Vivemos em um mundo cheio de falsidades e de falsos “amigos”.
Muitos dos que se dizem seu amigo, não o são de verdade, porque na hora que
mais você precisa de alguns deles, falham acintosamente, descaradamente e sem a
menor cerimônia. O amigo de verdade será sempre seu amigo, tanto nas boas
horas, quanto nas ruins, o que é muito difícil de encontrar.
No decurso de minha vida já tive vários “amigos”, agora mais
para serem servidos do que para me servir. Passei por maus bocados no decurso
de minha vida, mesmo assim, consegui superá-los, não pela ajuda de quem quer
que seja, mas pelos meus próprios desforços do que desses tipos de pessoas que
se dizem amigas, mas somente para tirar proveito do sujeito quando precisam da
gente, esta é a verdade.
Sempre contei mesmo nos momentos difíceis, foi com minha
própria família, meus irmãos e meus filhos, porque quanto aos demais, fizeram
vista grossa. Um dos momentos mais difíceis que passei na vida, foi quando
tive, eu e minha família, que migrarmos para São Paulo e naquela ocasião, não
teve ninguém para nos acudir, ajudar, porque fomos tangidos praticamente pelas
dificuldades e depois que meu pai levou seis tiros, quase à queima roupa, em
frente ao Mercado Público de Buíque, em 1963, e por sorte, não foi atingido por
nenhum, o que de certa forma, para não gerar uma vingança na base do olho por
olho, dente por dente, se resolveu então todos irmos para àquele infernos dos
quengos, São Paulo, que para mim, foi uma das piores fases pela qual já passei
em toda minha vida. Lá também, claro, não deixou de se tirar uma lição de vida,
para edificar, estrutura melhor a formação moral, social e intelectual de todos
nós.
Vejam vocês, só à título de exemplo, que como gosto de
escrever, sou “metido” a escritor e, quem escreve, quer ver o seu trabalho
publicado e apreciado pelas pessoas. Quando se tem um nome projetado no cenário
nacional, facilmente você esgota com facilidade um edição de dez vinte mil
livros, mas na nossa condição de figuras pardas da escrita, se chegar esgotar
uma tiragem de 500 livros, já se fez grande coisa. Pois bem, para isso, a gente
tem que sair por aí mendigando, não implorando, que não sou de implorar nada a
seu ninguém, mas saio sempre a oferecer o meu último trabalho às pessoas
conhecidas. Muitas delas compram com prazer, outras com uma certa má vontade e
algumas até, a gente percebe, que adquire o nosso trabalho por quase como se
fora uma obrigação, o que na verdade não é isso que a gente quer. O que se quer
de verdade, é que, quem se adquire o trabalho ou meu ou de qualquer outro
colega que vive na mesma peleja, é o fato de que, quem o adquirir, que o
aprecie, o leia e possa até fazer uma análise crítica desse trabalho, que isso
é sempre envaidecedor para nós que escrevermos e é assim, que gostaríamos que
fosse.
Ora, publiquei o meu terceiro livro de cunho jurídico e
ultimamente, o primeiro de poesias, deixei lá na sede da OAB, Sub-Seccional de
Arcoverde e, ao passar por lá esta semana, percebi que de dez exemplares que
deixei de meu último livro, nenhum deles havia sido adquirido por algum dos
colegas advogados inscritos em nossa Sub-Seccional, o que me deixou triste e
frustrado com a minha própria classe. Não que ninguém venha a ser obrigado a
adquirir trabalho literário algum de nós, que na condição de advogados, também
escrevemos, mas achei uma grande falta de consideração dos próprios colegas de
classe, o fato de sequer um de meus livros, alguém tenha o adquirido, o que
representa para mim, uma falta de consideração e de respeito. Pô, não adquirir
um livro, de apenas R$ 30,00, de um colega de profissão, então minha gente,
convenhamos, não passam mesmo de meros e distantes colegas, incapazes até, de
ajudar alguém quando de uma precisão mais ampla. Até covardia existe nessa
classe, em que a gente tem mesmo é que se decepcionar em pertencer a ela,
porque são incapazes de ser amigo um do outro e isso, me deixa profundamente
decepcionado, mas deixa estar, se fosse um livro de um Paulo Coelho, garanto
que muitos comprariam, mas como se trata de Manoel Modesto, Dr. Dalton, Paulo
Tarciso, ninguém dá a menor importância, o que só vem a comprovar a falta de
união da classe, afinal o que representa essa merreca para um advogado ou
advogada, hem minha gente? Só tenho mesmo a dizer, que me sinto decepcionado
com tamanha desconsideração de minha própria classe, esta é a verdade que
estava entalada em minha garganta e que, próprio ou inapropriado, queria
externar para todos os que me conhecem ou não.
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