QUEM REALMENTE SOU

Minha foto
BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

FIFI, O VEREADOR DE PESQUEIRA - SAÍDO DO TÚNEL DO TEMPO

Nas duas vezes que morei em Pesqueira, que somadas chega em torno de dez anos, muita gente cheguei a conhecer. Ademir de Souza, o popular "Fifi", foi uma delas. Vinculado antes à esquerda do professor Souza do PT, William Pôrto, que apesar de esquerdista ferrenho de mesa-de-bar, nunca esteve filiado a partido político nenhum, Zé Carlos da gráfica, sempre esquerdista exacerbado e radical, advogado Geraldo Rolin, que foi barbaramente assassinado, Pe. Osvaldo, Joaci Galindo, Rita Marlene, Alex, entre outros e o popular Fifi, que não tinha uma ideologia política definida, mesmo assim vivia vinculado a esse grupo, que por incrível que pareça, nunca chegou a eleger sequer um vereador em Pesqueira. Por alguma razão que desconheço, Fifi se desligou desse grupo e procurou se aliar ao grupo reacionário do PFL, chegando então, a se candidatar a vereador pelo lado de João Leite, que  veio a se eleger prefeito de Pesqueira pelo PFL. A disputa de eleição de João Leite, se deu na década de 80 e, depois de concluir o seu mandato, veio a falecer. O ineditismo de tudo isso, era o folclorismo da candidatura de "Fifi", que em seus discursos de tão engraçados, só fazia com que o povo achasse graça dos seus jargões, que se não me falha a memória, era assim: "ruim por ruim, vote em Fifi", tinha outro mais, nos finais de suas falas, que terminava num soar avolumado num ressoar de: Vote em "Fi-Fiiiiiiiiiiiiiiiiiii!, como se nunca fosse terminar. Fifi foi uma das pessoas que de certa forma fizeram parte de minha história de vida, assim como as pessoas que conheci na velha Pesqueira secular, que hoje a chamo "terra das chaminés desativadas", pois só foi mesmo o que sobrou da terra de uma pujante agroindústria que chegou a florescer a todo vapor e hoje, o que sobrou foi só as chaminés que não expelem fumaça e  uma periferia urbana pobre e muita violência. Se não me engano, o que sobrou também, foi o apito da peixe para indicar a hora de entrada, do almoço e de saída dos trabalhadores da Fábrica Peixe, porque a área onde existiu o funcionamento dessa importante indústria pesqueirense e pernambucana, foi instalada a feira-livre de rua de Pesqueira, bem como outros órgãos da administração pública municipal. Essa foto da campanha de candidato a vereador do camarada "Fifi", a encontrei no meio dos meus livros, assim como por acaso e resolvi fazer essas ilações do passado recente em que vivi na também conhecida Atenas do Sertão, pelo seu vasto acervo cultural de homens cultos que fizeram a sua história.

Nenhum comentário: