QUEM REALMENTE SOU

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BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

ÚLTIMO DIA DO ANO É PARA SE REFLETIR, PENSAR E VER NO QUE SE PODE MUDAR EM 2016



   Quantos não foram os finais de ano em que passei esperando-os avidamente para entrar na farra; ir às festas, ao baile de final da virada e era uma alegria extasiante que invadia as nossas almas, dominava a todas as pessoas e a alegria transbordava além de nossas próprias vontades. Também houve finais de ano, que quando menos se esperava, lá estava eu em sono profundo. Sequer chegava a ver a virada, porque a empolgação vinha bem antes e ao cair na farra, só saia mesmo quando já não tinha mais condições de dar continuidade. Exageros à parte, mas era assim mesmo.
   Hoje já não posso mais repetir as mesmas extravagâncias de antes, porque não tenho mais condições de me permitir a esse tipo luxo, embora seja consumido pela vontade incontida, mas pelo menos, uma ponta de casquinha, certamente haverei de tirar, que ninguém é de ferro.
   Deixando de lado os anos a fio de vivência, se bem que, não foram ainda tanto assim e por mais que cheguemos a viver, mesmo assim, não foi ou será jamais o suficiente, porque na verdade, deveríamos nascer para sermos eternos, para semente, como diz o dito popular. Na verdade, a cada ano que passa, devemos fazer disso, um período de amadurecimento da vida e de reflexão, sobre tudo que passamos pela nossa própria vida e o que podemos ou não, fazer para mudar o direcionamento de muitas coisas em nós próprios e em muitas coisas a nos rodear.
    Por mais que o tempo avance, não podemos escolher somente um dia na vida para fazermos uma análise e refletir sobre o que passamos durante o ano que se finda, dos anos anteriores, porque a vida deve ser sempre um edifício em construção que só vem mesmo a terminar no último suspiro. Enquanto este não vier, temos que dar continuidade ao nosso projeto de vida, de ser humano e nos tornarmos cada vez mais humanizados, mesmo que não venhamos a compreender, aceitar ou aprender tudo, porque impossível se chegar ao conhecimento pleno de toda à humanidade, em face de sua complexidade de existência.
  Por mais que queiramos, jamais iremos chegar à perfeição completa nem mesmo de nós próprios, porque frutos das imperfeições desconexas de nossas existências, não somos capazes jamais de nos tornarmos perfeitos, porque se assim o fosse, não chegaríamos a morrer, mas enquanto vida tivermos, com certeza a batalha, a frente de luta, jamais poderá ser colocada num plano secundário, mas sempre sim, como elo principal entre viver e morrer a ser seguindo.
   Por isso mesmo, pela efemeridade da vida, é que não sendo lá muita coisa, é que devemos pensar, refletir e buscar fazer com a dignidade com a qual devemos nos conduzir, com respeito ao próximo como a nós mesmos e buscando fazer o que deve ser feito dentro de princípios éticos e morais, acredito que já é grande coisa para a missão de cada ser humano e assim, pelo menos, para os que ainda não estão afeitos a pensar, que busquem pelo menos neste último dia do ano, fazer um reflexão na vida de cada um para ver o que se fez, deixou de fazer e no conjunto, em nome do coletivo e de si próprio, o que não deve ou não ser mudado, porque as verdadeiras mudanças só acontecem quando a gente percebe que na vida da gente e em nossa volta, nada está como deveria ser e muita coisa ou tudo, deveria ser devidamente mudado, para que a vida tenha a sua regular continuidade e para que cada um possa vir a alcançar mais um ano de virada e, para os que não conseguem, nada mais resta senão o nosso eterno pesar, mas que viver e sempre buscando novas vestimentas éticas, morais e honestas, é um imperativo importante e precioso, como a água que nos dá vida diariamente.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

A FESTA NO CENTRO DE BUÍQUE É PATROCINADA PELA PREFEITURA OU PELO COMÉRCIO?



     
    Esse é um questionamento que muita gente vem fazendo. Para os que acreditam que é uma iniciativa da prefeitura em face de ano político pré-eleitoral, errou arredondamente, porque a festa, embora modesta, está sendo patrocinada pelo próprio comércio de Buíque e de certa forma, está tendo o seu próprio brilho, prova de que nossa gente ainda não esqueceu de velhos tempos.
     À bem da verdade, as festividades tradicionais que existiam em Buíque noutros idos, e que os últimos governantes acharam por bem extirpar do nosso calendário, sempre teve participação ativa do comércio, embora timidamente e de outra ponta, o poder público municipal, mas como este só tem interesse em patrocinar festas para surrupiar o dinheiro público através de licitações fraudulentas, a exemplo dos grandes carnavais que sempre promoviam, assim acontecia com os festejos de final de ano, que todo final de ano era em torno de nove noites, agora como é o comércio que está à frente, será está sendo de somente quatro, o que significa em dizer, que já é um bom começo.
    Sempre levantei essa ideia de que com poucos recursos se poderia promover os festejos de final de ano em Buíque, que daria certo, como vem sendo bem aceito pelo público. Ontem mesmo, apesar das chuvas que já se iniciaram, tive conhecimento de que o centro da cidade estava lotado, prova de que independentemente do tamanho e pomposidade de um evento de final de ano, o que na verdade o povo quer mesmo, é festa, comemorar esse período festivo, tanto do lago religioso para os crentes, quer para os laicos, que só querem mesmo é festejar.
    Essa iniciativa do comércio de Buíque, já deveria ter sido colocada em prática há muito tempo, desde o momento que o poder público deixou de lado a questão de promoção de grandiosos festejos de final de ano e extirpou de vez, os nossos tradicionais finais de ano. Para não ficar em branco, colocou lá na gambiarra do Calçadão de Eventos, um velho parque infantil caindo aos pedaços, que não se sabe para que, certamente para justificar a sua participação do sempre zero à esquerda que vem sendo desses nossos últimos governantes.
   Quando falo de ex-governantes, estou me referindo a todos àqueles que foram responsáveis por acabar com a nossa terra e contribuírem diretamente para deixar e a transformarem no caos que ela se encontra. Falar em votar em alguém por um deles apoiado, sinceramente, é não ter amor próprio e não gostar de Buíque, porque quem tem amor a essa terra, tem que abominar e varrer de vez tanto um quanto o outro, porque nossa terra não merece continuar sendo vítima de espoliação, descaso, do caos em que a colocaram e desse desavergonhado uso indevido do dinheiro público, servindo tão-somente de sorvedouro do erário, para atender interesses pessoais de uma quadrilha que vem se revezando no poder e isso, quer com o apoio de um ou de outra, não pode continuar de jeito nenhum.
   Deixo aqui meus parabéns ao comércio, mas que isso já deveria ter sido uma iniciativa de bem antes, disto não tenho a menor dúvida, mesmo assim, está sendo válida essa iniciativa, que nada tem a ver com a incompetente influência e a mão do poder público municipal de nossa terra. 

