Não vou aqui pontuar os meus tropeços na
vida, tampouco os erros cometidos. Voltar-me-ei mais para os acertos que
procurei dar neste curto espaço temporal. Se errei, se exagerei, foi buscando
sempre tentar acertar, porém se errei o fiz, não por maldade, mas esperando
tirar um pouco de proveito e alegria desta vida.
Muita gente, de má índole, se prende
mais nos erros que se comete, do que propriamente, naquilo de positivo que
buscarmos fazer com amor, afinco e dedicação nesta porra de vida! – Acaso
alguém olhe ou observe os erros que cometo, então procure olhar para os seus
próprios em primeiro lugar!
Pois bem! – Meus pais, até já entrando
na idade mais adulta, sempre me tratavam como criança, não só a mim, mas
também, aos demais irmãos, isso porque, para eles, a gente nunca cresceu.
Sempre fomos àquelas crianças sempre esperando uma proteção paterna ou materna.
Desse jeito os filhos que tenho, embora
em determinadas circunstância não transpareça, mesmo assim, ainda os trato de
“meus meninos”, porque para quem é pai, não existe tamanho ou idade. No tempo
do meu avô, Mané Modesto, veja a ousadia e a demonstração de imposição de
respeito, que ele sempre buscou dar para os seus filhos, embora tenha tido três
famílias distintas, mesmo assim, não admitia erros dos filhos. Ele podia errar
para valer, mas nos costumes daquela época, ele era o homem, o patriarca e por
isso mesmo, tinha dos filhos, o dever de obediência. Tanto é assim, que certa
feita, deu uma surra em meu pai, já casado, pai de família, na casa de uma
“rapariga”, para cuidar dos filhos e de minha mãe. Veja que ele já era adulto,
pai de família, mas nada disso impediu que meu avô lhe desse umas caçambadas de
cinturão de couro cru. Mas isso em nada mudou a conduta de meu pai. Nunca fui
raparigueiro, mas sou o mais parecido com o meu pai. Ele, que já se foi desde o
ano de 1989, há 29 anos, não tenho o que falar dele, porque nos criou nas
dificuldades da vida, mas nunca deixou de cuidar da gente, ele e,
principalmente minha mãe, Adelaide Alves de Albuquerque, que sempre foi uma
mulher de fala mansa e guerreira, mas era uma fera, quando alguém cismava de
mexer com um de nós. Na verdade, na questão de conduta, eles nos fizeram o
melhor que puderam fazer, porque todos nós somos pessoas de bem e lutamos na
vida, como ainda continuamos, para nos mantermos com honradez, moralidade,
ética, caráter e dignidade pessoal.
Pois bem, do mesmo jeito que meus pais
me criaram, não que vá pegar um cacete e descer a lenha em um de meus filhos,
todos maiores de idade, casados, exceto, o mais novo, Miltinho, isso jamais.
Eles têm que buscar aprenderem com os erros que cometi e cometo, porém com uma
diferença, sempre buscando se moldar, tomar como base em suas condutas de vida,
os exemplos positivos que acredito ter deixado. Agora, aconselhar, claro que
vou fazer a qualquer tempo, quando de minha pessoa, precisarem, de uma palavra
para algum tipo de correção de vida, mesmo que venha a praticar o mesmo erro,
mas não quero de forma alguma que eles cometam os mesmos erros que eu cometi na
vida. Para eles, desejo sempre o melhor de tudo, é isso que espero de meus
filhos e descendentes. E aí, meninos, que acharam! - Agora não mais todos eles,
mas na memória, todos são um só em minha vida, que no seu encurtamento, talvez
alguns anos ainda me restam para cuidar dos demais que ficaram, sem deixar um
só minuto de pensar, de ter na memória o que recentemente se foi para nunca
mais volta. Só nos resta na dor, no sofrimento e numa força maior, buscar nos
consolar.
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