QUEM REALMENTE SOU

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BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.
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quinta-feira, 20 de junho de 2019

RECIFE QUE VIVI NÃO É O MESMO DE HOJE, QUE ERA O RECIFE DA LIVRO 7




        Apesar de ser da década de cinquenta, só vim mesmo a conhecer o Recife, por volta da década de setenta, porque antes, fui com meus familiares para São Paulo, fugindo das intempéries do tempo, provocada pela seca nordestina, e por outros problemas de outra natureza da vida que aparecem sem a gente pedir.
        Quando de minha volta e da família para o Nordeste, especialmente Buíque, meu cordão umbilical, foi que, salvo engano, depois de 1974, com Blésman Modesto, com uma promessa de conseguir para mim, uma colocação pública no Estado, que cheguei pela primeira vez a ir à Recife, coisa que achei estranho, mas naqueles idos, era uma cidade bem diferente do que hoje ela é. Não cheguei a andar pela cidade, mas a gente percebia que a movimentação de veículos era grande, não tanto quanto São Paulo, mas era enorme para uma metrópole nordestina na magnitude do Recife.
        Depois que fui morar de verdade no Recife, quando passei no Concurso do BANDEPE e fui estudar em cursinho para fazer vestibular, foi que vim a conhecer melhor o Recife, isso em fins de 1976, início de 1977, quando passei no vestibular e fui estudar engenharia na UFPE, que era na época, o meu sonho, por me considerar um bom aficionado na matemática e física, por isso mesmo, de minha vocação para um curso dessa natureza. Depois de um tempo, já entrando na fase profissional, no sexto período do curso, passei no concurso interno do Banco e voltei a trabalhar no interior, isso por volta de 1980/1981, mas mesmo diante da agitação, trabalho à noite no serviço de compensação do BANDEPE e estudando durante o dia na UFPE, era de uma dureza hercúlea, mesmo assim, dava para aguentar o tranco, só vindo a enfrentar maiores dificuldades, em face de já ser casado e já ser pai do primeiro filho e por isso mesmo, foi que fiz um concurso interno para uma promoção, passei e voltei a trabalhar no interior novamente. Aí tive que trancar o curso, chegando depois a perder o vínculo com a Universidade e a partir de então fiquei cinco anos sem estudar, vindo a fazer novo vestibular em Direito em 1985, vindo a ser aprovado e tendo cursado Ciências Jurídicas, o que vim a me formar em 1990. Desde então, de lá para cá, venho na militância até os dias atuais.
        O foco inicialmente no Edifício Almare, juntamente com mais doze colegas num pequeno apartamentozinho, mesmo assim era o Recife que vivi naquele tempo. Depois passei a morar numa república estudantil, da qual eu era o presidente e o meu lazer, era mais cinema, porque meu foco principal eram os estudos. Apreciava ir à Livro 7, na Rua Sete de Setembro, no Bairro da Boa Vista e, numa dessas vezes, cheguei justamente num momento em que Ulisses Guimarães estava fazendo o lançamento de um livro de sua autoria, pela redemocratização do país e àquele momento me marcou para sempre em minha vida. Conhecia o dono, o livreiro Tarcísio Pereira, que sempre fez questão de usar um chapéu daqueles do tipo James Bond, de 007, que tive recentemente a honra de encontrá-lo na Companhia Editora de Pernambuco - CEPE, já de cabelos brancos igual aos meus e fiz questão de falar com ele e relembrar daqueles tempos, inclusive da época em que Ulisses Guimarães esteve em sua livraria. Demos muitas risadas e por último soube que ele no momento, era o Superintendente da Cia Editora estatal de Pernambuco, o que me deixou extasiado de alegria, afinal de contas, tinha ido àquele local justamente para falar de meu sexto livro, um romance, que coloquei à apreciação do Conselho Editorial daquela gráfica, para tentar o patrocínio da Editora que já publiquei cinco dos meus livros cinco livros com recurso próprios.

        Lembro bem, que frequentava as lojas da moda, a exemplo da Dom Juan, Marconi e Ele & Ela, que na atualidade não mais existem. Também ainda existiam as Casas Pernambucanas, Casas José Araújo, que era grandiosa e atualmente, salvo engano, ainda existe uma lojinha no Centro do Recife, mas sem a menor importância. O Cine São Luiz, era o que mais gostava de frequentar, porque era uma sala vip, de primeira, além de outros cinemas que marcaram época no Recife. Era um Recife mais alegre, mas não deixava de ser violento. Talvez não tanto quanto hoje, mas a violência era uma de suas marcas. Acredito que questão de violência, seu crescimento é proporcional ao crescimento populacional e da modernidade dos produtos de consumo humano, porque é assim que sempre caminhou a humanidade.
        Mas a questão de republicação com algumas alterações desta matéria, foi justamente pela alegria de ter encontrado há poucos dias, quando de passagem pelo Recife, do livreiro Tarcísio Pereira e de sua livraria, a LIVRO 7, que chegou a ser considerada a maior livraria do Nordeste. Na realidade, pelo que sempre percebi, era a maior de verdade, porque além de ter uma enormidade de títulos e de temas de livros, existia também muito calor humano e era ponto de encontra de muitas pessoas dadas à leitura e de grandes nomes da literatura nordestina e especialmente, de Pernambuco. Foi muito bom te ver mais uma vez, camarada livreiro TARCÍSIO PEREIRA, que sempre a imagem viva da LIVRO 7 do Recife que vivi.

P.S.: Esta matéria foi publicada originalmente em 17.01.2018 e está sendo republicada nesta ocasião.

domingo, 16 de dezembro de 2018

MEU QUINTO LIVRO - CATADOR DE ILUSÕES, LANÇAMENTO



        Nesta última sexta-feira, 14.12.2018, às 19h30, aconteceu na Biblioteca Graciliano Ramos, o lançamento de meu quinto livro, CATADOR DE ILUSÕES. Foi um evento memorável e carregado de emoção. Memorável porque apesar de ser um período de final de ano (mês de dezembro), geralmente acontece uma série de festas de formaturas nas escolas de nossa cidade e região, mesmo assim, o público presente me deixou estimulado para continuar nesse caminho da escrita e da literatura. Por isso mesmo, sinto-me na obrigação, não propriamente impositiva, de continuar, porque vou continuar fazendo o que mais gosto de fazer que é escrever e, não vou parar até os meus últimos anos de vida.
        A emoção ficou por conta da homenagem que fiz ao meu querido, amado e segundo filho, Hémerson Modesto, a quem dediquei esse lançamento, em face de tê-lo recentemente perdido e hoje ele certamente é uma estrela cintilante a brilhar numa constelação das mais brilhantes no firmamento. É assim que espero que ele esteja, pela grandiosidade de ser humano que demonstrou e foi, pelo seu brilhantismo enquanto ser humano, em sua curta passagem por esta vida. A emoção da dor esteve, como intermitentemente não para, em meu dilacerado coração e dentro da penumbra de minh’alma; emocionante também, pela presença dos demais filhos, Hélder Modesto, Delsinho Modesto, Patrícia Modesto e Miltinho Modesto Neto, meus netinhos e netinhas, além de meus irmãos Miltinho Modesto, Milvernes Modesto e Maria José Modesto Irmã (Nina), que me deixaram não propriamente alegre, porque não há nada que me faça voltar mais a ter alegria em que poucas foram as vezes que tive o privilégio de desfrutar, mesmo assim foi algo inesquecível em minha vida. Também não poderia registrar a presença de meus primos Emanuel Modesto, seu filho, Walvell Modesto, ex-prefeito Blésman Modesto, Manoel Modesto (Tião do Cartório), suas respectivas esposas, José Altamir Modesto (Mimiu), entre tantos outros familiares, além de um grande público para um dia em que na ocasião existiam várias outras festas de formatura em várias escolas do Município de Buíque e região, mesmo assim, repito, o evento foi além do esperado, o que só me faz agradecer a presença de todos e de todas. Não cito o nome de todas as pessoas, por impossível lembrar e acredito que o texto iria ficar muito extenso, mas levo de coração o agradecimento a cada um e cada uma dos presentes naquela ocasião de sexta-feira próxima passada.
        Agradeço ainda a colaboração dos escritores Leonardo Silva, Paulo Tarciso, Márcia Marina e dos queridos colegas de profissão, os advogados Drs. Pierre, atual presidente da OAB-Arcoverde, a vice-presidente eleita, Dra. Aléxia, aos amigos pessoais Dr. Rivaldo Leal, Dr. William Gusman e a Dra. Annynha, uma advogada jovem, porém muito brilhante e de grande sabedoria. Desculpem-me se esqueci de algum nome, falha de minha memória, mas que agradeço a presença de vocês caros e nobres amigos e amigas. Em especial, apesar de vários outros compromissos que um gestor público assume nesse período, devo agradecer ao Prefeito Arquimedes Valença, que não pode se fazer presente no início do evento, porém chegou por volta das dez horas da noite, mas sua presença foi uma prova de que valoriza o nosso trabalho cultural. Agradeço também aos blogueiros locais e de Arcoverde, que deram ampla cobertura ao evento, Leonardo Silva, Adauto Nilo, Paulo Cézar Cavalcanti, nosso PC e a Barmont. A todos vocês um forte abraço.
        Só posso dizer, que ainda marcado pela presença de público, que acredito ter sido maior do que nos lançamentos de meus quatro trabalhos literários anteriores, há de se perceber que o título desta minha quinta obra literária, é estimulante, induz a indagações, questionamentos, mistérios, busca de alguma coisa inimaginável na vida, porque na realidade em cada um de nós vai sempre existir uma CATADOR DE ILUSÕES. Adquiram a obra que tem 252 páginas e 66 textos em que busco abordar temas os mais variados possíveis, desde causos, crônicas e contos, em que traduzem o cotidiano da vida em suas vicissitudes, suas tragédias, os amores, os sonhos, a realidade e a tragicidade da morte, em que sempre buscamos numa grande interrogação, de onde viemos, o que somos e para onde vamos, será que o Catador de Ilusões vai dar a resposta? - Adquira e leia o livro que você vai se deleitar com uma boa leitura, disso posso garantir a cada um de vocês e, a partir de então, que tirem as suas próprias conclusões em cada viagem que fizer no mundo de imaginação que existe em cada um de nós.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