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

ESSA DIREITA RAIVOSA BRASILEIRA PELO VISTO NÃO TOMA JEITO MESMO!



   Venho acompanhando os passos desse pensamento político brasileiro direitista, desde que eclodiu o golpe militar no Brasil. Não que entendesse muito de política, mas dava para perceber entre os que defendiam um lado da legalidade e do povo e, os que queriam impor suas vontades e continuar com os mesmos métodos de dominação da grande maioria pobre e oprimida.
  A gente grande composta por uma minoria da população brasileira, que nunca quis perder privilégios, quando se trata de aprovar movimentos de dominação, seja por quais meios venha este a ser implantado, sempre estão ao lado de tais movimentos, porém quando contraria seus interesses próprios, sempre arrumam uma desculpa esfarrapada para defender o indefensável, não propriamente pensando no povo, mas sim, nos seus próprios interesses. Essa história não vem de hoje. Os fatos históricos se repetem. Defendem um modelo ultrapassado de modus vivendi, condenam com veemência outro que acreditam inadequado, mas na verdade, o que não querem de forma alguma, é perder privilégios, que venham a beneficiar uma maioria esmagadora de nosso povo.
   Muitos desse tipo de gente, tem suas opiniões formadas ao longo dos tempos, daquilo que herdaram de seus antepassados, a exemplo daquelas pessoas que apoiaram o golpe militar e via de consequência, à ditadura por longos vinte e um anos de escuridão, não porque acreditavam ser o melhor para eles, porque vez por outra, um deles caia na malha fina da espionagem do SNI e terminavam sendo incluídos em mais um prontuário de subversivos, mas isso era uma minoria, mas quem nasceu e viveu dentro de uma redoma em que seus familiares defendiam com unhas e dentes os seus privilégios e, via de consequência, os militares, com certeza adquiriram a mesma mentalidade retrógrada dessa direita calhorda que ainda existe no Brasil.
  Os militares para “legitimar” a sua triste e negra passagem pelo poder no Brasil, criaram de faz de conta, duas frentes partidárias: a ARENA e o MDB. Pois bem. Quem era a favor do regime, era arenista e, grande parte da esquerda e de quem não concordava com os métodos espúrios dos militares, se juntava na frente do MDB, que era realmente um ajuntamento de várias ideias políticas que vinham desde o centro, o neoliberalismo, os que se diziam apolíticos, a esquerda radical, mas não tinha uma definição própria de ideário filosófico a servir de modelo a ser seguido. Por isso mesmo, no momento atual o leque partidário existente é fruto de 32 partidos políticos, que na verdade nenhum vale coisa alguma, porque a maioria praticamente perdeu a identidade, porém ainda existem pessoas que tem uma tendência política voltada para uma visão esquerdista de ver o mundo, na qual eu mesmo me incluo.
  Críticas infundadas jogadas no para-brisa pela direita, sempre buscam fazer e até mesmo, chegar às vias de fato, embora estejamos vivendo numa democracia, mas a direita nunca foi acostumada a conviver no plano democrático de convivência mansa e pacífica, tendo até a imbecilidade de historicamente voltar ao comunismo da União Soviética que não mais existe; à guerrilha de Fidel Castro que tirou Cuba do jugo americano e radicalmente contra os movimentos e governantes populares da própria América Latina, tudo isso porque temem perder privilégios roubados, tirado na marra ao longo dos tempos, do povo mais sofrido e ainda escravizado, não propriamente com correntes visíveis, mas com as que ninguém vê, mas que é de todos conhecidas, onde ricos sempre ficam mais ricos e a pobreza, embora no Brasil, de 2002 para os dias atuais, tenha chegado a um patamar de vida melhorado, embora não venha a ser o ideal, mesmo assim, já significa grande coisa para grande maioria do povo sofrido e isso pelo visto tem incomodado muito os radicais direitistas.
  Por essa razão, de tudo inventam, criam lorotas, mentiras, tudo com o objetivo único de tentarem continuar enganando o nosso povo com a derrubada de um governo legitimamente eleito pelo povo e colocar em seu poder, um regime fascista, mesmo que seja composto por uma horda de ladrões, de corruptos e de bandidos, pouco importando quem sejam, contanto que os privilégios dos ricos e poderosos fiquem incólumes, esta é a realidade que muitos não procuram ver diante de toda essa movimentação para se levar à cabo essa ideia golpista contra um governo legitimamente eleito pelo povo.
   Por isso mesmo, por mais que queiram denegrir, falar e escrever do que não conhecem, prefiro ainda por pior que seja, ficar com a democracia legalista e com o meu ideário filosófico de esquerda, sem o qual não acredito que poderão ser implementadas as verdadeiras e reais mudanças das quais o Brasil tanto precisa. 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

FILHOTES DA DITADURA, O REGIME QUE NÃO DEVE VOLTAR JAMAIS.



