar uma justiça mais célere, mais justa e que seus aplicadores cumpram os ditames do regramento jurídico, sem se imaginarem ou se sentirem que estão acima de tudo, inclusive da própria lei a qual por dever e obrigação deveriam imperativamente, cumprir e fazer cumprir.

O INFERNO NA TERRA

           As prisões brasileiras, se pode dizer com toda certeza e sem medo de errar, que são indiscutivelmente, um verdadeiro inferno na Terra. Além das superlotações prisionais, por entrarem mais presos do que os que são liberados, sem a contrapartida de criação de mais unidades carcerárias, não há humanamente como reeducar ou ressocializar ninguém. Quem já era mau, sai pior e, quem entra sem algum motivo justificável amarga um indevido tempo na prisão, sai mau, ruim ou se torna pior. Além do formato do sistema, a mentalidade de quem lida com os presos, é medieval, como se estivéssemos vivendo ainda à época das masmorras das prisões da Idade Média e dos imperadores absolutistas. Existem muitas prisões injustificáveis, provocada por maus entendidos, por abuso de autoridade, por decretação em face de representações infundadas e manutenção de presos, quando poderiam estes responder em liberdade provisória, em face da presumível presunção da inocência, aclamada pela nossa Constituição Federal de 1988. Mas não, todos fazem questão de quebrar as regras do ordenamento jurídico. Primeiro, as prisões injustificadas, depois a manutenção de tais prisões, quando em liberdade poderiam responder e pior, é o fato de que no sistema prisional, não há distinção entre condenado definitivo, o preso provisório, o nível de periculidade e o indivíduo que foi preso, acusado que fora, de haver cometido um pequeno delito. Pelo visto, o que falta é maior responsabilidade de nossas autoridades, sejam de quais naipes forem, para resolver essa cruciante, angustiante e explosiva questão, que abusivamente vem desrespeitando os direitos humanos, a ordem constituída e a falta do dever e obrigação à qual deveria cumprir e fazer cumprir. Pensem bem, minha gente, desse jeito, não dá para continuar. Alguma coisa urgente deve e tem que ser feita. Primeiro, uma solução do Judiciário para verificar se uma prisão é justa e deve ser mantida e, não sendo, de imediato mandar soltar o indivíduo; outra, de ordem administrativa do Executivo Estadual em reformular as políticas e replanejar a construção de mais estabelecimentos prisionais de forma diferenciada e que venha a dar realmente condições do condenado vir a se reeducar e que venha a ter possibilidades de se ressocializar e, em terceiro lugar, mudar a mentalidade do pessoal administrativo dos centros prisionais, no sentido de que venham eles a dar um melhor trato, dentro do respeito aos direitos e garantias fundamentais, sem  claro, se descuidar do regramento das leis e das normas vigentes. Se isso não acontecer, a tendência é o caos dominar que vive ou quem se coloca à margem da sociedade.

Nenhum comentário: