Venho acompanhando os
passos desse pensamento político brasileiro direitista, desde que eclodiu o
golpe militar no Brasil. Não que entendesse muito de política, mas dava para
perceber entre os que defendiam um lado da legalidade e do povo e, os que queriam
impor suas vontades e continuar com os mesmos métodos de dominação da grande
maioria pobre e oprimida.
A gente grande composta por uma minoria da população
brasileira, que nunca quis perder privilégios, quando se trata de aprovar
movimentos de dominação, seja por quais meios venha este a ser implantado,
sempre estão ao lado de tais movimentos, porém quando contraria seus interesses
próprios, sempre arrumam uma desculpa esfarrapada para defender o indefensável,
não propriamente pensando no povo, mas sim, nos seus próprios interesses. Essa
história não vem de hoje. Os fatos históricos se repetem. Defendem um modelo
ultrapassado de modus vivendi,
condenam com veemência outro que acreditam inadequado, mas na verdade, o que
não querem de forma alguma, é perder privilégios, que venham a beneficiar uma
maioria esmagadora de nosso povo.
Muitos desse tipo de gente, tem suas opiniões formadas ao
longo dos tempos, daquilo que herdaram de seus antepassados, a exemplo daquelas
pessoas que apoiaram o golpe militar e via de consequência, à ditadura por
longos vinte e um anos de escuridão, não porque acreditavam ser o melhor para
eles, porque vez por outra, um deles caia na malha fina da espionagem do SNI e
terminavam sendo incluídos em mais um prontuário de subversivos, mas isso era
uma minoria, mas quem nasceu e viveu dentro de uma redoma em que seus
familiares defendiam com unhas e dentes os seus privilégios e, via de
consequência, os militares, com certeza adquiriram a mesma mentalidade
retrógrada dessa direita calhorda que ainda existe no Brasil.
Os militares para “legitimar” a sua triste e negra passagem
pelo poder no Brasil, criaram de faz de conta, duas frentes partidárias: a
ARENA e o MDB. Pois bem. Quem era a favor do regime, era arenista e, grande
parte da esquerda e de quem não concordava com os métodos espúrios dos
militares, se juntava na frente do MDB, que era realmente um ajuntamento de
várias ideias políticas que vinham desde o centro, o neoliberalismo, os que se
diziam apolíticos, a esquerda radical, mas não tinha uma definição própria de
ideário filosófico a servir de modelo a ser seguido. Por isso mesmo, no momento
atual o leque partidário existente é fruto de 32 partidos políticos, que na
verdade nenhum vale coisa alguma, porque a maioria praticamente perdeu a
identidade, porém ainda existem pessoas que tem uma tendência política voltada
para uma visão esquerdista de ver o mundo, na qual eu mesmo me incluo.
Críticas infundadas jogadas no para-brisa pela direita,
sempre buscam fazer e até mesmo, chegar às vias de fato, embora estejamos
vivendo numa democracia, mas a direita nunca foi acostumada a conviver no plano
democrático de convivência mansa e pacífica, tendo até a imbecilidade de
historicamente voltar ao comunismo da União Soviética que não mais existe; à
guerrilha de Fidel Castro que tirou Cuba do jugo americano e radicalmente
contra os movimentos e governantes populares da própria América Latina, tudo
isso porque temem perder privilégios roubados, tirado na marra ao longo dos
tempos, do povo mais sofrido e ainda escravizado, não propriamente com
correntes visíveis, mas com as que ninguém vê, mas que é de todos conhecidas,
onde ricos sempre ficam mais ricos e a pobreza, embora no Brasil, de 2002 para
os dias atuais, tenha chegado a um patamar de vida melhorado, embora não venha
a ser o ideal, mesmo assim, já significa grande coisa para grande maioria do
povo sofrido e isso pelo visto tem incomodado muito os radicais direitistas.
Por essa razão, de tudo inventam, criam lorotas, mentiras,
tudo com o objetivo único de tentarem continuar enganando o nosso povo com a
derrubada de um governo legitimamente eleito pelo povo e colocar em seu poder,
um regime fascista, mesmo que seja composto por uma horda de ladrões, de corruptos
e de bandidos, pouco importando quem sejam, contanto que os privilégios dos
ricos e poderosos fiquem incólumes, esta é a realidade que muitos não procuram
ver diante de toda essa movimentação para se levar à cabo essa ideia golpista
contra um governo legitimamente eleito pelo povo.
Por isso mesmo, por mais que queiram denegrir, falar e
escrever do que não conhecem, prefiro ainda por pior que seja, ficar com a
democracia legalista e com o meu ideário filosófico de esquerda, sem o qual não
acredito que poderão ser implementadas as verdadeiras e reais mudanças das
quais o Brasil tanto precisa.
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