VENTANIA QUE DEVASTA
Vem mansa, aos poucos
bravia
Levando tudo que de
repente
Até em meus sonhos vivia
Se esvoaçam instantaneamente.
E tudo desaparece
Como por encanto
Tudo que existe perece
E tudo se vai ao
desencanto.
E nessa ventania sem rumo
Nada vem a ser poupado
Nem mesmo a vida em prumo
Que se viveu nos anos
dourado.
Não tem quem possa impedir
Nada existe a se fazer
Ninguém pode resistir
A todo esse padecer.
E assim vai tudo levando
Não perdoa ninguém nesta
vida
Tudo velozmente vai se
acabando
E nada fica desta ferida.
Ventania que a tudo
destrói
E voraz e indiscreta,
Não manda recado e corrói
O que acha que não presta.
Mas ventania bravia
Em meu rosto a rastejar
Suave, leve e fria
Como se fosse um manjar.
Mas o que ela quer mesmo,
É para longe me levar
À qualquer lugar à ermo
E tudo de vez se acabar.
Leva meus sonhos,
esperança
Nada fica neste mundo
Até minha doce vingança
Vai comigo iracundo.
Nada mais importa agora
Vai-te embora ventania
Nada mais me revigora
Tudo some em vilania.
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