Apenas o ano é novo, porém nada mudou ou vai mudar em termos
das mesmas conchamblanças políticas espúrias, que já começam a se iniciar.
Primeiramente, os mesmo politiqueiros tupiniquins de sempre, procuram os que
acreditam ser os maiorais da praxe política, e começam de logo a pedir equipamentos,
máquinas, para melhorar condições de alguma estada vicinal, limpar um barreiro,
uma pequena barragem e por aí se vai. Segundamente, vem o preço dos votos que
acredita deve possuir no seu curral eleitoral que imagina ainda mandar ou ter
herdado o legado político. O que a gente tem visto, são pessoas que nunca
fizeram nada na vida, nunca deram um prego numa barra de sabão, não estudaram,
não ralaram para conquistar alguma coisa na vida e tem tudo caído do céu de
mãos beijadas, mas não de forma honrada e honesta, mas sim, sempre através da
picaretagem política, o que é vergonhoso para qualquer pessoa que se preze.
Em parte tudo isso é verdade. Parece que esse quadro de
cooptação de voto e de cabo eleitoral, nunca vai mesmo acabar e o povo no final
de contas, fica sempre refém desses picaretas políticos que também nunca vão ter
um fim, principalmente em regiões como a nossa, ou em nosso próprio Buíque, que
é um celeiro aberto das picaretagens e berço esplêndido de negociatas políticas
dessa natureza. Também pudera, a mentalidade de nosso povo já está habituada a
votar tão-somente em quem tem alguma moeda de troca em sua mão, caso contrário,
diz que faz acordo com um, com outro e termina no frigir dos ovos, ninguém
sabendo mesmo em quem o sujeito votou.
No meio desse vale-tudo dessa política degenerativa, o
picareta político, tem que saber fazer uso com malícia e até mesmo usar tom de
ameaça e de violência, para poder vir a se eleger, como sempre acontece em
todas as eleições. Quem vendo o voto, pensa que será identificado e por isso mesmo,
um dos artifícios usados nas últimas políticas é comprar o voto do sujeito,
principalmente de quem se sabe declaradamente de lado contrário, pega o seu
título, o prende, depois toca fogo em todos os títulos que pegou e, no dia da
eleição, apesar de se ter conhecimento que o sujeito vota com qualquer
documento, mesmo assim, a pessoa não aparece ou por medo de ser identificado e
por não ter decorado sequer o número de sua seção no dia da eleição, daí como é
que o sujeito vai votar? – Então nessa política de baixo calão que muitos estão
fazendo uso, quem tinha o voto por certo perdeu e deixando de votar em quem ele
queria, perdeu dois votos de uma só vez. Outra forma, é engabelar o eleitor,
pegar o seu nome, o número do título, o endereço, a seção e ameaçar dizendo que
se ele não votar naquele candidato, ele será identificado e se não eleito, virá
cobrar com juros e correção monetária o valor do seu voto. É assim mesmo que
acontece nessa política tupiniquim em que esses picaretas políticos que temos,
fazem de tudo para manipular o eleitor e tolo, àqueles que ainda se deixam enganar.
A questão é que, até gente que se imagina letrado, consciente,
independente, também faz a mesma coisa, o que só vem mesmo a nos envergonhar nessa
política da sem-vergonhice. Pode se estrebuchar quem quiser, mas é assim mesmo
que acontece por estas plagas que possivelmente, ainda vai continuar sendo
desse mesmo jeitinho. Agora uma das questão é que todos nós que defendemos uma
política limpa, devemos ficar vigilantes e denunciarmos tais abusos, porque
nesse mundo internetário não é nada difícil se pegar alguém no flagra comprando
voto por aí. É sempre bom andar com uma câmara nas mãos ou até mesmo o seu
celular, porque ninguém deve dar guarida a esses picaretas políticos de sempre
de jeito nenhum. Então gente, vamos entrar em campo sem contemplar ninguém!
Ano novo, não significa inovação nessa forma calhorda de se
fazer política, porém nem por isso, há de se perder a esperança de um dia tudo
isso poder vir a mudar e, diante de tantos desacertos, descalabros, roubalheiras,
enganações e enrolações, em que quem paga pelos malfeitos desse pessoal é a
própria coletividade e muita gente está disso se conscientizando, pode haver
ainda uma ponta de esperança para que tudo isso venha a mudar. Mudar de ano,
não significa necessariamente que tudo seja diferente, mas ainda deve pairar um
pouco de esperança para que, na medida do possível, pelo menos uma minoria de
pessoas, venha a pensar diferente e começar a fazer o novo, dentro de uma nova
visão de mundo, para que venhamos a mudar de verdade.
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