AS CALÇADAS DO CENTRO DE BUÍQUE SÃO UMA EXTENSÃO DAS CASAS COMERCIAIS

           Se já não bastasse a bagunça que é o trânsito de Buíque, também o povo não tem a menor educação quando e aonde deve o transeunte andar. Andam no meio da rua sem a menor cerimônia, como se não tivese nenhum veículo transitando. Às vezes somos obrigados a parar o carro para não atropelar  um transeunte ou transeuntes, que não estão nem aí para o bagunçado trânsito da cidade, que está mais para a Índia. O pior de tudo são os comerciantes que também têm culpa no cartório, quando empaturram as calçadas públicas com amontoados de seus produtos colocados à mostra para venda. Ora, minha gente, para esses também, a educação não chegou ou se acham donos das calçadas. Na verdade as calçadas são bens de domínio público, para que a população nelas transitem sem atrapalhar o trânsito dos veículos automotores. É algo também que o poder público deve tomar as devidas providências no sentido de proibir o uso das calçadas públicas pelos comerciantes, que de certa forma impedem o povo de nelas transitarem. Outra coisa, está mais do que na hora de se editar um Código de Postura do Município e uma lei específica de proteção ao  patrimônio artístico e cultural do Município, antes que o pouco que se tem seja destruído de uma vez e não tenhamos sequer uma lembrança de nossa história. A casa em que Graciliano Ramos morou em Buíque, sem a menor desfaçatez,  é uma casa comercial o que é um tremendo desrespeito à nossa história, afinal de contas foi nesta terra que o grande escritor alagoano de Quebrangulo, aprendeu as primeiras letras. Outras aberração em Buíque, são as construções irregulares, onde os proprietários de imóveis ferem a arquitetura, ao avançarem horizontalmente nas suas construções, quanto a propriedade de cada um se limita tão-somente à área de cada terreno até o infinito na vertical.