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BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.
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quinta-feira, 11 de julho de 2019

CRIAÇÃO DO SITE CIRCUITO DIRETO NEWS



       Podem até me indagar: se você já tem o Blog do Manoel Modesto, por qual razão ou com que objetivo o fator de criar um Site?
— Respondo com todas as letras, que a criação de um site, depois de fazer várias pesquisas junto a colegas do ramo, de tanto matutar, pensar muito e de maturar a ideia, cheguei à conclusão de que, em face das limitações do meio de comunicação virtual no sistema de blogs, sem desmerecer os grandes blogs famosos que se deram bem e que existem por aí, não seria esse meio o ideal e o suficiente para atingir os meus objetivos dentre os tantos meios virtuais de comunicação existentes, tendo em vista a questão de querer atingir um nicho maior de leitores e de seguidores nessa difícil tarefa de escrever, em que sempre busquei abordar temas os mais variados possíveis, desde política, atualidades, notícias quentes, filosofia, história, sendo o mais importante as diversas variantes encorpadas pela cultura, dentre tantos outros assuntos que dominam a mentalidade humana, por isso mesmo foi que resolvi criar este Site.
    Enfrentadas essas barreiras preliminares, adquiri o registro e domínio de uma plataforma e estou na fase inicial de criação e de aprendizado de manuseio de tantas ferramentas que me serão úteis na utilização deste novo desafio ao qual estou me submetendo e que está em minhas mãos. Outro objetivo a ser perseguido, é o de abordagem diária em postagens de interesse de uma diversidade de pessoas que demonstrem interesse é também, o de se instrumentalizar como meio de comercialização de meus próprios trabalhos, podendo abrir espaço também para que este novo veículo virtual de comunicação venha a ser utilizado por terceiras pessoas interessadas, em que firmaremos um contrato de prestação de serviços para colocação de determinados produtos para transações comerciais, sem deixar o foco principal que é a divulgação de meus escritos e de outras pessoas a mais que vierem a integrar a equipe deste site, isto porque, por ser um meio mais amplo de manuseio virtual, evidentemente que vou precisar de mais alguém para que possa desenvolver este trabalho com mais eficiência e presteza, porém não deixando o foco principal que é a cultura.
      Concluindo minha gente, espero com esta minha iniciativa, melhor divulgar os meus trabalhos, prestar um serviço dentro daquilo a que me propus e espero contar com todas as pessoas que demonstrarem interesse, que façam uma visita no nosso endereço manoel.net.br, nos sigam neste novo meio de comunicação virtual, façam as suas propagandas e venham a usar os nossos meios em suas transações comerciais, sobretudo com à comercialização por esta via, sobretudo de tudo que se relacionar com cultura, sem esquecer evidentemente, de que este site está aberto para todas as modalidades de nichos de interesses de seus visitantes.
        Por enquanto estamos apenas começando, na fase experimental e espero que todos que vierem a acessar as nossas páginas que sintam e vejam algo de novo no mundo virtual no SITE CIRCUITO DIRETO NEWS. Que todos sejam bem-vindos! - Sinceros abraços e minhas felicitações para todos e todas!

Manoel Modesto - Administrador do Site

terça-feira, 9 de julho de 2019

MEIO AMBIENTE - ENVENENAR AS PESSOAS COM A LIBERAÇÃO DE AGROTÓXICOS E DESMATAR A AMAZÔNIA ESTÁ CORRETO?



         A preocupação com o meio ambiente veio a se tornou mais visível e preocupante, quando houve a Conferência Rio-92 sobre o meio ambiente do planeta, com a proposta do desenvolvimento sustentável, ou seja, os países em desenvolvimento seriam beneficiários de recursos financeiros para que buscassem fórmulas de crescimento econômico sem que viessem a trazer danos à natureza, com a contenção ou uso equilibrado de matérias-primas de origem fósseis como petróleo e carvão mineral, de forma a não trazer danos ao meio ambiente. Nesse grande encontro de cúpula, vários países que participaram firmaram um tratado de buscarem seguir determinados preceitos básicos de preservação ambiental e de desenvolvimento sustentável, se bem que, alguns não deram a menor importância, mas foi uma minoria.
         Vinte anos depois, em Estocolmo, na Suécia, veio a acontecer um novo encontro, o que dá a entender que para muitos da população do planeta não têm muita preocupação com a preservação do meio ambiente em nome de um desenvolvimento saudável e da preservação de toda e qualquer espécie de vida que habita em nosso mundo, que só se tornaria possível através do desenvolvimento sustentável.
         Na reunião do Rio de Janeiro — que ficou conhecida como Rio-92, Eco-92 ou Cúpula da Terra —, somente vinte anos depois, os países reconheceram o conceito de desenvolvimento sustentável e começaram a moldar ações com o objetivo de proteger o meio ambiente. Desde então, vieram sendo discutidas propostas para que o progresso se dê em harmonia com a natureza, garantindo a qualidade de vida tanto para a geração atual quanto para as futuras no planeta. A avaliação partiu do pressuposto de que, se todas as pessoas almejarem o mesmo padrão de desenvolvimento dos países ricos, não haverá recursos naturais para todo mundo sem que sejam feitos graves — e irreversíveis — danos ao meio ambiente.
         Para os países ricos, que já degradaram o meio ambiente de cada um deles com a exploração de suas riquezas econômicas, restam agora os países em desenvolvimento que ainda tem parte de suas riquezas naturais preservadas e por isso mesmo é que são estes o foco dos ricos e poderosos, mas muitos, a exemplo dos Estados Unidos, pouca importância dão à degradação do meio ambiente dos países que eles denominam de periféricos sob o seu domínio, por isso mesmo é que sempre estiveram de olho no Brasil, sobretudo nas riquezas naturais que existem na Amazônia, ainda que venha sendo objeto de degradação de suas matas e riquezas minerais da própria terra, o que vem a prejudicar drasticamente o equilíbrio da camada de ozônio em face da diminuição do gás oxigênio, em que desprotegida essa camada permite a entrada na área de proteção do planeta Terra, de raios ultravioleta, extremamente nocivos à vida existente e isso tem sido motivo de muita preocupação tanto pelos órgãos de defesas ambientais do próprio Brasil quanto de organismos internacionais e de ONGs importantes, a exemplo da Greenpeace, entre tantos outros organismos de proteção ambiental.
         Existem muitos países ricos que não estão muito preocupados com o denominado “desenvolvimento sustentável”, que seria buscar o crescimento econômico de cada um desses países em desenvolvimento, porém sempre repondo ou recuperando determinadas áreas de seus países que viessem a ser degradas, sobretudo o desmatamento que vem num crescendo incontrolável na região amazônica.
         Infelizmente, com a nova mentalidade governamental atual, em que o meio ambiente deixou de ser uma das preocupações e prioridades, produtos dos mais variados venenos agrotóxicos estão sendo liberados descontroladamente para agricultores e pecuaristas potentados, para que a população chegue a ingerir mais alimentos tóxicos e fiquem à mercê de contrair doenças de curas irreversíveis, a exemplo de câncer, entre outras, o que é deveras preocupante. Como se não bastasse, uma das metas é justamente invadirem as áreas indígenas para explorarem e desmataram tais áreas em nome da ganância dos ricos e poderosos para acumularem ainda mais riquezas e aumentarem as suas economias, se esquecendo que lá atrás, em 1992, foi assinado um tratado de que esse desenvolvimento se desse de forma sustentável, ou seja, se buscando equilibrar crescimento econômico com o equilíbrio da natureza.
         Outra grande preocupação é a liberação cada vez mais descontrolada da emissão de gases tóxicos fósseis, a exemplo do dióxido de carbono (CO2), contribuindo para o aquecimento global, provocando o efeito estufa e tornando cada vez mais vulnerável a camada de ozônio que fica de 25 a 35 km do planeta Terra, facilitando a entrada de raios ultravioletas o que é extremamente nocivo à vida de toda a humanidade e isso não pode continuar.
         As medidas firmadas em reunião, pela cúpula do tratado da Eco-92, ou Rio-92, devem ser seguidas com mais rigor, para justamente as futuras gerações não vierem a se prejudicar ainda mais como as atuais, porque existem muitas doenças provocadas pelo veneno que ingerimos e pelo ar poluído que inspiramos, além de se provocar um efeito em escala global e isso não pode continuar acontecendo. Essa política danosa ao meio ambiente em nosso país tem que de alguma forma que vir a ser contida e o meio ambiente deve ser defendido a todo custo, porque disso depende a própria vida de cada um dos seres viventes neste nosso país e no próprio mundo, esta é a verdade.

segunda-feira, 8 de julho de 2019

VEJAM O QUE FOI APROVADO NA CCJ DA CÂMARA DOS DEPUTADOS NA REFORMA DA PREVIDÊNCIA - ALGUMAS CONSIDERAÇÕES



         No último dia 04 de julho do ano em curso, foi aprovado o texto da proposta governamental da Reforma da Previdência Social de 2019. O parecer aprovado, que não operacionalizou muitas mudanças do texto original, podendo ainda vir a sofrer modificações, foi com o apoio de 36 a favor e 13 contra, que deverá ir à plenário e ter no mínimo 308 votos dos 513 deputados federais (é deputado pra danar!). Acaso venha a ser aprovada em votação de dois turnos pela Câmara dos Deputados, será remetida ao Senado Federal que também obedecerá ao mesmo ritual.
         Vou resumir sublinarmente o que foi aprovado pela CCJ da Câmara dos Deputados Federais, que foi o seguinte:
01) - Pelo texto aprovado para o setor privado, a aposentadoria por tempo de contribuição de 35 anos para homem e 30 para mulheres, deixa de existir, passando a ser por idade, ou seja: homem ao completar 65 anos e mulher, 60 anos, independentemente do tempo de contribuição, porém se exigindo uma contribuição mínimo de 20 anos para homens e 15 para mulheres. Pelas regras atuais, até julho de 91, pela regra de transição, o mínimo exigido era de 11 anos e 6 meses ou seja, 138 meses de contribuição e para quem começou a contribuir a partir de 1991, o período mínimo exigido é de 180 meses, ou 15 anos de contribuição. No setor público, o mínimo de contribuição passará para 25 anos mínimos de contribuição tanto para homem quanto para mulher.
02) - As pessoas que já estão no mercado de trabalho ou próximas da aposentadoria, serão implantadas regras mais brandas para obtenção do benefício, sendo que, a idade vai ser aumentada de forma gradual, começando com 61 anos para homens e 56 para mulheres. Pela regra, a cada ano será acrescido um período de 6 meses. Desta feita, nesse período de transição, no ano de 2021 a idade mínima para aposentadoria será de 62 anos para os homens e 57 anos para mulheres, isto para quem está no mercado de trabalho e ainda não chegou a adquirir o direito ao benefício.
03) - Outro ponto que excluíram da reforma, foi o sistema de capitalização, em que quem entrasse no sistema a partir da reforma, os recursos seriam administrados por fundos de capitalização privados que iriam investir esses recursos como bem entendessem, a exemplo do Chile, em que não veio a dar certo esse sistema e existem muitos velhos se suicidando em face dessa dantesca reforma.
04) - Na questão dos Estados e Municípios, pelo princípio federativo constitucional, da independência de cada um desses entes, ficaram de foram, porém com certeza, se aprovada a reforma cada qual vai buscar se adaptar às reformar implantadas, porque jamais vai adotar o regime atual.
05) - A esmola de R$ 400,00 reais que queriam destinar a quem nunca contribuiu para o sistema previdenciário e que precisavam de uma ajuda ou por invalidez ou por velhice, o que se denomina de LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social) ou BPC (Benefício de Prestação Continuada), acharam por bem tirar fora essa excrescência, porque iria deixar muitos necessitados em estado de miserabilidade e suscetíveis à morte no mais cruel abando do Estado.
06) - A aposentadoria por contribuição não mais vai existir, mas sim, passando o texto da reforma como foi aprovado pela CCJ, o benefício será concedido por idade mínima, tanto para homens quando para mulheres.
07) - Outra mudança impactante, é o fato de que, para o sujeito receber 100% dos proventos terá que contribuir por um período de 40 anos de contribuição, fazendo-se a média de conformidade com a fórmula previdenciária. Na verdade, quem começar a trabalhar aos 16 anos de idade, para poder se aposentar terá que contribuir 49 anos, que é quando atinge a idade de 65 anos, se homem ou 44 anos se mulher.
08) - Pelas regras de tempo de contribuição, se homem é exigido 35 anos de contribuição e, 30 anos se mulher. Acaso a aposentadoria venha a ser por idade, se exige 65 anos para homem e 60 para mulher, se acaso tiver contribuído no mínimo durante 15 anos para a previdência. A proposta governamental propõe o mínimo de 65 anos para homem e 62 para mulheres, se acaso tiver contribuído o mínimo de 20 anos tanto para homens, quanto para mulheres, isto na iniciativa privada, na pública esse período exigido é de 25 anos no mínimo
09) - A aposentadoria será concedida dentro do teto do INSS que atualmente é de R$ 5.838,00 (cinco mil, oitocentos e trinta e oito reais). Já para quem ganha um salário mínimo, não haverá modificações.
10) - Parece que o pessoal teve o bom senso de manter as mesmas regras para quem trabalha no campo e essas não sofrerão alterações.
11) - Na questão dos professos, se homem só poderá se aposentar se tiver 60 anos e 30 de contribuição e, para as mulheres, a idade de 57 anos e 25 de contribuição.
12) - Pensão por morte com aposentadoria, ficou mantida no texto votado pela CCJ, se criando regras limitativas posteriormente, porém tudo indica que será vetado pelo Governo.
13) - Acaso venha a ser aprovada a reforma, as regras passarão a valer a partir de janeiro de 2020, em que será implantada uma regra de transição para quem for se aposentar, sendo acrescido um ponto a cada ano tanto para homem quando para mulher, até atingir o limite máximo de 105 para ambos para poder ter direito ao benefício integral.
14) - Na questão de benefícios sociais, denominado de LOAS, o deficiente passará a receber o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais), não tendo a menor correlação com o salário mínimo, acaso este venha a sofrer aumento. Então o inválido ou deficiente, virá a ser prejudicado sobremaneira, porque é quem mais precisa de assistência tanto medicamentosa, quando hospitalar.
15) - Vale ressaltar que categorias dos próprios deputados federais, estaduais, altos cargos do executivo, do legislativo, do judiciário, alto escalão dos militares, não foram sequer mencionados na referida reforma e ninguém será atingido, continuando com as mesmas benesses de sempre, o que vale dizer para o bom entendedor, que quem vai realmente sofrer as consequências são as categorias dos trabalhadores e as populações mais sofridas e necessitadas deste país.
         No meu entender, melhor seria ficar do jeito que se encontra e se buscar mais eficiência na administração dos recursos arrecadados pelo sistema previdenciário, taxar instituições que são isentas, cobrar grandes devedores, inclusive políticos que estão votando essa reforma e devem à previdência social, porque a reforma como vem, embora não tão dura quanto a de antes, porém ainda assim vai atingir muita gente, não era algo propício e necessário para o presente momento, porque outras medidas deveriam ser tomadas, acabando com tantas despesas desnecessárias e privilégios a muitos casacudos que não merecem, isto sim, é que deveria ser combatido e acabado de vez. Na verdade quem vive de privilégios, jamais que perder essas tetas, mas tirar algum benefício alheio, mesmo que venha a prejudicar a muitos, esse pessoal não está nem aí.
         Outras questão muito importante é o fato de quem ninguém falou nos militares de baixa patente, no soldado raso, nos agentes policiais civis, federal, agentes penitenciários, guardas municipais, que exercem atividade de risco e isso não foi sequer mencionado nessa pretensa reforma, o que é também um ponto de preocupação para essas categorias de servidores que colocam diuturnamente suas vidas em perigo para defender as populações no regular exercício de suas funções na área de segurança pública. A reforma, acaso venha a passar, ainda é um caso preocupante, mesmo com as alterações pontuais que fizeram no texto que foi aprovado no último dia 04 pela Comissão de Constituição e Justiça - CCJ, da Câmara dos Deputados, que agora vai para plenário e que necessidade de no mínimo 308 votos em dois turnos para poder passar e seguir para o Senado Federal. É minha gente, vamos ver no que vai dar todo esse imbróglio que vai mexer mais uma vez na vida de todo o povo brasileiro.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

COMO É DIFÍCIL A DOR DE PERDA DE UM FILHO - HÉMERSON MODESTO VIVE!



        Até gostaria de estar escrevendo de outros assuntos, a exemplo de política, dos problemas sociais que vem ocorrendo mundo afora, sobretudo em país, sobre o lançamento de meu quinto livro, estruturando em versos uma poesia, ou em prosa: um conto, uma crônica ou um causo ou me debruçando no romance que estou escrevendo, mas não, o que me vem à cabeça, à mente e em minh’alma no momento, é tão-somente a dor incomensurável da trágica perca irreparável de meu amado e querido filho. Não sai de minha mente na condição de pai e isso pelo visto, não vai ter fim.
            A gente pode até amenizar a dor da perda de um pedaço da gente que se foi e que não voltará jamais. É triste e doloroso, mas nada há mais a se fazer. Tenho outros filhos para cuidar e que ainda, por mais crescidos e amadurecidos que estejam, sinto no meu coração que ainda precisam de mim e por isso mesmo, é que tenho que ter forças suficientes, mesmo com um coração despedaçado, ainda assim tenho que encontrar qualquer graveto para me dar a devida sustentação e dar continuidade ao processo de vida. Nada que possa fazer vai mudar essa triste realidade e acabar com a minha dor, porque esta a carregarei até o último suspiro de vida.
          A dor é imensa, enorme, incomensurável. Como se medir essa dor, não há medida no mundo descoberta pelo ser humano, daí a busca pelo sobrenatural, ao invisível, ao Criador, que muitos denominam de Deus, porque outra explicação a gente não encontra para nos dar conforto e atenuar o sofrimento de um pai que buscou dar o melhor de si para a criação de seus filhos, como o fiz. Talvez tenha errado pontualmente aqui, acolá, em determinados instantes, ocasiões impensadas, porém nunca deixei de amar os meus filhos, minhas flores, meu jardim que plantei. Sem uma dessas flores ele ficou incompleto, porém nunca deixará de existir como se completo fora, em meu ferido e estilhaçado coração e de pai.
      Sei que posso até ser repetitivo e insistente, em neste momento, tanto buscar externar esse meu intrínsico sentimento, mas não encontro outro caminho, a não ser colocar para fora o que o meu coração pede e manda. Talvez até seja uma forma de conversar com ele, como fiz ainda nas últimas palavras em que procurei ter uma conversa com ele ainda prostrado horizontalmente no seu esquife, em que na imobilidade sem vida, sem me ouvir, sem poder me ver ou balbuciar algumas palavras, mesmo no ápice de minha extremada dor, ainda assim conversei com ele pela última vez. Até no momento atual imagino, elevo meu pensamento e imagino está conversando com ele, e lhe dizendo tantas coisas que gostaria de tê-lo feito ainda em vida, porém os desandares da vida foram mais velozes, se adiantaram ao que imaginava ter mais tempo, mas agora digo em seu fenecimento e acredito que ele há de me ouvir seja lá onde quer que esteja, quer no andar de cima, no Céu, numa constelação de estrelas onde só as pessoas boas irão dormitar, descansar o denominado sono eterno da vida eterna, como ele sempre fora em sua curta estada neste mundo terreno.
        Meu querido e amado filho, dirijo estas maus traçadas linhas para você de toda força de meu coração, dizendo que você, pela sua leveza de ser humano, a maneira de se comportar sempre alegre, fazendo amizades, com àquele característico riso largo de um canto da boca ao outro, com àqueles olhinhos de japonês quando gostavas de dar àquelas gostosas gargalhadas ou quando na seriedade, discutíamos respeitosamente, como pai e filho, sobre assuntos sérios, sem nunca perder a serenidade e ternura, nem com teus familiares, tampouco com as tantas legiões de amigos que fizestes neste curto lapso temporal de vida. Fostes um estudioso abnegado pelo que colocava em mente como objetivo de vida e, como profissional, tivestes uma conduta inatacável, digna de encômios pela corporação da PMAL em que convivestes durante mais de dezesseis anos e eras querido e tido como pessoa no exercício de seu mister, de irretocável conduta exemplar.
