1) - Verdade seja dita, mas o sujeito que é político e se afasta de seu reduto eleitoral, como fez Julião e Israel Guerra, dificilmente recupera facilmente o eleitorado perdido. Admira-me muito, o carisma de Julu, que mesmo tendo se afastado de Arcoverde, ainda desperta junto a grande parcela de arcoverdenses, chegando até mesmo a ser ovacionado, endeusado por um segmento populacional, que ainda vê nele o seu ídolo político perfeito, o que não é bastante e suficiente para dar a tão sonhada vitória a seu irmão Israel, para se tornar prefeito daquela terra, isso porque a situação soube sedimentar bem a política naquele lugar em favor do grupo que hoje se forma em torno de Zeca Cavalcanti, atual prefeito de Arcoverde.
2) - O mesmo se pode dizer de um profissional liberal, que sai de sua profissão e passa a ser político, deixando de lado, questões práticas do seu cotidiano, como acontece geralmente com quem é médico ou advogado, duas profissões importantíssimas que requerem atualizações diuturnas que ocorrem na prática do profissionalismo dessas profissões,sem falar noutras que da mesma forma,requer que o sujeito esteja atualizadíssimo no dia a dia da vida profissional. Quem se afasta de tais profissões, mesmo que seja por um curto período, terá que se atualizar ao voltar,em face das mudanças velozes recorrentes nessas no exercício de tais profissões, e pior a ter que se enfrentar, é a reconquista da clientela, que dificilmente voltará, e é aí que se precisa pensar duas vezes quando se quer fazer duas coisas incompatíveis ao mesmo tempo. Ninguém pode servir a dois senhores ao mesmo tempo, ou não camaradas!
3) - Pelo que se sente região afora, Madalena Brito leva fácil em Arcoverde, mesmo assim, a bem da verdade, Zeca e seu grupo, ainda tem um certo medo de Julião Guerra, que ainda tem carisma naquela terra e, embora distante e só aparecendo em época de campanhas políticas, está sendo objeto de grandes torpedos dirigidos a ele por seus adversários. Por qual razão se tem medo de Julião, se ele não é candidato à nada, mas sim, o seu irmão, Israel Guerra, que é o candidato da oposição, hem? Na Pedra também, pelo que se comenta, o vitorioso será Osorinho, filho do dileto amigo Zé Osório, que é natural de Buíque, e aqui em nossa terra, tudo indica que a bola ainda vai continuar com o camarada Jonas Camêlo Neto, que inexplicavelmente tem um grande carisma junto à população buiquense. Já em Tupanatinga, embora Mané Roque, com a candidatura de seu irmão Sílvio Roque não seja somente competitiva, tudo indica que da mesma forma que em Buíque, a bola continua com o atual prefeito,ex-vice de Mané Roque, Manoel Tomé, pelo Partido dos Trabalhadores, apesar de ser uma briga de gigantes, mas no final de contas, pelo que se comenta, vai dar mesmo Mané Tomé.
4) - Miguel Arraes de Alencar, acalentava o sonho de ser presidente do Brasil, isso pelo mito que representava para Pernambuco e extensivamente a todo o país, isso por que foi exilado para a Argélia, quando a ditadura militar lhe arrancou do poder, como governador pernambucano, e o mandou para o presídio da Ilha de Fernando de Noronha, no golpe de primeiro de abril de 1964, indo parar depois no exílio obrigatório por dezesseis anos, até à Lei de Anistia do ex-presidente general, João Batista de Figueiredo, aquele que não gostava de cheiro de povo, mas sim do de cavalo, foi quando finalmente voltou ao solo brasileiro aclamado pelo seu povo. Não chegou a ser presidente, ficando essa ideia tão-somente na pretensão, mas voltou ao posto que brutalmente lhe fora tirado pelos militares, através do voto popular. O atual governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, sucedendo ao seu avô-mito, que deu o troco a Jarbas Vasconcelos quando derrotou este por mais de dois milhões de votos, acalenta o sonho de vir a ser indicado pelo seu partido, do qual, evidentemente ele é praticamente o dono, a concorrer à presidência da república.Não é de se admirar as suas esticadas nas demais regiões do país, para participar de comícios de candidatos a prefeitos do PSB, além de gravar algumas pontas em programas eleitorais de rádios e televisão. A questão dele, Eduardo Campos, que de besta não tem nada, é massificar o seu nome a partir de agora, para ter cacife e fôlego político, para em 2014, bater de frente com o PT e Dilma Rousseff, o que não está sendo visto com bons olhos pelos petistas,tampouco do agrado do ex-presidente Lula, seu grande amigo e aliado, mas como em política tudo pode acontecer, não se iludam se num futuro próximo, Eduardo Campos estiver batendo a lenha nas costas de Lula e do PT, ou não camaradas!
5) - Como já está mais do que prego batido, ponta virada, em política não existe essa realidade. Na política se vive num mundo surrealista, aonde o que se diz não se escreve e o que se vê, pode se confundir com ilusão de ótica, ou será que se está enganado, hem? Em política camaradas, se escreve por linhas tortas, para passar ao povo a ideia de que se está escrevendo por linhas retas, quando na realidade, as linhas são tortas mesmo, só não percebe quem for cego de guia ou anda em plena luz do dia procurando por um político honesto, ou não? Mesmo assim, não se deve desanimar totalmente não senhor, senão o que sobrará de idealismo para a nossa juventude, que terá obrigatoriamente de suceder os que aí estão no comando dos mandos e desmandos administrativos da coisa pública. Será que eles darão conta, se estão aprendendo a lição de casa de forma errada? Na verdade, há de se acreditar que duzentos anos não serão suficientes para mudar a mentalidade de um povo, quiçá uma ou duas gerações!
6) - Não se está aqui se referindo em particular a quem quer que seja, muito menos a particularidades de ninguém, mas sim, se dando uma opinião livre, soberana e democrática, de quem vê a realidade da vida como ela é, no dizer do escritor, teatrólogo e jornalista Nelson Rodrigues, que mostra, escracha e escancara a sociedade imbecil, imoral e farsante em que vivemos. Por isso mesmo, há de se complementar, que não adiante querer se tapar o Sol com uma peneira, porque a pele de todo jeito vai queimar pra danar, ou não camaradas!
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