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quinta-feira, 7 de junho de 2018

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA QUE USURPOU DIREITOS, O QUE FEZ MESMO FOI TIRAR EMPREGO DOS TRABALHADORES



       A reforma trabalhista capitaneada pela Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017, pelo governo golpista Michel Temer e pelo Congresso Nacional que se vendeu por bilhões de reais com o dinheiro do povo e da claque empresarial representada pela FIESP, mexeu em 22 pontos essenciais nos direitos dos trabalhadores, com destaque especial para a criação do emprego intermitente, que praticamente recriou em nosso ordenamento jurídico, a volta de um modelo escravagista de trabalho da classe trabalhadora de nosso país.
      A deixa para essa malfadada reforma foi o fato de que, estando o país há dois anos, segundo dados oficiais, que nem sempre podem ser levados à sério, o Brasil tinha uma média de 13 milhões de desempregados, mas esses dados jamais corresponderam a realidade objetiva que se pode observar no dia a dia em que a gente vive. A bem da verdade, um país com uma média de mais de 200 milhões de habitantes, com a indústria em decadência, o setor público precarizado, deveria existir mais de 20 milhões de desempregados, como ainda existem ou bem mais que isso, porque se for levar em conta os subempregos, os que estão na informalidade, sem a menor estabilidade, sem CTPS anotadas, pode ser bem mais que isso.
      Com essas reformas defendidas pelos conservadores, direitistas e neo-liberais, o pau quebrou mesmo foi na classe trabalhadora, que não obteve nenhum ganho com as modificações introduzidas, muito pelo contrário, fragilizou ainda mais os trabalhadores, que para trabalhar, isso se conseguir, o empregador pode anotar ou não a sua CTPS, pode contratar por tantos dias e horas que quiser semanalmente ou por um prazo de meses determinados e direito nenhum o trabalhador vem a adquirir com essas mudanças. Muito pelo contrário, quem saiu ganhando mesmo foi a classe empresarial. Não digo que esse modelo pudesse ater ser uma alternativa para o micro-empreendedor, que em muitos casos não pode arcar com todos os direitos sociais que pesam sobre a carga tributária que tem que desembolsar para se manter um pequeno negócio, mas o grande, esse sim, que já não trabalha com pleno emprego humano, mas com maquinarias de alto padrão de tecnologia, robotizadas, então o ser humano já tem o direito de ter um emprego como noutros idos.
     Só para se ter uma ideia do impacto dessas mudanças na Justiça do Trabalho, tive conhecimento esta semana, que na Vara do Trabalho de Pesqueira, em igual período do ano passado, existem uma média de duas mil ações trabalhistas ajuizadas, no momento atual, em igual período, esse número baixou para quinhentas. Então além de não ter contribuído em absolutamente em nada em termos de direitos trabalhistas, a legislação obreira com 22 itens modificados para beneficiar o grande empresariado nacional, vai terminar fechando a Justiça do Trabalho, que de certa forma, é bem feito, porque a bem da verdade, essa Justiça é um peso deficitário para os cofres públicos nacionais e em muitos casos, existem muitos ações fabricadas nas coxas por profissionais viciados e até testemunhas profissionalizadas nesse mister existem, o que é uma vergonha. Quem trabalha na área pode perfeitamente perceber as aberrações praticadas pela Justiça do Trabalho, mas por outro lado,
  No final de contas, quem perdeu mesmo, foi a classe trabalhadora, que vai sofrer para na velhice se aposentar, para conseguir um trabalho que lhe possa garantir um certa estabilidade por um determinado tempo e uma política se salário mínimo, praticamente deixou de existir com os malefícios da reforma trabalhista. É essa a política liberal e neo-liberal que estão querendo implementar, como de fato já está sendo, em todo o nosso país e de quebra, a desnacionalização de nossas riquezas, em benefício do grande capital.

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