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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

COM TANTA BAGUNÇA, TANTA CORRUPÇÃO E TANTA ROUBALHEIRA EM TODOS OS MEIOS, COMO ACREDITAR EM ALGUÉM?



    Historicamente falando, a gente é produto do que se procura fazer ou deixar de fazê-lo, no decurso de nossa vida. Todo mundo é a síntese em si, do que buscou moldar como modelo de conduta, de honradez, de honestidade e de retidão de caráter. Sem tais elementos formadores e integrantes da personalidade das pessoas, como acreditar em alguém? – A maioria de nosso povo age diferenciadamente dessa forma? Resposta afirmativa para esse tipo de indagação. Dificilmente se pode acreditar no ser humano, a partir do momento em que ele não preenche tais requisitos essenciais para o que poderá ou não demonstrar para o meio social onde procurou viver e buscar refúgio de sociabilização com os demais pares.
   Então a humanidade de certa forma é cruel. Isso não é coisa de hoje, como tenho repetido por diversas vezes nos meus escritos. A hipocrisia não vem de hoje, mas sim, com as próprias civilizações, desde que o homem descobriu a roda redonda, então por qual razão muita gente ficar abismada, indignada, tão-somente em determinados momentos e em segmentos sociais seletivos? Isso não existe. A hipocrisia e a canastrice, estão sempre presentes em todos os segmentos sociais, sejam quais forem, pouco importa, porque todos eles são formados por seres humanos vulneráveis e muitos não resistem à tentação humana, de sempre querer mais e chegar ao impossível, sejam por quais meios venha a conquistar a sua pretensão.
  Muita gente chega ao ponto de abrir a boca e dizer com as suas próprias palavras, de que muitas pessoas dizem uma coisa e, quando imbuídos em determinados cargos no estamento social, agem de outra forma. Isso é a mais pura verdade. Não tiro a razão, tampouco a dou por inteira, porque sempre vão existir as exceções. Isso pode até ser tido como uma regra pejorativa na convivência social e moral daquilo que se achou por bem em se chamar de organização político-social, para poder existir de fato e de direito, a sociedade política e juridicamente, em tese, devidamente estruturada, para que o ser humano venha a cumprir ou não, determinados preceitos no contrato social de formação de quaisquer que venham a ser as sociedades existentes neste mundo.
   Mas na verdade, quem imagina que o ser humano não tem palavra e diz uma coisa e faz outra, não está de todo errado, mas também, nem tanto certo, porque no meu entender ainda sobram algumas, digamos poucas exceções à essa regra. A gente está vivendo numa sociedade estritamente degenerativa, destrutiva mesmo, em termos de valores de decência moral, que deveriam nortear a conduta humana em todos os setores e também, em quaisquer estamentos sociais, mas isso não acontece, principalmente quando algumas pessoas vão galgando degraus na vida, é que vai de verdade conhecendo quem realmente é cada ser humano. Por isso mesmo é que se diz popularmente: “quer conhecer o homem, dê poder a ele”. Em parte é verdade, em parte não. Na maioria dos casos, tanto na iniciativa privada quando na pública, isso acontece, mas sempre existem as exceções, repito, embora raras, mas nunca deixaram de existir.
  Esperança de se mudar?! – Evidentemente que existe, porque negar isso, é negar a própria existência e a essência do viver. A gente deve ser verdadeiramente uma máquina humana em evolução. Muitos acreditam que para pior, outros não e outros mais, já não creem em mais nada. Na verdade não podemos desistir da humanidade, porque negá-la, seria negar a nossa própria existência. Por isso mesmo é que não podemos desistir de que ainda existem pessoas sérias, honradas e honestas, que nem sempre estão predispostas tão-somente para auferirem vantagens indevidas em nome próprio, não importando quem encontre pela frente e por quais meios se utilize! A regra, verdade seja dita, é essa mesma, mas nem por isso, devemos por completo, desistirmos da humanidade, porque ainda existem pessoas que agem mais pelo coração, do que propriamente pela razão e são justamente essas, que a gente tem que buscar se moldar para ser a salvação do imprestável que existe nos seres humanos. Sei ser tarefa difícil, porém nada é impossível nesta vida. Costumo sempre dizer, que a única coisa que não tem solução é a morte, porque não há no mundo até hoje, desde que surgiu vida na face da terra, que faça algum morto ressuscitar e voltar a viver normalmente. Se assim o fosse, seria a inversão da ordem da vida e isso jamais vai acontecer.
    Por isso mesmo minha gente, é que no decurso do viver de cada pessoa, em suas próprias comunidades, embora enodoada pela hipocrisia, pelas vigarices, pelas maldades e sempre uma maioria querendo tirar vantagens indevidas à troca da miséria alheia, ainda assim, existe uma minoria, a depender em muitos casos, dos próprios integrantes dessa sociedade, que estão ali bem pertinho de você, mas tem como único desejo, uma aspiração de vida, não de se locupletar e enriquecer ilicitamente, mas tão-somente tendo como elo nas próprias mãos, o de buscar ajudar a quem precisa, principalmente nos segmentos sociais mais carentes. Falo disso com propriedade, porque venho de uma linhagem de vida de muitas dificuldades e tudo que conquistei na vida foi com muita garra, luta e persecução de meus objetivos, sem precisar ou mentir para alcançar os meus objetivos. Claro que estou vivo ainda e pronto para qualquer frente de batalha, mas só posso provar que sou diferente e que posso fazer o diferencial, se acaso tiver oportunidade e esta, a gente só tem com o aval popular, através de suas escolhas, que se bem entender, saberá perfeitamente fazer as melhores entre os tantos seres humanos que vierem a se apresentar, a maioria hipócrita e párias sociais enrustidos, no que não me encaixo e isso posso de peito estufado e aberto dizer, porque tenho uma história de vida. Acreditar?! – Acredite quem quiser, porque o eu que está dentro de mim, só o ontologicamente falando é quem tem a ciência própria daquilo que está realmente no meu eu. Se não mudei até agora, como é que nessa altura do campeonato vou mudar assim de repetente, para que e para quem?

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