segunda-feira, 7 de março de 2011

NESTE MUNDO


        Neste mundo de meu Deus, há pessoas e há “pessoas”. Há pessoas honestas, dignas, honradas, sensíveis e bondosas; há “pessoas” hipócritas, mesquinhas, vazias, insensatas, egoístas, insensíveis e que só tratam mesmo de procurarem fazer o mal a outrem de forma graciosa e puramente por maldade.
        Meu Deus! – Que mundo cruel é este que incorpora dois pólos opostos de pessoas, aonde geralmente, o mal está prestes a superar o bem; aonde se procura sempre magoar, denegrir, massacrar, execrar determinadas pessoas que só querem mesmo servir ao próximo sem olhar a quem; aonde àqueles que procuraram viver se doando não são devidamente reconhecidos por aquilo de bom que procuram fazer em benefício de outras pessoas que sofrem. Que mundo é este, meu Deus? – Responda-ME, por favor! – Tu que és a glória divina; Tu que és o Senhor do todo o Universo Infindo, daí-me uma luz! – Tu, que está presente à todo momento em cada um de nós, traz-ME a resposta! – Tu que personificas a paz, o amor, acalentas a dor, a tristeza, curas enfermos incuráveis, atenuas o sofrimento alheio, mostrai-ME o caminho, Senhor, meu Deus!
        É duro por vezes, ter que se viver num mundo assim, aonde não temos as respostas; aonde procuramos trilhar a paz e só encontramos a dor e o sofrimento; aonde a quem mais nos dedicamos, nos fazem humilhados, magoados e machucados como seres execráveis quaisquer. Meu Deus, que mundo é este?
        Só queria um dia, refazer a minha vida moldada na paz, no amor, longe do sofrimento e da dor; só queria mesmo amar e encontrar um grande amor; só queria mesmo, ter o mínimo possível para poder viver com honestidade, dignidade e honradez.
        Jamais fui, no meu eu interior, o que “pessoas” inescrupulosas., imorais, sem retidão de vida, procuram por vezes soltar a verborréia virulenta; jamais fui um ser desleal e desprovido de compaixão, de amor e do mais puro sentimento de mundo, pois embora diante da pequenez à minha frente, sempre procuro, apesar da torpeza, da podridão que invade determinados indivíduos, ser maior do que as injustiças, as crueldades, as maldades e a sordidez próprias da inferioridade daqueles que, apesar de terem dois olhos, não vêem sequer um milímetro além da linha do olhar.
        Infelizmente meu Deus, busco na vida uma saída digna, honrada e reta. Não sou desonesto, apesar de me apontarem alguns facínoras, os seus dedos sujos e imorais; não sou desonrado, nem tampouco, desonrei quem quer que seja; não sou indigno, muito embora viver rodeado de indignidades.
        Meu Deus! - Será que neste mundo é muito, pedir somente amor e compreensão? – Será que não posso mais ter o direito de ser feliz? – Será que a minha vida será sempre rodeada por cobras peçonhentas? – Será que só eu tenho a obrigação de me doar e não ter o direito de receber aquilo que faço e dou com amor?
        Não! – Senhor, meu Deus! – Tudo isto está errado. Na verdade, vivemos neste mundo, uma vida efêmera, aonde alguns seres humanos precisam aprender a ter a grandeza de saber o que é certo e o que é errado, para distinguir o que é gande-fútil-sem-valor do que é pequeno-útil-valorativo, para, assim, descobrir que a vida é feita, não daquilo que nela se busca a vida inteira e não se encontra, mas sim, naquilo que se pode descobrir num pequeno espaço de tempo e se ter um grande momento de vida, afinal de contas, os grandes momentos vividos na vida, estão inseridos em contextos de pequenos espaços temporais contidos nesta própria efemeridade de vida. É assim a vida, não compreendê-la dessa forma, é passar por ela num espaço vazio e não vivê-la em toda a sua plenitude, mesmo que essa plenitude seja de um ínfimo segundo.

P.S.: Crônica escrita num momento de sofreguidão pela qual passamos na vida.

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