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quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

MIRÓ DA MURIBECA E ISALLE PUENTE, ENGRANDECEM A POESIA POPULAR DO RECIFE E PERNAMBUCANA



       O conhecidíssimo Miró da Muribeca, tão aplaudido como poeta popular da cidade do Recife, é realmente uma grande figura. Vive a vida que ele mesmo escolheu, da forma como quer e entende. Por isso mesmo, é na embriaguês da vida, talvez venha a esquecer das tantas mazelas da pobreza em que vive com sua mãe, no paupérrimo Bairro do Recife, Muribeca, que por isso mesmo faz de improviso, as suas poesias de cunho estritamente social.
        É um poeta do povo, porém adorado pela classe intelectual recifense. Suas poesias, em seus recitais, retratam o dia a dia da favela, do povo pobre e humilde, com o qual divide o seu dia a dia. Miró é povo, reflete o seu sentimento de vida, de condição social, por isso mesmo, é que até mesmo o Teatro Santa Isabel, lhe dá espaço para apresentar suas poesias recitadas, com o sentimento da embriaguês da vida e do ser humano que está dentro de cada um de nós e isso, nos toca no peito.
        A poesia, não é para os insensíveis, mas sim, para quem tem alma, sentimento, sofre na vida, vive amargurado e a tristeza dentro de si e, não necessariamente nessa ordem, mas é justamente quando alguns desses sentimentos mais se manifestam, que surge a poesia, escrita ou falada. Existem até poetas populares que sequer sabem ler, mas são bons na poesia, foram moldadas no intelectivo poético, prova de que, o talento poético não é mister e jamais foi, de quem é letrado, dos possuidores de um canudo, mas que vem dentro da alma de cada um que faz poesia, escrita ou falada.

        Veja aí a plenitude de poesia falada dessa menina que ganhou em São Paulo o prêmio Slam BR, de POESIA FALADA e, para o ano, vai para a França, participar da disputa do mundial. Ela é, como Miró, recifense, certamente, de um estamento social da base e isso, só nos deixa orgulhosos com tamanha façanha, até pela capacidade dela, em decorar e declamar com o sentimento de mundo, uma extensiva poesia que fez em homenagem a Pernambuco e ao povo nordestino, até mesmo, tirando onda do paulista, dizendo em sua declamação, que o paulista, por ser do Sudeste, deveria por isso, ser chamado de “Sudestino” e de que, lá também não estudam geografia, porque não sabem que no Nordeste existem nove estados e, pediu respeito, por nos chamaram de paraibanos, quando na realidade, somos nordestinos, temos muito para mostrar, principalmente Pernambuco, que tem Capiba, Chico Science, Manuel Bandeira, Mombojó, e tantos outros talentos e intelectuais, que o resto do Brasil certamente quereria ter, no entanto não tem e isso, nos deixa, por sermos pernambucanos e nordestinos, extremamente envaidecidos. Parabéns Miró da Muribeca e a jovem, Isabella Puente. Vocês são o máximo na poesia popular de nossa gente e aparecem por merecer!

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