ESPAÇO DA POESIA
Nascemos sem pedir para
nascer
Mas a vida é um ciclo
natural
Naturalmente se vem para
viver
Assim, simplesmente como
pessoa normal.
Pode ou não ser fruto da
imprevisibilidade
Produto de uma aventura do
acaso
Com em sem alguma maldade
Ou da irresponsabilidade e
do descaso.
Mas uma coisa interessante
se observa
Quando na placenta está o
feto
Tudo vem a se desenvolver
e se conserva
Como fruto de mais uma
vida com afeto.
Ao nascer se imagina de um
invólucro liberto
Quando na verdade é pelas
mãos dos outros que se vive
Com os devidos cuidados ou
sem ninguém por perto
A lei da vida permite que
a gente se desenvolve e sobrevive.
Tudo vai se transformando
e crescendo
No caminhar com os
próprios pés vamos aprendendo
Uma suposta liberdade,
vamos conquistando
Porém o pior de tudo nesta
vida, é que tudo é conspirando.
De um mundo em que suposta
liberdade a gente tem
Que se cria uma falsa
ilusão que se vai muito além
Entretanto é o fato de se
embarcar neste trem
Onde ninguém sabe o que na
frente se vem.
Se cria de tudo para
alimentar uma doce ilusão,
Quer seja na criancice de
tolices sem noção
Se coloca tudo em nossa
imaginação
De que todos um dia se
salvarão.
Mas na verdade tudo isto
não passa de uma grande prisão
Em que sempre vamos nos
encontrar na contramão
Dentro de uma redoma de
limitação
Aonde ninguém vai além da
própria imaginação.
Primeiro somos
prisioneiros de um embrião
Depois de uma forte
limitativa oposição
Não podemos sair do que
nos ensinam ser a noção
Em que a sociedade cria
regras por aclamação.
Na verdade em cada fase
desta vida funesta
Não passamos de reles
seres enclausurados
Vivendo uma vida
inteiramente besta
Em que limitativamente
vivemos dopados.
Anestesiados quando
estamos na placenta
Anestesiados quando tanto
se lamenta
Anestesiados por tudo que
nos atormenta
Anestesiados por tanta
demência...
Por isso mesmo não há como
sair dessa clausura
Onde existe tanta frescura
Num mundo assim com tanta
diabrura
A cova será a clausura da
última ternura...
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