MIRÓ DA MURIBECA E ISALLE PUENTE, ENGRANDECEM A POESIA POPULAR DO RECIFE E PERNAMBUCANA



       O conhecidíssimo Miró da Muribeca, tão aplaudido como poeta popular da cidade do Recife, é realmente uma grande figura. Vive a vida que ele mesmo escolheu, da forma como quer e entende. Por isso mesmo, é na embriaguês da vida, talvez venha a esquecer das tantas mazelas da pobreza em que vive com sua mãe, no paupérrimo Bairro do Recife, Muribeca, que por isso mesmo faz de improviso, as suas poesias de cunho estritamente social.
        É um poeta do povo, porém adorado pela classe intelectual recifense. Suas poesias, em seus recitais, retratam o dia a dia da favela, do povo pobre e humilde, com o qual divide o seu dia a dia. Miró é povo, reflete o seu sentimento de vida, de condição social, por isso mesmo, é que até mesmo o Teatro Santa Isabel, lhe dá espaço para apresentar suas poesias recitadas, com o sentimento da embriaguês da vida e do ser humano que está dentro de cada um de nós e isso, nos toca no peito.
        A poesia, não é para os insensíveis, mas sim, para quem tem alma, sentimento, sofre na vida, vive amargurado e a tristeza dentro de si e, não necessariamente nessa ordem, mas é justamente quando alguns desses sentimentos mais se manifestam, que surge a poesia, escrita ou falada. Existem até poetas populares que sequer sabem ler, mas são bons na poesia, foram moldadas no intelectivo poético, prova de que, o talento poético não é mister e jamais foi, de quem é letrado, dos possuidores de um canudo, mas que vem dentro da alma de cada um que faz poesia, escrita ou falada.

        Veja aí a plenitude de poesia falada dessa menina que ganhou em São Paulo o prêmio Slam BR, de POESIA FALADA e, para o ano, vai para a França, participar da disputa do mundial. Ela é, como Miró, recifense, certamente, de um estamento social da base e isso, só nos deixa orgulhosos com tamanha façanha, até pela capacidade dela, em decorar e declamar com o sentimento de mundo, uma extensiva poesia que fez em homenagem a Pernambuco e ao povo nordestino, até mesmo, tirando onda do paulista, dizendo em sua declamação, que o paulista, por ser do Sudeste, deveria por isso, ser chamado de “Sudestino” e de que, lá também não estudam geografia, porque não sabem que no Nordeste existem nove estados e, pediu respeito, por nos chamaram de paraibanos, quando na realidade, somos nordestinos, temos muito para mostrar, principalmente Pernambuco, que tem Capiba, Chico Science, Manuel Bandeira, Mombojó, e tantos outros talentos e intelectuais, que o resto do Brasil certamente quereria ter, no entanto não tem e isso, nos deixa, por sermos pernambucanos e nordestinos, extremamente envaidecidos. Parabéns Miró da Muribeca e a jovem, Isabella Puente. Vocês são o máximo na poesia popular de nossa gente e aparecem por merecer!

terça-feira, 21 de novembro de 2017

DE ALGUMA FORMA, A NOSSA PALAVRA EM FAVOR DE NOSSA CULTURA, PELO VISTO, ALGO VEM SURGINDO NO HORIZONTE, EMBORA LENTAMENTE


      Nos que fazemos cultura, sabemos das dificuldades que é, sensibilizar a população, principalmente a iniciativa privada e os detentores do poder público, para que se voltem para o desenvolvimento cultural de nossa terra. Falar de cultura é fácil, agora, fazer, é que é o nó da questão. Há muito que eu mesmo, e falo de mim com propriedade, que venho batendo nessa tecla do desenvolvimento cultural de Buíque. Muitos sempre fizeram ouvidos de mercador e ainda fazem. Muita gente não está nem aí, mas pelo visto, se dá para sentir, que parte das próprias pessoas, está despertando para esse lado, porque o vetor propulsor da cultura, quando ninguém não está nem aí, tem que ser as próprias pessoas, com os próprios recursos que podem contar.
  Um dos grandes alavancadores de nossa cultura, indubitavelmente, é o SESC-LER BUÍQUE, que mesmo com pouca frequência de público, sempre vem promovendo eventos culturais de valoração da cultura popular tanto de próprio lugar, quanto de cunho nacional. Também nesse campo, nunca deixa de patrocinar por conta própria, oficinas de vários segmentos cultuais, a exemplo de cursos de poesias, cordel, literatura e um dos últimos, foi o de dramaturgia, do qual participei. O SESC-LER, foi um dos grandes enfrentantes de incentivo do desenvolvimento da cultura de nossa terra, restando, porém, participação maior de nossa juventude, de adultos e até mesmo de idosos, para um melhor aprendizado da vida e de nossos valores culturais. Na década de 70, aqui fundei um jornalzinho na Escola Duque de Caxias, feito artesanalmente, em máquina de papel estêncil (quem lembra) e, nas décadas de 80 para 90, fundei o Jornal a VOZ DE BUÍQUE, mas nunca deixei, mesmo fazendo política, de bater nessa tecla de defender nossa cultura e, pelo visto, algo vem surgindo nesse horizonte.
      A Escola Técnica Estadual Cyl Gallindo, vem desenvolvendo para a juventude na fase de ensino médio, grandes e importantes cursos para a nossa juventude, não deixando de ser, um fator de importância salutar para preparar valores na área técnica, a nível de ensino médio, para colocar no campo de trabalho muitos jovens de nosso município e região. A escola foi montada numa estrutura espetacular, que nada deixa a desejar em similares de grandes centros de ensinamento de nosso estado e do país. Existe uma estrutura fenomenal. Só para se ter uma ideia, já está na fase embrionária a criação de uma televisão via internet, para justamente, mostrar através dos próprios alunos, o que é deveras importante, os valores culturais de nossa gente e de nossa terra e isso, só vem mesmo a engrandecer a nossa cultura.

    Estão de parabéns, o SESC-LER BUÍQUE e a Escola Técnica Estadual Jornalista Cyl Gallindo. Que continuem a fazer, e muito mais, o que puderem para o desenvolvimento de nossa terra, coisa que sempre venho defendendo desde tenra idade, mas somente com uma voz uníssona, isolada, mas que, agora, outros movimentos culturais, principalmente depois que cheguei, junto com outros companheiros, a fundar em 23.10.2014, a ACADEMIA BUÍQUE DE LETRAS E DAS ARTES – ABLA, que, apesar do pouco que fizemos durante esse curto lapso de tempo, acredito que foi outro elo importante que vem despertando aos poucos, a nossa gente, sobretudo nossa juventude, para o desenvolvimento de nossa cultura, porque nada mais importante que o conhecimento de um povo, para que venha a se libertar e poder ganhar asas para voos solos, esta é a realidade que antevejo daqui para a frente. 

domingo, 15 de outubro de 2017

OFICINAS DO SESC PELO BRASIL EM BUÍQUE


     Estou fazendo mais uma oficina patrocinada pelo SESC-LER de Buíque, dessa vez, sobre dramaturgia. Tendo sempre participado desses eventos de ensinamentos culturais promovidos por essa instituição privada, mantida pelo comércio nacional, que de certa forma, embora de curta duração, cada uma dessas oficinas sempre deixa algo a mais no aprendizado de cada um dos participantes, o que é deveras gratificante.
     Acredito que já participei de umas cinco dessas oficinas, que vem desde literatura, cordel, leitura, como escrever um livro e agora, sobre dramaturgia, iniciado no dia de ontem (sábado à noite), a partir das sete horas. Veio um professor da área, escritor, dramaturgo e roteirista, especialmente para proferir a oficina que vai se prolongar até o dia 17 deste mês (terça-feira), em que nos dará algumas dicas de como formar uma dramaturgia através de um roteiro escrito, encenação e interpretação. É mais um nicho, com toda certeza, de aprendizado para minha pessoa.
       Infelizmente, não só aqui em nossa terra, mas em praticamente todos os lugares, as pessoas, apesar de se ter uma oportunidade, mesmo mínima que seja, de aumentar ainda mais o conhecimento da gente e isso, não sensibiliza nem parte da população, tampouco da estudantada e se fica limitado a menos de dez pessoas cada uma dessas oficinas das quais tenho participado, o que é lamentável do ponto de vista da falta de interesse de nosso povo em querer aumentar um pouco mais os seus conhecimentos em algumas áreas de saber da humanidade, daí que, hoje temos cada vez mais uma multiplicação de mentalidades distorcidas, que sequer aprender a interpretar e perceber o que está acontecendo ao seu derredor, o que é intrigante, sobretudo no estágio político deplorável com o qual nos defrontamos no momento atual.
     Mesmo assim estamos lá. Eu e mais umas seis pessoas e vou até o fim, como tenho feito nas demais oficinas das quais participei. É lamentável que não tenha mais pessoas interessadas e participantes, até porque, o SESC dispõe de uma professor de artes, que veio do estado de São Paulo, a exemplo de uma outra escritora, alguns meses passados, que veio do Rio Grande do Sul, para ministrar uma oficina de como se estruturar uma escrita, um conto, uma prosa, uma poesia.

    Por isso mesmo é que não vamos deixar de ser eternos alienados e muitos de nossos compatriotas por isso mesmo, tem que bater panelas pela ditadura militar, por ou um de seus títeres nazi-fascistas da vida, que possam vir a representá-los e afundar ainda mais o Brasil, ou por um almofadinha qualquer que nunca fez nada na vida, a não ser gozar a vida em Paris, Estados Unidos, especialmente nos cassinos de jogatina, em Las Vegas, os “dórias” da vida mundana, que sequer sabem ser prefeito da maior cidade da América do Sul e quer se tornar presidente. Então minha gente, enquanto estivermos alheios a tudo e a todos os movimentos cultuais, nunca se vai sair desse atoleiro de areia movediça em que o Brasil se encontra. E viva o SESC pelas suas iniciativas culturais!

