Em vários outros governantes
que findaram os seus governos em Buíque, da mesma forma, houve sucateamento da
frota do município e eu presenciei todas elas. Acredito que nenhum dos prefeitos,
deixou algo de aproveitável nessa questão de bens públicos móveis. Muitos
porque não tiveram o devido zelo pela coisa público; outros porque não tiveram
o devido tempo de recuperar a frota de veículos e de objetos móveis como
deveria, para entregar ao sucessor como manda o figurino administrativo e
outros até, por pirraça política da braba, só para atrapalhar a administração
de quem iria assumir em seu lugar, em face de não ter sido eleito o seu
candidato como sucessor. Assim sempre aconteceu em Buíque, com exceção, diga-se
de passagem, de Blésman Modesto, que infelizmente, vai apoiar a cria política,
que de sua aliada um dia, passou a ser sua grande inimiga, mas como tudo
acontece em política, hoje estão de mãos dadas.
Como veio à tona nas redes sociais, a questão do sucateamento
dos veículos públicos quando da transmissão de cargo em 2008, aí posso dizer
que estava presente, bem próximo e posso falar com propriedade. A questão
ocorreu da seguinte forma: no final do governante desse ano enfocado, a frota
realmente estava um tanto quanto sucateada, não há a menor dúvida, razão pela
qual, se abriu um processo licitatório de leilão público, já no final de
governo e por isso mesmo houve uma grita geral do pessoal “novo” que ia assumir.
Em face dessa medida administrativa discricionária do administrador do governo
findante, eu que infelizmente era ligado ao que ia assumir, na condição de
advogado, mesmo dentro de minhas limitações “medíocres”, ajuizei uma ação popular
na Justiça Comum de Buíque, e preparei uma representação junto ao Tribunal de
Contas do Estado de Pernambuco – TCE-PE, para justamente sustar o referido
leilão. Era uma batalha jurídica árdua e se corria contra o tempo, mesmo assim,
se conseguiu uma liminar no processo que transitava na Justiça de Buíque e
outra no processo administrativo da Corte de Contas e assim, veio finalmente a
ser sustado o leilão, o que foi na época uma vitória para o “novo” que em
poucos dias iria a partir de 01.01.2009, assumir o poder em Buíque. Pois bem,
sustado o leilão, o que se imaginava era que, parte dos veículos ainda em
condições de funcionamento para uso público, imaginava eu que iria ser
realmente recuperada para à municipalidade, e parte realmente inservível, que
iria ser levada à leilão, mas qual não foi a minha surpresa, que nos mesmos
moldes do anterior, se abriu um novo processo no mesmo leilão, só na base do
cópia e cola, sem colocar ou acrescentar uma vírgula sequer e em poucos dias de
“novo” governo, através de outro processo de licitação, que só mudou de data e
pessoas, os mesmos veículos e objetos foram levados à leilão público, o que me
deixou indignado, porque depois de todo um trabalho jurídico, que se imaginava
seria destinado ao povo de Buíque, na realidade não se prestou para
absolutamente nada, a não ser, levar vantagem para alguns novos amigos do novo “reizinho”
que então já entrara no poder de salto alto, esta é a verdade.
A minha indignação maior ainda, foi porque depois de um
trabalho jurídico contra o tempo, de conseguir à duras penas, sobrestar o
leilão anterior, imaginando que seria em benefício do povo buiquense e logo
depois, ver ser realizado o mesmo leilão nos mesmos moldes do anterior, só que,
já não mais com os figurantes de antes, mas com atores novatos e assim foi feito.
Só sei que, nem mesmo os valores da listagem do que ia ser leiloado
anteriormente, mudaram, permaneceram os mesmos. Então pensei comigo logo
naquele início de 2009: como é que pode? - Depois de um trabalho jurídico cansativo
que fiz, ver tudo ruir, foi em vão!, para no final ver tudo ser realizado da
mesma forma, e com finalidades espúrias, destinação certa e beneficiários
carimbados, aí já comecei a desconfiar, como desconfiando estava desde bem
antes, que o leilão foi apenas uma troca de seis por meia dúzia e só mudaram os
atores e figurantes. Para mim àquilo foi uma vergonha! - Como é que a gente na
condição de advogado, luta para derrubar uma coisa, enfrenta uma batalha
jurídica árdua, e depois ver tudo ir por água abaixo, e ver tudo ser feito do
mesmo jeito novamente por quem dizia que estava defendendo os interesses do
povo de Buíque? Pura balela, vergonha! - Pensei eu!
Se bem antes já estava com uma pulga por trás da orelha em
termos de credibilidade com àquele que apoiei em 2008, com essa primeira medida
nefasta, minha insatisfação só vinha aumentando e a partir daquele momento, mentalmente,
imaginava, o que realmente quer esse “jovem” na vida dele, como político de
Buíque? – O Novo leilão foi realizado, os arrematantes dos bens em melhores
condições de uso, já tinham fichas marcadas e carimbadas, tanto por gente de
Buíque, quanto de outros lugares próximos e só sei que, a coisa ficou para os “amiguinhos”
do peito e disso ninguém deu um pio, nada disse, afinal era o “novo” que iria
revolucionar nossa terra com uma nova administração revolucionária, pensava eu
e até, menti quando de meus discursos para o povo de Buíque, o qual peço minhas
sinceras desculpas e perdão, em que dizia eu, de que naquela ocasião se
iniciava uma nova era em termos administrativos em Buíque, só que, tudo isso
que desenhei de um governante mirim, se esvaiu, de desmanchou em fumaça e, embora
com a mesma pulga atrás da orelha, em 2012 ainda cometi meu segundo erro, ainda
eu e minha família, votamos nesse alcaguete de governante, que o que sabe fazer
muito é mentir e falsear a verdade, aí sim, são suas qualidades principais. Tem
mais, ao assumir existia uma máquina pesada patrol, de uns 600 mil reais, que
não estava inventariada como bem do município, e que alardearam que tinha
desaparecido, depois foi encontrada, só que, como não constava como pertencente
à municipalidade, esse bem tomou chá de sumiço até os dias atuais e disso
também, ninguém nunca mais falou.
Passados esses anos, não adianta falarem daquilo que sei de
perto, porque quando falaram, procurem falar daquilo que eu não sei, porque
acredito que dessa máquina pública, sei muito mais do que se possa imaginar e
isso, é apenas o começo de uma história de um desastre de uma administração irresponsável,
calamitosa e caótica, como todos os buiquenses conscientes estão vendo, porque
acredito que ninguém é cego ou burro para não ver. E por falar em sucateamento
da frota de Buíque, a situação está à vista de qualquer cidadão buiquense no
momento, e só não ver quem não quiser ou for cego de guia. Outra mais, nos
períodos brabos de seca, que durou mais de cinco anos, nunca vi à
municipalidade buiquense sendo servida por carros-pipas do poder público
municipal e o povo dizer que a continuidade desse governante é a mais viável! -
Sinceramente, só quem for burro, jumento ou a cavalhada que o prefeito soltou
nas ruas de Buíque dia desses, para se juntar à jumentada já existente em todos
os cantos de nossa cidade.
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