Ainda pobre menino
Nas ruas de um Buíque chinfrim
Andava atônito sem destino
Sem ter começo, meio nem fim.
Andei pela vida afora
São Paulo, Recife e Pesqueira
Mas com todas lições vejo agora
Que ainda sou o pobre menino de outrora.
Sozinho abandonado
Como quem deixado de tudo
E o pior mesmo neste mundo,
É por quem amo, esperzinhado.
É como o livro da vida abrir
E as cicatrizes voltar a sangrar
De novo machucar e ferir
Sem que as feridas tenham tempo de sarar.
Quem me dera a um só tempo
Pedir por um só momento
A Deus, ao firmamento
Encontrar minha fortaleza e juramento.
Como peregrino sem rumo
Sem destino vou andando
Em busca do mundo, do sonho
Esquecido, sozinho e tristonho...
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