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domingo, 5 de maio de 2013

A QUASE NÃO IMPORTÂNCIA DO TERMO FINALÍSTICO DA MORTE


   Não sei  propriamente dizer, se ao nascermos já vimos com uma estrela marcada com um propósito de vida, ou como se costuma dizer, com uma estrela pro céu. Acho que disso cuida cada um, à medida que vamos nos adaptando e nos reconhecendo como gente na convivência humana. Ninguém na verdade, nasce para ser isso ou aquilo. A gente é quem se faz na medida certa que as coisas vão sendo colocadas no percurso da vida de cada um. Por isso mesmo, uns se dão bem na vida,  já outros, não, e outros ainda, seguem os descaminhos das atrocidades e maldades que são frutos comportamentais captados por cada formação humana ou até mesmo do meio aonde se veio a nascer, passar a criancice, a infância, adolescência e enfim, no lugar em que teve o seu aprendizado de vida incrustados na mente humana. Uns pelo visto, já nascem com o DNA pestilento contaminado e não dá para se mudar o rumo que a vida de cada um vem a tomar. Parece que é uma sina da qual ninguém chega a fugir, mesmo querendo ou tentando, mas é assim que caminha a humanidade e assim será o seu fim. Ninguém nasce para semente, como bem o diz o dito popular, mas pelo menos nesse lapso e encurtado espaço temporal de vida, cada um deveria aprender a dar o melhor de si, a começar por demonstrar interesse para o que há de mais importante na vida, que são os ditames sociais impostos por uma sociedade jurídica e politicamente organizada, não necessariamente nessa ordem, mas a vida impõe certas limitações que a elas devemos nos curvar. Tem que ser assim, porque senão, viveríamos um verdadeiro anarquismo, se é que já não estejamos diante deste, diante das tantas bandalheiras que existem, das atrocidades e barbáries inexplicáveis praticados diuturnamente, então que porra de vida é essa que vivemos? - A resposta implica em várias justificativas, mas o que não entendi até hoje, é que ninguém explica nada de nadica porra nenhuma, e é por isso que às vezes rumo algum sabemos qual tomar na vida.
    Não nascemos para ser maus. Afinal, ninguém nasce para ser ruim, a sociedade, as demais pessoas, certamente, nos fazem assim. Somos fruto do que a sociedade nos oferece em termos comportamentais humanos. Diferentes não somos, ou será que alguém pode mostrar uma luz no final do túnel, hem? - Não tenho como vislumbrar nada disso, um diferencial que seja, nem já nessa minha fase de vida vivida. Ainda para mim, é o mesmo mundinho reles e chinfrim de sempre. Até parece que nada mudou, a não ser para bem pior, isso porque as maldades e atrocidades praticadas hoje em dia são bem piores e com proporções dantescas ainda maiores que dantes. É essa mesma a merda de mundo em que vivemos. Filho não respeita pai, os mais novos zombam dos mais velhos e respeito que é um dom de traço de vida de cada ser humano, se foi para os ares. É este realmente o mundo em que vivemos, para no final, termos o que como meio de mercancia pela vida vivida, a não ser um buraco cravado no chão e um terno de madeira ou da boa ou da ruim, a depender do estamento social de quem se foi, é isto no final das contas que levamos para o finalismo da vida.
    Pior de tudo isso em que passamos pelo pouco tempo que vivemos, é justamente a quase não importância do termo finalístico da morte. Mas afinal de contas, para que dar importância à porra da morte, hem? - Bem, não é se dar importância é essa coisa repugnante que ninguém quer ou acha que jamais será por ela alçado, é que a morte é o resumo de tudo que cada um viveu em sua vida, então pelo menos o direito ao reverenciamento deveríamos ter. Na verdade, o que vejo nos velórios é as mesmas idiotices de sempre, a exemplo de conversas mole do tipo, "eita rapaz, como fulano era novo e já se foi". Às vezes o cara já estava pra lá de Bagdá em termos de vida, então nada mais lhe restava senão à morte fria e cruel e que não poupa ninguém. Outros dizem pérolas, "mas rapaz, sicrano era tão bom, não merecia esse fim". Ora, se o único fim que cada um tem é a morte mesmo, então como desta fugir, hem? - Óutros mais riem, contam piadas, dizem chacotas, tomando um cafezinho, uma xícara de chá com bolacha seca e assim por diante, zombando da desgraça alheia prostrada ali num caixão, sua última vestimenta, com cheiro característico de defunto e ninguém realmente está preocupado num velório ao que o sujeito na realidade foi, o que ele fez de bom, de mau ou seja lá o que for, deixou como testamente de vida. Se deixou bens, aí sim, a família unida reza pra valer, se derretem em lágrimas se lamuriando. Não interessa mais. O que importa mesmo, é o termo finalístico da morte e enterrar o defunto no cemitério, levado por um séquito de pessoas, um monte de gente que também um dia será levado, só mesmo para ganhar camadas de sete palmos de terra fria e pronto! - A missão finalística da vida, que se transformou em morte, está verdadeiramente cumprida e a pessoa não mais sairá dessa prisão que não tem mais volta. Essa sim, se pode dizer a prisão mais perpétua da vida. O mistério da vida, acredito, ninguém jamais saberá como desvendá-lo e da morte, pior ainda, ou não camaradas! - Na verdade, a encruzilhada da vida, inexoravelmente, é a morte.l

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