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

SEREI SEMPRE REPETITIVO E INSISTENTE: PRECISAMOS COLOCAR NOSSA CULTURA PARA FUNCIONAR ATRAVÉS DA NOSSA ACADEMIA BUIQUESE DE LETRAS E DAS ARTES, A NOSSA ABLA


     Ora minha gente, fundei uma instituição privada, porém de caráter associativo e público, isto quer dizer, com a participação de quem quiser e se enquadrar dentro das exigências para participar, de um organismo com o intuito de justamente de desenvolver, descobrir, estimular e contribuir com o nosso desenvolvimento de a nossa rica cultura.
     A Academia Buiquense de Letras e das Artes – ABLA, foi fundada em 23 de outubro de 2014, isto é, há quase três anos de existência e, a bem da verdade, não fizemos absolutamente quase nada, não por inércia da atual diretoria, mas porque não tivemos as devidas condições de recursos financeiros, nem dos próprios academicistas associados, tampouco da sociedade civil ou dos poderes públicos. Elaboramos projetos, tentamos nos credenciar na FUNDARPE, porém sem sucesso. Fizemos alguns projetos durante esse tempo, um deles com maior destaque foi o CULTURA NA FEIRA E NOS BAIRROS, que ganhou notoriedade tanto aqui em nosso município, quanto na região, mesmo assim, não sensibilizou, pelo visto, quem quer que seja. Este ano lançamos o Projeto Cultural BALAIO DA CULTURA, com uma série de atividades, porém da mesma forma, não tivemos ajuda alguma. Então minha gente, ou a gente se une, se mobiliza, ou então é melhor deixar tudo pra lá, mas mesmo assim, como sou insistente, vou continuar mexendo nesse vespeiro para ver se pelo menos, a gente nesse restinho de ano, consegue no mínimo promover parte daquilo que havíamos planejado para este ano. Outro problema que nos prejudicou em parte, se bem que, foi uma das coisas boas para todos nós, foi o período invernoso, que não houvera existido há quase seis anos.
     Não estamos com a nossa ABLA, querendo concorrer com outros organismos culturais oficiais de forma alguma, que tem o seu papel público, bem maior do que o de nossa ACADEMIA, que é o de cuidar das letras e das artes, além, claro, de outros segmentos culturais, porém estamos para somar e não dividir, pelo bem de nossa terra, pelo desenvolvimento de nossa cultura e arte, que são tão profícuas e ricas, que poderá com toda certeza ajudar com o nosso desenvolvimento, tanto na área de formação cultural, quanto economicamente falando, a partir do momento que vai com certeza colocar uma parcela ligada à cultura, no mercado de trabalho e, portanto, produzindo economia para a nossa municipalidade. Então temos as melhores das intenções.
   O que queríamos não era tudo o que fizemos no projeto apresentado não senhor!, mas apenas, pelo menos uma ajuda para cada evento que havíamos programado para este ano, nada mais que isto. Queremos também, que o poder público, venha a nos ajudar com uma sede, para que assim, a nossa ACADEMIA que já existe juridicamente, poder vir a existir realmente, fisicamente, de fato, quer dizer, de fato e de direito, é esse nosso objetivo maior. Nunca usei o que faço para pedir votos, até porque, não usei a ABLA em campanhas políticas de quem quer que seja, e jamais farei isso, porque uma instituição desse porte, tem que em primeiro lugar levar o pensamento em favor de todo o segmento cultural de nossa edilidade buiquense e não somente, para uma determinada e seletiva parcela da comunidade, afinal de contas, a cultura é de domínio de toda a nossa sociedade.

      Esta é a razão pela qual, dirijo-me ao Sr. Prefeito do Município, que nos dê, por mínima que seja, uma ajuda para que possamos implementar alguns de nossos projetos culturais e que pelo menos, nos consiga um prédio para o regular funcionamento de nossa ABLA, é só isso que queremos, já que, existem duas leis municipais que dizem ser nossa ACADEMIA também de interesse público e patrimônio cultural de nosso Município. Então nada mais justo do que uma pequena ajuda para que possamos concretizar alguns de nossos projetos. É só isso que queremos. Contribuir com a nossa cultura, independemente de qualquer querela política de quem quer que seja. Nosso lema será sempre a nossa cultura, a nossa ABLA.

sábado, 24 de junho de 2017

NO MEU TEMPO DE SÃO JOÃO


   Nos meus tempos de criança, adorava essa época de festa de São João, São Pedro e até de Santo Antônio. Minha mãe, fazia a fogueira em homenagem a todos esses santos. Não propriamente com o propósito de festanças, mas sim, pela devoção do credo religioso católico do qual ela era fervorosa praticante. No meu pouco entendimento de mundo e de vida, não ligava muito para essa questão de religiosidade, mas sim, para deglutir as guloseimas que ela fazia, a exemplo de canjica, pamonha, umbuzada, bolos de mandioca, de milho e outras iguarias próprias da época, para se deglutir ao derredor da fogueira, além, claro, do milho assado na hora. Era tudo maravilhoso em nossa simplicidade de vida, mas era resumido a isso o meu São João.
    Já em idade mais adulta, depois que voltei de São Paulo, porque lá não é igual aqui em Buíque, mas fazem um tal de um quentão, entre outras coisas, mas não tem o nosso gosto nordestino de verdade e fica tudo insosso e sem o menor sentido. São João bom, é o nosso mesmo, principalmente o de minha juventude, onde sempre gostei nos lugares onde morei, como Pesqueira, Arcoverde, Recife e por último, depois de ter nascido e vivido parte de minha infância, Buíque, onde fiquei em definitivo, ainda solteiro, o que gostava mesmo era entrar na farra para valer. Gostava de tomar umas e outras com os camaradas e farrar pra valer. Aí sim, era o meu São João de verdade. Senão me engano, eram praticamente umas nove noites, com parque de diversões, barracas no centro da cidade e festas no Mercado Público e, depois de certo tempo, no Clube Municipal.
    Era o meu São João de verdade que hoje já não existe mais com àquele saber junino de verdade. Não somente aqui em Buíque, mas em qualquer parte do nordeste, pelo menos na maioria das cidades. Algumas fazem os seus maga-são joões, a exemplo de Caruaru e Campina Grande, mas aí é coisa para turista ver, para se movimentar a economia e não com o verdadeiro espírito da autêntica festa junina, mas nesses polos, mesmo comerciais, ainda se preserva pelo menos um pouco daquelas músicas tradicionais juninas, de alguma cultura do verdadeiro São João.
  Na verdade, tudo na vida mudou. O São João também. Tudo evoluiu de acordo com os tempos e os gostos que a sociedade consumista vai colocando em prática. O São João de Buíque hoje se resume ao São Pedro, assim mesmo, a característica musical não tem nada de nordestina, mas são sinais dos tempos e e, infelizmente, é disso que a moçada gosta e nos temos que de certa forma, nos curvar à vontade deles, se bem que, uma parte deveria ter também a cara da gente que ainda não fomos para o outro lado da vida e ainda estamos vivinhos da silva, e bem que poderíamos ter um pouco do sabor daquilo que no passado um dia vivemos. Manter viva a cultura daquilo que se viveu, tem que fazer parte da vida, da história, senão como é que nossos pósteros irão saber como foi a vida dos antepassados de cada um?

quarta-feira, 31 de maio de 2017

A EMOÇÃO DE ESCREVER E DE ESCREVER MAIS UM LIVRO


   Sem nenhum demérito para ninguém, mas não me faço de rogado e no geral, sempre gosto de dizer o que estou fazendo e o que faço. Não quero com isso ser um amostrado, tampouco melhor do que ninguém, mas apenas sendo transparente e informando aos poucos que me leem sobre as minhas atividades literárias ou profissionais. Nunca fui de esconder nada de ninguém, a não ser questões de sigilo e confidências de minha militância como advogado ou na condição de algum cargo que venha a ocupar no poder público, porque aí, é uma questão de compromisso e a gente tem que manter o compromisso e a fidelidade para quem a gente está prestando os nossos serviços e isso, é uma obrigação para mim. Quanto à minha vida privada, sempre foi um livro aberto. Não faço às escondidas. Se erro ou não, o faço abertamente e todos tem conhecimento de que sempre foi a minha vida, um verdadeiro livro aberto, muito embora, isso não tenha tido o real valor para muita gente, o que para mim, pouco importa ou até sim, desde que venha a me trazer certas aflições no decurso de minha vida, mas do resto, quero mesmo é que se exploda!
   Claro, que certos segredos, a gente sempre vai manter a sete chaves e nunca ninguém terá conhecimento, porque vai para sete palmos para sempre com a gente, porque nem tudo, claro, a gente pode dar conhecimento público, porque existem particularidades na vida da gente, que só a nós mesmos é que interessa e a mais ninguém. Agora, quando a gente parte para a imaginação, se pode criar até aonde nossa mente criativa pode imaginar, mas aí, é o campo de domínio da criatividade de quem nasceu com esse dom, porque não é um privilégio de muitos, mas sim, de uma seleta plêiade de pessoas especiais que tem o poder para mexer com a letras, as palavras e a partir daí, criar dentro das limitações de até aonde sua mente lhe vem a dar aso.
   No momento, não faço segredo para ninguém. Estou escrevendo um romance e, como já o disse nas redes sociais, à mão, na base da caneta esferográfica, porque antes, vinha escrevendo somente no computador, o que não tira o foco daquilo a que nos propomos a escrever e criar em termos de escrita, mas uma coisa voltei a redescobrir, que escrevendo à mão, o sentimento que vem da mente, a mim me parece, que volta mais emocionante, sensitivo e flui da mente para à sua mão, com um poder de criatividade que vem realmente de dentro de sua alma. É como se fora algo bem  mais forte do que você de frente da tela de seu computador. É uma volta ao passado, em que a gente só tinha um caderno e um lápis para escrever, ou então uma caneta tinteiro, que foi minha primeira caneta de uso para escrever à tinha. Depois veio a caneta esferográfica e aí, a coisa facilitou muito, mas ainda conheço uma minoria de pessoas, que ainda fazem uso de uma caneta tinteiro, porque não se habituaram aos tempos modernos e outros até, que esconjuram um computador, preferindo a máquina de escrever, que foi meu instrumento de trabalho e de uso por longos anos.
   Mas digo com sinceridade, o que estou escrevendo neste momento, é um romance, onde estou me focando não num cenário paroquial, mas sim, num bem mais amplo, universal e que engloba temas de vida que muitos pessoas vivem em toda a face de planeta, mas só posso adiante, que será um romance muito emocionante do início ao fim. Estou já com o quarto capítulo pronto, mas vou escrever até aonde minha mente criativa me der o poder de criar e de desenvolver minha ideias de sentimento de meus personagens e do mundo que estou criando, dentro de um misto de realidade, que sempre está presente em tudo que na vida escrevemos.     

