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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

NA QUARTA-FEIRA DE CINZAS, A RESSACA DO QUE PASSOU EM MAIS UM CARNAVAL E SE PEDE A PRESTAÇÃO DE CONAS DO QUE SE GASTOU

Fotos do carnaval de Buíque, no dia de ontem, por volta das 17h30 até às 19h00.

      Para os que caíram na farra, com toda certeza a ressaca pode vir sob duas formas: a física e a moral. A física se manifesta de acordo com o organismo de cada folião e a quantidade de produtos entorpecentes legalizados ou não, ingeridos durante esse período momesco e, a moral, é àquela em que o sujeito, inconscientemente ou em parte com a consciência funcionando em forma de lampejos, vem a saber no outro dia das besteiras, tolices e exageros cometidos. As duas juntas, martelando a cabeça dos farristas a um só tempo, torna ainda maior a ressaca física, desembocando no estresse e depressão que poderá durar mais de três dias. É assim que acontece numa quarta-feira de cinzas em que o ser humano entrou na farra carnavalesca de pés à cabeça e de corpo e alma. O melhor mesmo é buscar amenizar a ressaca física, com uma espécie de coquetel de medicamentos elaborado em uma farmácia qualquer, ou se preciso for, em casos mais graves procurar um posto de saúde ou hospital e, na questão da ressaca psicológica (moral), é procurar fazer de conta que esqueceu de tudo que está no subconsciente, que martela latejante a cabeça, e tudo o que acha ou imaginou que fez e isso só o tempo é que vem aos poucos, apagar, até que outra ressaca venha a aparecer na vida dos boêmios e boêmias da vida.
     No mais, a vida volta à normalidade de sempre e para o mundo cristão vem o período de quaresma, que começa na quarta-feira de Cinzas, e é um tempo forte de conversão, de graça e salvação, depois dos pecados cometidos na festa momesca da carne, para num período de quarenta dias vir a se redimir dos pecados cometidos. Bem, religiosidade à parte, porque esse não é mérito da discussão, mas é assim que funciona no mundo cristão e no judaísmo, as coisas ditas sagradas. Por seu turno também, depois de tanta folia em praticamente todas as partes do Brasil, apesar da crise alardeada aos quatro cantos, a tendência é tudo vir a se normalizar e de certa forma, juntar o que dessa bagaceira restou. O lixo que ficou, quer pecaminoso, luxuriante ou não, mas de tudo fica um pouco, muito ou vem a passar das contas.
     Não tivemos um carnaval como costuma acontecer todos os anos em muitas localidades, mas em Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Recife, esse tipo de festividade anual, foi de arrasar. No Recife, nossa capital, não deixou de ser um grande evento, com a multidão de sempre que carrega o Galo da Madrugada e as tradicionais misturas de ritmos e, em Olinda, grande berço histórico da humanidade, sempre mostra um carnaval especial, alegre e multicultural, principalmente com os nossos valores enraizados na cultura popular desde o período de colonização delineado pela história. O saldo que fica também, é de muitas atrocidades praticadas, mas também, dos amores conquistados, das aventuras furtivas e de uniões desfeitas, como sempre acontece no mundo moderno atual. É assim que caminha a humanidade no momento presente. Então o nosso carnaval não poderia ser diferente.
   Chegando-se mais para próximos de nós mesmos, em nosso interior, muitas cidades desistiram de promover a festa momesca, mas em Buíque, não deixou de ser realizada, apesar de simples, ainda assim, conseguiu trazer alegria para grande parte de nosso povo. O que tem intrigado a muita gente, é o fato de que, apesar de ter sido financiada a festa momesca, por algum recurso conseguido através da EMPETUR, o que mais se ouvia falar era em nome de três pré-candidatáveis a vereadores e no nome do atual gestor, o que por lei é proibido, já que se tratava de uma festa pública e com dinheiro público. Então no mínimo, o que poderia se fazer referência era tão-somente ao nome da instituição financiadora do nosso carnaval, menos de promover alguém que pretende se candidatar e usando de uma festa popular, fazer divulgação do nome, como se foram eles os patrocinadores, o que não é verdade, porque como é que eles teriam, por minguada que tenham sido as atrações, promoverem com recursos próprios, uma festa pública e popular, hem minha gente! - Fato interessante, é não terem incluído nessa festa-gambiarra de última hora, a inclusão da Orquestra Buiquense de Frevo, que todos os anos tem participado de nossos carnavais e esse ritmo musical está no coração de todo e qualquer pernambucano, independentemente da idade e do tempo.
   Então mais uma vez, o que se pede é que, em nome da transparência que nunca houve nessas duas atuais gestões, assim como nas anteriores, é que os responsáveis pela festa, seja o Bloco Semvergonha, ou seja lá o quê, prestem contas de quanto a EMPETUR enviou para a realização dessa festa, quanto se pagou a cada banda que participou, mesmo com nomes estranhos inventados de última hora, e até mesmo pela estrutura montada. Se querem se candidatar, os nomes mais citados desde sábado até o dia de ontem, então que sejam transparentes para poderem ter a divida credibilidade de poder chegar na casa de cada buiquense para poder pedir o voto. É assim que quem é bem intencionado politicamente, tem que agir diante do nosso povo, que tanto precisa e clama por mudanças na forma como a nossa política vem sendo conduzida há longas décadas e sempre é o mesmo chuvisco no molhado de sempre e isso, camaradas, tem que chegar um tempo de acabar de vez.        

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