Tenho dito, que em política, como no brocardo popular, "se dá nó em pingo d'água". E esta a realidade palpável por todos esse anos que em minha vida, tenho acompanhado a política, desde que aprendi a me entender de gente para discernir o certo do errado, o real do irreal, daquilo da aparenta ser uma verdade verdadeira, para o que é uma possível verossimilhança, no entanto, só é mesmo aparências de uma realidade que não existe. Na política, embora quando ainda com tenra idade, sem ter o devido discernimento sobre o mundo real das coisas, fui um grande sonhador, um idealizador de um mundo surreal, que somente existia no meu imaginário, de que um dia viríamos a ter um modelo de sociedade perfeita, onde não mais existiriam desiguais, nem exploradores, tampouco explorados, sem violência e somente paz entre todos convivendo de modo manso, ordeiro e pacífico. Ledo engano, quando minha mentalidade mesclada pelas experiências de minha vida e da realidade dos fatos, veio a saltitar à olhos vistos, foi que embora não tenha deixado de pensar da mesma forma dos tempos de criança, da adolescência, que moldou o meu caráter de ser humano, passei a ver objetivamente um mundo em que cada qual quer sempre tirar vantagens uns dos outros, sejam lá quaisquer os meios a ser utilizados, quer lícitos ou ilícitos, pouco importa. O que interessa mesmo, é chegar ao objetivo aonde se quer alcançar, não importando os meios. Com isso, ferem a moral dos outros, a ética e o respeito mútuo que deve sempre prevalecer no meio da convivência humana.
É dessa forma que acontece no mundo surrealista da política, aonde num embate político-eleitoral, a luta a ser disputada, é na base do vale-tudo, principalmente para quem se encontra em desvantagem. Para isso lançam mão de qualquer tipo de jogo sujo, quer criando fatos novos intencionalmente para prejudicar um dos lados, quer buscando difundir mentiras e acontecimentos que não existiram, como se foram verdadeiros, por isso mesmo, do surrealismo da politicalha nefasta e da molecagem, se passa para a devassidão, a promiscuidade da política como ela é no mundo real das coisas. Não é raro, que muitos dos políticos envolvidos num embate político-eleitoral, lançar mão de qualquer fato, mesmo que inexistente, para tentar fazer com que o povo acredito e induzir o pobre e incauto eleitor, a erro para escolher o que de pior existe no meio político. Mais vergonhoso ainda, é a distribuição de fatos distorcidos de como realmente aconteceram, com o intuito claro e objetivo, de tentar macular a imagem do lado adversário, na tentativa de manchar a reputação do candidato adversário e, assim, fazer com que o povo assimile na sua santa ingenuidade, que do surrealismo desavergonhado, se passa a uma realidade que nunca existiu. É assim mesmo que acontece no mundo da política. Na verdade, nesse mister, um lado tenta sempre zerar o outro, com os torpedos que sempre dão chabu, lançados de um lado para outro. Hoje não vejo a política como o sonho de antes que tanto me acalentava para viver em mundo melhor, um mundo em que sonhara fosse àquele dos sonhos que jamais vieram a ser realizados, das tantas mazelas existentes e de tantas crueldades e misérias que temos que enfrentar, isso por conta não-somente da política, mas sim, em conjunto, de todos nós que somos parte integrantes da sociedade como um todo, que de certa forma, temos sido omissos com tanta picaretagem que vem acontecendo na vida pública e no mundo surrealista da política.
Percebi também no decurso de minha vida, que o que se escreve em política, o que se fala e o que se diz, nada disso se cumpre, não merecendo, portanto, a menor credibilidade. É este verdadeiramente o mundo real das coisas em que vivemos. Seja lá que político for, acreditar, não dá mesmo, ainda assim, não se deve desanimar e nivelar todos os polítocos em um mesmo nível horizontal, pois pontualmente, vez em quando, aparece um que merece uma certa dose de credibilidade da população, mas de resto, o que campeia mesmo no mundo político, é o surrealismo por eles mesmos montado, com o fito e objetivo único e exclusivo, de se manterem no poder de mando e se perpetuarem para sempre, fazendo da coisa pública, como se particular fosse. Para eles, viver nesse mundo surreal, é como viver numa quimera prometida por Deus, ou o mesmo que ganhar milhões de reais no bilhete da mega sena. Mesmo assim, dentro desse surrealismo em que se achou por bem se assentar a política brasileira, não deve o eleitor desanimar por completo e anular seu ou votar em branco, mas sim, escolher aquele candidato que aparentemente vive numa corda bamba, na linha do real e do imaginário. O que não se deve, é arrefecer e desanimar completamente, afinal de contas, o futuro dos nossos descendente e dos que virão depois, ainda depende muito de cada um de nós, certo camaradas!
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