domingo, 21 de maio de 2017

UMA ESTRANHA NO NINHO (Em homenagem à escritora Débora Ferraz)


    Meu objetivo, após haver sido convidado, era fazer uma oficina literária. Pois bem, fiquei meio temerário e duvidoso, sobre o que poder-se-ia aprender numa oficina desse porte, em tão pouco espaço de tempo (uma semana), aqui nesses rincões de Buíque, ministrada por uma pessoa que vinha de uma longa distância (Porto Alegre), após percorrer, pegando duas pontes aéreas, entre uma capital e outra, até percorrer outro longo percurso de carro, para, finalmente, vir a chegar em Buíque. Pois bem. Não tinha lá muita expectativa não! – Sei lá, fazer uma oficina de literatura, já à essa altura do campeonato de minha vida, não era coisa que se encaixaria muito bem para mim, porém não me fiz de rogado, déia meia volta, e retornei ao ao meninote cheio de sonhos e de sede de aprender, que nunca se desgrudou de mim e, no primeiro dia, no local indicado, para lá me dirigi, meio acanhado e apreensivo.
    Subi a escada, em passos lentos, porque meu peso já não me dar maior liberdade para ser mais rápido e cheguei ao topo. Porta de entrada de sala da oficina, aberta, entrei, dei boa noite e eis que, me deparei de cara com uma “moiçola”, de uma feição de magreza, não como a de um modelo, mas aceitável para nossos padrões, de estatura em torno de 1,75, talvez, ou menos um pouco, cabelos longos, porém se debruçando sobre os ombros meio assanhados, rosto de feição magra, óculos um pouco maior do que o seu próprio rosto, porém que cabiam bem na compleição de seu perfil de uma bela mulher. Era de uma beleza um tanto, a princípio, dotada de uma timidez singular, incontida em si mesma, que dar-se-ia até para indagar: será que essa menina sabe de alguma coisa, porque pela aparência, poderia ter pouco mais de trinta anos, ou até menos, mas que deveria ser dessa faixa etária mesma. A princípio, não dei muita credibilidade, porque, indagava de dentro de meu próprio ego: será que essa menina, vai dar conta do recado? – Bem, respondia comigo mesmo! – É, deve dar, porque se ela é de Porto Alegre, escritora que se sobressaiu através de um prêmio de literatura do SESC e de revelação de escritores novos em São Paulo, a menina deve ser boa mesmo. Nesse meio termo, fui procurando me acomodar, sentei-me logo na primeira fila, como sempre o fiz desde que me iniciei no aprender das primeiras letras e ela começou a se apresentar. Pois bem, primeiramente, disse ela, que ouviu nos carros de som, que ela não era riograndense do sul, ou gaúcha, para, depois, emendar: É, venderam a vocês, gato por lebre, porque na realidade, eu estou radicada em Porto Alegre, mas sou de Serra Talhada, em Pernambuco, fiz jornalismo em João Pessoa, onde morei determinado tempo, participei de alguns jornais, depois fui para o Rio Grande do Sul, onde estou morando até hoje, fazendo um curso de mestrado na PUCRS, dentro de minha área. Não foi com essas palavras que ela transmitiu, mas o sentido, acredito que tenha sido mais ou menos esse. Disse também, que a sua fixação em escrever, vinha desde tenra idade, treze anos de idade, coisa inédita, quando foi descoberta já escrevendo alguma coisa na sua escola, lá em sua Serra Talhada, onde era conhecida, como a filha de Seu....., não estou lembrado, mas ela disse que assim ficou conhecida em sua terra e de que, seu sonho maior, era dar saltos mais altos e assim se fez, está uma grande escritoria em construção.
    No decorrer da oficina, mais pessoas foram aparecendo, não tanto quanto a gente gostaria, mas sabem como é, nesse campo literário, é uma porta, que não se abre para todos ou nem muitas pessoas estas aptas a se quedarem pelos caminhos da literatura. A partir do momento com àquela sua voz meio baixa, às vezes até, quase inaudível, porém firme, clara, bem falante, português fluente, ela foi desenvolvendo o que se propôs a nos transmitir e praticamente, se tornou uma maestrina regendo uma pequena orquestra, em que o objetivo principal, pontualmente, era justamente nos transmitir princípios básicos de bem desenvolver, tecnicamente, uma boa história em prosa, quer seja conto, crônica ou um romance, mas a sua lição, as explicações, que não se cansava educadamente de repetir, foram bem explícitas e de fácil compreensão, razão pela qual, ficou mais uma lição em minha vida e sinto-me honrado em ter participado dessa oficina e de ter conhecido mais uma pessoa de rara importância e beleza d’alma em minha vida.

      Por isso mesmo Débora Ferraz, embora você tenha vindo como uma “Estranha no Ninho”, é que fiz questão de escrever este conto, em homenagem a você, dizendo que como escritora que és, e com essa vontade de transmitir um pouco de tua sabedoria a outras pessoas que também, tenham o foco nas letras e nas artes, com certeza estarás cumprindo nesta vida, uma nobre missão, principalmente, Quando Deus Não Está Olhando, mas que, de certa forma, com toda certeza, a nobreza da qual tu és parte, foi tudo de bom e positivo que ficou em sua estada em nossa terra, ministrando essa curta oficina de poesias. Gostaria um dia, que minha terra, fosse um celeiro literário. Venho tentando isso com muito carinho e há muito tempo, mas quem sabe um dia, Deus não abrirá os olhos para mim também!

sábado, 20 de maio de 2017

OFICINA LITERÁRIA MINISTRATA PELA ESCRITORA DE PORTO ALEGRE, EM BUÍQUE, PATROCINADA PELO SESC.


   O SESC-LER de Buíque, como de resto, de todo o Brasil, tem realizado um excelente trabalho em favor da educação e da cultura. Esta semana que terminou no dia de ontem, foi realizada uma Oficina de Literatura, para novos escritores, ministrada pela escritora de Porto Alegre, Débora Ferraz, que teve muito proveito para os participantes. O tempo, evidentemente, foi curtíssimo, mas com simplicidade, objetividade e uma linguagem bem compreensiva, a escritora deu o seu recado e, os participantes, com toda certeza, tiveram grande proveito e algo de positivo ficou plantado na mente de quem quer se propor nesse caminho de construir  histórias através da palavra.
  De acordo com o que pude pesquisar, a escritora Débora Laís Ferraz dos Santos, na verdade, como ela mesma já houvera falado na oficina, é natural de Serra Talhada, em Pernambuco, tendo se mudado para João Pessoa, em 2001, onde veio a se formar em jornalismo pela Universidade Federal da Paraíba, em 2009. Escreveu seu primeiro livro, Os anjos, em 2003. O conto O filhote de terremoto, finalista do Prêmio SESC de Contos Machado de Assis em 2012, foi adaptado para o cinema no curta-metragem Catástrofe (2012), dirigido por Gian Orsini. A escritora venceu o Prêmio SESC de 2014 com seu primeiro romance, Enquanto Deus não está olhando.O livro foi vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura de 2015 na categoria autor estreante (menos de 40 anos). Atualmente mora em Porto Alegre (RS), onde cursa doutorado em escrita criativa pela PUCRS. (fonte Wilkipídia). Pelo visto, a gente realmente, e isso ficou demonstrado, estava lidando com uma pessoa bem maior do que a sua estatura franzina, de rosto magro, cabelos longos, um pouco assanhado, óculos maior do que o seu rosto meio afunilado, mas uma mulher de uma simples e rara beleza. É assim que pude ver a escritora Débora Ferraz.
    Ela realmente, do início ao fim da oficina, embora de curta duração, demonstrou muita desenvoltura e raro poder perceptivo de conhecimento, de domínio, sobre o que estava passando para nós, porque nos proporcionou momentos que vão ficar em nossas mentes como lições salutares para quem quer se propor a melhorar o manejo das letras na arte de bem escrever e estruturar uma história simples, de conteúdo e de melhor compreensão para o leitor. Na verdade, é como ela mesma disse, a gente deve sempre buscar escrever o que o leitor possa chegar a se prender no desenrolar da trama que se colocar em qualquer história, quer seja um romance, um conto ou qualquer tipo de prosa que venha a ser. O importante é que o que a gente vier a escrever, possa prender o leitor e fazê-lo entender a mensagem que se passa no desenvolver da história que se escreveu ou se estruturou passo à passo. 
   Estão de parabéns o SESC, pela iniciativa e a escritora "riograndense do Sul", que na verdade é de Serra Talhada, pelos bons momentos nos proporcionaodos.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

GENTE, VAMOS LEVANTAR NOSSA CULTURA, MOSTRAR NOSSO POTENCIAL, NOSSA INTELIGÊNCIA!


