quinta-feira, 17 de março de 2011

A POLÍTICA COSTURADA PONTO A PONTO

1. – A política já passou, o período permitido para a propaganda eleitoral também já se deu por findo e acabado, entretanto, contrariando à Lei Eleitoral, as pichações em edificações, muros, paredes, de propriedade de particulares, continuam ainda sem que os partidos ou os políticos tenham mandado limpar os locais das referidas propagandas que não mais fazem nenhum sentido e, por isso mesmo, estão desrespeitando determinação eleitoral e imposição legal. Resta ao Ministério Público ter à iniciativa, na qualidade de custo legis, em determinar ou então abrir os devidos procedimentos legais para que a sujeira da política seja obrigatoriamente retirada de tais localidades, como bem determina a legislação.

2. – De conformidade com a Resolução nº 23.191/2010, do TSE, com base na Lei das Eleições (nº 9.504/97), art. 89, que após as eleições, “no prazo de até 30 dias após a eleição, os candidatos, os partidos políticos e as coligações deverão remover a propaganda eleitoral, com a restauração do bem em que fixada, se for o caso".
Parágrafo único. O descumprimento do que determinado no caput sujeitará os responsáveis às consequências previstas na legislação comum aplicável.

Pelo visto, os políticos não cumprem mesmo a legislação que eles mesmos elaboram, como já é de costume, isso porque, as pichações propagandísticas continuam aí às escancaras, e ninguém toma nenhuma providência. Seria interessante que o Ministério Público, desse uma olhadela por onde passa e ter a iniciativa de tomar as providências que a lei determina, abrindo um prazo, se for o caso, sob pena de responsabilizar os poluidores, que não estão nem aí para a sujeira que fizeram, e até a presente data sequer tiveram a iniciativa para limpar a sujeira visual que nos obrigam a ver todos os dias, mesmo tendo passado o período eleitoral.

3. – O interessante é que em toda eleição, embora a chamada Lei das Eleições, de nº 9.504/97, não mude em quase nada na essência da lei, em cada pleito, mesmo assim, na sua ânsia de subsumisse no poder de legislar, o TSE emite uma série de resoluções eleitorais, que praticamente se resumem em repetir os mesmos conteúdos de eleições anteriores, com raras e subliminares modificações, quase que praticamente imperceptíveis, introduzindo modificações de cunho propagandísticas, de difícil controle e de cumprimento pelos candidatos e partidos políticos, a exemplo da limpeza da poluição que promovem em cada eleição.

4. – Nesse vai-e-vem de prefeito sai, prefeito volta, ninguém sabe na realidade, o que é certo e o que é politicamente correto nesse nosso País do faz-de-conta. Aqui o político pode cometer todo tipo de barbaridade, que mesmo que seja afastado temporariamente, o tempo de afastamento regulamentar, é só mesmo para dá um susto no político picareta e ele termina o mandato e nada acontece. Não que cada um não tenha direito à mais ampla defesa, afinal de contas, a nossa Constituição Cidadã, assim o permite, mas convenhamos, tem político picareta de sobra e que não merece, pelo menos para quem conhece, uma segunda chance não senhor! – Não adianta querer tapar o Sol com uma peneira, mas camaradas, convenhamos, picareteou, tem mesmo é que perde o mandato e priu!

5. – Tem que se acabar com essa hipocrisia de se fechar os olhos, tapar a boca e fazer ouvidos de mercador, afinal de contas, ninguém pode viver isolado no mundo, como se fora uma ilha. O povo, se um dia quiser e pensar em moralidade, tem que praticá-la de verdade e não somente fazer de conta que luta pela mudança de valores humanos e sociais. A mudança tem que ser exigida de verdade e não meramente ser um arremedo de que se quer mudar. Como pensar em mudança e se querer a volta de quem reconhecidamente é o mesmo picareta político de sempre, hem? – Como pensar em mudar se, a pretexto de que A ou B não está aparentemente sendo ruim, e por isso mesmo, querer ressuscitar quem passou pelo poder e foi o pior dos piores, hem? – Que conceito de moral pode ter um povo que não sabe discernir o certo do errado? – Será que todo mundo é tão imbecil a ponto de sempre torcer por quanto pior melhor, é isso? – Não, minha gente, a mentalidade um dia tem que mudar, pois do jeito que está, não pode continuar. O ser humano deve sempre evoluir, olhar para a frente. Retroagir! - É voltar a um passado que nunca se prestou para absolutamente nada. É para a frente que se deve sempre dar o próximo passo.

6. – Na verdade, a gente sempre vê por aí afora, muita gente querendo ser salvadora da pátria, mas na realidade, não passa também de um monte de picaretas, querendo de alguma forma ter uma oportunidade ímpar, para, a exemplo de tantos, tirar uma casquinha também, ou estou errado? – Só se vê gente querendo ser santa, só que, de milagreiros, o inferno está cheio, ou não? – Não precisa dar nome aos bois. Basta que cada qual olhe à sua volta ou então a si mesmo, para ver se estou certo ou errado. Tem muito anjo da boca pra fora, mas o que se quer mesmo, é uma oportunidade de pegar o bolo e fatiá-lo do jeito que sempre imaginou ou que jamais pensou que poderia um dia, chegar a provar do bolo. Não me venham com boas intenções, que no mundo político, camaradas, o purgatório está saturado e o inferno não cabe mais ninguém.

