BUÍQUE DE VOLTA AO PORTO SEGURO

       Nenhum buiquense pode ser hipócrita o bastante e suficiente, para não saber que em nossa política, e isso já dista de longas datas, que se tornou um hábito em nossa terra, nas disputas políticas, de certa forma sempre acirradas, que aqui não existem eleições politizadas na acepção da palavra “política”, mas sim, lados políticos, independentemente do ajuntamento de siglas partidárias, que sempre ficaram à reboque, em segundo plano ou sequer plano algum. Como tenho pleno conhecimento de nossa política desde menino de calças curtas, a nossa política sempre foi assim e ninguém sabe quando esse ciclo, que nada tem de positivo e democrático, vai ter um fim de vez. Também há de se observar que o que antes achávamos ruim ou péssimo, pode se tornar o ideal ou talvez próximo disso, numa futura disputa ou administração, por isso mesmo foi que, analisando profundamente essas nuances políticas, que fiz uma opção, que muitos podem acreditar não ser a melhor, mas pode, para o povo, ser o ideal por este desejado. É assim mesmo que funciona a nossa política. Ninguém pode sociologicamente fugir disso ou mudar esse quadro no momento presente.

         A gente quando levado pelas paixões emocionais, pode por certo tempo, ter um conceito diferente sobre um determinado lado ou pessoa, mas isso pode mudar, quando nos decepcionamos com um lado que apoiamos e isso tem sido uma constante na política buiquense. Mudar essa cultura, poder-se-ia até se mudar, mas quando a gente coloca o nosso próprio nome à disposição para disputar o cargo de primeiro mandatário do município e não encontra eco diante da população, sendo achado, chamado de besta ou tolo, fica difícil se mudar isso aqui. Então por isso mesmo, chega-se à conclusão de que não se tem escolha, e o povo não pensa em mudança alguma, então, se não podemos mudar, a gente é que tem se adequar às situações que se apresentam no momento e tentar dentro das adversidades, fazer com que as coisas, as formas de se governar, dentro do miolo, mudem. Por essa razão é que fiz, juntamente com meus irmãos, a minha opção política neste pleito que se avizinha, porque a política buiquense, sociologicamente ainda vai continuar sendo conduzida pelos mesmos vícios criados pelos políticos e nosso próprio povo, e enquanto essa cultura não mudar, nada poderá ser modificado para se ter uma política diferenciada.

         Minha opção por Arquimedes? - Equivocada? - Errada? Inconsequente? – De forma alguma. Nenhuma das alternativas eu aceito. Fiz uma opção por um lado, que antes muito critiquei, mas pude observar ao passar esses quase oito anos de desgoverno de Buíque, que o ex-prefeito Arquimedes Valença, não foi pior do que ele. Por qual razão cheguei a essa conclusão? – Muito simples: na época em que Arquimedes governou pelo menos foi um prefeito que estava presente, tinha palavra, cumpria os seus compromissos com o povo, cuidava da zona rural, a educação e saúde eram de qualidade e de certa forma deixou um nome, que o povo ainda aclama, que encontra eco junto ao povão, então um homem dessa natureza, dessa magnitude, pode ter sido ruim para Buíque, já que a maioria da população ainda o aclama? – Foi nesse sentido que mudei o meu conceito sobre o ser humano, o homem, o político e a pessoa de Arquimedes Valença, não pelo que ele deixou de fazer, mas pela firmeza de suas ações e pelo que ele fez pelo povo de Buíque, senão como ser lembrado e ter tanta popularidade em nossa terra, hem minha gente?

         Foi pensando nessa linha que cheguei à conclusão, sem pressa, sem pressão, de livre e espontânea vontade, de que realmente o povo de Buíque vivia num PORTO SEGURO e não sabia, daí mudei o meu conceito sobre esse homem que antes de qualquer defeito que possa ter, como de fato os tem, é a única opção viável entre os dois lados para que BUÍQUE POSSA TER O SEU PORTO SEGURO DE VOLTA. Esta é razão, juntamente com meus irmãos Miltinho e Milvernes Modesto, fizemos nossa opção em apoiar ARQUIMEDES VALENÇA nestas eleições. Críticas, sei que vou receber, vamos receber, mas vou saber compreendê-las, isso porque vivemos numa democracia e quem entra na chuva, é para se molhar mesmo, esta é uma verdade inconteste da qual ninguém pode negar, mas estou pronto para entrar na luta, por como bem o digo numa estrofe de um meu poema, “Suor e Lágrimas”, de meu livro de poesias: Vivendo suor e lágrimas/Ainda na luta estou/Pronto para as batalhas/Que esta vida forjou.