   Confesso com toda sinceridade do mundo, que de há muito tempo venho me batendo para ver a nossa cultura crescer, aparecer e ser valorizada. Minha maior frustração todo esse peleja, é chegar a triste conclusão, do que praticamente nada do que sempre busquei atingir, cheguei a lugar algum ou, se alcancei alguma coisa, não deu para perceber, tamanho o descaso com que a gente é tratado quando se dedica a uma causa em que pouco interesse tem despertado em nossa população. Afinal de contas, que Buíque é esse que não liga para praticamente porra nenhuma, caceta?
    É isso mesmo, só nos resta ficar pê da vida com uma coisa dessas, em que a gente busca alcançar algo, não propriamente para nós mesmos, mas sim, para beneficiar toda uma parcela da população, que está aí disponível, sem fazer nada, tem talento, é inteligente, no entretanto, por mais que se queira despertar ninguém está nem aí, porra! - É da gente se arretar mesmo, caceta! - Não dá para assistir a tudo isso de forma passível, e ver resultado quase nenhum por parte de nossa população. Isso é decepcionante e frustrante, é essa a conclusão que chego. Ainda bem que se pode contar com um grupo de pessoas que a gente conta no dedo, entretanto, mesmo assim, existem muitos que misturam as coisas, principalmente na política e aí é que a coisa que a gente está desenvolvendo, desanda mesmo!
     Esse é nosso Buíque letárgico, insosso, parado, que pelo visto não quer porra nenhuma com o seu futuro. Sua população, por mais que cresça, da mesma forma, as dificuldades de sobrevivência, ainda assim, não vejo quase ninguém se mexendo para melhorar as condições de vida e o avanço de libertação desse povo, que está completamente alienado. Muitos que tem uma ajuda do bolsa-família, do seguro-safra e outras ajudas sociais governamentais, pelo visto, só esperam que isso caia do céu e mais nada, poxa! - Quem já viu gente alheia a tudo assim, hein!
    Digo sinceramente, decepciono-me com tudo isso que tenho presenciado ao longo de minha vida em que busquei mais me dedicar a Buíque, do que propriamente a mim mesmo, apesar de não me arrepender de tudo que busquei fazer, entretanto, se o tempo volvesse, buscaria fazer tudo diferente, porque acredito, que talvez não tenha utilizado os meios e as ferramentas corretas, mesmo assim, ainda vou continuar na minha labutar para ver se pelo menos, posso deixar um referencial para que venha a ser lembrado e adormecido num futuro distante, quem sabe, porque a minha parte, tenho plena certeza, de que fiz. Se não melhor, pelo menos foi o mínimo que pude fazer.   

domingo, 9 de abril de 2017

GENTE VAMOS FAZER UM "ESFORÇOZINHO" E LER MAIS UM POUCO!


   Ora, minha gente, se o povo de um modo geral, já não tinha o hábito de ler, com a televisão, a internet e seus mecanismos, ferramentas em celulares e em computadores, como facebook, twitter, instagran, watsApp, entre outros aplicativos que possibilitam a comunicação ao vivo, a leitura se já não era muito atrativa, está ficando cada vez mais de lado, mas não sabe quem muito se prende à internet, o que está perdendo, quando se vê de frente com um livro físico, o sente nas mãos e vai adentrando no mistério que traduz cada palavra, cada frase, cada estrofe, cada capítulo, que à medida que se vai fazendo a sua própria viagem em determinada leitura, você no seu imaginário, vai criando o seu próprio mundo. É assim que a leitura possibilita o ser humano ao conhecimento, ao aprofundamente deste e a passar de certa forma, a compreender o mundo e a nossa própria vida.
   Não é fácil não, quando a gente se dedica praticamente todos os dias a escrever uma matéria, um conto, uma poesia, uma frase e sequer aparece alguém para ler, ou então, quando aparece, é só um número de pessoas que chega mesmo a frustrar quem produz o texto literário ou produz alguma coisa no campo da cultura. É triste não se ver valorizado, muito menos, não lido quando você escreve alguma coisa, algum texto de conteúdo, de interesse geral, e poucos são os leitores que aparecem para ler o seu texto. Realmente isso nos deixa frustrados e decepcionados, mesmo assim, não nos tiram a garra de continuar escrevendo e buscando ao máximo possível, ser o mais criativo que se pode nos textos literários que produzimos. 
     Só para se ter uma ideia, de acordo com estudo realizado pelo NOP World Culture Score Index, para  medir hábitos de mídia em 30 países, o Brasil se classificou na 27ª posição no ranking de leitura, à frente apenas de Tawian, Japão e Coréia. A pesquisa mostrou que o brasileiro dedica, em média, apenas 5 horas e doze minutos por semana para a leitura de livros. A pesquisa ainda mostrou que a preferência nacional é ver televisão (18 horas e 15 minutos) e ouvir rádio (17 horas semanais). Outro fator que não é de surpreender ninguém, é o de que, o brasileiro tem um apetite pela internet, em que se gasta em média 10 horas e 30 minutos semanais navegando com fins não profissionais, o que nos coloca na nona posição do ranking mundial.       
   Outro fator surpreendente, é que, os venezuelanos e argentinos, são os melhores classificados na leitura, na América do Sul, destacando-se a Venezuela no 14º do ranking e a Argentina, no 18º lugar, com 6 horas e vinte e quatro minutos e 5 horas e cinquentga minutos de leitura semanal, respectivamente. De conformidade ainda com esse estudo do NOP World, o troféu vai para a Índia, que são os que dedicam mais horas por semana de leitura de livros. O tempo médio semanal de leitura na Índia é 1 hora e trinta minutos maior do que a segunda colocada do ranking, a Tailândia. Os indianos utilizam 10 horas e quarenta e dois minutos de seu tempo semanal para a leitura de livros; os tailandeses, 9 horas e vinte e quatro minutos, sem levar em consideração, que o segundo lugar vai para a China, razão pela qual, esses países vem adquirindo índices incríveis de desenvolvimento.
    Logo minha gente, não é puxando brasa para a nossa sardinha não senhor, mas a leitura é muito importante para o conhecimento e aperfeiçoamento do próprio ser humano. Quem não tem a habitualidade de ler, pode observar que é uma pessoa geralmente alheia a tudo que lhe acontece em volta do mundo, e não demonstra ter conhecimento algum sobre qualquer assunto que se coloca em discussão. Então minha gente, vamos fazer um "esforçozionho" e ler mais um pouco, não propriamente o meu texto, mas de quem escrever qualquer texto, desde que seja interessante e chame a sua atenção. Que vamos colocar mãos à obra na leitura, minha gente!      

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

DEVEMOS NOS MOBILIZAR PARA MOVIMENTAR A CULTURA BUIQUENSE, PARA QUE ELA CRESÇA, APAREÇA E DÊ OPORTUNIDADE AOS NOSSOS ARTISTAS, ESSE É UM DOS OBJETIVOS MAIORES DA NOSSA ACADEMIA DE LETRAS E DAS ARTES - ABLA


   Fundei a ACADEMIA BUIQUENSE DE LETRAS E DAS ARTES - ABLA, em 23 de outubro de 2014, juntamente com um grupo de amigos ligados à cultura buiquense, no recinto da Câmara de Vereadores de local. A partir desse momento, buscamos implementar uma série de projetos culturais a partir de 2015.
   Inciamos com o projeto Cultura na Feira e nos Bairros, onde buscamos levar iniciativas em que nos mentores e fazedores das letras e das artes buiquenses, pudéssemos levar o contato cultural diretamente ao povo mais humilde e mais simples. Tínhamos como meta levar também, aos distritos e povoados esse projeto, mas infelizmente, não tivemos apoio do poder público e, o que esperávamos da iniciativa privada de nosso empresariado comercial e de alguns populares, foi muito pouco ou quase nada, porque a bem da verdade, cultura nunca foi a essência para nossa terra, uma de suas prioridades, que poderá despertar o artista que existe dentro de muitos talentos, além de também, se agregar uma fonte de emprego e renda, mas infelizmente isso não chegou a acontecer, mesmo assim, fomos em frente, fizemos o que pudemos e esperamos ano que vem, fervilhar de verdade o caldeirão cultural buiquense. Nesse diapadão, ainda conseguimos arrancar uma, reconhecendo nossa Academia como entidade de interesse público, o que já é uma iniciativa para que essa iniciativa se volte para a nossa cultura com outro olhar.
    Além desse projeto Cultura na Feira e nos Bairros, foi feita uma campanha de doação de livros para formação de nossa biblioteca, foi proposta através de ofícios, se fazer apresentações e palestras de cunho culturais nas escolas públicas, mas pelo visto, todas as diretoras fizeram ouvidos de mercadores e resposta alguma obtivemos. Nossa meta também, com o mestre Eudes França (Mutuka), era implantar uma escolinha de música, para ensinar música, praticamente gratuitamente, para jovens e adultos, mas o projeto sequer chegou a sair do papel. Outra meta nossa era formarmos um Coral da ABLA e uma pequena Orquestra Acadêmica com os próprios músicos saídos da escolinha, mas também, ficou somente na intenção, no papel, mas vamos insistir com tudo isso, ano que vem, podem acreditar.
    A cultura é importante para um povo de tal maneira, que lembrando de suas reminiscências de infância, o Vice-Presidente da ABLA, Paulo Tarciso, fez um documentário contando a história do palhaço de Alagoinha, Piniculino e, semana passada, fez a apresentação naquela cidade e foi um estrondoso sucesso. Embora sem o apoio cultural nem mesmo da cidade do artista que ainda está vivo, porém em avançada idade, mesmo assim, ele e sua família estiveram presentes ao evento em sua homenagem. Agora vejam bem, o amigo Paulo Tarciso, fez essa justa homenagem ao palhaço Piniculino, pelo fato desse palhaço, ter povoado a sua mente quando ainda em tenra idade e por isso mesmo, se tornou um fã dele, porque quando de seu circo, sempre vinha para Buíque e por esssas bandas, chegava a ficar até mesmo por até trinta dias. Por isso mesmo, dentro de seu imaginário, ele e seu circo, ficaram gravados em sua mente, razão pela qual, da merecida homenagem, sem sequer ter tido ajuda alguma, nem mesmo dos conterrâneos de Piniculino, que nunca imaginaram homenagear o seu filho ilustre, embora palhaço, mas que fez muitas gente sorrir, ficar em estado de êxtase de alegria com as suas palhaçadas. Parabenizo ao nosso Vice-Presidente e, na medida do possível, por que não fazermos o mesmo com figuras que se destacaram no mundo artístico, cultural, político e social de nossa própria terra. É isso que temos que fazer. Temos que reconstruir tijolo por tijolo, a nossa própria história, que na verdade, é uma verdaeira colcha de retalhos, em que ninguém sabe aonde teve início o ponto principal.
    Nos temos um vasto leque cultural em nossa terra e, a cada ano que passa,  novos talentos vão surgindo, a exemplo de escritores, pintores, artistas plásticos, feitores de artesanato, danças típicas que poucos conhecem. Temos que valorizar a nossa cultura de raízes. Então minha gente, vamos abraçar a nossa ACADEMIA BUIQUENSE DE LETRAS E DAS ARTES - ABLA e, para o ano vamos colocar o carro nos bois e fazer valer a nossa cultura, que só vem mesmo a fomentar e movimentar a nossa economia, além da descoberta e do incentivo a tantos novos talentos que temos escondidos no armário e que merecem aparecer para o conhecimento de todos. Há de se atentar para o fato de que, em nossa região, Buíque, em termos culturais, é a primeira cidade que funda a sua ACADEMIA DE LETRAS E DAS ARTES, certo minha gente! - Pensem nisso!

sexta-feira, 22 de abril de 2016

FALTA DE CONSIDERAÇÃO E AMIZADE, SÓ DA BOCA PARA FORA, QUE ATÉ MESMO UM COLEGA DA OAB, NÃO É CAPAZ DE ADQUIRIR UM LIVRO PUBLICADO POR UM PRÓPRIO COLEGA E ISSO, É DECEPCIONANTE



     Vivemos em um mundo cheio de falsidades e de falsos “amigos”. Muitos dos que se dizem seu amigo, não o são de verdade, porque na hora que mais você precisa de alguns deles, falham acintosamente, descaradamente e sem a menor cerimônia. O amigo de verdade será sempre seu amigo, tanto nas boas horas, quanto nas ruins, o que é muito difícil de encontrar.
     No decurso de minha vida já tive vários “amigos”, agora mais para serem servidos do que para me servir. Passei por maus bocados no decurso de minha vida, mesmo assim, consegui superá-los, não pela ajuda de quem quer que seja, mas pelos meus próprios desforços do que desses tipos de pessoas que se dizem amigas, mas somente para tirar proveito do sujeito quando precisam da gente, esta é a verdade.
         Sempre contei mesmo nos momentos difíceis, foi com minha própria família, meus irmãos e meus filhos, porque quanto aos demais, fizeram vista grossa. Um dos momentos mais difíceis que passei na vida, foi quando tive, eu e minha família, que migrarmos para São Paulo e naquela ocasião, não teve ninguém para nos acudir, ajudar, porque fomos tangidos praticamente pelas dificuldades e depois que meu pai levou seis tiros, quase à queima roupa, em frente ao Mercado Público de Buíque, em 1963, e por sorte, não foi atingido por nenhum, o que de certa forma, para não gerar uma vingança na base do olho por olho, dente por dente, se resolveu então todos irmos para àquele infernos dos quengos, São Paulo, que para mim, foi uma das piores fases pela qual já passei em toda minha vida. Lá também, claro, não deixou de se tirar uma lição de vida, para edificar, estrutura melhor a formação moral, social e intelectual de todos nós.
     Vejam vocês, só à título de exemplo, que como gosto de escrever, sou “metido” a escritor e, quem escreve, quer ver o seu trabalho publicado e apreciado pelas pessoas. Quando se tem um nome projetado no cenário nacional, facilmente você esgota com facilidade um edição de dez vinte mil livros, mas na nossa condição de figuras pardas da escrita, se chegar esgotar uma tiragem de 500 livros, já se fez grande coisa. Pois bem, para isso, a gente tem que sair por aí mendigando, não implorando, que não sou de implorar nada a seu ninguém, mas saio sempre a oferecer o meu último trabalho às pessoas conhecidas. Muitas delas compram com prazer, outras com uma certa má vontade e algumas até, a gente percebe, que adquire o nosso trabalho por quase como se fora uma obrigação, o que na verdade não é isso que a gente quer. O que se quer de verdade, é que, quem se adquire o trabalho ou meu ou de qualquer outro colega que vive na mesma peleja, é o fato de que, quem o adquirir, que o aprecie, o leia e possa até fazer uma análise crítica desse trabalho, que isso é sempre envaidecedor para nós que escrevermos e é assim, que gostaríamos que fosse.
    Ora, publiquei o meu terceiro livro de cunho jurídico e ultimamente, o primeiro de poesias, deixei lá na sede da OAB, Sub-Seccional de Arcoverde e, ao passar por lá esta semana, percebi que de dez exemplares que deixei de meu último livro, nenhum deles havia sido adquirido por algum dos colegas advogados inscritos em nossa Sub-Seccional, o que me deixou triste e frustrado com a minha própria classe. Não que ninguém venha a ser obrigado a adquirir trabalho literário algum de nós, que na condição de advogados, também escrevemos, mas achei uma grande falta de consideração dos próprios colegas de classe, o fato de sequer um de meus livros, alguém tenha o adquirido, o que representa para mim, uma falta de consideração e de respeito. Pô, não adquirir um livro, de apenas R$ 30,00, de um colega de profissão, então minha gente, convenhamos, não passam mesmo de meros e distantes colegas, incapazes até, de ajudar alguém quando de uma precisão mais ampla. Até covardia existe nessa classe, em que a gente tem mesmo é que se decepcionar em pertencer a ela, porque são incapazes de ser amigo um do outro e isso, me deixa profundamente decepcionado, mas deixa estar, se fosse um livro de um Paulo Coelho, garanto que muitos comprariam, mas como se trata de Manoel Modesto, Dr. Dalton, Paulo Tarciso, ninguém dá a menor importância, o que só vem a comprovar a falta de união da classe, afinal o que representa essa merreca para um advogado ou advogada, hem minha gente? Só tenho mesmo a dizer, que me sinto decepcionado com tamanha desconsideração de minha própria classe, esta é a verdade que estava entalada em minha garganta e que, próprio ou inapropriado, queria externar para todos os que me conhecem ou não.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

NA LEITURA, FAZEMOS VIAGENS FANTÁSTICAS, CRIANOS CENÁRIOS E PERSONAGENS IMAGINÁRIAS, SEM SAIRMOS DO LUGAR. NÃO EXISTE DESCULPA PARA NÃO LER.



         Como já disse noutra oportunidade, minha habitualidade de ler, a adquirir desde tenra idade, lendo as famosas histórias em quadrinhos – HQ’s. Mesmo desenhos rabiscados com nuvens de textos, mesmo assim sempre me emocionei lendo os mais diversos gibis, que englobavam vários heróis de minha infância, adolescência e parte de minha vida adulta, logo no início do clarear da manhã. Ao longo do decurso de minha vida, foi que lendo entre um livro e outro, deixei os gibis e entrei de cabeça nos livros, coisa que ainda faça já entrando no seu ocaso.
         À princípio, quem é iniciante, com toda certeza vai sentir muita dificuldade em ficar preso a um texto, em muitos casos, desmotivador no começo, mas que, à medida que a gente vai entrando em meados da história, quer de uma narrativa real, imaginária, fictícia, ou até mesmo um livro biográfico de alguém, é que a gente vai cada vez mais mergulhando nos mistérios de cada história ou de uma realidade, que buscamos colocar na mente uma viagem imaginária, cenários como bem a gente entende em visualizá-los e personagens que na cabeça do autor, pode ter sido criadas de uma forma psicológica e aparências, mas que no nosso, a gente o faz parecer consoante vamos interpretando o que estamos lendo. É realmente emocionante uma boa leitura.
         A poesia, que também sempre foi um hábito de minha vida, desde os mesmos tenros anos de idade, retrata uma realidade, uma criação imaginária ou fictícia da mesma forma, só que, ao invés da narrativa em prova, é escrita em versos, quer soltos, livres ou metrificados, mesmo assim, cada poesia bem escrita, retrata uma história, um momento vivenciado ou imaginado por quem a escreveu. É também uma beleza indescritível ler uma boa e bela poesia.
         Acredito que minha vida sem leitura, não é por completa, não teria razão de ser e, como consequência, a arte de escrever, que bem ou mal, sempre vou nessa tempestade da teimosia de sempre escrever sobre o mundo objetivamente, ou mesmo de meus mais puros sentimentos, que podem ser de uma beleza, alegria, decepção, frustração vividas, ou de qualquer fato observado na realidade de minha visão objetiva de ver as coisas, o mundo, que tem que ter, claro, um toque de minha formação e de minha personalidade. Quem escreve, podem observar, tem o seu próprio estilo, adquirido no decurso da arte do uso da pena e do meu próprio “livre pensa, é só pensar”. É assim que vai fluindo todos os dias esses inúmeros textos que tenho escrito neste meu Blog, além dos que já escrevi em jornais, nos quais ainda escrevo, principalmente no Jornal de Arcoverde e procuro nunca repetir a mesma narrativa, embora dentro de meu próprio estilo, sempre solto frases ou palavras já inseridas noutros textos, mas procuro sempre levantar um assunto, uma nova temática poética e assim vou levando a minha vida, buscando fazer desta, uma arte de ler e escrever.
         Por isso mesmo é que aconselho a todos a lerem, porque a leitura pode não ser o remédio principal para o complemento do que falta na alma de alguém, mas posso garantir com toda certeza, que pode ser um grande elo primordial entre o ser,o sentir e o fazer. Leiam, experimentem e se libertem e façam as suas viagens imaginárias como bem entenderem.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