     Como é interessante as ideias que se passam de pais para filhos, principalmente àqueles que mais se beneficiaram do período da última ditadura militar no Brasil, que fez por bem chegar a iniciar a sua extinção em meados da década de oitenta. Infelizmente essa filosofia negativista castrativa das liberdades individuais, passou ao longo dos anos de pais para filhos e hoje ainda a gente percebe o mal maior, produto de um período que buscou cortar pala raiz os mais comezinhos princípios de liberdade individual de cada cidadão, ceifando desta feita, a democracia por completa e isso, a mim me parece um grande absurdo, que muitos dos nossos jovens, não aprenderam ou não buscaram na história remanescente e no passado distante, os elementos necessários e suficientes para que procurem ter uma outra visão sobre o que vem realmente a ser o conceito de liberdade e de democracia.
    O Brasil, deixando para trás o período de colonização, a partir do golpe militar no império brasileiro que introduziu à república, aprendeu com a elite dominante, vez por outra, em aplicar um golpe aqui, outro mais na frente, porque a sociedade, a elite social que detinha o poder da Casa Grande, sempre quis manter os mesmos privilégios de continuar reprimindo, mandando e dominando à Senzala, representada pelas classes menos favorecidas, por isso mesmo, sempre odiaram movimentos de massas como o dos operários ingleses, o movimento da Revolução Russa de 1.917, que a pretexto de implantar o verdadeiro socialista idealizado por Engels, Karl Marx e Lenine, o que fez mesmo, foi mudar de um absolutismo imperialista czarista, por uma ditadura dita do proletariado, mas o que mudou mesmo foi de um poder soberano para outro do mesmo nível. Dizer que a Revolução Bolchevique foi um erro histórico, acredito que de certa forma, apesar de milhares de vidas que vieram a ser ceifadas por uma das lideranças da revolução do tipo Stalin, mesmo assim, esse movimento revolucionário do início de Século XIX, teve muito a ver com muitos direitos trabalhistas que foram conquistados e que ainda permanecem no mundo atual. Não fosse essa revolução, com todas as suas nuances de requintes de crueldade, não haveria tantas conquistas dos trabalhadores, que antes eram explorados exacerbadamente pela classe rica e dominante.
    Na verdade, se bem olharmos na linha histórica do tempo, vamos nos deparar com vários movimentos sociais, que de certa forma, trouxeram muitas modificações à humanidade, mas levaram no seu bojo milhares de vidas humanas, de forma injustificável, a exemplo da Revolução Francesa de 1.817, das Cruzadas da Igreja Católica, e veja que essa luta não era para buscar melhorias para o povo não senhor, mas sim, para impor o cristianismo em mundos diferentes onde o credo religioso adotado era outro; na verdade as cruzadas, também foi uma fórmula injustificada do uso da religião para aumentar o poder de mando, de riqueza, de poder a pretexto do uso do nome de Deus e de impor o cristianismo sob pena de ser condenado à morte ou de se matar massivamente em nome de um credo religioso. Por isso mesmo, muitos movimentos revolucionários em nada contribuíram para a humanidade e as Cruzadas, com certeza, foi um de tais movimentos sem a menor justificativa, mas a Igreja Católica está ainda de pé, ninguém fala em suas atrocidades e tudo isso de ruim que fizeram em seu nome, foi ao longo dos anos, esquecido pela história. Até parece que passaram uma esponja e tudo foi esquecido e de vilã, a Igreja Católica continua como representante da bondade e da humanização dos povos, quando não deveria ser vista dessa forma.
    Por seu turno ainda, em países europeus, movimentos contrários, vieram a sofrer com a perseguição da Igreja Católica, mas em seus levantes, eram tão cruéis quanto esta e respondiam no mesmo pé de igualdade, o que era provavelmente justificável, porque ninguém pode esperar à morte chegar em sua porta e nada fazer, entretanto, ainda assim, o contraponto desse movimento nunca chegou a se nivelar ao que a Igreja Católica fez em nome de Deus, em termos de barbáries à humanidade.
    Em todas as partes do mundo, existem pessoas que de certa forma, sempre herdam as ideologias de encararem o mundo, como lhes foi passado de pai para filho. Dificilmente quando foi, por exemplo, nasceu, viveu e foi educado em determinados princípios de formação humana, se moldará para mudar a maneira de pensar, salvo algumas poucas exceções. Aqui no Brasil, apesar de tanta luta que se teve que enfrentar para derrubar um regime fascista, fruto de uma ditadura militar castradora de todos os direitos humanos, ainda assim existem pessoas que defendem a volta desse regime, como se nada mais importasse ao próprio futuro do Brasil, às liberdades democráticas e ao futuro das gerações que virão. A bem da verdade, só pode defender esse regime execrável, quem foi moldado dentro das benesses usufruídas por esse regime e por isso mesmo, sem ter sofrido as consequências e de seus familiares terem sido sempre useiros e vezeiros desses ideários tresloucado de conduta humana, imaginam que viver sob à tutela dos canhões, tanques e das baionetas, ainda é o melhor regime político a ser seguido pelos brasileiros.
  Quanta ingenuidade e falta de conhecimento da história quem assim imagina e ainda pede à volta desse abominável regime. Sinceramente, o que se vê no mundo atual, é uma parte de uma juventude perdida, sem saber o que tem em mente, que não sabe um palmo à frente do nariz sobre fatos históricos fenomênicos, vividos pelo o nosso povo e por essa razão, sem nenhuma justificativa plausível, pedem a volta dos militares, alardeiam por um golpe, são a favor de que governantes legitimamente eleitos pelo povo, sejam derrubados, para justamente vir a serem substituídos pelos mesmos filhotes da ditadura de sempre, o que não nos interessa jamais e por isso mesmo, é que sempre devemos estar vigilantes e lutar até os dentes para impedir que facínoras venham a tomar conta do poder mais uma vez em nosso país.

domingo, 27 de dezembro de 2015

MOMENTO LITERÁRIO - ESPAÇO POEMANDO COM MAIS UMA POESIA DOMINGUEIRA, EM QUE CANTO O VAZIO DA VIDA, "EMBAIXO DO COBERTOR"



EMBAIXO DO COBERTOR

Quanto calor se passou
Enfim chegou tempo frio
Mas nada comigo ficou
Para dar-me vida e brio.

Significado da ida
Parece que tudo partiu
O que ficou nesta vida
Foi só um cobertor vazio.

Na cama a remexer-me
Noites insones sem dormir
Não vem ninguém a acudir-me
Neste meu triste deprimir.

Oh! Que saudades que tenho
Daquele corpo tão belo
Ainda tenho no sonho
Mas navegar nele não quero!

Quão noites calientes passei!
Sei, foi puro, belo e efusiante
Em tuas belas curvas fucei
Com um calor extasiante.