        Gostaria de te dar os abraços que não te dei, mas sei tarde agora, mas de coração que esses abraços sejam eternos enquanto vida tiver, tanto meu, quanto de tua mãe, de teus irmãos e dos tantos amigos que semeastes por todos os lugares por onde passastes. Nunca soube de nenhuma inimizade, porque em tua vida era só alegria. Tristeza, ar de dolência, de indiferença, de desamor ao próximo, não estava em teu dicionário, tampouco em teu coração, porque eras além de tudo, PAZ E AMOR, por isso mesmo é que te digo: FILHO VOCÊ VIVE, porque para nós que te amamos jamais você fenecerá. HÈMERSON MODESTO VIVE!

domingo, 21 de outubro de 2018

SER PAI, É TER O MAIOR ZELO PELOS FILHOS, MESMO QUE ELES JÁ SEJAM COM IDADE AVANÇADA, AINDA ASSIM, SERÃO SEMPRE “OS MENINOS”


      Não vou aqui pontuar os meus tropeços na vida, tampouco os erros cometidos. Voltar-me-ei mais para os acertos que procurei dar neste curto espaço temporal. Se errei, se exagerei, foi buscando sempre tentar acertar, porém se errei o fiz, não por maldade, mas esperando tirar um pouco de proveito e alegria desta vida.
      Muita gente, de má índole, se prende mais nos erros que se comete, do que propriamente, naquilo de positivo que buscarmos fazer com amor, afinco e dedicação nesta porra de vida! – Acaso alguém olhe ou observe os erros que cometo, então procure olhar para os seus próprios em primeiro lugar!
      Pois bem! – Meus pais, até já entrando na idade mais adulta, sempre me tratavam como criança, não só a mim, mas também, aos demais irmãos, isso porque, para eles, a gente nunca cresceu. Sempre fomos àquelas crianças sempre esperando uma proteção paterna ou materna.
    Desse jeito os filhos que tenho, embora em determinadas circunstância não transpareça, mesmo assim, ainda os trato de “meus meninos”, porque para quem é pai, não existe tamanho ou idade. No tempo do meu avô, Mané Modesto, veja a ousadia e a demonstração de imposição de respeito, que ele sempre buscou dar para os seus filhos, embora tenha tido três famílias distintas, mesmo assim, não admitia erros dos filhos. Ele podia errar para valer, mas nos costumes daquela época, ele era o homem, o patriarca e por isso mesmo, tinha dos filhos, o dever de obediência. Tanto é assim, que certa feita, deu uma surra em meu pai, já casado, pai de família, na casa de uma “rapariga”, para cuidar dos filhos e de minha mãe. Veja que ele já era adulto, pai de família, mas nada disso impediu que meu avô lhe desse umas caçambadas de cinturão de couro cru. Mas isso em nada mudou a conduta de meu pai. Nunca fui raparigueiro, mas sou o mais parecido com o meu pai. Ele, que já se foi desde o ano de 1989, há 29 anos, não tenho o que falar dele, porque nos criou nas dificuldades da vida, mas nunca deixou de cuidar da gente, ele e, principalmente minha mãe, Adelaide Alves de Albuquerque, que sempre foi uma mulher de fala mansa e guerreira, mas era uma fera, quando alguém cismava de mexer com um de nós. Na verdade, na questão de conduta, eles nos fizeram o melhor que puderam fazer, porque todos nós somos pessoas de bem e lutamos na vida, como ainda continuamos, para nos mantermos com honradez, moralidade, ética, caráter e dignidade pessoal.
       Pois bem, do mesmo jeito que meus pais me criaram, não que vá pegar um cacete e descer a lenha em um de meus filhos, todos maiores de idade, casados, exceto, o mais novo, Miltinho, isso jamais. Eles têm que buscar aprenderem com os erros que cometi e cometo, porém com uma diferença, sempre buscando se moldar, tomar como base em suas condutas de vida, os exemplos positivos que acredito ter deixado. Agora, aconselhar, claro que vou fazer a qualquer tempo, quando de minha pessoa, precisarem, de uma palavra para algum tipo de correção de vida, mesmo que venha a praticar o mesmo erro, mas não quero de forma alguma que eles cometam os mesmos erros que eu cometi na vida. Para eles, desejo sempre o melhor de tudo, é isso que espero de meus filhos e descendentes. E aí, meninos, que acharam! - Agora não mais todos eles, mas na memória, todos são um só em minha vida, que no seu encurtamento, talvez alguns anos ainda me restam para cuidar dos demais que ficaram, sem deixar um só minuto de pensar, de ter na memória o que recentemente se foi para nunca mais volta. Só nos resta na dor, no sofrimento e numa força maior, buscar nos consolar.

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

REPÚDIO VEEMENTE SOBRE FATOS NOTICISOS INFUNDADOS SOBRE A MORTE PREMATURA DE MEU FILHO, HÉMERSON MODESTO, POR PARTE DE ALGUNS BLOGS E SITES.




    Alguns Blogs e Sites da região e de outras, divulgaram noticiosamente, sem nenhuma base ou fonte de informação segura, de que meu filho, HÉMERSON GOUVEIA MODESTO DE ALBUQUERQUE, veio a tirar a sua própria vida, em face de se encontrar em depressão por “uma punição sofrida” por sua corporação, a PMAL e por se encontrar endividado.
     Primeiramente, quero externar o meu veemente repúdio e protesto a esse tipo noticioso de mau-caratismo desses meios de comunicação irresponsáveis, que publicam notícias falsas sem o menor sentido, com base apenas em suposições, sem citar a origem de onde vieram essas informações que nada dizem respeito à prematura morte de meu filho nas circunstâncias em que se deu. Informo também que, pela educação que dei aos meus filhos, eles tinham plena liberdade de livre escolha, quer de caráter religioso ou político, não tendo nenhum fundamento também, motivações política, se algum deles votavam em A, B ou C e eu, noutra candidatura D, isso porque disso fazíamos até brincadeiras, então minha gente, vamos ter um pouco mais de respeito e responsabilidade com insinuações que nada tem a ver com o trágico fim de meu filho, publicadas em redes sociais. Éramos uma família unidade e vamos continuar sendo com os que ficaram e sempre guardando na lembrança o homem honrado, sério, digno e honesto que sempre foi neste curto espaço de tempo em que viveu.
      Quero informar que conversei pessoalmente com o Coronel Anaximandro, com o capitão Eloi e, por telefone com a capitã Daniela, além de vários colegas de farda com os quais trabalhou por quase esses poucos mais de dezesseis anos que permaneceu na corporação policial da PMAL, principalmente das cidades de Novo Lino e Mata Grande, últimas cidades de Alagoas em que trabalhou, e ambos foram unânimes em dizer que ele não sofreu nenhuma punição disciplinar por parte da corporação militar, muito pelo contrário, os capitães e o coronel, me informaram que ele tinha uma ficha irrepreensível e limpa, onde só cabiam elogios pelo seu trabalho como militar naquela corporação do Estado vizinho, que sempre deixou orgulhosos os seus superiores hierárquicos. Informaram também, que ele não apresentava nenhum traço de depressão, muito pelo contrário, sempre alegre, brincalhão, como era quando estava no convívio da família e dos muitos amigos que cultivou aqui em Buíque-PE e em outros lugares por onde viveu, conviveu ou passou, não havendo razão para se portar em estado emocional de depressão. No convívio familiar, quando voltava do trabalho, também sempre se portou alegre com todos nós. Nunca percebemos traços diferentes nenhum em seu comportamento, que pudesse levar a uma atitude desesperada dessa natureza. Sempre com àquele sorriso de um lado a outro da boca e brincalhão, como foi de seu feitio desde criancinha.
      Quanto à dívidas, nada que não se pudesse resolver dentro de suas reais possibilidades ele tinha e isso, sendo um fator estritamente privado da vida do cidadão Hémerson Modesto, não era fator que fosse motivo para levar a uma atitude extremada dessa natureza, razão pela qual, esses motivos mentirosos noticiados pelas irresponsabilidades desses Blogs e Sites, espero que sejam prontamente reparados, porque só trouxeram mácula a imagem de meu filho, que era um exemplo de profissional em sua corporação, além de ter um rol de amizades muito grande por onde trabalhou ou passou servindo sempre ao próximo, como sempre foi de seu feitio. Exemplo foi o seu velório e sepultamento com tantas pessoas presente e àquelas que tantas mensagens mandaram para nós, familiares, através das redes sociais.
     Reafirmo convictamente, que esses não foram os motivos porque são notícias falsas e inexistentes, fruto da irresponsabilidade de quem faz uma imprensa nos moldes internetários, para ganharem audiências e serem lidas com farsas e mentiras e isso não faz parte da boa imprensa ou de meios de comunicação confiáveis e de bom caráter.
      Notícias dessa natureza só tiveram um sentido em macular a imagem de meu filho, a minha, dos outros meus filhos e seus irmãos e dos demais familiares, por isso mesmo é que veemente trago aqui o meu protesto, veemente repúdio, e espero que cada um desses Blogs e Sites que divulgaram essas falsas notícias que busquem se retratarem, porque senão vou procurar as vias judiciais cabíveis para ver processados criminalmente os responsáveis e buscar os danos morais e materiais sofridos pela imagem de quem não está mais neste mundo para se defender e a mim como pai, os irmãos e demais familiares, não poderemos deixar que manchem, maculem irresponsavelmente a imagem de quem sempre nesse curto espaço de tempo em que viveu, só foi alegria, um agregador de amigos, sempre buscando ser um conciliador, levando consigo e para os outros, ajuda, paz, amor, amizade, harmonia e ser responsável no seu mister, onde recentemente foi promovido para a graduação de Sargento da PMAL. Só espero que tais fatos noticiosos não mais se repitam e parem por aqui em respeito a incomensurável dor pela qual eu como pai, a mãe dele, seus irmãos e meus filhos também, neste momento estamos passando, por isso mesmo é que tenho o sagrado direito de exigir respeito ao nome e a imagem de meu filho, que de uma forma trágica e inexplicável se foi, porém farei de tudo que puder para que a sua imagem não venha a ser maculada, deteriorada ou manchada, por quem quer que seja.

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

FAMÍLIA TRADICIONAL, MODELO DE SOCIEDADE FAMILIAR PATRIARCAL QUE NÃO VOLTA MAIS




        Família nos moldes tradicionais é aquele tipo de entidade ou célula familiar que forma a sociedade, em que o casamento seria indissolúvel, ou seja, o casal teria que manter o compromisso firmado na hora do casamento até que a morte viesse a os separar. Nesse tipo de família, a mulher seria simplesmente a dona do lar, tendo por obrigação cuidar dos filhos, do marido, da casa, da cozinha, fazer algo tão-somente com a autorização do marido, jamais sair sozinha a não ser com o marido, servir aos desejos lascivos marital e vez por outra ir à uma festa se “de família” e acompanhada pelos seus esposo e os rebentos. Esse modelo de família ainda, denominada de patriarcal, foi um modelo que perdurou até praticamente os movimentos sociais surgidos lá por volta da década de setenta, vindo a se fortalecer com alguns movimentos feministas surgidos na década de noventa para cá e, com toda certeza, não mais voltará, apesar de a mulher ainda ser colocada num lugar desprivilegiado, muito embora tenha avançado muito em conquistas pela própria luta das próprias mulheres e com o apoio de cabeças pensantes mais avançadas, senão seria ainda a puramente “rainha do lar”, como se cantarolou num certa canção. Na família tradicional a mulher jamais poderia trair o homem, se bem que, mesmo nos moldes avançados da atualidade, traição é coisa que não vem a cair bem, mas naquele tipo de modelo, o patriarca poderia sair de casa quando bem quisesse e entendesse, indo às turras nas farras, tinha toda liberdade para trair a sua mulher, tinha as amantes que bem quisesse, desde que não deixasse faltar nada em sua casa. Era o tipo de patriarca provedor do lar.
        Ora, esse modelo de família ultrapassado, não mais subsiste, tampouco poderá vir a ter uma recaída de volta no modelo social do Século XXI, porque muitas coisas mudaram, as mentalidades são outras, avançaram em muitos casos para melhor, com algumas restrições, claro, mas hoje temos pelo menos em tese, uma sociedade em que se busca alcançar a igualdade entre homens e mulheres, portanto tanto o homem, quanto a mulher, tem a mesma capacidade de avançar, de progredir e de fazer o mesmo que o homem faz, então ela deve ganhar tanto quanto o homem ganha ou até mais, a depender de sua atividade profissional ou intelectual, tanto faz. Não mais se admite o retrocesso para uma entidade familiar falida, da base do papai e mamãe e do mandonismo patriarcal. Isso não mais existe e, se ainda perdura, são casos pontuais ou isolados, se bem que ainda existe muito machismo e preconceito contra a mulher. No Século passado para início deste, a mulher desquitada (separada judicialmente) era vista como uma pessoa em que qualquer homem ou mesmo por outra mulher, persistia um grande preconceito, com receio de chegar até mesmo perto de uma mulher nessa condição civil, porque era “desquitada” e, se chegasse algum homem, era para dar cantada e hoje minha gente, a sociedade mudou, a família evoluiu de tal forma, que basta um casal viver junto formalmente, já se diz que está casado e não mais em convivência marital espúria, tipo amante, amancebados, amasiados ou concubina, diferenciada, formando da mesma forma uma família e tendo o respeito da sociedade. Então o que seria família tradicional nos moldes de hoje, em que cada qual também, usa o seu corpo como bem quiser e entender, hein!? - Na sociedade atual, não há se falar em família tradicional, mas em simplesmente em sociedade familiar de comunhão entre pessoas que provavelmente se amam, mesmo que esporadicamente; que se separam, se juntam novamente com outras pessoas, e por aí se vai construindo um modelo social que ainda não está muito bem definido do ponto de vista sociológico. É esse modelo social do mundo moderno que não terá retrocesso jamais. Então se falar em modelo de família tradicional, em sociedade com regras rígidas e rigorosas, com ditames machistas a serem seguidos, isso jamais pegará nos dias de hoje. A sociedade tende a sempre evoluir, pelo bem ou pelo mal, ela vai sempre caminhar para frente e não há como retrocedê-la e tentar implantar um patriarcado nos moldes antigos, porque isso não mais funciona.
        A mulher moderna jamais vai querer ser simplesmente uma “Amélia que era a mulher de verdade”, canta pelo saudoso Ataulfo Alves, porque no patamar de liberdade, de avanço em que se encontra a sociedade, não haverá mais retrocesso e cada vez mais as mulheres ganham mais espaço e olha, que elas hoje representam a maioria, sobretudo em nosso país, a ponto de ter o poder no momento atual, de decidirem as próximas eleições presidenciais. Essa pregação machista e revanchista do candidato da extrema-direita, foi um tiro no pé contra ele mesmo, se bem que, ainda existe uma grande parte de mulheres que ainda votam nele, talvez por desinformação e por não se valorizarem, senão não seria digno de ter o voto de uma mulher sequer, pelo lugar de exclusão com que ele trata as mulheres, inclusive uma filha que teve, que declarou publicamente que foi fruto de “uma fraquejada”, pode um negócio desses!?

quarta-feira, 25 de julho de 2018

SE FOI MAIS UM GRANDE LUTADOR DA FAMÍLIA MODESTO EM BUÍQUE


        Nesta terça-feira, por volta das seis horas da manhã, veio a falecer no Hospital Memorial Arcoverde, o meu tio, Getúlio Modesto de Albuquerque, filho de uns dos treze filhos de meu avô, Manoel Modesto de Albuquerque. Lembro bem de imagens de minhas infância e adolescência, ainda guardadas em minha memória, de que Getúlio Modesto, quando mais jovem, mesmo não tendo estudado Direito, era um estudioso da matéria. Gostava de ler sobre Direito. Por isso mesmo, ainda chegou, na condição de rábula, como o foi o saudoso Tenente Saturnino, quando em Buíque não existiam praticamente advogados para defender os que precisam de uma defesa na Justiça, esse papel cabia aos que militavam na advocacia, embora não fossem formados, denominados de rábulas. Getúlio, por ser estudioso da matéria, ainda chegou, mesmo a contragosto de alguns membros da justiça, a advogar na condição de rábula, em favor da população mais pobre de Buíque e, por conta disso, houve certa época, acredito que lá por volta da década de final de sessenta até meados da de setenta, em que ele teve que se abrigar no Recife para não vir a sofrer reprimendas. Chegando ao Recife, foi morar no Bairro de São José e lá chegando, integrou-se com os camelôs e chegou a fundar o sindicato dessa categoria de trabalhadores informais, tendo sido o seu primeiro presidente, o que chegou a ser notícia nos jornais de Pernambuco.
        Depois de certo tempo, voltou para Buíque novamente e sempre tinha participação ativa na política local, momento em que, sempre gostava de discursar e defender os seus pontos de vista.
        Um dos fatos mais marcantes em Getúlio Modesto, era o gosto que ele demonstrava ter pela pátria e dos dias festivos de comemorações. Não deixava de se paramentar galhardamente com seus fardamentos, medalhões, bandeiras e quepes apropriados, para render homenagens nos dias de emancipação do nosso Município e nas festividades de sete de setembro. Costumava fazer longos discursos, chegando a montar por conta própria, os seus próprios palanques, porque para ele, ser patriota, render homenagens em tais dias comemorativos, era motivo de honra, de orgulho e disso ele não abria mão.
        Lembro muito bem, das longas “gaitadas” (gargalhadas) quando estavam conversando com meu pai e podia perceber que se tratava de troca de assuntos mais ou menos picantes para a época em que eles viveram e tiveram bons momentos juntos.
        Só posso dizer com muito pesar, que nossa família está diminuindo nas gerações mais antigas e crescendo nas gerações mais novas, porque daquelas, são poucos os que ainda restam, por isso mesmo, nossos encontros dessa importante família em Buíque, não deveria se limitar apenas nesses momentos fúnebres, tristonhos e de último adeus, mas também, naqueles em que a vida pode nos doar alegrias, porque só seremos fortes, uma família tão grande e que tanto representa para nossa terra, se unidos estivermos também em vida.
        Mas em nome de todos os familiares, quero deixar aqui o meu mais sincero adeus ao meu tio Getúlio Modesto, que durante sua vida, algo de bom e positivo deixou de legado para a sua esposa e seu filho, Morzidai Modesto e com certeza também, para nossa terra.

        Nascido em 1942, se vai com apenas setenta e seis anos de idade, porém ninguém quer fazer essa viagem, se faz carregado, seguindo para um jazigo, fazendo a última viagem para se transmutar em mais uma estrela a brilhar no firmamento. Nosso sincero Adeus, meu tio Getúlio Modesto, em nome de todos os familiares. O corpo está sendo velado na Câmara Municipal de Vereadores de Buíque e o seu enterro será às 11h00 no Cemitério local.

sexta-feira, 6 de julho de 2018

PRISÃO DE ADVOGADO NO DIA DE ONTEM EM CARUARU-PE, FOI ARBITRÁRIA, TRUCULENTA E ILEGAL.


OPINIÃO

Lei federal garante direitos para advogado preso no exercício do ofício

25 de março de 2017, 7h28

Imponentemente está estabelecido em nossa Carta Magna no art. 133 que

“O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei”.
Fazendo uma rápida reflexão sob o dispositivo citado, nos questionamos: que limites são esses?
Como o assunto em pauta é a prisão em flagrante do advogado no exercício de seu mister, somente nele que nos atentaremos para que o foco não se disperse.
Pois bem, assim sendo, quando o advogado pode sofrer uma prisão em flagrante no exercício da profissão?
Encontramos a resposta, de forma clara e cristalina, no art. 7°, §3° do Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB (Lei Federal n° 8.906/94) que dispõe:

“Art. 7º São direitos do advogado:
§ 3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste artigo”.
Para que possamos compreender a real aplicação do dispositivo acima, precisamos saber quais os crimes que a lei estabelece como inafiançáveis, pois somente eles e, frisa-se, unicamente eles, quando cometidos no exercício da profissão, habilitam a prisão em flagrante do advogado.

Nossa Carta Magna de 1988 estabelece em seu art. 5°, incisos XLII, XLIII e XLIV os crimes inafiançáveis:
Art. 5° (...)
“XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

 XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático”: (grifo nosso)
Dessa forma, o amparo constitucional é suma importância quando o advogado atua fora da zona de conforto e encontra-se diante de uma possível, por exemplo, violação de prerrogativa. Fazer valer um direito seu no exercício de sua profissão é um direito garantido por lei federal e assim deve ser respeitado.
Na prática, o que muito acontece quando o advogado faz valer suas prerrogativas de forma incisiva e segura, mostrando-se conhecedor daquilo que sustenta, logo surge algum tipo de cerceamento de atuação por parte da “autoridade” que está se debatendo a questão e, quase sempre, com a intimidação de voz de prisão, diga-se, em flagrante delito.
Para que consigamos compreender ainda mais o assunto aqui exposto, a CF/88 fala que a prisão em flagrante do advogado se dá, também, pelo cometimento de crimes tidos como hediondos (Lei. 8.072/90).
Que advogado cometerá um crime hediondo ou qualquer outro descrito como inafiançável (tortura, racismo - e não injúria racial -, terrorismo...) no exercício da profissão?
Parece-me fora da realidade imaginar um advogado cometendo alguns dos crimes inafiançáveis descritos quando exerce sua honrosa profissão.
Certo é que para toda regra existe uma exceção, porém, neste caso, enxergo uma exceção bem distante.
Esta reflexão deve ser feita com muita atenção, pois a temeridade da prisão em flagrante que padece alguns advogados quando estão exercendo sua profissão é real e constante, o que não deveria acontecer quando se tem o conhecimento constitucional e penal acerca do tema.
Nosso diploma processual penal, em seu art. 323, reitera o disposto na CF/88 estabelecendo os crimes que são inafiançáveis

“Art. 323.  Não será concedida fiança: 
 I - nos crimes de racismo; 
 II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos; 
III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;” 

Assim, com base constitucional, penal e processual penal afasta-se, por completo, o folclore da prisão em flagrante do advogado pelo crime de desacato, desobediência...ou qualquer outro (cometido no exercício da profissão) que não seja inafiançável.
Apenas para complementar o tema, recomenda-se a leitura e estudo dos artigos 61 e 69 da Lei n.º 9.099/95 que tratam sobre as infrações penais de menor potencial ofensivo e do termo circunstanciado, respectivamente.
Jamais um profissional de tamanha importância deve ser privado de exercer o seu ofício por represálias ilegais, inexistentes no ordenamento jurídico ou, pior, criadas para a conveniência de alguma classe sem amparo legal.
Ainda, por fidelidade jurídica, ressalta-se que o advogado pode cometer crimes no exercício da profissão como qualquer outro profissional e responderá por isso na medida de sua responsabilidade, porém, a prisão em flagrante delito somente será legal quando fundamentada nos casos expressamente previstos em lei.