MEUS LIVROS PUBLICADOS E O MEU ÚLTIMO LIVRO DE POESIAS



     Quando a gente escreve um livro, não o faz especificamente para si mesmo, mas sim, pelo gosto de escrever e claro, na medida do possível, para um determinado público alvo. Não se espera com isso agradar gregos e troianos, muito menos a todos os buiquenses, que em parte, pouco hábito de leitura se tem, mas bem que poderia ao menos dar um pouco mais de valor aos que são daqui, que de uma certa maneira ou de outra, estão contribuindo para o desenvolvimento cultural e do embasamento de conhecimento de nossa gente buiquense.
    Há de se reconhecer as dificuldades de se produzir cultura. Até parece que o fazemos assim isoladamente, porque não se tem apoio nem do poder público, do privado e grande parte do povo não está nem aí para o trabalho que a gente produz e muitos torcem até o nariz para nós mesmos. Sinceramente, quanta demonstração de insensatez, de falta de pelo menos um pouco de conhecimento, de apreço, por quem produz cultura em nossa terra. Claro que ninguém busca o estrelato, mas pelo menos o reconhecimento pelo que se busca ou buscamos fazer em termos de valorar nossa própria terra, que ainda espero vê-la no topo de uma das cidades mais elevadas no pódio da cultura pernambucana.
    Sentimo-nos por vezes tristonhos com essa característica do povo buiquense, que acredito não ser tão-somente daqui de nossa terra. Noutros lugares, acontece o mesmo. Mas nem por isso vou desistir de continuar escrevendo, publicando na medida do possível o meu trabalho, que talvez um dia, quem sabe, a gente ainda possa vir a ter o devido reconhecimento, embora tardiamente, o que para mim, não me interessaria em hipótese alguma. Acaso venha a ter algum reconhecimento, que o seja em vida. Quanto a essa insensatez de nossa gente, isso me deixa realmente decepcionado com grande maioria absoluta do nosso povo que não está nem aí. Digo isso aos brados, porque não sou de dizer que tudo está uma maravilha, quando o caminho aponta o contrário. Sinceramente, ou os mais de 50 mil habitantes são realmente analfabetos funcionais, ou então, ninguém quer saber de leitura de jeito nenhum. Acredito que ambos. Nem mesmo professores, alunos, estão comprometidos com esse hábito, o que seria perfeitamente saudável e importante à medida que, houvesse o reconhecimento de que a leitura enobrece engrandece o ser humano, e o faz ver o mundo com uma outra visão. Não estou aqui, puxando a sardinha para minha brasa, mas existem muitos escritores famosos que bem mereciam ser lidos, não propriamente a mim mesmo; não os que fazem arte e letras em Buíque, mas tantos outros escritores e artistas que existem por este mundão afora e que precisam ser lidos, entretanto, se houvesse mais visão por parte de quem em tese, faz educação e cultura, era para valorizar primeiramente as pratas da casa, esta é a verdade, fique com raiva ou chateado(a) quem bem entender, mas a verdade tem que ser dita.
    Os demais daqui mesmo que fazem cultura, assim como eu, tem os mesmos pontos de vista coincidentes, porque é assim que somos tratados até mesmo pelos nossos. A gente percebe a pouca vontade de muitos em ajudarem, quando vai oferecer um trabalho nosso a alguém e percebe, uma certa indiferença, uma dosagem de má vontade, de ironia até, para adquirir um de nossos trabalhos, que em muitos casos, sequer abre o livro ou chegar a ler uma página sequer, o que nos deixa mesmos decepcionados. Pior é que, quando se dá como oferta um de nossos trabalhos publicados, aí sim, é que ninguém ler mesmo, porque como é um livro dado, de um escritor de Buíque, quem tem interesse em ler coisíssima alguma, hem? – Gente, não estou pedindo, tampouco mendingando, mas temos todo o direito de exigir que sejamos valorizados principalmente pelos nossos, antes de que o sejamos lá fora, como de fato o sou e outros colegas que fazem cultura.
    Por isso mesmo minha gente, não estou desabafando, tampouco pedindo clemência a ninguém, porque isso não faz parte de mim. Leia meu trabalho quem quiser e o faça livremente; o ler e o apreciar ou não, da mesma forma, quem bem entender, mas não deixarei jamais ou desanimarei do meu hábito de escrever, porque isso faz parte de mim, de minha formação de ser humano. Muitos tem os seus hábitos. O meu é leitura, escrever e tenho orgulho, ao ter um meu trabalho publicado. Agora, a gente se sente com uma ponta de orgulho quando alguém faz alguma observação de um trabalho nosso, mesmo que seja de forma crítica, mas o importante é se perceber que existem algumas pessoas que ainda se dão ao trabalho, ou ao prazer de ler o que escrevo, ou dos que são daqui de Buíque, também o fazem da mesma forma que eu venho fazendo. Neste Blog mesmo, já tenho uma média de quase 2,5 mil publicações, desde que o coloquei na internet. Sei que só o acessa quem realmente gosta de uma boa leitura, porque tenho aversão em escrever sobre as atrocidades do dia a dia, porém os fatos mais importantes da vida, da sociedade como um todo, e que nos servem de lição e para o lastreamento de conhecimento e de cultura de cada pessoa, aí sim, gosto de escrever sobre tais assuntos, principalmente dos dramas, tragédias e do cotidiano social no qual estamos inseridos no nosso caminhar nesta vida. Minha visão de mundo e todo o meu trabalho, tem como base, o criticismo filosófico de ver o mundo, pois foi assim que fui forjado para à luta nesta vida.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