Mas hoje o que me resta?
Estou abandonado, um desertor!
Não aparece quem me afasta
Deste velho cobertor!

sábado, 26 de dezembro de 2015

TODOS TEMOS O DIREITO SAGRADO DE OPINAR LIVREMENTE


     Pouco importa ou não, ser censurado por alguém, quando de minhas próprias opiniões, afinal de contas, temos a garantia constitucional e da própria condição de seres humanos, de opinar e falar o que bem quiser e entender livremente.
     Isso é válido quando na verdade, a gente vive num país em que predomina a expressão do “livre pensar é só pensar”, por essa razão, que em nosso país, depois de mais de vinte e um anos de escuridão, ou bem ou mal, ainda assim, podemos externar livremente as nossas opiniões. Agradar ou não eis a questão! – Também não sou de buscar polemizar com opiniões contrárias, mesmo que radicalmente não concorde com elas, mas dentro de meu espírito democrático, me vejo na injunção de aceitá-las, mas sem a obrigatoriedade de praticar o que os outros praticam.
     Muitos às vezes, chegam a dizer que “política, religião e futebol”, não se discute. Na verdade é que o mais se discute e em determinados casos, se pode chegar até mesmo, às vias de fato, o que jamais deveria acontecer se acaso acontecem discussões desse naipe num determinado nível de civilidade. Comigo isso não há de acontecer. Se for no face e a intransigência persistir, melhor a gente bloquear, como em determinadas circunstâncias, quando venho a perceber a inconveniência de meu interlocutor, então parto para essa medida brusca, mas isso dificilmente acontece, mas não sou de aguentar determinadas hipocrisias, idiotices e tolices de determinadas pessoas.
   Sou de respeitar também, embora muitos possam imaginar diferente, todos os credos religiosos, opções de vida de cada um e a torcida do time do coração de quem quer que seja. Na questão de futebol, aí é que não discuto mesmo, porque nem de jogo do Brasil tenho lá essa paixão. Futebol em minha vida, tanto faz como tanto fez. Noutros assuntos, pela ligação com a política e o social, tenho participação inafastável, porque sempre convivi diretamente com tais meios de organização e mobilização humanas.
    Tenho minhas próprias opiniões e sei que posso também questionar outras, afinal de contas, quem na verdade está certo ou errado diante de tantas contradições próprias da humanidade como um todo, hem minha gente? – Agora defendo, como sempre defendi, com unhas e dentes o que acredito, respeitando, claro, em muitos casos contestando, o posicionamento com o qual discordo, porque não me vejo na obrigação de aceitar ponto de vista filosófico de ninguém, porque busco seguir os meus próprios e dentro de minha própria visão de ver o mundo, é assim que penso e imagino, dentro de minhas limitações democráticas do “livre pensar é só pensar”.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

COLUNA REPLICANTE - AQUI SE É IMPLICANTE, DENUNCIANTE, ABERRANTE E SE JOGA TUDO QUE NÃO PRESTA PARA FORA, QUANDO NÃO SE PRESTA PARA NOSSA GENTE!


 COLUNA DO REPLICANTE
Fumo de rolo do Nordeste. Tem gente que nunca aprende e só gosta mesmo de levar fumo do mais grosso que existe.

1. Pelo visto os párias de Buíque, querem mesmo é fazer nosso povo de besta mesmo. Na verdade tem muita gente que na verdade não passa de idiotas ou de inocentes úteis, que só se prestam mesmo para ser serviçais, babas-ovos e puxa-sacos de carteirinha, nada mais que isto e, certamente, não passarão de tal insignificância na vida, porque nada aprenderam além disso, razão pela qual, são eternos prisioneiros ou vassalos desses senhores feudais ultrapassados e de mentirinha.

2. Para fazer ainda mais o povo de idiota, tolo e besta, o gestor municipal, está buscando terminar e reformar algumas obras ou infraestruturas, justamente em ano de eleição, para justamente engabelar esse povo que já vive tão enganado por anos à fio, que pelo visto, tanto faz como tanto fez apanhar na bunda limpa com um afiadíssimo cipó de boi ou virar à bunda para que se faça uso como bem entenderem os mandarins ocasionais. Eita ‘Buiquin” da gota serena, né mesmo camaradas!

3. Prefeito de verdade, trabalha do primeiro ao último dia de seu mandato, mas aqui em Buíque se incutiu na cabeça do povo e de quem ocasionalmente está à frente do poder de mando, a mentalidade de que, só vale para o povo abestado, o que foi realizado, assim mesmo na base da gambiarra, o que se fez no último ano. É!, só se for na mentalidade de cabeças ocas para acreditar que isso tem que ser assim mesmo. Pior é que muitos abestados, que não procuram ver um palmo além do nariz, acredita de verdade que tem que ser assim. Quanta idiotice junta, né mesmo camaradas e ainda não querem que a gente não seja replicante!

4. Interessante é que o ex-prefeito de Arcoverde por duas vezes, Zeca Cavalcanti, só obteve essa votação fenomenal para deputado federal, porque nos dois mandatos trabalhou do início ao fim, embora como todos fazem, só tratou de cuidar mais do cartão postal de sua cidade, porque no entorno periférico da cidade, o abandono sempre foi abominável, como continua sendo pela prefeita Madalena Brito, mas de qualquer forma ela não parou desde que assumiu o poder, deu um pé na bunda de Zeca e ocupou o seu próprio espaço, uma repetição de um antigo filme político encenado na própria Arcoverde.

5. Por falar na prefeita Madalena Brito, apesar de hoje ser inimiga declarada de Zeca Cavalcanti, pelo menos no campo político e, acredito que pessoal também, porque mal os panos mornos da vitória dado à ela por Zeca, esfriaram, ela não pensou duas vezes e fez bem pior do que ele, o ex-prefeito, quando deu um chute na ex-prefeita Rosa Barros, sua criadora. Mas apesar de todas as acusações que pesam contra Madalena, ela ainda certamente vai ser reeleita, porque usou a mesma fórmula de Zeca, que tinha denúncias feitas por ferrenhos ex-aliados seus, mesmo assim foi prefeito por duas vezes de Arcoverde e acredito que a repetição será repetida pela prefeita Madalena Brito, que embora venha sendo muito criticada, mas desde o início de seu governo nunca deixou de trabalhar, apesar da periferia se encontrar abandonada do mesmo jeito. É só dá uma olhada no Bairro de São Cristovão.

