Interessante quanto eu mesmo
ouço em alguma entrevista, a exemplo de uma hoje, com Fernando Henrique
Cardoso, em dizer que as decisões que tomava no governo dele, eram técnicas e
não políticas. Nunca vi tamanha deslavada mentira, porque ele mesmo, noutra
ocasião, já chegou a dizer, que se sentia extremamente pressionado, meio
abilolado, com tanta pressão política, em seu próprio período de poder, para as
nomeações políticas a pedido de partidos e de pessoas chegadas, próximas a ele
e ao poder.
Não existe essa de hoje, como é próprio do costume dele, de
buscar desdizer o que sempre disse. A gente mais do que nunca, sabe de cor e
salteado, que qualquer governante que seja, sempre sofre pressão de ordem
política por nomeações, que nem sempre segue critérios técnicos. Raramente um
governante nomeia alguém estritamente técnico para exercer algum cargo na
esfera do poder de mando e, no geral, termina sempre errando pelas nomeações
políticas que chega a fazer.
A gente vê esse tipo de coisa acontecer nas próprias cidades
onde moramos com tendência de permanecermos até o fim de nossas vidas. É muito
comum se perceber nomeações de pessoal em cargos de confiança de toda
parentada, de contraparentes, de amigos dos amigos e por aí se vai. Até se
nomeia a criança de uma irmã que vem a nascer, já passa também a ser servidor
público do poder. É assim mesmo que acontece. Acabar com isso é possível, porém
é necessário ter coragem e determinação para fazer isso, mas que essa praga tem
que acabar de vez, disso não se pode ter a menor dúvida.
Chega-se a mais uma política. Grupos vão se reunindo em
torno de pré-candidatos, tanto de um lado, quando de outro, porque no geral, nas
coletividades pequenas, a política de um modo geral só gira em torno de quem já
foi poder e de quem está no poder, daí nunca haver uma renovação e, em casos
que venha a ter, muitos só fazem mesmo, em grande parte, é decepcionar o povo e
isso tem que acabar também, porque não se presta jamais para ser o novo. Para
acabar com essa bandalheira, tem-se que se cortar a carne no próprio sangue. Ou
se moraliza ou se moraliza. Não tem outra saída não senhor! Querem uma nova
política? Querem o novo? Então que o novo venha sem os respingos do malfadado e
nefasto passado, tampouco do enodoado presente que vem a se findar, porque nem
um, nem ou outro, é capaz de implementar mudanças de jeito nenhum. Ou se é
radical nesse ponto ou então, melhor nem tentar porra nenhuma!
A mudança de verdade tem que ser do ponto de se dizer olho
no olho, cara à cara, sem medo de falar e sem assombração, de que está fazendo
uma pregação de verdadeira mudança e não somente um arremedo, uma carta de
intenção que jamais vai chegar a concretizar, porque lá mais na frente, pelos
enes acordos firmados, que moral vai ter para formar uma equipe eminentemente
técnica, salvo alguns cargos que tem que obrigatoriamente ser políticos, porque
é assim que tais cargos requerem, mas já noutros, de forma alguma. Acaso se
pregue uma coisa para se fazer o mesmo de sempre, melhor ninguém nem tentar ou
se pintar de ser o novo, que de mascarado a gente já está feito gato escaldado.
Ninguém aguenta mais mentira e tanta enganação!
Foi essa questão de critério político que está lascando a
Petrobrás, que não vem de hoje, mas de muitos outros governantes passados e só
para refrescar à memória de muitos pernambucanos, o nosso BANDEPE, onde dei
dezesseis anos de minha vida, só veio a quebrar mesmo, por critérios de nomeações
políticas. Até hoje nunca entendi ter feito um concurso interno de gerente de
agência, ter passado, vindo a ser chamado para fazer o curso preparatório em
Recife, tirar em primeiro lugar e nunca ter sido chamado. Agora até hoje fico a
me perguntar, o que diacho aconteceu para os governantes, ou seus prepostos na
administração do banco, da época, não terem me nomeado e continuaram nomeando
através de critérios políticos a ponto de quebrarem o Banco em quatro bandas e
mesmo no governo de Miguel Arraes, foi vendido a preço de bananas para um banco
internacional. Agora digo os responsáveis por tudo isso? Vamos lá vê quem foram
as figuras pardas de nossa política: Moura Cavalcanti, Marco Maciel, Roberto
Magalhães, Joaquim Francisco e tantos outros políticos picaretas que enterraram
o nosso banco, porque os critérios de nomeação eram políticos e não por
competência e capacidade, porque até hoje fico a me perguntar, como é que fiz o
curso de preparação de gerentes de agência e mesmo tendo ficado na primeira
colocação, sequer cheguei a ser nomeado! – Essa revolta vou sempre guardar
comigo, mas ainda vou contar toda essa maracutaia com mais detalhes.
Então minha gente, todo cuidado em quem se vai escolher para
o ano nas próximas eleições. É nisso que venho me focando em minha terra e não
deixarei de forma alguma de meter o bedelho e se não tiver candidato para
votar, eu mesmo me candidato e voto em mim mesmo, que para mim, é a minha melhor
opção, isto porque, só eu posso responder pelo que penso, imagino e tenho como
colocar em prática tudo que me vem à mente. Vê-se festas homéricas de apoios e
mais apoios a candidaturas A, B ou C, mas quem é quem em toda essa parada para
o enfrentamento de quem poderá de verdade, ser a voz reprimida do povo e ter de
verdade a coragem suficiente para dizer quem é quem na terra em que pretende
ser o próximo governante? Só digo que tenho essa coragem de dizer e mostrar os
podres de cada um e se com isso tiver a compreensão do povo, com certeza não
será mais uma vez decepcionado, este é um compromisso que firmo.
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