7. – Se acham que não estou falando a verdade, quem assim pensar, que demonstre matematicamente, por A + B, se acaso estou certo ou errado. Senão, que não me aponte o dedo sujo e fedorento, nem tampouco, atire a primeira pedra. Infelizmente, temos uma cultura diferenciada, em que aquele que ganha o bolo e dele não come, é porque é um trouxa, um abestado, que merece o que a jumenta leva, e se dele provar e se aproveitar até se lambuzar, esse sim, é um sujeito de caráter, merecedor de crédito e inteligente. É assim que pensa e imagina o inconsciente coletivo do nosso povo. Nessa cultura, é que sempre há de triunfar politicamente, os “paulos malufs” da vida e toda caterva de picaretas políticos que temos em nossa volta. Na verdade, a política se tornou uma vã filosofia de sempre se tirar vantagem do trouxa, do abestado de pai e mãe, e encher os bolsos do sujeito vivaldino e o no final de contas, o povo que leve uma banana bem grande e merecida aonde ele imaginar.

8. – Desculpem-me se falei demais. Pesarosamente, para quem vestiu a carapuça, peço mil desculpas esfarrapadas, pois o picareta não merece desculpa alguma. Na verdade, o que essa leva de sem-vergonhas merece mesmo, é nunca mais se elegerem e pagarem pelos crimes que cometeram no decurso de suas vidas, com a contribuição que deram para o aumento da pobreza, com a mortalidade infantil que patrocinaram, com a falta de uma melhor saúde pública, com a educação de péssima qualidade que deram ao povo, com o aumento do analfabetismo, com a falta de uma melhor assistência social, tudo isto, mas tudo isto mesmo, pela enxurrada da dinheirama que escandalosamente roubaram dos cofres públicos. Então, camaradas, se existe uma horda de criminosos, esses fazem parte da maior que existe a sangrar as finanças públicas do nosso País, e por isso mesmo, devem fazer a sua “mea culpa” e ir direto para o xilindró, que é o lugar apropriado para quem é ladrão. Em países em que a moral e a decência, estão acima de interesses escusos e mesquinhos, muitos chegam até mesmo a dar um tiro na cabeça, pela infelicitação e pelo mal que fizeram contra o seu povo. Não que isto deva acontecer em nosso Brasil, afinal de contas, moramos em um “País tropical, abençoado por Deus, e onde tem uma “nega” chamada Teresa, mas que beleza, tem carnaval! - Tem carnaval...., sou Flamengo e tem uma “nega” chamada Teresa....”.

9. - Tem mais, em política, se tem que ter o compromisso, a palavra empenhada, a conversa do olho no olho, frente a frente. O povo não está mais atrás de quem joga muita conversa fiada para fora e pouco realiza. A palavra empenhada deve se fazer por onde cumpri-la. Se não se pode fazer algum empreendimento, alguma frente de trabalho, alguma melhoria, então que não diga em determinada hora, jurando por tudo que vai realizar isso ou aquilo, e quando chega o momento, nada aparece, nem a obra, nem o político, nem o seu preposto para dar uma satisfação. Não é desse jeito que se administra um Ente Público.
Está mais do que na hora de se encarar as coisas com seriedade. Não se pode brincar com uma coisa tão séria quanto se é a administração pública. É hora de acordar e de ver a realidade que está a um palma na frente do nariz, e partir para a realidade. 

10. - Vivi os tempos da política de chumbo de minha terra. Enfrentei o pão que o diabo amassou como cidadão, por outras plagas onde andei e perambulei atrás de um empreguinho de fábrica, como peão. Trabalhei duro, estudei, me formei e sempre procurei me conduzir com honradez, honestidade, seriedade e, às vezes, com alguma descontração, que ninguém é de ferro. Se algum deslize na vida cometi, isso faz parte da vida do ser humano, mas jamais fui de procurar faltar com o meu dever e minha obrigação, mesmo às vezes, empenhando a palavra para fazer certa e determinada coisa, sem a contrapartida financeira, como aconteceu em muitas políticas das quais participei, na qualidade de assessoria política-eleitoral, como advogado. Mesmo assim, compreendido por poucos, incompreendido por uma maioria, vou levando a vida até aonde a linha vivificante me levar. Uns tantos me criticam, me censuram, se pudessem não escreveria uma letra sequer, mesmo assim, não arredo o pé e escrevo o que bem entender, afinal de contas, para quem conhece a liberdade de pensamento e de expressão, não pode jamais censurar, nem tampouco criticar, quem busca dizer a verdade. Pode até ser a minha verdade, mas que no frigir dos ovos, externo de dentro de mim, a verdade senão de todos, pelo menos de uma maioria esmagadora e que, se essa maioria pudesse, gostaria de botar pra fora e de certa forma, tem medo e não pode, ou não camaradas!

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