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quarta-feira, 25 de julho de 2018

SE FOI MAIS UM GRANDE LUTADOR DA FAMÍLIA MODESTO EM BUÍQUE


        Nesta terça-feira, por volta das seis horas da manhã, veio a falecer no Hospital Memorial Arcoverde, o meu tio, Getúlio Modesto de Albuquerque, filho de uns dos treze filhos de meu avô, Manoel Modesto de Albuquerque. Lembro bem de imagens de minhas infância e adolescência, ainda guardadas em minha memória, de que Getúlio Modesto, quando mais jovem, mesmo não tendo estudado Direito, era um estudioso da matéria. Gostava de ler sobre Direito. Por isso mesmo, ainda chegou, na condição de rábula, como o foi o saudoso Tenente Saturnino, quando em Buíque não existiam praticamente advogados para defender os que precisam de uma defesa na Justiça, esse papel cabia aos que militavam na advocacia, embora não fossem formados, denominados de rábulas. Getúlio, por ser estudioso da matéria, ainda chegou, mesmo a contragosto de alguns membros da justiça, a advogar na condição de rábula, em favor da população mais pobre de Buíque e, por conta disso, houve certa época, acredito que lá por volta da década de final de sessenta até meados da de setenta, em que ele teve que se abrigar no Recife para não vir a sofrer reprimendas. Chegando ao Recife, foi morar no Bairro de São José e lá chegando, integrou-se com os camelôs e chegou a fundar o sindicato dessa categoria de trabalhadores informais, tendo sido o seu primeiro presidente, o que chegou a ser notícia nos jornais de Pernambuco.
        Depois de certo tempo, voltou para Buíque novamente e sempre tinha participação ativa na política local, momento em que, sempre gostava de discursar e defender os seus pontos de vista.
        Um dos fatos mais marcantes em Getúlio Modesto, era o gosto que ele demonstrava ter pela pátria e dos dias festivos de comemorações. Não deixava de se paramentar galhardamente com seus fardamentos, medalhões, bandeiras e quepes apropriados, para render homenagens nos dias de emancipação do nosso Município e nas festividades de sete de setembro. Costumava fazer longos discursos, chegando a montar por conta própria, os seus próprios palanques, porque para ele, ser patriota, render homenagens em tais dias comemorativos, era motivo de honra, de orgulho e disso ele não abria mão.
        Lembro muito bem, das longas “gaitadas” (gargalhadas) quando estavam conversando com meu pai e podia perceber que se tratava de troca de assuntos mais ou menos picantes para a época em que eles viveram e tiveram bons momentos juntos.
        Só posso dizer com muito pesar, que nossa família está diminuindo nas gerações mais antigas e crescendo nas gerações mais novas, porque daquelas, são poucos os que ainda restam, por isso mesmo, nossos encontros dessa importante família em Buíque, não deveria se limitar apenas nesses momentos fúnebres, tristonhos e de último adeus, mas também, naqueles em que a vida pode nos doar alegrias, porque só seremos fortes, uma família tão grande e que tanto representa para nossa terra, se unidos estivermos também em vida.
        Mas em nome de todos os familiares, quero deixar aqui o meu mais sincero adeus ao meu tio Getúlio Modesto, que durante sua vida, algo de bom e positivo deixou de legado para a sua esposa e seu filho, Morzidai Modesto e com certeza também, para nossa terra.

        Nascido em 1942, se vai com apenas setenta e seis anos de idade, porém ninguém quer fazer essa viagem, se faz carregado, seguindo para um jazigo, fazendo a última viagem para se transmutar em mais uma estrela a brilhar no firmamento. Nosso sincero Adeus, meu tio Getúlio Modesto, em nome de todos os familiares. O corpo está sendo velado na Câmara Municipal de Vereadores de Buíque e o seu enterro será às 11h00 no Cemitério local.

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