6. Mas em Buíque a coisa é diferente. No primeiro mandato, o menino que a gente deu uma carta branca para ele, não fez porra nenhuma, fez uma gambiarra de alguns pequenos trechos de asfaltamento no cento em pleno ano eleitoral, fez uma manobra fajuta e se aliou a Miriam Briano, ninguém sabe a que preço e terminou imerecidamente sendo reeleito, inclusive com o meu próprio voto, que não me arrependo do erro cometido, mas tenho uma satisfação para com o povo de Buíque. Reeleito, aplicou a mesma fórmula do primeiro mandato, achando, como de fato acha, que o povo de Buíque é besta, e pretende repetir a mesma dosagem do primeiro (des)governo, fazer algumas gambiarras, como a reforma da feira-livre, cujo dinheiro se encontrava à disposição do Município desde 2012, asfaltar mais algumas ruas, terminar alguns esqueletos de outras obras de algaroba, e pretende assim, enrolar o povo mais uma vez e acredita fazer o seu sucessor, seja quem ele apresentar, até mesmo a sua cachorrinha de balaio de estimação. Eita “povim” pra se deixar enrolar e enganar da gota serena, esse de Buíque! – Gente, é hora de usar da consciência e olhar com a responsabilidade que cada um deve ter, para esse aprendiz de administrador público, que nunca aprendeu foi porra nenhuma, a não ser fazer outras coisas, menos o que é de verdade uma administração pública, esta é a verdade replicante que não quer parar ou calar!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

BUÍQUE, UMA TERRA ONDE NATAL DEIXOU DE SER UMA FESTA DE FINAL DE ANO DO POVÃO, PARA SER DOS FANTASMAS QUE RONDAM NOSSA CIDADE



    Já se foram os tempos, em que nos finais de ano, a maioria de nossa gente, ficava extasiada de alegria e contentamento, nessa época do ano. Talvez nem todos, porque festividade de final de ano, nunca na verdade chegou para à pobreza que nunca deixou de existir em nosso município, mas pelo menos para uma parcela da população, o natal era motivo de regozijo e de contentamento, porque muitos se deixavam invadir em suas almas, pela leveza, a alegria de ter vivido e chegado a mais um final de ano.
  Agora não dá para se vislumbrar esse tipo de sentimento na face das pessoas, muito menos em suas almas, porque os politiqueiros de sempre, juntamente com a classe mais abastada, grande parte desta, que só pensa mesmo em ganhar dinheiro nesse período, trataram de acabar com as nossas festividades de final de ano. Dizer que tudo é de responsabilidade do poder público, é também ser tapado por completo, mas sem este poder, sem a iniciativa de quem está à sua frente, nada se pode fazer, principalmente nos dias de hoje.
   Em eras priscas, quando de minha criancice e juventude, o poder público não se fazia assim tão presente, mesmo assim, nunca deixamos de ter os festejos de final de ano, mas de uma forma ou de outra, o poder público sempre se fez presente com a sua substancial ajuda, mas nunca deixou de existir. O baile da virada do ano, era uma tradição que todos esqueceram e, era terminar a chamada missa do galo, que a festa começava, se bem que, para os mais adiantados, muitos começam bem antes e até mesmo chegavam até a perder os festejos, em face de tantas ebriedades da vida. Mas que nossos festejos tinha outro sabor, disso não tenho a menor dúvida e mesmo que não se acreditasse tanto nessa fantasiosa festa natalina e de final de ano, mesmo assim, era por demais prazeroso a gente sentir na alma um ar diferente a nos rondar, por ser festas de final de ano, o que não voltará jamais, mas foram tempos memoráveis vividos por quem teve o prazer de viver em tais épocas.
    O que dá para se ver nos finais de anos atuais, é uma cidade sem o brilho natalino e de final de ano, principalmente nos anos anteriores a ano político, em que nem sequer uma iluminação enganosa qualquer se chegava a colocar e de 2009 para os dias atuais, foi que a coisa se tornou pior ainda. Festejos tradicionais de nossa municipalidade, que nossa gente já estava acostumada, vieram sendo dizimadas bem antes e terminaram por ter o tiro de misericórdia nesse atual governo, que a bem da verdade, nunca esteve e não está nem aí para o que o povo pensa, imagina e quer, esta é a realidade dos fatos.
   Aí para enganar parte de nosso povo, que na verdade é besta mesmo, fizeram uma iluminação gambiarra, daquelas de um real do Paraguai, só para dizer que, ...Ah!, este ano será diferente! Tem uma praça linda, maaaravilhosa e bela! Palhaçada! Que praça linda coisíssima nenhuma, minha gente! Só se for para enganar os trouxas ou os idiotas, porque a mim mesmo esses faroleiros de algaroba nunca enganaram, tampouco é agora que vão enganar. Dizer que a iluminação está um primor?! Sinceramente, só sendo vesgo, cego ou caolho. Não sou de enganar e se doa quem bem entender, porque essa gambiarra que fizeram para enganar em ano pré-eleitoral, não passa de uma bela porcaria e só fizeram mesmo para não passar em branco, porque nada além desse arremedo de iluminação, se tem para ver em mais um final de (in)festividades de final de ano em Buíque, esta é a realidade, ou não? Mostrem-me o contrário! Crise! Que porra de crise, seus incompetentes! - Este é mais um natal para os fantasmas que nunca deixaram de nos rondar em uma cidade sem vida como a nossa.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