Como estamos abordando o §3° do art. 7° do Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, devemos fazer menção, também, ao inciso IV do artigo supracitado, a saber:
“IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB;”
Com base no dispositivo acima, sendo o flagrante legal ou ilegal (o que será apurado em cada caso concreto), o advogado tem o direito de ter um representante da OAB para acompanhar toda a situação que se encontra fortalecendo, ainda mais, o livre exercício da advocacia quando realizado dentro dos padrões éticos, morais e profissionais.
Corroborando todo o exposto quanto à liberdade de atuação profissional do advogado, dispõe o art. 31, §§ 1° e 2° da Lei 8.906/94:
“Art. 31. O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que contribua para o prestígio da classe e da advocacia.
§ 1º O advogado, no exercício da profissão, deve manter independência em qualquer circunstância.
§ 2º Nenhum receio de desagradar a magistrado ou a qualquer autoridade, nem de incorrer em impopularidade, deve deter o advogado no exercício da profissão.”
Por fim, sabendo o advogado desta importante prerrogativa estabelecida em lei federal, quando se ver diante de uma situação arbitrária no exercício da profissão, não deve nada temer e, se for o caso, buscar amparo no ordenamento jurídico para fazer valer um direito seu (e não um favor) como, por exemplo, na Lei n° 4.898/65 (abuso de autoridade), pois, conforme esta dispõe em seu art. 3°, “j”:
Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:
j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional.
Nada é mais atentatório à justiça do que uma afronta às prerrogativas advocatícias!
O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons” - Martin Luther King.

Denis Caramigo Ventura é advogado, consultor jurídico, vice-presidente da Comissão de Direito Penal e Direito Processual Penal da OAB/SP - Subseção Lapa, membro da Comissão de Prerrogativas da OAB/SP - Subseção Lapa.

Revista Consultor Jurídico, 25 de março de 2017, 7h28 

quinta-feira, 7 de junho de 2018

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA QUE USURPOU DIREITOS, O QUE FEZ MESMO FOI TIRAR EMPREGO DOS TRABALHADORES



       A reforma trabalhista capitaneada pela Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017, pelo governo golpista Michel Temer e pelo Congresso Nacional que se vendeu por bilhões de reais com o dinheiro do povo e da claque empresarial representada pela FIESP, mexeu em 22 pontos essenciais nos direitos dos trabalhadores, com destaque especial para a criação do emprego intermitente, que praticamente recriou em nosso ordenamento jurídico, a volta de um modelo escravagista de trabalho da classe trabalhadora de nosso país.
      A deixa para essa malfadada reforma foi o fato de que, estando o país há dois anos, segundo dados oficiais, que nem sempre podem ser levados à sério, o Brasil tinha uma média de 13 milhões de desempregados, mas esses dados jamais corresponderam a realidade objetiva que se pode observar no dia a dia em que a gente vive. A bem da verdade, um país com uma média de mais de 200 milhões de habitantes, com a indústria em decadência, o setor público precarizado, deveria existir mais de 20 milhões de desempregados, como ainda existem ou bem mais que isso, porque se for levar em conta os subempregos, os que estão na informalidade, sem a menor estabilidade, sem CTPS anotadas, pode ser bem mais que isso.
      Com essas reformas defendidas pelos conservadores, direitistas e neo-liberais, o pau quebrou mesmo foi na classe trabalhadora, que não obteve nenhum ganho com as modificações introduzidas, muito pelo contrário, fragilizou ainda mais os trabalhadores, que para trabalhar, isso se conseguir, o empregador pode anotar ou não a sua CTPS, pode contratar por tantos dias e horas que quiser semanalmente ou por um prazo de meses determinados e direito nenhum o trabalhador vem a adquirir com essas mudanças. Muito pelo contrário, quem saiu ganhando mesmo foi a classe empresarial. Não digo que esse modelo pudesse ater ser uma alternativa para o micro-empreendedor, que em muitos casos não pode arcar com todos os direitos sociais que pesam sobre a carga tributária que tem que desembolsar para se manter um pequeno negócio, mas o grande, esse sim, que já não trabalha com pleno emprego humano, mas com maquinarias de alto padrão de tecnologia, robotizadas, então o ser humano já tem o direito de ter um emprego como noutros idos.
     Só para se ter uma ideia do impacto dessas mudanças na Justiça do Trabalho, tive conhecimento esta semana, que na Vara do Trabalho de Pesqueira, em igual período do ano passado, existem uma média de duas mil ações trabalhistas ajuizadas, no momento atual, em igual período, esse número baixou para quinhentas. Então além de não ter contribuído em absolutamente em nada em termos de direitos trabalhistas, a legislação obreira com 22 itens modificados para beneficiar o grande empresariado nacional, vai terminar fechando a Justiça do Trabalho, que de certa forma, é bem feito, porque a bem da verdade, essa Justiça é um peso deficitário para os cofres públicos nacionais e em muitos casos, existem muitos ações fabricadas nas coxas por profissionais viciados e até testemunhas profissionalizadas nesse mister existem, o que é uma vergonha. Quem trabalha na área pode perfeitamente perceber as aberrações praticadas pela Justiça do Trabalho, mas por outro lado,
  No final de contas, quem perdeu mesmo, foi a classe trabalhadora, que vai sofrer para na velhice se aposentar, para conseguir um trabalho que lhe possa garantir um certa estabilidade por um determinado tempo e uma política se salário mínimo, praticamente deixou de existir com os malefícios da reforma trabalhista. É essa a política liberal e neo-liberal que estão querendo implementar, como de fato já está sendo, em todo o nosso país e de quebra, a desnacionalização de nossas riquezas, em benefício do grande capital.