1. - Dezenove das eminências pardas da Assembléia Legislativa de Pernambuco, foram veranear em Santa Catarina, a pretexto de irem participar de um Congresso de Deputados Estaduais sobre a questão da discussão da reforma política. Balela, tudo não passa mesmo de balela, porque de nada vai adiantar essa inócua discussão sobre reforma política no plano nacional. O que eles vão fazer mesmo é usufruir da beleza daquele Estado nessa época de inverno, para curtirem um inverno de clima europeu, tomar um bom vinho ou uisque, certamente com boas companhias, quanto ao resto, o erário público é quem vai arcar com toda essa gandaia. Da nossa região foram os neófitos, Claudiano Martins Filho e Júlio Cavalcanti, que não poderiam faltar a esse importante Congresso, afinal de contas, marinheiros de primeira viagem, tem muita a contribuir com a "discussão da reforma política".
2. - Ora, se até agora, a nível de Congresso Nacional, essa dita reforma política ainda não saiu do zero, o que vai adiantar congresso de deputados estaduais para discutir a matéria, hem? - É na realidade só mais um pretexto que arrumam para se gastar dinheiro público, esta é a verdade. Ademais trata-se de uma matéria extremamente política, em que os políticos que já são financiados com verba pública, querem de vez incluir na legalidade o financiamento público de campanhas, o que se afigura uma vergonha deslavada. Se é para mudar e trocar seis por meia dúzia, melhor ficar com o seis que já se conhece.
3. - Volto a tocar na tecla, por qual razão, eles que foram para Santa Catarina, não discutem a possibilidade de acabar com câmaras de vereadores, substituindo-as por um Conselho de Homens Probos, eleitos pelo povo e sem a percepção de subsídios, hem? - Por que não discutem a redução à metade das Assembléias Legislativas de todos os Estados da Federação e da mesma forma, do Congresso Nacional, dos deputados federais e senadores. Para que manter a parasitagem de quase seiscentos deputados federais e de quase cem senadores, hem? - Se é para se discutir nesse dito Congresso, discutam coisas sérias que tenham interesse reais para o povo brasileiro, pô! - Acredito que numa verdadeira reforma política, essa discussão seria de muita valia e com certeza muito dinheiro público iria sobrar para se investir na caótica saúde brasileira, na pífia educação com resultados poucos qualitativos e vergonhosos e para muitas outras coisas de salutar importância para a sociedade brasileira.
4. - A Presidente Dilma Rousseff, pelo visto está fazendo um governo de bastidores, porque pouco aparece para dizer a que veio. Lula pelo menos não podia ver um microfone em sua frente que sempre criava um neologismo linguístico, mas pelo menos dizia alguma coisa. Dilma pelo visto, entrou calada e vai sair muda. Bem, pode ser ensinamento de sabedoria chinesa, em que se aprende que o sábio deve ouvir muito e falar pouco. É, pode ser!
5. - Hoje, quinta-feira, as contas do ex-prefeito Arquimedes Valença, vão ser colocadas à apreciação dos senhores vereadores de Buíque. Se espera que essa novela termine de vez, porque já não se aguenta mais falar em prestação de contas do ex-prefeito. Das vezes anteriores, por falta de quorum não houve votação e se hoje houver o mínimo exigível, que é de 2/3 do total, o que representa 6 vereadores presentes, pode ser que finalmente venham a ser votadas as suas contas. Do total dos vereadores, pelo que se comenta, ele pode ter cinco votos garantidos a favor da aprovação das contas, o que significa, que ficam desaprovadas, porque o mínimo exigível para a aprovação é de 2/3 dos componentes, ou seja, de 6 vereadores, o que pode ser difícil, mas não impossível, em se tratando da velha raposa política que é Arquimedes Valença. Tem vereador que prega a moralidade, mas na hora agá, vai votar pela aprovação, o que se constitui numa tremenda contradição entre o que prega e o que faz na prática. Seria interessante que esse pessoal tivesse um pouco de consciência e de respeito pelo povo de Buíque.
6. - Tem gente por aí que critica isso, critica aquilo, mas sem a menor consistência ou propriedade do que critica. Critica, como se diz a velha história, "por criticar", porque na realidade, cada qual só está defendendo mesmo o seu interesse próprio. Claro que existem coisas que não só devem, mas merecem que sejam criticadas, agora, que as críticas sejam fundamentadas. Criticar alguém só porque não votou no cara ou nunca foi do seu lado, é não ter a menor moral para criticar o sujeito. Que se façam as críticas merecidas, mas não se criticar somente porque não gosta do indivíduo, é outra coisa bem diferente. A gente deve ter plena consciência do que faz e do que deve fazer. Não se deve nem "emprenhar pelos ouvidos, nem tampouco falar pelos cotovelos". Outra mais, não deve ouvir aleivosias ou conversa fiada demais de quem não merece credibilidade, que são os babões de sempre ou os serviçais escravocratas que de servis jamais passarão.
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