MEUS LIVROS PUBLICADOS E O MEU ÚLTIMO LIVRO DE POESIAS



     Quando a gente escreve um livro, não o faz especificamente para si mesmo, mas sim, pelo gosto de escrever e claro, na medida do possível, para um determinado público alvo. Não se espera com isso agradar gregos e troianos, muito menos a todos os buiquenses, que em parte, pouco hábito de leitura se tem, mas bem que poderia ao menos dar um pouco mais de valor aos que são daqui, que de uma certa maneira ou de outra, estão contribuindo para o desenvolvimento cultural e do embasamento de conhecimento de nossa gente buiquense.
    Há de se reconhecer as dificuldades de se produzir cultura. Até parece que o fazemos assim isoladamente, porque não se tem apoio nem do poder público, do privado e grande parte do povo não está nem aí para o trabalho que a gente produz e muitos torcem até o nariz para nós mesmos. Sinceramente, quanta demonstração de insensatez, de falta de pelo menos um pouco de conhecimento, de apreço, por quem produz cultura em nossa terra. Claro que ninguém busca o estrelato, mas pelo menos o reconhecimento pelo que se busca ou buscamos fazer em termos de valorar nossa própria terra, que ainda espero vê-la no topo de uma das cidades mais elevadas no pódio da cultura pernambucana.
    Sentimo-nos por vezes tristonhos com essa característica do povo buiquense, que acredito não ser tão-somente daqui de nossa terra. Noutros lugares, acontece o mesmo. Mas nem por isso vou desistir de continuar escrevendo, publicando na medida do possível o meu trabalho, que talvez um dia, quem sabe, a gente ainda possa vir a ter o devido reconhecimento, embora tardiamente, o que para mim, não me interessaria em hipótese alguma. Acaso venha a ter algum reconhecimento, que o seja em vida. Quanto a essa insensatez de nossa gente, isso me deixa realmente decepcionado com grande maioria absoluta do nosso povo que não está nem aí. Digo isso aos brados, porque não sou de dizer que tudo está uma maravilha, quando o caminho aponta o contrário. Sinceramente, ou os mais de 50 mil habitantes são realmente analfabetos funcionais, ou então, ninguém quer saber de leitura de jeito nenhum. Acredito que ambos. Nem mesmo professores, alunos, estão comprometidos com esse hábito, o que seria perfeitamente saudável e importante à medida que, houvesse o reconhecimento de que a leitura enobrece engrandece o ser humano, e o faz ver o mundo com uma outra visão. Não estou aqui, puxando a sardinha para minha brasa, mas existem muitos escritores famosos que bem mereciam ser lidos, não propriamente a mim mesmo; não os que fazem arte e letras em Buíque, mas tantos outros escritores e artistas que existem por este mundão afora e que precisam ser lidos, entretanto, se houvesse mais visão por parte de quem em tese, faz educação e cultura, era para valorizar primeiramente as pratas da casa, esta é a verdade, fique com raiva ou chateado(a) quem bem entender, mas a verdade tem que ser dita.
    Os demais daqui mesmo que fazem cultura, assim como eu, tem os mesmos pontos de vista coincidentes, porque é assim que somos tratados até mesmo pelos nossos. A gente percebe a pouca vontade de muitos em ajudarem, quando vai oferecer um trabalho nosso a alguém e percebe, uma certa indiferença, uma dosagem de má vontade, de ironia até, para adquirir um de nossos trabalhos, que em muitos casos, sequer abre o livro ou chegar a ler uma página sequer, o que nos deixa mesmos decepcionados. Pior é que, quando se dá como oferta um de nossos trabalhos publicados, aí sim, é que ninguém ler mesmo, porque como é um livro dado, de um escritor de Buíque, quem tem interesse em ler coisíssima alguma, hem? – Gente, não estou pedindo, tampouco mendingando, mas temos todo o direito de exigir que sejamos valorizados principalmente pelos nossos, antes de que o sejamos lá fora, como de fato o sou e outros colegas que fazem cultura.
    Por isso mesmo minha gente, não estou desabafando, tampouco pedindo clemência a ninguém, porque isso não faz parte de mim. Leia meu trabalho quem quiser e o faça livremente; o ler e o apreciar ou não, da mesma forma, quem bem entender, mas não deixarei jamais ou desanimarei do meu hábito de escrever, porque isso faz parte de mim, de minha formação de ser humano. Muitos tem os seus hábitos. O meu é leitura, escrever e tenho orgulho, ao ter um meu trabalho publicado. Agora, a gente se sente com uma ponta de orgulho quando alguém faz alguma observação de um trabalho nosso, mesmo que seja de forma crítica, mas o importante é se perceber que existem algumas pessoas que ainda se dão ao trabalho, ou ao prazer de ler o que escrevo, ou dos que são daqui de Buíque, também o fazem da mesma forma que eu venho fazendo. Neste Blog mesmo, já tenho uma média de quase 2,5 mil publicações, desde que o coloquei na internet. Sei que só o acessa quem realmente gosta de uma boa leitura, porque tenho aversão em escrever sobre as atrocidades do dia a dia, porém os fatos mais importantes da vida, da sociedade como um todo, e que nos servem de lição e para o lastreamento de conhecimento e de cultura de cada pessoa, aí sim, gosto de escrever sobre tais assuntos, principalmente dos dramas, tragédias e do cotidiano social no qual estamos inseridos no nosso caminhar nesta vida. Minha visão de mundo e todo o meu trabalho, tem como base, o criticismo filosófico de ver o mundo, pois foi assim que fui forjado para à luta nesta vida.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

ESPECULAÇÕES POLÍTICAS DE BUÍQUE JÁ SE FAZEM SENTIR



     As movimentações e conversas de praxe da política buiquense, já vem se sentindo. Encontros vêm acontecendo e troca de ideias tem sido o cardápio principal. Acordos vem se firmando desde então, o que é normal, visto que, as eleições estão a cerca de dez meses de acontecer.
   Várias especulações são colocadas em discussões e nos meios das fofocas políticas. Ora fulano está com Sicrano, ora Beltrano está com Fulano e assim vai se avolumando os embolados até se chegar a uma definição de grupos políticos ou de nomes, com as suas candidaturas colocadas para o povo buiquense apreciar, se é que isto acontece de verdade em Buíque, porque nesses últimos trinta anos, nossa política vem sendo empurrada de qualquer forma e se tem eleito as piores qualidades de políticos que se possa imaginar.
   Há de se questionar, que depois de tanto tempo só levando lapada na bunda limpa, o povo não se deixe enganar mais uma vez pelo conto do vigário, como sempre tenho repetido. Necessário se faz, por uma questão de amor a nossa terra, de se escolher e buscar se focar em escolhas confiáveis, pelo menos a princípio, para poder no dia da eleição já próxima, mesmo que não se faça a escolha desejável, que pelo mesmo, venha a se fazer uma escolha a atender pelo menos, parte dos anseios de nosso povo, que há anos vem amargando o sabor amargo de suas próprias escolhas errôneas, das quais, confesso a mea culpa também, porém não sou asno o suficiente para continuar escolhendo o errado ou permanecer no erro para sempre.
  Nosso povo tem que acordar de vez. Existem novos nomes e, aliados a estes, se deve olhar, analisar o passado, a história de vida, a conduta de cada um deles para poder fazer as escolhas, se não a ideal, pelo menos que venha a se aproximar do que se pretende para Buíque, porque não é possível se escolher mais uma vez um gestor público distante de nosso povo, ausente do município e governando sempre para familiares e amiguinhos do peito de sempre. Prefeitura nunca foi feudo colonial de ninguém. O povo deve criar um pouco, um pouco não!; deve criar mesmo, é muita vergonha na cara e mudar, se firmar de vez em quem preste de verdade para nos governar. Por que se tem que escolher esses mesmos picaretas de sempre se a gente tem conhecimento de que nossa terra, existem uma penca de homens e mulheres de bem, hem minha gente?
   Analisem bem, vejam bem os nomes que vem sendo colocados nesses poucos meses que faltam para que as eleições venham a acontecer ano que vem. Coloquei meu nome em apreciação, mas sei perfeitamente até aonde posso chegar com uma candidatura. Como qualquer cidadão buiquense, tenho todo direito de pleitear qualquer cargo a um mandato eletivo, pois é assim que posso exercitar o meu sagrado direito de cidadania e não sou diferente de ninguém, muito pelo contrário, posso até vir a ser o diferencial para Buíque, coisa que falta na maioria dos que aí estão, que não tem a menor moral para ser um inspetor de quarteirão, quiçá prefeito de nossa terra.
    Mas o que peço de coração, é que analisem, tenham consciência em quem devem apoiar e votar nas próximas eleições, não tão-somente para prefeito, mas também, para cada um dos desnecessários 15 vereadores que os “dadores de nós em pingos d’água” aprovaram na surdina, nas caladas da noite, no decurso deste ano. Então minha gente, vamos pensar, e pensar muito antes de tomar uma posição, decidir, fazer sua escolha e depositar de forma consciente o seu voto no dia da eleição ano que vem, porque de seu voto, está a depender o destino de nosso Buíque, que a continuar nessa pisada, ninguém desta terra terá futuro algum com alguns francos atiradores que estão aí fazendo as trampolinagens, falcatruas, compra de apoio à peso de ouro, para ver se continuam fazendo e desfazendo as mesmas maracutais, no poder de mando de nossa terra, e isso, acredito, nosso povo não quer e não aguenta mais.Não dá também, para que os fichas-sujas venham a se candidatar ou pelo menos ter a moral de vir a apoiar alguém, porque estes não se prestam para absolutamente nada, a não ser ter sua história jogada na lata de lixo.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