ESCOLAS DE ARTES FAZEM REVOLUÇÃO CULTURAL EM SERTÂNIA, UM EXEMPLO A SER SEGUIDO POR OUTROS MUNICÍPIOS



UM EXEMPLO A SER SEGUIDO POR OUTROS MUNICÍPIOS

 120 CRIANÇAS, ADOLESCENTES, JOVENS, ADULTOS E IDOSOS APRENDEM ARTE NUM CENTRO DE FORMAÇÃO ARTÍSTICA.

                               Por Gilberto Sousa

      Aprender uma arte traz muitas vantagens na vida de um ser humano. Desde o desenvolvimento sensorial até a melhora do convívio, proporcionando mais harmonia e melhor comunicação em suas relações, entre muitos outros benefícios. Foi pensando nisto que a Prefeitura de Sertânia , através da Secretaria de Juventude, Esporte, Cultura e Turismo (SEJECT) vem fazendo um belo trabalho através das Escolas de Artes, que juntas formam um espécie de Centro de Formação Artística, instalado no Prédio da Antiga Estação ferroviária, que também sedia a secretaria. A iniciativa vem obtendo aplausos da comunidade e despertando os olhos de admiração da região do sertão.
      De acordo com Secretário João Henrique Lúcio, um jovem de 30 anos, que é músico saxofonista e professor universitário, no local funciona a Escola de Sanfona, a Escola de Teatro, a Escola de Dança, a Escola de Violão, a Escola de bateria e a Escola de Música. Ao todo são 120 alunos, entre crianças, adolescentes, jovens , adultos e idosos, assistem aulas teóricas e práticas. “Aqui temos alunos de 8 a 80 anos”, diz  entusiasmado João Lúcio. Muitos deles são aproveitados nos grupos que foram criados pela Secretaria , para realizar apresentações na cidade e outras localidades circunvizinhas, arrancando aplausos por onde passam, projetando o nome de Sertânia lá fora.
     Para o escritor Luiz Pinheiro Filho, presidente da ACORDES- Associação Cultural de Sertânia, As escolas de artes de Sertânia estão promovendo uma revolução cultural na cidade, uma vez que ocupam as pessoas de comunidades carentes com arte, melhorando a autoestima, evitando que sejam alvos fáceis do contato com drogas, desenvolvendo talentos, revelando vocações e formando novos artistas. “Tudo isto aqui promove inclusão social através da cultura. É Um lazer sadio e significativo para quem frequenta aqui”, define Luiz Pinheiro.
     Já para o poeta e compositor Josessandro Andrade, Coordenador da SAPECAS- Sociedade dos Poetas, Escritores, Compositores e Artistas de Sertânia, as Escolas de Arte também promovem o resgate da identidade cultural e artística dos sertanienses como povo. “Aqui tem vasto material sobre a obra de Francisquinho, como grande compositor e maestro que foi, além dos artistas que passaram por suas mãos e a história da Orquestra Marajoara. Ambos são na verdade a gênese de nossa formação musical. Também tem muita coisa de Elisabeth Freire e informalmente de nossos escritores cujo conhecimento de professores aqui é compartilhado com os alunos”. Explica Josessandro.
Escola de Sanfona Lula Sanfoneiro
A Escola de Sanfona
É do povo uma conquista
Nas teclas do acordeon
Se lapida o artista
E os novos sanfoneiros
Fazem da terra viveiros
Prá vida encher nossa vista
A música encanta, transmite confiança e segurança emocional e ajuda a criança e o ser humano em geral a ganhar mais independência em suas atividades
     A Escola de Sanfona Lula Sanfoneiro fundada em 2013, possui 30 alunos que assistem as aulas ministradas pelo diretor –professor Lula Sanfoneiro, Luiz Neves, que já foi conhecido também como Lula do Acordeon. Além das aulas, há o grupo de alunos que realiza apresentações, sob a batuta de Luiz. Entre inúmeras apresentações realizadas  destacam-se a do Festival de Sanfona Viva Dominguinhos , em Garanhuns-PE, da Caminhada do Forró em Arcoverde -PE, da Semana Estudantil de Artes de Sertânia, do Lançamento do Livro “O Pasmoso e astuto Cão do Piutá”, do escritor sertaniense Marcos Cordeiro. “Recentemente fomos convidados por Joquinha Gonzaga, sobrinho do Rei do Baião Luiz Gonzaga, para tocarmos no Parque Asa Branca, em Exu, no Festival Luiz Gonzaga. Nós íamos, pena que o festival foi cancelado”. Disse Luiz Sanfoneiro.
      Um outro grande acontecimento foi a apresentação no Desfile de 7 de setembro de 2015 em Sertânia. “Inovamos o desfile colocando a escola de Sanfona. Foram cerca de trinta sanfoneiros na avenida tocando em harmonia, um espetáculo que encheu os olhos de quem assistiu”, afirma com orgulho João Lúcio, o músico que é o secretário de cultura da cidade.  Alguns alunos já rumam à profissionalização. É o caso de Lucas Cordeiro, que já toca em algumas bandas da cidade como Aquarela do Sertão (criada por ele, com nome em homeagem ao seu avô-o poeta e compositor Waldemar Cordeiro) e Forró Pathouly, além de acompanhar o cantor Chico Arruda. Recentemente Lucas foi aprovado para estudar  no Conservatório Pernambucano de Música. Outra é Jeisiane Almeida, uma adolescente, que costuma receber convites para apresentações solo em escolas, eventos culturais e arraiais juninos. Há casos  especiais que comprovam a valia social  da Escola de Sanfona, como os de idosos como o Sr.José Rufino da Silva, de 67 anos  , de meninas como Thainá      , de 12   anos  e Niel, portador de síndrome de down. “Aqui incluímos e proporcionamos oportunidades a todos”, declarou o Secretário João Lúcio.
Escola de Dança Elisabeth Freire
Elisabete já foi
Mas deixou uma semente
Que aqui é preservada
Com a força da nossa gente
E nesta Escola de dança
Que o jovem e a criança
Vê o mundo diferente
Quando Elisabeth Freire faleceu em 2012 todos pensaram que o seu Grupo de Danças Folclóricas iria acabar. Uma história de mais de 25 anos de trajetória, que colecionara passagens por festivais internacionais de Danças em Passo Fundo – RS, Farroupilha- RS, Olimpia –SP, Teresina –PI e Curitba-PR , (nesta ai apresentando-se na famosa Ópera de Arame)Estaria sendo sepultada? A resposta veio com o tempo, pois em 2013 foi criada a Escola de Dança  Elisabete Freire, que hoje conta com 30 alunos, com o objetivo de preservar e difundir o legado de Elisabete e o seu Grupo de Dança. As atividades foram retomadas e foi convidado o coreógrafo Léo para assumir a função de Diretor- Professor.  Os alunos tem aulas teóricas e práticas de Danças folclóricas como frevo, coco de roda, ciranda, maracatu, caboclinho, folia de reis, folguedo junino e samba. Parte dos alunos , aqueles que evoluem mais formam o elenco do Grupo de Danças folclóricas Elisabete Freire, que assim teve sequência em sua história.
       O Grupo da Escola de Dança vem fazendo bastante sucesso em diversas cidades da região, inclusive em estados vizinhos como Paraíba e Rio Grande do Norte, tendo apresentado-se em Festivais de Passa e Fica- RN e  São Gonçalo- RN. Aonde vai, O grupo segue a missão de dona Elisabete Freire, que além de ensinar danças aos meninos das comunidades carentes de Sertânia, abrindo perspectivas de vida para eles através da arte, levava a bandeira sertaniense, divulgando lá fora uma imagem positiva de nossa terra, como cidade de cultura, de alegria e de encanto.
Escola de Teatro Liu Pinheiro
Dona Liu Pinheiro foi
flor da fina caridade
também a inteligência
toda sensiblidade
sendo uma grande chama
 e mais a primeira dama
do Teatro da cidade
     O Teatro é uma arte em que  conhecermos os sentimentos humanos e os vários tipos de personalidades.  Através dele também podemos exercitar a capacidade de expressão corporal, De reeducação da voz e da respiração, além de contribuir para superação da timidez e desenvolvimento da oralidade. Consciente disto foi criada em 2013 a Escola Municipal de Teatro, que através inicialmente do diretor teatral Flávio Magalhães e atualmente por meio do Teatrólogo Wilton Augusto, desenvolve um curso de iniciação teatral formando alunos dentro das noções básicas de Artes Cênicas. Além da Encenação em 2013 do Auto do Sertão, Espetáculo de Natal, os atores participam também da Paixão do Sertão e montam um recital-performático sobre Sertânia, encenado na Semana Estudantil de Artes, durante aniversário da cidade. No dia internacional do Teatro foi realizado um seminário sobre a história de teatro sertaniense. Também na Escola Municipal de Teatro surgiu o embrião para o Espetáculo Musical “Cantigas de Sertão para voar”.
    Liu Pinheiro, que dá nome a escola, foi atriz e mentora do Grêmio Teatral Arthur Azevedo, precursor do Teatro em Sertânia, nos anos 1940, poetisa e compositora, sendo avò do cantor e compositor André Pinheiro.
Escola de Violão
Dona Socorro Arruda
Esposa de Zé Bernardo
A mãe de Chico Arruda
De João e de Ricardo
Prá Escola de Violão
Outro nome não tem não
Como mãe e vó de Bardo
    Quando o Secretário João Lúcio assumiu a SEJECT em 2013 tratou logo de dar um impulso maior a Escola de Violão, pelo fato da mesma ter grande procura. Este impulso vem tendo retorno, pois a mesma, dirigida por Cieldes Brasiliano, vem trazendo Grandes resultados. São 60 alunos aprendendo as técnicas básicas de execução de violão , cavaquinho e contra-baixo. Alguns são selecionados para compor o Grupo da Escola Batizado de “Feijão com Tudo”. O talentoso e carismático Grupo vem crescendo a cada apresentação e inspirando muitos outras crianças , jovens e adultos a procurar a Escola Municipal de Violão, que tem o nome De Dona Socorro Arruda, professora , mãe de Chico Arruda, grande nome da música sertaniense e um exímio violonista.
      Além de apresentações em escolas, o Grupo Feijão com tudo, da Escola de violão de Sertânia apresentou-se este ano no Festival de Inverno de Garanhuns-PE, Representando o sertão e divulgando o nome de Sertânia pras seletas plateias de um dos
Eventos culturais mais importantes do Nordeste brasileiro.
Escola de Bateria
Coquinho tem história
No universo da magia
Em música e carnaval
Faz seus rastros de alegria
Por isto é o professor
Na Escola de Bateria
   Bateria é um instrumento musical dos mais importantes e charmosos. Dá a quem o executa uma incrível noção de ritmo.  A Escola Municipal de Bateria tem atualmente dez alunos que recebem aulas de Coquinho, um dos melhores ritmistas da Orquestra Marajoara. Os alunos costumam se apresentar  no Grupo Feijão Com tudo e na Banda Municipal Sebas Mariano. “Bateria é um instrumento apaixonante. E as oportunidades no mercado de trabalho são muitas.”, afirma Coquinho.
Escola de Música Demétrio Dias Araujo
Os acordes e compassos
Que bailam na harmonia
Cá na Escola de música
Em sessões de sinfonia
É como se sussurrasse
Que aqui ressuscitasse
Seu Demétrio todo dia

     A Escola Municipal de Música Demetrio Dias Araujo, foi criada quando Josessandro Andrade foi Diretor do então Departamento Municipal de Cultura. Na época o mesmo elaborou projeto para o Ministério da Cultura e Sertânia foi contemplada com instrumentos musicais para então reativar a Banda Municipal Sebas Mariano. Um dos primeiros alunos na época foi o hoje secretário João Lúcio.
   A Escola Municipal de Música atualmente é coordenada por Terciomar, músico profissional, com vasta experiência em regência de bandas. A mesma tem realizado apresentações em ocasiões  solenes e quando convidada nas cidades vizinhas.
Estação Ferroviária
   A SEJECT-  Secretaria de Juventude, Esporte,  Cultura de Sertânia está Sediada no Prédio da Antiga Estação Ferroviária de Sertânia, edificada e inaugurada em 1933. Nela funcionam as Escolas municipais de  artes que mostramos nesta reportagem.  Ela pertence ao Conjunto arquitetônico da Rede Ferroviária Federal, do qual faz parte também  um conglomerado de três galpões, onde num deles funciona o Armazém das Artes, espaço gerido pela Associação dos Artesões de Sertânia, que comercializam ali peças e obras de artes. Em reportagem do Jornal do Commercio, Sertânia foi apontada
Com uma das cidades que melhor aproveita o Patrimônio da rede ferroviária, apesar de no ano de 2001 ter sido construído uma Escola Municipal e   em 2007 uma praça de alimentação, em locais que acabaram por descaracterizar o Conjunto arquitetônico da Rede Ferroviária.
    Entusiasmado com a repercussão e os resultados do trabalho, o secretário João Lúcio vibra com o engajamento e o protagonismo dos jovens e adolescentes em muitas destas atividades. “Quando assumimos em 2013, encontramos a Casa da Juventude fechada e não havia condição de funcionamento. Então aos poucos, com as condições que tínhamos, fomos formando, com criatividade,  o nosso Centro Jovem, onde os jovens e adolescentes tem lazer sadio, ficam longe dos vícios e de más influências, aprendem uma arte e tomam um banho de cultura, conhecem a história e os artistas da cidade e tem oportunidade prá seu futuro podendo desenvolver uma profissão com mão-de-obra qualificada prá o mercado de trabalho”, destaca João Lúcio. “ Ao divulgarem o nome de Sertânia lá fora a auto-estima deles Vai lá prá cima , assim como a da própria população da cidade. No final, todo mundo ganha”, enumera Lúcio.
    Para o prefeito de Sertânia Guga Lins, Dar oportunidades de arte e cultura para as pessoas em geral tem sido um compromisso de sua gestão. “Apesar da escassez de recursos, Procurarmos fazer a nossa parte. Nosso Secretário João Lúcio com sua equipe, junto aos artistas e amigos da Cultura também tem contribuído muito com os esforços e projetos.”, finalizou  o prefeito. A  Secretaria de Cultura de Sertânia recebeu o prêmio Destaque Regional pela sua atuação no campo cultural.
OS NÚMEROS
DADOS GERAIS
03 Escolas de artes foram criadas (Sanfona, Dança e Teatro)
03 Escolas foram mantidas e incrementadas ( Violão, Música e Bateria)
PRÊMIOS
Prêmio Destaque Gestão de Cultura
Trofeu  V Festival  de  Cultura Passa e fica –RN
Trofeu  I Festival do Folclore de São Gonçalo do Amarante -RN
PARTICIPAÇÕES
Festival de Inverno de Garanhuns –PE
Festival Viva Dominguinhos – Garanhuns-PE
IV Caminhada do Forró – Arcoverde-PE
.25ª Semana Estudantil de Artes de Sertânia-PE
 26ª Semana Estudantil de Artes de Sertânia-PE
NOTA: Os Versos que ilustram esta reportagem são de autoria do Poeta Josessandro Andrade.