JUSTIÇA DE DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS



   Venho militando na advocacia, desde que me formei em 1990. No banco acadêmico, a visão que tinha sobre o Direito e Justiça, ganhavam conceitos diferentes, quando me aprofundava nos estudos das Ciências Jurídicas, do ponto de visto teórico e no seu abstracionismo da hermenêutica jurídica.
  Imaginava com o preparo que vinha ganhando corpo em meus conhecimentos, que seria capaz de mudar o rumo, buscar pelos meios legais e com base no que dizia o Direito textualmente, buscar com todas as minhas forças, fazer por onde a Justiça fosse feita com base nos primados básicos que aprendera no banco da faculdade e assim mudar o mundo.
  O tempo passou desde então. Já são 25 anos de labuta na militância da profissão de advogado. Não pude, até mesmo por imposição geográfica, me especializar numa só ramificação do Direito, não tive oportunidades por alguma razão, mas na medida do possível, busquei habilmente manejar com as minhas mãos, os conhecimentos adquiridos e com a prática do dia-a-dia, a fazer o que bem pude e posso, clinicamente, nas variadas ramificações dessa ciência. Busquei sempre dar o melhor de mim nas causas que abracei. Vesti e camisa de meus constituintes de verdade mesmo. Jamais contratei com alguma pessoa em busca de reparo de seus direitos, seja em qual ramificação tenha sido, de ardilosamente admitir a defender uma causa impossível, pois para mim, isso nunca fez parte de meu caráter e de minha ética profissional.
  Também durante esses 25 anos de luta pelo bom Direito, nunca abdiquei de meus princípios em nome de vantagem qualquer, viesse ela de onde fosse, porque nunca fui de me deixar levar pelo caminho mais fácil de conquistar os louros de minha profissão, que sempre busquei honrar.
   Evidentemente que no Direito, a gente defende o que o direito nos permite defender e aí, não estamos defendendo o fato aberrante ou não, diante dos olhos da sociedade, que algum de nossos constituintes tenha cometido, mas sim, o direito que nos dar margem a defender e de que, ninguém pode ser julgado sem ter direito a um advogado. É esta a minha visão do Direito, que advogado algum defende eticamente, seja qual for a causa, meramente para ganhar alguns trocados ou indevida vantagem financeira, mas uma grande parte ainda prima pela ética profissional. Muitos hoje fazem Direito para se dar bem lá na frente, não para militaram numa banca advocatícia, mas sim, com vista a um concurso público no futuro, um bom salário e garantia de uma vida cômoda, o que não é censurável. Não sei se não teria essa visão no momento, com tantas decepções que enfrentei e ainda as enfrento, nesse caminhar de minha profissão, porque o Direito diz uma coisa e a Justiça, dá outros rumos em grande parte dos casos.
    Não é à toa o fato de que, quando membros do Judiciário, quando tratam de julgar seus próprios pares, desrespeitam todo o leque de leis existentes, em nome do corporativismo intocável do Templo Divino, que é assim que eles se veem, enclausurados pelo manto da impunidade e julgam os seus, diferentemente dos demais, desrespeitando os mais comezinhos princípios basilares da igualdade tão decantado em nossa própria Constituição Federal e isso me deixa perplexo, ou melhor, deixava, porque para mim, isso já não é mais novidade. Pior são as prisões de quem está por baixo da nata social, que mandam prender, invadir lares, arrebentar sem o menor fundamento legal e quando dão os seus nós justificativos com fundamentos pouco louváveis e confiáveis para quem veste à toga a pretexto de julgar com imparcialidade, condenam sem pestanejar principalmente a ralé social que nunca tiveram bons olhares desde o início do mundo e ainda continua, não com a mesma indiferença do início das civilizações, mas que as formas discriminatórias ainda permanecem invisíveis ou mesmo visíveis num grande fosso social. Basta se dar uma olhada para as nossas prisões medievais para se perceber de que presos e condenados, em sua maioria absoluta, são compostas ainda de pretos, pobres e prostitutas, tendo como detalhe, que ninguém tem sequer o primeiro grau completo de educação e muitos nem sabem ler ou escrever.
  Digo com toda sinceridade que não foi esse o Direito que vislumbrei quando de minha formação por cinco anos ininterruptos, num banco de uma faculdade e cada dia que passa, fico mais decepcionado não com o Direito, que está bem escrito, textualizado nos ditames da lei, mas sim, com um Judiciário que temos que rasgam as leis e até mesmo a própria Constituição Federal, ainda por cima, se achando ou tendo certeza que são Deuses de verdade e isso, jamais será um corolário filosófico para se fazer a verdadeira Justiça que nunca tivemos e jamais a teremos.

domingo, 20 de dezembro de 2015

ESPAÇO LITERÁRIO - O POEMA DE HOJE, FALA DE TRAIÇÃO, DOR, AMOR, PERDÃO E CORNURA.


MOMENTO LITERÁRIO

TRAIÇÃO SEM SENTIR DOR

Não existe nesta vida
A ser sentida no coração
É uma dor desmedida
A de uma dolorosa traição.

Isso não se faz com ninguém
O sentimento e tormento
Que vão muito mais além
Do que um simples sofrimento.

Quem passa por essa dor
É capaz de não suportar
Não há no mundo amor
Para sentimento controlar.

Perambulando se vai pelas canoas
Na vida triste a navegar
O sujeito só afoga as mágoas
Na cana que aguentar.

É triste esse penar
Viver assim nessa sofreguidão
E ter ainda que suportar
Ser chamado de cornão.

Na vida da gente é assim
Quando se ama alguém
Se vai mesmo até o fim
Até ficar sem ninguém.

Mas na caminhada do amor
Da vida se esquece os deslizes
Mesmo que seja no torpor
Perdoa-se para ser felizes.

Na verdade traição
Pode ser uma turva asneira
Que se esquece com a emoção
Para se viver uma vida inteira.

Quem na vida de afeto
Dos carinhos que tanto deu
Só recebeu desafeto
Do amor que enterneceu.

Mas nesta vida de andança
Nesta vida de traições
E fruto de tanta mudança
Então que tudo se dane, e vamos viver de emoções!

sábado, 19 de dezembro de 2015

FEIRA DE RUA DE BUÍQUE, NOS MEUS TEMPOS DE CRIANÇA



         Lembro de parte de minha infância, não propriamente de todos os fatos, acontecimentos e momentos, porém de alguma coisa esparsa, dispersa no tempo e no espaço, ainda guardo na memória, alguma coisa.
        Até provavelmente meus tenros oito anos de idade ou menos, morava no Sítio Cigano, vindo para à cidade, por insistência de minha mãe, para que pudéssemos aprender a ler e ter uma melhor educação para à vida. A gente na verdade era feito bicho bruto.
      Foram tempos difíceis, morar naquelas brenhas lá por volta de final da década de cinquenta até vir morar na rua, em oposição à zona rural. Pelo atraso em que se vivia, o único transporte existente, diferentemente dos dias atuais, era o jumento. Hoje não, todo cidadão que reside nos sítios, tem uma motocicleta e os jumentos, cavalos e burros, foram esquecidos pela modernidade.
      Naquela época, o que mais me deixava ansioso, era esperar o dia da feira-livre de Buíque, nos sábados, para poder comer o bolinho de goma de minha avó paterna, assado em folha de bananeira. Era uma delícia. Também, quando minha mãe queria nos presentear, fazia-nos deliciar com um picolé que vinha nuns tambores forrados de zinco da cidade de Rio Branco (hoje Arcoverde), era para mim, um manjar dos deuses, deliciar-me com uma gostosura gelada e tão saborosa. Outra coisa que não poderia faltar, era o algodão doce. Ficava curioso com àquele tipo de estrovenga, uma máquina que não sabia o mistério, mas que a ser rodada manualmente pelo vendedor, produzia àquele algodão doce feito de açúcar, que parecia até com as nuvens e deleitava-me com tais guloseimas. Queria provar de tudo que era novidade, mas ficava nesses aí mesmo. Quebra-queixo, era outra guloseima que não poderia deixar de provar.
     Olhar às canoas de Leba, que sempre as colocava para a meninada brincar nos dias de feira, era também uma de minhas fixações e, quando tinha alguns níqueis, até gostava de me balançar naquelas rústicas e meio despedaçadas canoas. Era um divertimento, coisa que não existia no Sítio Cigano.
     O diferencial de vida que encontrava no dia de sábado, era a feira-livre, coisa incomum para quem vivia dias e noites sem ter o menor contato e chegar a ver ninguém. Um montão de gente aglomerada, andando, conversando, bebericando, velhas, moiçolas e todo tipo de matuto existia na feira dos sábados. Uma das coisas que me chamava atenção, eram as bancas onde se vendia perfumes, acomodados em vidros e garrafas, em que tinha um cheiro insuportável, mas todos compravam para ficarem cheirosos, mas na verdade, nada tinha de agradável para as minhas narinas. No Sítio Cigano, vizinhos de morada naquela época, era meio distantes uns dos outros, razão pela qual, raramente a gente tinha contato com outras pessoas. Por ser maturo ao extremo, quase também, no meio de muita gente na feira, não tinha o hábito de conversar com ninguém e pouca conversa tinha com meus pais. Só mesmo com os meus irmãos.
       No sítio, meu dia era praticamente em contato com as galinhas que minha mãe criava, alimentando-as com xerém, que em muitos casos, eu mesmo quebrava com uma pedra menor com os grãos colocados numa pedra maior, para poder fazer a comida dos pintinhos. Fiquei com um imenso remorso, quando certa feita, um pintinho que o tinha me apropriado como se meu fosse, veio bicar o xerém e sem querer, ao invés de quebrar o milho, esmaguei com uma pancada só, a cabeça do pintinho que morreu na hora, sangrando pela cabeça, sem ter a menor chance de sobrevida. Confesso que fiquei triste por ter matado sem querer, o pobre pintinho preto, mas não tinha o que fazer. Minha mãe, se não me lembro bem, chegou até mesmo a me passar uns “gatos” pelo meu primeiro crime cometido, o de matar impiedosamente, embora sem querer, o pintinho preto.
      Com todo esse tempo, existiram coisas que nunca desaparecem da mente da gente, e nesta permanecem até o final de nossas vidas. As coisas que seletivamente em nossos neurônios, foram consideradas mais importantes ou mesmo, aterrorizantes em nossa alma, ficam impregnadas para sempre em nossa mente; outras que não marcaram tanto, desaparecem como que por encanto, ficam, desaparecem no esquecimento. Por isso mesmo, de um período de minha infância, as coisas mais marcantes mesmo, foi a moradia no Sítio Cigano e seus mistérios mais tenebrosas das longas noites de escuridão, a vinda nos sábados, não todos, à feira-livre de Buíque e alguns fatos, a exemplo, como o meu primeiro assassinato do pintinho preto. São coisas que jamais sairão de minha mente, de um passado vivido que não pode jamais ser mudado ou mesmo revivido.